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1 CURSO PREPARATÓRIO CONCURSO da PM - DISCIPLINA: GEOGRAFIA Prof. Vando Félix – [email protected] – www.geograficamentecorreto.com Geografia Da Paraíba Vegetação O clima, o relevo e a hidrografia determinam a vegetação que se apresenta diferenciada, em toda extensão do território paraibano. Destacam-se os seguintes tipos de vegetação: Vegetação litorânea Localizada bem junto ao litoral, nas partes mais próximas às praias; caracterizam-se pela presença de mangues, dunas, tabuleiros, vegetação rasteira, arbusto e matas de restinga. No litoral paraibano, destaca-se a vegetação típica das praias: pinheiro das praias, salsa da praia, coqueirais, entre outros. Em Cabedelo, há a mata de restinga. Nela encontramos árvore de porte médio, trocos com diâmetros pequenos, copas largas e irregulares. As espécies principais são o cajueiro, maçaranduba e aroeira da praia. Na foz dos rios e até onde exista influência das marés, existem solos lamacentos, salinos e instáveis com alto teor de matéria orgânica em decomposição. Uma magnífica vegetação arbórea de mangue dá o devido destaque em algumas partes no litoral do Estado. As espécies dessa formação vegetal apresentam algumas características essenciais para essa adaptação ao meio, por exemplo, raízes suportes e respiratórias.. Algumas espécies como o mangue vermelho, mangue de botão, mangue branco e o siriúba vivem obrigatoriamente no setor pantanoso, e outras, como a samambaia-assu e a guaxuma, ocorrem nos setores marginais de solos, com características mais estáveis, esporadicamente alcançados pelas marés. Mata atlântica Corresponde á área da zona da mata, os tabuleiros e as várzeas que antes eram ocupados pela vegetação da Mata Atlântica, hoje são ocupadas pela cana-de- açúcar e pelas cidades. Encontrava-se nas várzeas e tabuleiros, estando bastante alterada ou mesmo inexistente na maior parte do litoral devido à expansão da monocultura canavieira. Nas encostas orientais e nos vales úmidos que cortam o Baixo Planalto (Tabuleiro), aparecem os solos areno- argilosos e os solos férteis de várzeas. Ai predominava a chamada Mata Atlântica, infelizmente hoje reduzida a apenas 5% de sua área primitiva do Estado. Ainda existe atualmente “relíquias” desta mata, representada pela Mata do Buraquinho , Mata de Pacatuba entre outros. Nessa vegetação, encontram-se árvores altas, copas largas, troncos com grande diâmetro, folhas perenes, muitos cipós, orquídeas e bromélias. recobriu grande extensão do território paraibano; atualmente, quase toda devastada pelo homem ficando algumas reservas como Pau-Brasil, Jatobá e outros. Cerrados Tipo de vegetação campestre, é formado por árvores e arbustos distanciados entre si, com árvores tortuosas e tufos de capim encontrados nos tabuleiros. Localizam-se nos baixos planaltos costeiros, onde predominam a mangaba, a lixeira, o cajuí e o batiputá. entre outros Agreste Na faixa de transição entre o clima tropical úmido e o clima semiárido, surge o agreste. Trata-se de uma vegetação intermediária entre a caatinga e a floresta, com espécies das duas formações. Vegetação acaatingada com espécies de mata atlântica vegetação de transição, observa-se a presença de plantas tanto dos tabuleiros quanto dos sertões. Sua vegetação é constituída por espécies que se misturam, floresta tropical e caatinga (cactos, pequenas árvores e arbustos). A formação do Agreste também vai ocorrer em faixas entre o brejo úmido e o Cariri semiárido, ou seja, em área de transição climática. Algumas espécies que não ocorrem ou são raras na depressão aparecem no chamado

Apostila Geografia da Paraíba 3 - Concurso da PM

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Apostila contendo assuntos referentes ao Estado da Paraíba, destinada para participantes de concursos.

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CURSO PREPARATÓRIO CONCURSO da PM - DISCIPLINA: GEOGRAFIA

Prof. Vando Félix – [email protected] – www.geograficamentecorreto.com

Geografia Da Paraíba

Vegetação

O clima, o relevo e a hidrografia determinam a vegetação

que se apresenta diferenciada, em toda extensão do

território paraibano.

Destacam-se os seguintes tipos de vegetação:

Vegetação litorânea – Localizada bem junto ao litoral,

nas partes mais próximas às praias; caracterizam-se pela

presença de mangues, dunas, tabuleiros, vegetação

rasteira, arbusto e matas de restinga.

No litoral paraibano, destaca-se a vegetação típica das

praias: pinheiro das praias, salsa da praia, coqueirais,

entre outros. Em Cabedelo, há a mata de restinga. Nela

encontramos árvore de porte

médio, trocos com diâmetros

pequenos, copas largas e

irregulares. As espécies

principais são o cajueiro,

maçaranduba e aroeira da

praia.

Na foz dos rios e até onde exista influência das marés,

existem solos lamacentos, salinos e instáveis com alto

teor de matéria orgânica em decomposição.

Uma magnífica vegetação arbórea de mangue dá o

devido destaque em

algumas partes no litoral do

Estado. As espécies dessa

formação vegetal

apresentam algumas

características essenciais

para essa adaptação ao

meio, por exemplo, raízes suportes e respiratórias..

Algumas espécies como o mangue vermelho, mangue de

botão, mangue branco e o siriúba vivem obrigatoriamente

no setor pantanoso, e outras, como a samambaia-assu e a

guaxuma, ocorrem nos setores marginais de solos, com

características mais estáveis, só esporadicamente

alcançados pelas marés.

Mata atlântica – Corresponde á área da zona da mata, os

tabuleiros e as várzeas

que antes eram ocupados

pela vegetação da Mata

Atlântica, hoje são

ocupadas pela cana-de-

açúcar e pelas cidades.

Encontrava-se nas

várzeas e tabuleiros,

estando bastante alterada ou mesmo inexistente na maior

parte do litoral devido à expansão da monocultura

canavieira.

Nas encostas orientais e nos vales úmidos que cortam o

Baixo Planalto (Tabuleiro), aparecem os solos areno-

argilosos e os solos férteis de várzeas. Ai predominava a

chamada Mata Atlântica, infelizmente hoje reduzida a

apenas 5% de sua área primitiva do Estado. Ainda existe

atualmente “relíquias” desta mata, representada pela

Mata do Buraquinho , Mata de Pacatuba entre outros.

Nessa vegetação, encontram-se árvores altas, copas

largas, troncos com grande diâmetro, folhas perenes,

muitos cipós, orquídeas e bromélias.

Já recobriu grande extensão do território

paraibano; atualmente, quase toda devastada pelo homem

ficando algumas reservas como Pau-Brasil, Jatobá e

outros.

Cerrados – Tipo de vegetação campestre, é formado por

árvores e arbustos distanciados entre si, com árvores

tortuosas e tufos de capim encontrados nos tabuleiros.

Localizam-se nos baixos planaltos costeiros, onde

predominam a mangaba, a lixeira, o cajuí e o batiputá.

entre outros

Agreste – Na faixa de transição entre o clima tropical

úmido e o clima semiárido, surge o agreste. Trata-se de

uma vegetação intermediária entre a caatinga e a floresta,

com espécies das duas formações.

Vegetação acaatingada com espécies de mata

atlântica vegetação de transição, observa-se a presença de

plantas tanto dos tabuleiros quanto dos sertões. Sua

vegetação é constituída por espécies que se misturam,

floresta tropical e caatinga (cactos, pequenas árvores e

arbustos).

A formação do Agreste também vai ocorrer em

faixas entre o brejo úmido e o Cariri semiárido, ou seja,

em área de transição climática. Algumas espécies que não

ocorrem ou são raras na depressão aparecem no chamado

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Agreste da Borborema, como umbuzeiro, catingueira,

aroeira, facheiro, etc.

Mata Serrana – Vegetação das encostas úmidas das

serras isoladas da região semiárida e semiúmida (Serra do

Teixeira, Monte Horebe, Araruna, Santa Luzia, Cuité

entre outros. São formadas por espécies de mata úmida e

arbustos da caatinga.

Desenvolveram-se nessas serras, uma formação vegetal

classificada como Mata Serrana, com espécies arbóreas e

arbustivas da caatinga (baraúna, angico, jurema) e

algumas espécies de Mata úmida como pau-d’óleo,

praíba. Ocorrem ainda a tata juba, violeta, etc.

Caatinga – Área de domínio do clima semiárido, isto é,

no Sertão, Cariri, Curimataú, Seridó, recobrindo em 65%

o território.

Vegetação dominante, formada por xerófilas,

cactáceas, caducifólias e aciculifoliadas. Pode ser

dividida em hiperxerófila – áreas mais secas (Cariri,

Seridó e Curimataú) ou hipoxerófila (proximidades do

Agreste e no Sertão).

É formado por xiquexique, mandacaru,

macambira, baraúnas, aroeira, angico, umbuzeiro,

juazeiros e outros.

Os solos são rasos e pedregosos. A vegetação da

caatinga, com muitas baraúnas, angicos e aroeiras,

primitivamente arbustivo-arbórea, foi sendo degradada,

ao longo do tempo, para a ocupação do solo com o

algodão, milho e ainda com o pasto para a criação do

gado, principal atividade econômica. A caatinga ocorre

atualmente, quase como uma formação do tipo arbustiva

esparsa, com predomínio de favela, marmeleiro, pereiro,

jurema preta, macambira, mandacaru, xique-xique, etc.

somente ao longo de alguns rios aparecem oiticicas,

caraibeiras e carnaúbas, testemunhando antigas matas

ciliares.

Algumas áreas protegidas por iniciativa do IBAMA,

SUDEMA e grupos ambientalistas.

Reserva Biológica Guariba - (4.321 hectares)

nos municípios de Mamanguape e Rio Tinto.

Área de Proteção Ambiental - (APA 14.640

hectares) da Barra do Rio Mamanguape nos

municípios de Rio Tinto e Lucena.

Reserva Florestal Mata do Amém – (103.370

hectares) no município de Cabedelo, última

reserva de Mata Alta de Restinga.

Parque Estadual Mapa do Pau – Ferro (600

hectares) no município de Areia.

Monumento Natural Vale dos Dinossauros (40

hectares) nos Municípios de Souza.

O Porquê Estadual Pico do Jabre (400

hectares) nos Municípios de Matureia de Mãe

D’Água.

Jardim Botânico – João Pessoa (500 hectares) –

É considerado a maior área verde em ambiente

urbano dos pais.

POPULAÇÃO DA PARAÍBA

Paraíba é uma das unidades da Federação brasileira,

encontra-se na região Nordeste. Sua extensão territorial

ocupa uma área de 56. 439 km2 e possui como capital a

cidade de João Pessoa. Conforme contagem populacional

realizada em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE), o estado abriga uma população de

3.769.977 habitantes. O IDH (Índice de Desenvolvimento

Humano) correspondente a essa população é de 0,718

(médio), logo, os indicadores sociais apresentam: uma

expectativa de vida de 68,3 anos, taxa de mortalidade

infantil de 45,5 mortes para cada mil nascimentos e taxa

de analfabetismo de 25%.

A maioria da população se aglomera em duas

cidades: João Pessoa e Campina Grande. As populações

dessas cidades, juntas, correspondem a 40% da população

do estado. Uma parcela significativa da população

paraibana é constituída por pessoas de pele parda, isso

em decorrência da influência indígena e de negros. A

miscigenação do povo paraibano é resultado da mistura

entre branco (europeu), índio (nativo) e negro (escravo

africano). Hoje, a população do estado é constituída,

segundo a cor/raça, da seguinte forma: os pardos

representam 52,29% dos habitantes do estado, os brancos

42,59%, negros 3,96%, amarelos ou indígenas 0,36% e

pessoas que não declararam a cor 0,79%.

No estado, grande parte da população vive em

centros urbanos. A população urbana responde por

64,1%, enquanto que a rural corresponde por 35,9%. A

estrutura por sexo está distribuída da seguinte forma:

51,7% da população são mulheres, os homens respondem

por 48,3%. A população em questão tem como principais

problemas: seca, falta de assistência do governo e falta de

infraestrutura.

Rede Urbana

Conforme o argumento proposto pelo IBGE, a

Paraíba, não apresenta metrópole, somente vai agrupar

cidades, dentro dos cinco níveis subsequentes, na

hierarquia da rede urbana brasileira:

Page 3: Apostila Geografia da Paraíba 3 - Concurso da PM

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· Centro submetropolitano: João Pessoa e Campina

Grande;

· Capital regional: Patos;

· Centro sub-regional: Cajazeiras e Sousa;

· Centro de zona: Catolé do Rocha, Conceição,

Itaporanga, Piancó, Pombal, Santa Luzia, Monteiro,

Picuí, Esperança, Areia, Alagoa Grande, Guarabira,

Solânea, Bananeiras e Itabaiana;

· Municípios subordinados: são os demais municípios

não citados acima.

Integrando a região Nordeste, continua a Paraíba

ocupando o 5° lugar entre os Estados nordestinos mais

populosos. Estão à sua frente: Bahia, Pernambuco, Ceará

e Maranhão. Analisando-se a participação da população

estadual na população brasileira, verifica-se que é

bastante reduzida com tendência ao declínio, passando de

2,31% em 1980, para 2,03% em 2000, o que se explica

pela intensa emigração e queda nas taxas de crescimento

anual da população.

Enquanto a participação da população estadual na

população brasileira é pouco significativa, o mesmo na

ocorre com a contribuição da mesorregiões paraibanas,

especialmente a da Mata Paraibana e Agreste Paraibano

que juntas respondem por 67,7% do total, seguindo-se o

Sertão Paraibano com 24% e a Borborema com apenas

8,1%.

A população ainda se distribui com razoável

equilíbrio sobre as diversas regiões do território, de que é

evidência o número considerável de cidades com

população acima de 50 mil habitantes: Patos, Santa Rita,

Bayeux, Sousa, Guarabira, Cajazeiras, afora João Pessoa

e Campina Grande, ambas com número de habitantes

superior a 300 mil.

Reflexo da maior concentração do investimento

industrial, ocorre no último intervalo censitário sensível

aceleração no crescimento demográfico do aglomerado

urbano de João Pessoa, com taxa anual próxima de 2%

(mais do dobro da taxa média estadual). O aglomerado,

abrangendo, além da capital, as cidades de Bayeux, Santa

Rita, Cabedelo e Conde, contava 835 mil habitantes,

figurando entre os quatro maiores complexos urbanos da

região.

Composição da população atual: Assim como o

povo brasileiro, o paraibano é fruto de uma forte

miscigenação entre o branco europeu, os índios locais e

os negros africanos. Sendo assim, a população é

essencialmente mestiça, e o paraibano médio é

predominantemente fruto da forte mistura entre o europeu

e o indígena, com alguma influência africana (os

caboclos predominam entre os pardos, que representam

em torno de 60% da população). A menor presença negra

na composição étnica do povo deve-se ao fato de a

cultura canavieira no estado não ter sido tão marcante

como na Bahia, no Maranhão ou em Pernambuco, o que

ocasionou a vinda de pouca mão-de-obra africana. Mas,

ainda assim, existem 22 comunidades quilombolas

atualmente no Estado, do Litoral ao Sertão.

Apesar da forte mestiçagem do povo, há,

contudo, ainda hoje, bolsões étnicos em várias

microrregiões: como povos indígenas na Baía da Traição

(em torno de 12 mil índios potiguaras), cerca de 22

comunidades quilombolas florescendo em vários

municípios do Litoral ao Sertão, e a parcela da população

(em torno de 25%) de nítida ascendência europeia, que

vive principalmente nos grandes centros urbanos e nas

cidades ao longo do Brejo e do Alto Sertão.

Entre os mestiços, os mulatos predominam no

litoral centro-sul paraibano e no agreste, os caboclos em

todo o interior e no litoral norte. Já os cafuzos são raros e

dispersos.

Segundo recente dados da PNAD (Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílio) de 2004, 38% das

pessoas avaliadas se disseram brancas, 4% negras e 56%

pardas (2% não souberam se auto avaliar). Não houve

registro de amarelos ou índios. Esses números,

entretanto, devem ser analisados com cautela por dois

motivos: primeiro por se tratar de uma pesquisa por

amostra domiciliar, o que revela tendências, mas não tem

valor absoluto sobre toda a população; segundo, porque

há ainda no Brasil uma tendência a se declarar mais para

claro do que para escuro, embora isso venha mudando

recentemente.

Demografia: O litoral tem as maiores densidades

do Estado, com 300 hab/Km², observados na grande João

Pessoa, por ser uma área mais urbanizada e polarizadora.

O Agreste e o Brejo vêm depois com densidades entre100

e 300 hab/Km², seguido do Sertão, com densidades entre

10 e 25 hab/Km², elevando-se para 50 hab/Km² em

algumas regiões urbanas.

Em 1970, a população paraibana se encontrava,

na sua maioria, no campo. Havia 58% de habitantes no

campo, contra 42% nas cidades. Em 1980, o quadro já

havia se invertido (42% rural e 58% urbana). Essa

mudança, que ocorreu em todo o país nesse período e que

tende a evoluir, é proveniente do êxodo rural, onde

famílias inteiras saem do campo e vão para as cidades a

procura de melhores condições de vida.

Entre os anos de 70 e 80, houve redução de

pessoas no setor primário, de 64,83% para 49,99%, o

que só veio a confirmar a transferência da população do

campo para as cidades. Durante este período, verificou-se

um crescimento do setor terciário, de 26,44% para

36,96%. Isto se justifica pelo fato de as pessoas

provenientes do campo trabalharem nas cidades

justamente neste setor.

De acordo com o censo de 1980, 54,5% da

população possuía entre 0 e 19 anos, 37,8% entre 20 e

59 anos e 7,7% com 60 anos ou mais.

Page 4: Apostila Geografia da Paraíba 3 - Concurso da PM

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Já o censo de 1989 mostrou um declínio da

população jovem para 48,4%, o aumento da população

adulta para 42,2% e dos idosos para 9,4%.

Desde os anos 1980 que a população

paraibana se concentra nas cidades, acompanhando o

processo de urbanização que ocorreu em nível

nacional.

O processo de urbanização paraibana

coincide com o comportamento de crescimento de

todas as cidades brasileiras e este processo vincula-

se, diretamente, a oferta de serviços e ao

desempenho da atividade comercial. O

desenvolvimento das funções urbanas, facilitado ou

não pela melhoria dos meios de transportes e

comunicações, concorreu para o surgimento da rede

urbana do Estado.

Atividades Econômicas da Paraíba:

Agricultura, Pecuária, Indústria, Comércio e

Recursos Minerais.

De modo geral, a economia paraibana se

baseia no setor de serviços, na agricultura

(principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, algodão,

milho e feijão), na indústria (alimentícia, têxtil,

sucroalcooleira), na pecuária (de modo mais relevante, a

criação de bovinos, na microrregião de Sousa e

Borborema, e caprinos, na região do Cariri) e no turismo.

Participação no PIB nacional: 0,8%

(2004).Composição do PIB:

agropecuária: 10,4%; indústria: 33,1%;serviços: 56,5

% (2004). PIB per capita: R$ 4.165

(2004).Exportação. (US$ 228 milhões): tecidos e

confecções de algodão (36,3%), calçados (20,1%), açúcar

e álcool (10,8%), peixes e crustáceos (9,7%), sisal (7%),

fios de algodão (6,6%).Importação. (US$ 94,3 milhões):

máquinas têxteis (28,9%), outras máquinas e

equipamentos (16,9%), derivados de petróleo (9,1%),

trigo (5,5%), produtos siderúrgicos (5,2%), algodão

(4,4%), fios e tecidos sintéticos (3,3%) - 2005.

Na Paraíba, fica evidenciada a fraca participação

do setor agropecuário, o que indica transformações de

estruturas, considerando que, até meados dos anos 70,

a economia estadual tinha como suporte este setor e, hoje,

se concentra no setor de serviços. Sob o ponto de vista

econômico, considerando a P.E.A. (população

economicamente ativa) correspondente aos setores

econômicos, percebe-se que está ocorrendo uma redução

no número de pessoas ocupando o setor primário

paraibano, o que confirma a saída da população do

campo. Enquanto isso, nas cidades, o setor terciário está

sofrendo aumento gradativo, ao receber a população

proveniente do setor primário.

Apesar de constituir a atividade econômica mais

importante para o Estado, a agricultura paraibana

apresenta uma produtividade muito baixa, graças ao

baixo nível técnico que ainda é empregada na agricultura,

com técnicas bastante rudimentares. Sabe-se que esses

métodos rudimentares são conseqüências de problemas

sócio-econômico-político, como: ausência de políticas

públicas voltadas para a agricultura; falta de

planejamento agrícola, etc. Mesmo assim, com relação a

agricultura, destaca-se a produção de culturas que serve

para o abastecimento interno (local e nacional) e externo:

cana-de-açúcar, abacaxi, sisal, etc. Com relação a

produção de gado, destaca-se as atividades criatórias de

caprinos, bovinos e muares. Já com relação a produção

industrial, a Paraíba conta hoje com vários distritos

industriais em várias cidades. Os principais tipos de

indústrias do estado são: calçados, minerais não-

metálicos, metalurgia, alimentícias e de bebidas, dentre

outras.

Agricultura: A cana-de-açúcar é um dos

principais produtos agrícolas, a Paraíba é o terceiro maior

produtor de cana-de-açúcar do Nordeste, é importante

destacar os plantios de algodão que tem uma grande

importância no estado, o caju e o abacaxi são as frutas

que a Paraíba mais produz. Outro produto de destaque é o

milho, que tem suas maiores áreas de cultivo no sertão,

com distribuição regional semelhante à do algodão

arbóreo, plantado sobretudo no extremo oeste. É

importante também o sisal ou agave.

No sertão a agricultura é muito prejudicada às

vezes pelas constantes estiagens. Este fato ocorrido na

agricultura demonstra a deficiência do setor, bem como a

sua dependência (ainda) dos efeitos climáticos.

A seca permanece como um dos principais

problemas. Nos locais mais áridos tem chovido menos

que os 500 mm anuais da média histórica da região. Dos

223 municípios, 193 passam por situação crítica por

causa da ausência quase total de chuva em 1999. Cerca

de 1,2 milhão de pessoas dependem de carros-pipa e de

poços perfurados e 298 mil famílias recebem cestas

básicas do governo federal. Campina Grande, a segunda

maior cidade do estado, enfrenta racionamento de água

desde 1998. A seca é responsável pela morte de 70% do

gado bovino e as perdas para a agricultura somam 850

milhões de reais entre 1998 e 1999.

Apesar da população paraibana continuar

participando cada vez menos do setor primário, este ainda

representa a base da economia do Estado. Os principais

produtos agrícolas paraibanos são:

Page 5: Apostila Geografia da Paraíba 3 - Concurso da PM

5

Abacaxi: Sobre o qual a Paraíba tem a maior produção e

o melhor rendimento por hectare, constituindo-se um

produto de grande importância para a exportação. O pólo

abacaxizeiro é formado por Sapé, Mari, Mamanguape,

Itapororoca, Rio Tinto, São Miguel do Taipu, dentre

outros. Como toda cultura destinada à exportação, sofre

oscilações de mercado que acarretam diminuição ou

expansão do cultivo.

Sisal: Nos anos 50 e 60 foi o principal produto agrícola

paraibano, quando sofreu uma retração devido aos baixos

preços no mercado internacional. Como toda cultura

comercial, as oscilações de mercado reduziram a

produção em grandes áreas de cultivo, principalmente

nos municípios de Ingá, Itatuba, Alagoa Grande e

Serraria onde o sisal foi substituído por outras culturas.

Por outro lado, a concorrência da fibra sintética também

afeta o mercado e desestimula o produtor. O sisal é a

cultura comercial nas regiões do Curimataú e Seridó

Oriental, bem como em alguns municípios da

microrregião de Teixeira. É uma cultura de ciclo

vegetativo longo, utilizada para a fabricação de cordas e

estopas no setor industrial local, ou são exportadas para o

exterior a fim de serem utilizadas nas indústrias de papel

e celulose.

Cana-de-açúcar: Possui grande importância econômica,

pois dela se fabrica o álcool usado como combustível. As

principais áreas de cultivo são os vales, os tabuleiros e o

litoral.A expansão da cana de açúcar provoca a retração

de outras culturas principalmente das alimentares. Na

Paraíba, como nos demais Estados produtores, o extinto

Proálcool contribuiu muito para essa expansão.

Algodão: Essa cultura já representou o principal produto

agrícola paraibano. O algodão ainda é presença destacada

na região sertaneja, apesar de ter sofrido uma redução no

seu cultivo devido a praga do “BICUDO”.porém os

principais fatores da retração do algodão tanto o arbóreo

como o herbáceo foram a crise da indústria têxtil

nacional, notadamente a nordestina, e a concorrência com

o algodão estrangeiro que teve maior acesso ao mercado

nacional devido a política de importações de governos

anteriores. Era cultivado em forma de “plantation” e hoje

a produção é feita por pequenos e médios agricultores.

No agreste, sofria a concorrência da cana de açúcar. Uma

retração no mercado de uma provocava a expansão da

outra.

Milho e feijão: são cultivados em todo o Estado,

geralmente de forma associada, bastante tradicional, sem

perspectivas de melhorias técnicas, uma vez que a falta

de infra-estrutura de armazenamento e de

comercialização não permite ao agricultor expandir sua

plantação.

Mandioca: É uma cultura de ciclo vegetativo mais longo

que o do feijão e do milho. Isto o exclui das áreas mais

áridas do Estado e sua produção sofre atualmente um

processo de concentração devido à mecanização das

casas de farinha, no Brejo, Litoral e regiões vizinhas,

onde a cultura adquire um caráter comercial.

Pecuária: A pecuária é uma atividade que data da

época da colonização e foi iniciada no litoral, como

complemento da agricultura. Como os animais

depredavam as plantações, a produção passou a ser

praticada no Sertão, onde o gado era criado no sistema

extensivo que permanece até hoje. O Agreste assumiu os

encargos de produtor de alimentos.

A pecuária de grande porte é bastante

disseminada em todo o Estado, sendo a criação de

bovinos a mais representativa, onde se verifica que o

rebanho bovino corresponde a aproximadamente 90% do

total. Observa-se uma maior concentração na

microrregião de Sousa enquanto que nas baixas

densidades encontram-se no Seridó e no Litoral Sul.

A criação de gado bovino na Paraíba destina-se à

produção de carne e leite, este para atender às indústrias

de laticínios e principalmente às queijarias disseminadas

em todo o Estado.

A pecuária de Médio porte (caprinos, ovinos e

suínos) com forte concentração no Cariri e Curimataú

Ocidental. Os caprinos e ovinos são perfeitamente

adaptados às condições naturais do Nordeste.

Quanto aos suínos, sua criação realiza-se, na

maior parte em instalações rústicas, muitas vezes limitada

a “fundo de quintal”. Os maiores percentuais de suínos

encontram-se nas microrregiões que dispõem de uma

cidade de relativa importância. Nessas áreas há uma

preocupação com melhorias técnicas: seleção das

espécies para melhor produção de carne, alimentação

adequada, instalações higiênicas, etc. A produção de é

destinada ao consumo direto da população e ao

abastecimento das indústrias de derivados como linguiça,

paio, presunto, banha, etc.

No que se refere à produção animal, destaca-se

ainda a avicultura, onde evidencia-se grandes

concentrações nas áreas próximas aos centros urbanos

mais dinâmicos e na região do litoral Sul.

É certo que os produtos paraibanos sofrem

concorrência de empresas de outros centros, barateando o

produto. Mas considerando o crescente consumo,

algumas dessas empresas estabeleceram-se aqui, além do

que, empresários paraibanos, atraídos pelos lucros

imediatos e retorno rápido do capital empregado, também

decidiram entrar no setor avícola.

Page 6: Apostila Geografia da Paraíba 3 - Concurso da PM

6

Indústria: A atividade industrial na Paraíba, apesar de

bastante antiga, não atingiu ainda o seu papel como fator

de desenvolvimento, ou seja, gerando emprego, renda,

circulação de mercadorias e capital, podendo assim

melhorar as condições de vida da população.

Como todos os Estados nordestinos, a Paraíba

recebeu, na década de 60, os incentivos fiscais e

creditícios, oriundos dos planos de desenvolvimento da

SUDENE. Foram criados Distritos Industriais nas

principais cidades (João Pessoa, Campina grande,

Guarabira, Sousa, Cajazeiras, Santa Rita, Patos), porém

não se pode afirmar que tal fato provocou transformações

no quadro industrial do Estado. Muitas indústrias, que se

aproveitaram dessa política, estabelecendo-se aqui, eram

desvinculadas da realidade paraibana e, terminando os

incentivos, fecharam suas portas.

A Paraíba mantém em grande parte o seu perfil

industrial bastante tradicional e voltado para o

beneficiamento de matérias-primas agrícolas e minerais.

Destacam-se a indústria têxtil, a indústria de alimentos,

com a fabricação do açúcar e a indústria do cimento.

A indústria química também está presente no

estado, representada pela fabricação de material de

limpeza. Ela recebeu um grande impulso nas décadas de

70 e 80 com incentivos do Proálcool, que promoveu a

instalação de grandes destilarias no litoral. Isso

contribuiu também para a expansão da cana-de-açúcar.

Existem três aglomerados de indústrias na

Paraíba. O primeiro é

formado pelas indústrias

das cidades de João

Pessoa, Santa Rita,

Bayeux, Cabedelo, Lucena

e Conde. Neste

aglomerado destacam-se as

indústrias de alimento, a têxtil, a de construção civil e a

do cimento.

O segundo aglomerado industrial corresponde à

cidade de Campina Grande. O dinamismo desta cidade

existe principalmente por causa da instalação do Campus

II da Universidade Federal da Paraíba, onde funciona o

Centro de Ciências e Tecnologia, antiga Escola

Politécnica. Ai, há uma grande demanda de pesquisas

tecnológicas que expõem resultados. Produtos de

diversos setores da economia, como na produção de

calçados, na indústria têxtil, na produção de alimentos, de

bebidas, frutas industrializadas e, nas últimas décadas na

área de informática, são exportados para o Brasil e o

Mundo..

O terceiro e último aglomerado é composto por

indústrias das cidades de Patos, Cajazeiras, São Bento e

Souza, nas quais as indústrias destacadas são as têxteis e

de confecções.

O comércio: A Paraíba em valores é a quinta

colocada no Nordeste, pois seu setor de exportação além

de ter um alto padrão nos serviços oferecidos, o que

garante às empresas condições básicas para um bom

desempenho operacional.

A Paraíba vem exportando, em maior escala, calçados,

produtos têxteis, álcool, pescado, e tem importado

principalmente derivados de petróleo e cereais.

O setor pesqueiro paraibano tem demonstrado muita

dinâmica das que hoje praticam pesca oceânica, no

Brasil, 12 delas estão instaladas em Cabedelo,

exportando, através do Porto, seus produtos. A

importância da pesca, dia-a-dia, vem se ampliando, em

função sobretudo do crescimento do mercado.

A identificação das vocações locais de cada

município merece um grande destaque, pois contribui

para o desenvolvimento socioeconômico do Estado, além

de minimizar a migração para os grandes centros.

Tanto João Pessoa como Campina Grande

experimentaram nos últimos anos, uma arrancada no

desenvolvimento do comércio devido ao interesse dos

empreendedores pela área de shopping centers.

Além do Manaíra, em João Pessoa, existem mais quatro

pequenos shoppings centers na capital paraibana: Mag

Shopping, Via Mar Shopping e Shopping Sul, todos na

orla marítima, e o Shopping Cidade, no centro.

Em Campina Grande, existem quatro: Shopping Campina

Grande; o Shopping Luíza Motta, Shopping Iguatemi e o

Shopping Cirne Center.

Recursos Minerais da Paraíba: A maior parte do

território paraibano é

constituída por rochas

resistentes, muito antigas,

que formam o Complexo

Cristalino da era Pré-

Cambriana. Os terrenos mais

recentes, menos resistentes,

sedimentares, datam das eras Mesozóica e Cenozóica, e

ocupam uma porção menor do Estado, ocorrendo

principalmente no litoral.

Ainda em relação aos terrenos sedimentares,

identificam-se, no interior do Estado, as Chapadas e a

Bacia do rio do Peixe, localizada no Sertão, onde

encontram-se as pegadas fossilizadas de dinossauros no

Vale dos Dinossauros em Sousa onde recentemente foi

encontrado petróleo, além da bacia do Seridó, área de

riquezas geológicas.

De acordo com a idade geológica dos terrenos e

dos tipos de rochas que os constituem, ocorrem, no

Page 7: Apostila Geografia da Paraíba 3 - Concurso da PM

7

Estado, diferentes tipos de minerais, tanto metálicos

como não-metálicos, e também gemas, em maior ou

menor quantidade, com possibilidade ou não de

exploração econômica.

Dentre os recursos minerais do litoral, destacam-

se os chamados minerais não-metálicos, entre os quais, a

água mineral, argila de queima vermelha e o calcário.

A água mineral e argila de queima vermelha

ocorre com maior destaque em Santa Rita. Outro recurso

mineral de grande importância nesta região é o calcário,

cuja aplicação principal é na fabricação de cimento, tendo

como responsáveis pela sua maior produção os

municípios de Caaporã e João Pessoa. No município de

Mataraca, ocorrem minerais metálicos, destacando-se

titânio, zircônio.

Quanto ao caulim ocorre essencialmente nos

municípios de Nova Floresta, Juazeirinho, Junco do

Seridó e Pedra Lavrada.

A bentonita é extraída no município de Boa Vista;

ocorrendo ainda em Cubati e Barra de Santa Rosa. Suas

reservas correspondem, aproximadamente, a 45% das

reservas brasileiras.

A cassiterita, a sheelita, a tantalita, o berilo e o

ouro são os minerais metálicos de maior importância da

Paraíba. A produção registrada oficialmente para esses

minerais é proveniente de garimpos, distribuídos nos

municípios de Picuí, Juazeirinho, Nova Palmeira, Pedra

Lavrada, Salgadinho, Junco do Seridó, São José do

Sabugi, Santa Luzia, Várzea, São José de Espinharas,

Brejo do Cruz, Piancó e Princesa Isabel, todos na região

do Seridó e Sertão.

Com relação às gemas, apesar de não existir

nenhuma jazida registrada oficialmente, as ocorrências,

no Estado, estão relacionadas com as "áreas de

garimpeira". Merecem destaque os municípios de Picuí,

Nova Palmeira, Frei Martinho, Pedra Lavrada, Soledade,

Taperoá, com produção de água-marinha, amazonita,

granada, variedade de quartzo e outros. Junco do Seridó,

Juazeirinho, Santa Luzia e São Mamede são responsáveis

pela produção de turmalina, água-marinha, quartzos, etc.

Os municípios de São José de Espinharas, Uiraúna,

Lastro, Piancó e Brejo do Cruz são produtores de água-

marinha, amazonita e alguns tipos de quartzo.

O Turismo na Paraíba

O turismo é uma fonte de divisas que contribui

para o desenvolvimento de uma região, de forma mais ou

menos intensa, conforme sejam os recursos disponíveis,

naturais e culturais, além da infraestrutura montada para

este fim. Na Paraíba, esta atividade vem se

desenvolvendo principalmente devido às suas

potencialidades, pois ela apresenta uma diversidade de

paisagem que varia desde praias de águas mornas e areias

brancas, onde “o sol nasce primeiro” até as serras e

depressões sertanejas.

João Pessoa e Campina grande já investem muito

no setor de serviços e infraestrutura para o turismo:

estrutura viária, hoteleira e de lazer. A construção do

Hotel Tambaú, na década de 70, veio dar grande impulso

ao turismo da capital, atraindo investimentos para esse

setor e ampliando as possibilidades de desenvolvimento

comercial na orla marítima.

Atualmente, esta prática vem sendo estendida

para o restante do Estado, percebendo-se que alguns

municípios já se preocupam em desenvolver o turismo, a

exemplo de Cabaceiras, Areia, Monteiro, Sousa, Patos,

Guarabira, etc., que aproveitam seus recursos naturais,

artísticos, históricos e arquitetônicos para a exploração de

forma racional pela a prática do turismo.

O Ecoturismo e o turismo rural: O ecoturismo

é uma exploração econômica pouco destrutiva que

objetiva gerar recursos conservando a natureza.

Compatibiliza desenvolvimento econômico e

conservação ambiental, enquanto o turismo rural é uma

atividade fora das áreas intensamente urbanizadas.

O turismo rural ocorre quando o turista se

hospeda no meio rural e participa dos trabalhos

realizados nas fazendas ou sítios. O turismo rural vem

sendo praticado em alguns engenhos do Brejo Paraibano.

No sertão, em casas rústicas com características próprias

do ambiente, explorando culinária regional e demais

aspectos do panorama cultural.

Na Paraíba, e em todo o Brasil, discute-se a

prática do ecoturismo a ser feita nas Unidades de

Conservação. No Estado, foram criadas, pela

coordenadoria de Estudos Ambientais, nove dessas

unidades com dois parques, seis reservas ecológicas e um

monumento natural.

João Pessoa: João Pessoa, além das belezas

naturais, possui um acervo cultural dos mais importantes

do país. São construções do séc. XVI ao XVIII como o

Conjunto de São Francisco (Igreja, Convento/Claustro e

Cruzeiro), mosteiro de São Bento, Igreja do Carmo, Casa

da pólvora e outros, além de obras mais recentes, do final

do século XIX e início do século XX – Teatro Santa

Rosa, Palácio da Redenção, Palácio da Justiça e o Hotel

Globo, local de grandes acontecimentos políticos e

sociais da antiga João Pessoa.

Quem chega dos grandes centros urbanos, como

é o caso da maioria dos turistas que visitam a capital

paraibana, ficam encantados com a grande área de

vegetação. É o caso do Jardim Botânico parque Arruda

Câmara, mais conhecido por Bica, que ainda abriga

árvores características da original Mata Atlântica.

O cartão-postal da cidade de João Pessoa, o

Parque Solon de Lucena (Lagoa) também possui raras

espécies de árvores e os jardins de Burle Marx. Como

pode-se notar, o verde está espalhado por toda a cidade,

proporcionando não só a beleza mas uma vida mais

saudável aos seus habitantes e visitantes.

Page 8: Apostila Geografia da Paraíba 3 - Concurso da PM

8

O Litoral: Para quem busca agitação, as praias

urbanas de João Pessoa são a melhor opção. Além da

estrutura de bares, restaurantes, e feiras de artesanato, o

turismo encontra ainda

passeio de barco até os

recifes que acompanham

quase toda a extensão da

cidade. Um dos lugares

mais visitados na capital

é a Ponta do Seixas, o

trecho de praia que mais

se aproxima do continente africano em toda a América do

Sul.

Os 37 quilômetros de praias de João Pessoa têm

início no Cabo Branco, ponto extremo da América, onde

se encontra o mirante e o farol em forma de carnaúba,

planta nativa e antiga riqueza da região. Uma vista que

permanece na lembrança de todo o visitante, onde se

pode ver todo o litoral paraibano, a transparência das

águas e sentir a brisa do mar batendo levemente em seu

corpo.

À direita vê-se a Praia do Seixas, quase uma ilha

nativa. Mais adiante estão as praias da Penha, Jacarapé,

Praia do Sol e a última praia do município, Barra de

Gramame, uma da mais desertas e onde desemboca o Rio

Gramame, formando pequenas ilhas.

Já a esquerda da Praia do Cabo Branco está a

parte mais movimentada da Orla, com hotéis de luxo,

restaurantes que

servem frutos do

mar, suco de frutas

tropicais e comidas

regionais, bares,

boates e mercado

de artesanato, a arte

da população local.

Logo após está a

Praia de Tambaú, onde está situado o único hotel beira

mar e um dos mais luxuosos e o Mercado de Artesanato

com 128 lojas, onde pode-se encontrar os mais variados

"recuerdos" típicos. Parada obrigatória dos turistas.

Picãozinho é um dos paraísos da cidade, onde

encontramos uma formação de recifes com piscinas

naturais que chegam a uma temperatura de 28ºC. Na lua

cheia, os hotéis organizam serenatas sobre a água morna,

uma integração perfeita do homem com a natureza.

Ainda na mesorregião da Mata Paraibana, no

município de Lucena, a Igreja da Guia é uma grande

atração pela originalidade do barroco que apresenta, nos

seus detalhes arquitetônicos, frutos tropicais, único

exemplo de barroco Tropicalista do Brasil. No mesmo

município, contrastando com o antigo, foi construído o

Victory Marine Resort, na bonita praia do Holandês, com

162 Bangalôs e várias opções de lazer.

Além das praias, existem outras atrações turísticas na

região.

No município de Cabedelo, ao norte de João

Pessoa, encontramos o Mar do Macaco, a praia de

Intermares onde está o parque aquático Intermares Water

Park, bem como a praia do Poço. A praia do Jacaré é o

local onde se pode ver o mais belo pôr-do-sol. Ainda no

município de Cabedelo, a Fortaleza de Santa

Catarina (Forte de Cabedelo) é de grande importância

histórica, o único existente dentre outros tantos

construídos. Atualmente, serve de palco para

apresentações folclóricas, peças de teatro, exposições etc.

No município do Conde, o destaque é

para Tambaba, primeira praia naturista do

Nordeste. Em Pitimbu encontram-se as famosas

areias coloridas. O município de Conde é

considerado uma vitrine tropical, com coqueiros,

falésias e praias selvagens de areia branca. Já

Pitimbu, volta-se à prática do eco-esportes - surf e

mergulho -; suas areias são escuras, de faixa larga e

uma extensão de 10 quilômetros.

No município de Baía da Traição, além das

praias, existe um reduto indígena com aldeias.

O Interior do Estado: No agreste, a paisagem serrana

e o clima ameno favorecem o desenvolvimento do

turismo. O município

de Campina Grande

funciona como

importante pólo

turístico com grandes

eventos de

repercussão nacional e

internacional como;

o Maior São João do Mundo, as feiras de Ciências e

Tecnologia, o festival de Inverno, o Encontro da Nova

Consciência, Além do Museu de Arte Assis

Chateaubriand com um importante acervo, que atraem

um grande número de turistas, acarretando um

crescimento dos setores comercial e de serviços.

Nos contrafortes da Serra da Confusão, entre os

municípios de Araruna e Tacima, está a Pedra da Boca,

cuja configuração lembra um sapo gigante prestes a

abocanhar um colossal pirilampo. Lá é praticado o

alpinismo, salto de paraquedas e asa-delta.

Ainda no Agreste, no município de Ingá,

encontra-se as Itacoatiara (pedras do Ingá) na fazenda

de Pedra Lavrada, considerada uma das inscrições pré-

históricas mais importantes da terra, objeto de estudo

para cientistas do país e exterior.

No município de Areia, o museu Pedro Américo

é de grande importância turística, por conter quadros e

desenhos do grande pintor filho da terra.

A Mesorregião da Borborema é rica em

artesanato de couro, bordados e renda renascença, além

de relíquias arqueológicas com inscrições rupestres.

Uma grande atração dessa região é o Sítio de Pai

Mateus, lajedo moldado pela ação dos ventos e das

chuvas (escassas) entre os municípios de Boa Vista e

Cabaceiras. Outros atrativos: o banho do Rabo do

Pavão no Congo; as tradicionais águas magnesianas em

Monteiro, o famoso São João da cidade de Santa Luzia.

Page 9: Apostila Geografia da Paraíba 3 - Concurso da PM

9

No sertão, o turista além de desfrutar da

fantástica paisagem bucólica, poderá visitar, em Souza, a

Estação Termal de brejo das Freiras, usufruindo dos

benefícios das águas magnesianas ali existentes. Ainda,

no município de Sousa, tem-se uma espetacular atração:

o Vale dos Dinossauros, sítio paleontológico

mundialmente conhecido. O Vale abriga pegadas de 130

milhões de anos

Um dos pontos

turístico-religioso mais

importante do interior da

Paraíba é o Memorial Frei

Damião, localizado na

Serra da Jurema em

Guarabira (Piemonte da Borborema). A estátua com

cerca de 35 metros de altura é considerada a segunda

maior do Brasil

O Santuário de Frei Damião, situado em

Guarabira é um projeto arquitetônico composto de um

museu e uma estátua, em homenagem ao frade

capuchinho Frei Damião de Bozzano, um missionário do

Nordeste brasileiro. Atualmente é considerada a segunda

maior estátua do Brasil.

Meios de Transportes na Paraíba

Os meios de transportes têm como função principal o

deslocamento de pessoas e/ou mercadorias de um lugar

para outro. Este deslocamento poderá ser feito por vias

terrestres; subdivididos em: RODOVIÁRIOS e

FERROVIÁRIOS; por vias MARÍTIMAS; por vias

FLUVIAIS (rios); por vias AÉREAS.

Rodoviários: O Estado da Paraíba é servido por rodovias

federais e estaduais. A Paraíba é cortada por duas

importantes rodovias brasileiras, BR-101 (ou

Translitorânea) e a BR-230 (ou Transamazônica).

As principais rodovias na Paraíba são:

BR-101 (Translitorânea) que

liga o Rio Grande do Norte ao

Rio Grande do Sul, passando

por muitas capitais e cidades

importantes do Brasil. Seu

trecho na Paraíba, atualmente

se encontra duplicada, passa

por Bayeux, Santa Rita e João Pessoa.

BR-230 que faz parte da Transamazônica, inicia-se em

Cabedelo e integra a

região Nordeste ao Norte

do País. Percorre o Estado

no sentido leste/oeste,

passando por João Pessoa,

Campina Grande, Patos e

Cajazeiras. Encontra-se

atualmente duplicada.

Aéreos: Na Paraíba

desenvolveu-se muito esse

setor de transportes, a

partir de 1982, com a

ampliação do Aeroporto

Internacional Presidente

Castro Pinto localizado na

Região Metropolitana de

João Pessoa, na divisa dos municípios de Bayeux e Santa

Rita. Em 1995, sofreu uma reforma, pois já clamava por

intervenções na infra-estrutura, para atender o

crescimento da demanda e a condição de porta de entrada

do crescimento turístico nacional e internacional do

Estado da Paraíba.

Em Campina Grande temos o aeroporto João

Suassuna, inaugurado no ano de 1963, contribuindo para

o desenvolvimento da cidade. O aeroporto dista sete

quilômetros do centro de Campina e fica a 500 metros de

altitude. Sua última reforma e ampliação, realizada pela

Infraero, foi inaugurada em 2003 pelo presidente da

República Luís Inácio Lula da Silva.

Os aviões de João Pessoa e Campina Grande

funcionam com vôos regulares de aviões de passageiros.

Movimentam-se aviões de várias companhias aéreas,

notadamente da TRIP, GOL e TAM.

Outras cidades do interior possuem aeroportos

para pouso de aviões de pequeno porte. A exemplo

de: Cajazeiras, Catolé do Rocha, Conceição, Itaporanga,

Monteiro, Patos, Rio Tinto, Sousa.

Ferroviários: Atualmente a malha ferroviária

paraibana encontra-se numa situação bastante precária.

Trechos completamente abandonados, trilhos arrancados,

estações desativadas, linhas férreas tomadas por

construções e vários pontos das ferrovias e estações já

não existem mais, ou se tornaram “monumentos

históricos”.

Marítimos: No início de nossa colonização, o

transporte marítimo era o único de que dispunham os

conquistadores para realizarem suas viagens. Entretanto,

esse tipo de transporte não se desenvolveram no decorrer

do tempo. Já que a prioridade nas últimas décadas,

passou a ser o transporte rodoviário. Somente a partir dos

anos de 1980, é que o nosso único porto marítimo,

o Porto de Cabedelo, passou a apresentar maior

movimento. Isto foi motivado pelas reformas de

drenagem do Porto, melhorando sua capacidade de

funcionamento e pelo alto preço do combustível que se

transformara em crise, tornando muito caro o transporte

rodoviário.