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Lê também, no final, texto da p. 245 («Título e subtítulo n’Os Maias»).
décadas do passado de Afonso da Maia e da formação e vida de Pedro
dois capítulos (I-II)
vários anos
uma única frase («Mas esse ano passou, outros anos passaram» [l. 61 da p. 249 do nosso manual]) no início do cap. III
um dia de abril em Santa Olávia
um capítulo (III)
dois anos da vida de Carlos
catorze capítulos (IV-XVII)
vários anos (viagem de Carlos e Ega; regresso de Ega a Lisboa)
três páginas iniciais do capítulo XVIII (cfr. elipse nas ll. 1-2 da p. 241 do texto B do manual)
algumas horas de Carlos regressado a Lisboa
quase todo um capítulo (XVIII)
2 1820-18751 18753 1875-18774 1877-18795 1879-1887 (embora quase elidido)6 1887
Isocronia — duração do tempo do discurso igual à do tempo da história.
Anisocronia — desproporção entre tempo do discurso e da história (sumários, elipses).
Anacronia — alteração na ordem cronológica (analepses, prolepses).
cfr. pp. 281-283
a A ação d'Os Maias 2 não se distribui, ao nível do discurso, de modo ordenado nem uniforme. há anacronias e anisocronias
b A longa analepse que relata o tempo vivido pelos antecessores de Carlos da Maia
5 serve fundamentalmente para explicar o seu aparecimento em Lisboa, em 1875.
c O ritmo narrativo assumido pelo discurso
6 relaciona-se com a valorização a que sujeita a história contada: consoante os factos rela-tados o sejam de forma mais ou menos demorada, assim serão, respetivamente, mais destacados ou menos realçados.
d Através das elipses,
4 são omitidos, no discurso, períodos mais ou menos longos da história, assim desva-lorizados.
e A analepse processada por Maria Eduarda [cap. XV, pp. 506-515]
1 tem como função reconstituir a existência já vivida por uma personagem essencial para o desenrolar da intriga.
f O uso da isocronia
7 procura conferir ao tempo do discurso uma duração idêntica à da história, destacando acontecimentos dotados de grande impacto na sequência da história.
g Com o recurso à técnica narrativa do sumário, os eventos narrados
3 são comprimidos e referidos, no discurso, de modo abreviado.
h A velocidade narrativa
8 abranda a partir de 1875, para possibilitar a valorização dos episódios vividos por Carlos em Lisboa.
O quadro, que procura interpretar a estrutura global de Os Maias, tem duas molduras horizontais («Os Maias — História da família», em cima, e «Sociedade Lisboeta — “Episódios da vida romântica”», em baixo) que correspondem ao título e ao subtítulo do romance (Os Maias; «Episódios da vida romântica»). Com efeito, são esses os dois objetivos enquadradores do livro: traçar a história de uma família ao longo de várias gerações; mostrar como era a sociedade lisboeta à entrada no último quartel do século XIX.
Título & Subtítulo
Os MaiasEpisódios da vida romântica
O Crime do Padre AmaroCenas da vida devota
O Primo BasílioEpisódio doméstico
A intriga desdobra-se em duas histórias passionais, a que o esquema reserva colunas específicas: a intitulada «novela» (dedicada às peripécias do casamento de Pedro e Maria Monforte); e, sob o título «romance», a que diz respeito à relação de Carlos e Maria Eduarda.
Na p. 257 há um quadro que compara estas duas ações (de paixão):
Pedro || Carlos
Afonso é a personagem que aglutina estes dois enredos amorosos, a que assiste (mais do que os vive). Quanto a Carlos, surge como a personagem que permite a ligação aos diversos episódios de crónica social (entre outros: jantar no Hotel Central, corrida no hipódromo, sarau da Trindade).
Episódios de crónica social
Serão em Santa Olávia
Jantar no Hotel Central
Corridas em Belém
Jantar do conde de Gouvarinho
Redações de A Corneta do Diabo e de A Tarde
Sarau no teatro da Trindade
Passeio final de Carlos e Ega em Lisboa
Na página do verso, marca as personagens de Os Maias (O M). [Mas Teodoro é de O Mandarim.]
Outras personagens-tipo:
Taveira — funcionário (do Tribunal de Contas)
Rufino — orador retóricoJacob Cohen — judeu banqueiroCondessa de Gouvarinho — adúltera
Steinbroken — diplomataCruges — músico
etc.
TPC — [Só para os que disputarão a segunda pré-eliminatória da Liga Europa:] prepara leitura em voz alta, expressiva, de «Num bairro moderno» (pp. 293-294). Os leitores do jogo A6 vs. B7 prepararão as cinco primeiras quintilhas (vv. 1-25); os do jogo C6 vs. D7, as quintilhas dos vv. 26-50; os de B6 vs. A7, vv. 51-75; os de D6 vs. C7, vv. 76-100.