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Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 87-88

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PredicarCfr. «Predicação», p. 336

Atribuição de uma propriedade a uma entidade («O Carlos é forte») ou estabelecimento de uma relação entre entidades («A Maria ganhou a prova»).

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5.Descrição do auto de fé em que é

condenada Sebastiana de Jesus, mãe de Blimunda, que pela primeira vez contacta com Baltasar.

União simbólica do casal, abençoada pelo padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, amigo de Blimunda.

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6.Encontro de Baltasar com o padre

Bartolomeu, que lhe fala do projeto da passarola e lhe explica a razão da sua alcunha (o voador). Visita à abegoaria em São Sebastião da Pedreira onde se encontra a máquina, na qual Baltasar aceita trabalhar.

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7.Trabalho de Baltasar num açougue em

Lisboa.

Nascimento e batizado da infanta Maria Bárbara, filha do rei entretanto nascida. Este renova a promessa de construção do convento para os franciscanos.

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8.Revelação do segredo de Blimunda a

Baltasar, depois de várias desconfianças deste.

Nascimento do segundo filho do casal real, o infante D. Pedro. Escolha do local para a elevação do convento.

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9.Instalação de Blimunda e Baltasar na

quinta do Duque de Aveiro. Trabalho de ambos na passarola.

Viagem do padre Bartolomeu à para aprender o segredo do éter, que elevará o engenho voador.

Descrição de uma tourada em Lisboa.

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10.Mudança do par Sete-Sóis/Sete-Luas

para Mafra, onde Baltasar servirá nas obras do convento. Integração de Blimunda na estrutura familiar de Baltasar.

Descrição das mortes e funerais do infante D. Pedro e do sobrinho de Baltasar.

Doença de D. João V e retiro em Azeitão. Aproximação de D. Maria Ana e do infante D. Francisco.

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11.Regresso do padre Bartolomeu da

Holanda e visita a Baltasar e Blimunda em Mafra, onde contacta pela primeira vez com as obras do convento.

Baltasar e Blimunda regressam ao trabalho na abegoaria e o padre viaja para Coimbra, para concluir os seus estudos.

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Trata-se de um momento fulcral, pois "Nele se encontram as duas ações: a construção do convento com a referência às centenas de homens que andam trabalhando nos caboucos da futura edificação e aos que ficam marcados pela passagem do padre, e a construção da máquina que, com o seu regresso, vai ganhar um novo e importante impulso.”

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«Nem sempre se pode ter tudo» (l. 1) | SENTenciador / IRÓNico

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«a pobre não emprestes, a rico não devas, a frade não prometas» (ll. 5-6) | SENTenciador / IRÓNico / REFlexivo

Ao rico não devas e ao pobre não prometas

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«porém sosseguemos» (ll. 5-6) | aparentemente | HOModiegético

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«Haveremos convento.» (l. 6) | OMNisciente (ou aparentemente HOModiegético)

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«El-rei foi a Mafra escolher o sítio onde há de ser levantado o convento.» (l. 7) | HETerodiegético

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«um homem pode ser grande voador, mas é-lhe muito conveniente que saia bacharel, licenciado e doutor, e então, ainda que não voe, o consideram» (ll. 13-15) | REFlexivo

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«estava a abegoaria em abandono, dispersos pelo chão os materiais que não valera a pena arrumar, ninguém adivinharia o que ali se andara perpetrando» (ll. 17-20) | HETerodiegético

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«com todas as disposições, licenças e matriculações necessárias, partiu o padre Bartolomeu Lourenço para Coimbra» (ll. 25-28) levemente | IRÓNico

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«Até à vila de Mafra, aonde primeiro vai, não tem a viagem história, salvo a das pessoas que por estes lugares moram» (ll. 29-32) | OMNisciente

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Em «Cem homens e cem » são referidos três espaços (descontando já a Holanda e, claro, a alusão a Alcobaça): Alto da Vela (Mafra); São Sebastião da Pedreira; Coimbra.

Explica como são vistos estes locais no texto e o seu enquadramento no enredo do romance, associando-os ao simbolismo que possam ter, num comentário de cerca de cento e cinquenta palavras.

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A ação decorre no Alto da Vela (onde D. João V se encontra no início do excerto e onde o padre Bartolomeu vê, anos volvidos, os trabalhadores do convento); na quinta de S. Sebastião da Pedreira (aqui o padre deparara-se com o abandono dos trabalhos, dado Baltasar e Blimunda terem ido para Mafra); há também alusão a Coimbra (aonde, depois da ida à quinta, se dirigirá Bartolomeu, a fim de se doutorar). A quinta associa-se à construção da passarola, sendo, por isso, conotável com

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as ideias de sonho e concretização, embora, no momento do texto, se nos apresente quase disforicamente. O Alto da Vela, espaço de construção mas também de exploração de trabalhadores, pode identificar-se com o sacrifício e a morte. Coimbra parece dever relacionar-se com o conhecimento livresco, com a necessidade burocrática de aquisição de um grau académico (ao contrário da Holanda, de onde viera um Bartolomeu «estrangeirado», informado).

(150 palavras)

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Memorial do Convento

A Vida Secreta dos Nossos Bichos

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Como se articulam as linhas diegéticas?

Há alguma alternância entre duas linhas narrativas (a da construção da passarola; a da construção do Convento), que se cruzam aqui e ali.

Há também dois eixos (o dos donos que saem e regressam, mas de cujo dia pouco sabemos; o dos bichos), que coincidem apenas no início e no final.

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O amor situa-se em que eixo?

A linha diegética do amor de Baltasar e Blimunda pode talvez considerar-se integrante do eixo da passarola.

A paixão Gidget e Max é ainda menos transversal, decerto privativa do mundo dos bichos.

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A luta de classes ultrapassa os eixos?

O eixo da construção da passarola tem como protagonistas os heróis (Baltasar, Blimunda, do povo, e Bartolomeu, do clero mas transgressor) e funciona também como exemplo de contra-poder. É no eixo da construção do Convento que evoluem as personagens do poder (D. João V, sobretudo) e se dá o retrato do povo explorado (os dois extremos, portanto).

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Do eixo dos donos pouco se sabe (o seu regresso a casa é dado em alternância brevíssima no final — as várias casas são vistas numa espécie de focalização externa, como se olhássemos um prédio descarnado e espiássemos vários lares). No eixo dos bichos assume-se uma focalização interna (por personagem coletiva, os bichos): vemos os acontecimentos pelo olhar dos animais.

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Há visitas de personagens de um dado eixo ao outro?

Scarlatti, Bartolomeu surgem nos dois eixos, de passarola e de Convento — são personagens com essa mobilidade transversal. O músico Scarlatti funciona, para o eixo da passarola, como personagem adjuvante. Ocasionalmente, há comparências de outras personagens em ambas as linhas diegéticas.

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Dentro do eixo dos bichos, os humanos encarregados da recolha de animais abandonados funcionam como oponentes (pertencerão ao eixo dos donos? — estão no seu emprego também); e há estratificação social: os revolucionários do esgoto, os privilegiados por viverem com donos.

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É o elemento feminino do casal que luta pela sua paixão

Blimunda procura Baltasar durante nove anos.

Gidget procura Max durante o dia todo.

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Enredo fecha-se numa retoma do início, circularmente

Baltasar e Blimunda conhecem-num auto de fé, em 1711. Intriga termina com outro auto de fé (histórico, o de António José da Silva), em 1739 — decorrem vinte e oito anos, balizados até por acontecimentos históricos.

Chegada de Katie com Duke desencadeia o conflito (Max-Duke) já resolvido no regresso da dona. Saída e regresso dos donos enquadra paixão de Gidget por Max — decorrem as vinte quatro horas de um dia completo.

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As multidões em viagem são recorrentes

Recordem-se o grupo de trabalhadores que transporta «mãe da pedra»; o grupo de trabalhadores arregimentados com que se cruzou Maria Bárbara; as procissões; etc.

Recordem-se o exército de animais chefiado pelo coelho Pompom; o grupo dos animais de estimação comandado pelo cão em cadeira de rodas; etc.

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TPC — À medida que for devolvendo, já corrigidas por mim, as primeiras versões da análise-comentário de Canção/Memorial, lança no ficheiro word as alterações que sugeri e envia-mo com o texto já alterado (Convento corrigido de Heliodoro do 12.º 0.º). Entretanto, como tenho multiplamente pedido, aproveita para terminar leitura de Memorial.

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