108
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO PróReitoria de Extensão (PROEX) Núcleos Associadaos Núcleo de Medicina e PráEcas IntegraEvas (NUMEPI) e parceiros

Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Este vídeo pertence ao curso "Gestão de Práticas Integrativas e Complementares" (http://atencaobasica.org.br/courses/7803). O curso é gratuito e aberto, basta acessar a Comunidade de Práticas pelo link: www.atencaobasica.org.br Crie seu perfil, faça o curso e participe, interagindo com profissionais da Atenção Básica de todo o país.

Citation preview

Page 1: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

UNIVERSIDADE  FEDERAL  DE  SÃO  PAULO    

Pró-­‐Reitoria  de  Extensão  (PROEX)  -­‐  Núcleos  Associadaos  

Núcleo  de  Medicina  e  PráEcas    IntegraEvas  (NUMEPI)  e  parceiros  

Page 2: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

     

     

 -­‐  Acary  Souza  Bulle  Oliveira  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Andréa  Romero  LaRerza  →  NUCI    -­‐  Débora  Amado  Scerni  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Gislaine  CrisEna  Abe  →  SIDNM/MTC/NUCI    -­‐  Jorge  Kioshi  Hosomi  →  NUMA/NUMEPI    -­‐  José  Peccinini  Petri  →  SBT/NUCI    -­‐  Márcia  Regina  Donatoni  Urbano  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Mary  Uchiyama  Nakamura  →  NUMA/NUMEPI    -­‐  Moacyr  Mendes  de  Morais  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Nélida  Amélia  Fontana  →  SBT/NUCI    -­‐  Paulo  Eduardo  Ramos  →  SIDNM/MTC/NUCI    -­‐  Ricardo  Ghelman  →  NUMA/NUMEPI    -­‐  Ricardo  Tabach  →  CEBRID/NUMEPI    -­‐  Romeu  Carillo  Junior  →  ABRAH/HSPM-­‐SP/NUCI    -­‐  Selda  Pantalena  de  Sousa  SBT/NUCI    -­‐  Sérgio  Felipe  de  Oliveira  →  NUCI/NUMEPI    -­‐  Sissy  Veloso  Fontes  →  NUCI/NUMEPI  

         

UNIFESP/parcerias  

Colaboradores  

Page 3: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

UNIVERSIDADE  FEDERAL  DE  SÃO  PAULO

PRÓ-­‐REITORIA  DE  EXTENSÃO  -­‐  PROEX

Núcleo  de  Medicina  e  PráEcas  IntegraEvas  -­‐  NUMEPI ORGANOGRAMA  DOS  SUBNÚCLEOS/DEPARTAMENTOS  PARTICIPANTES  e  PARCERIAS  

Setor  de  InvesEgação  em  Doenças  Neuromusculares:  SIDN/MTC  –  UNIFESP  Ambulatório  de  Medicina  Tradicional  Chinesa:  MTC  

Ms.  Gislaine  Cris-na  Abe  Esp.  Paulo  Eduardo  Ramos  

Associação  Brasileira  de  Reciclagem  e  Atualização  em  HomeopaEa:  ABRAH    

Clínica  de  HomeopaEa  do  Hospital  do  Servidor  Público  Municipal  de  São  Paulo:  HSPM-­‐SP  

Ms.  Romeu  Carillo  Junior    

Sociedade  Brasileira  de  Termalismo:  SBT  Esp.  Nélida  Amélia  Fontana  

Esp.  Selda  Pantalena  de  Sousa  José  Peccinini  Petri  

NUMEPI  (Núcleo  de  Medicina  e  PráEcas  IntegraEvas)  

Pró-­‐Reitoria  de  Extensão  da  Unifesp

Departamento  de  Obstetrícia  

Núcleo  de  Medicina  Antroposófica:  NUMA Profa.  Dra.  Mary  Uchiyama  Nakamura  

Dr.  Ricardo  Ghelman  Ms.  Jorge  Kioshi  Hosomi  

Departamento  de  Neurologia  e  Neurocirurgia  

Núcleo  de  Cuidados  IntegraEvos:  NUCI  Profa.  Dra.  Sissy  Veloso  Fontes  

Prof.  Dr.  Acary  Souza  Bulle  Oliveira  Profa.  Dra.  Débora  Amado  Scerni  

Ms.  Márcia  Regina  Donatoni  Urbano  Ms.  Andréa  Romero  LaRerza  Ms.  Sérgio  Felipe  de  Oliveira  

Esp.  Moacyr  Mendes  de  Morais  

Departamento  de  Medicina  PrevenEva  

Centro  Brasileiro  de  Informações  sobre  Drogas  Psicotrópicas:  CEBRID  Prof.  Dr.  Ricardo  Tabach  

Page 4: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Introdução

Page 5: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

•  Polí&ca  Nacional  de  Atenção  Básica  Portaria  nº  648,  de  28  de  Março  de  2006  

 -­‐  ATENÇÃO   BÁSICA   EM   SAÚDE:   é   “um   conjunto   de   ações   de   saúde   desenvolvidas   em  

âmbito   Individual   e   Cole&vo   que   abrangem   a   PROMOÇÃO   E   PROTEÇÃO   DA   SAÚDE,  prevenção  de  agravos,  diagnós&co,  tratamento,  reabilitação  e  manutenção  da  saúde”  É  o  primeiro  ponto  de  contato  do  cidadão  com  o    Sistema  de  Saúde.    

 -­‐  PRINCÍPIOS:   universalidade,   acessibilidade,   coordenação,   vínculo,   con&nuidade,    

integração,  responsabilidade,  humanização,  equidade  e  par&cipação  social.    -­‐  CONSIDERA   O   SUJEITO:   em   sua   singularidade,   complexidade,   integralidade,   inserção  

sociocultural. (Brasil,  2006  -­‐  PNAB)  

 

   

   

Atividade Física/ Práticas Corporais

Práticas Integrativas e Complementares

Reabilitação, Alimentação e

Nutrição Assistência

Farmacêutica

Serviço Social, Saúde da Criança, da Mulher, do Idoso e Mental

 

• Portaria  GM  Nº  154,  de  24  de  Janeiro   de   2008,   Republicada  em  04  de  março  de  2008.    ₋   VISA:  ampliar  a  abrangência  e  o   escopo   das   AÇÕES   DA  ATENÇÃO   BÁSICA,   bem   como  sua  resolubilidade.    

Page 6: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Práticas Integrativas e Complementares

Page 7: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) para o SUS

(Diário Oficial, portaria No. 971 de 03/05/06 do Ministério da Saúde)

- O campo das PIC´s contempla SISTEMAS MÉDICOS COMPLEXOS (racionalidade médica) E RECURSOS

TERAPÊUTICOS, também denominados pela OMS de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA).

- Cosmologia/Cosmovisão: doutrina médica, diagnóstico, sistemas terapêuticos, morfologia (anatomia), dinâmica vital (fisiologia). (Madel T. Luz, 2006)

“Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde – Organização Mundial de Saúde (OPAS-OMS), Medicina Tradicional é o total de conhecimento técnico e procedimentos baseado nas teorias, crenças e, experiências indígenas de diferentes culturas, sejam ou não explicáveis pela ciência, usados para a manutenção da saúde, como também para a prevenção, diagnose e tratamento de doenças físicas e mentais. São exemplos: a medicina tradicional chinesa, a ayurvédica hindu, a medicina unani árabe e as diversas formas de medicina indígena. Abrange terapias como a medicação à base de ervas, partes de animais ou minerais, e terapias sem medicação, como a acupuntura, as terapias manuais e as terapias espirituais”.

(Traditional Medicine Strategy. Genebra: WHO, 2010)

- Visam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias

efetivas e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na INTEGRAÇÃO do

ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse

campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do CUIDADO HUMANO, especialmente do

AUTOCUIDADO.

http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php

Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s

Page 8: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s

- Todas as AÇÕES decorrentes das políticas nacionais voltadas à integração das práticas integrativas e

complementares ao SUS, perpassam pelo entendimento e valorização da MULTICULTURALIDADE E

INTERCULTURALIDADE, por gestores e profissionais de saúde, para MAIOR EQUIDADE E

INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO.

“Interculturalidade pode ser entendida como modo de coexistência no qual os indivíduos, grupos e instituições, com características culturais e posições diferentes, convivem e interagem de forma aberta, inclusiva, horizontal, respeitosa e se reforçam mutuamente, em um contexto compartilhado. Assim, a Política Nacional considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral”.

- Na relação intercultural, busca-se favorecer o ENTENDIMENTO DE PESSOAS COM CULTURAS

DIFERENTES, em que a ESCUTA e o enriquecimento dos DIVERSOS ESPAÇOS DE RELAÇÃO são

facilitados e promovidos visando ao fortalecimento da IDENTIDADE PRÓPRIA, do AUTOCUIDADO, da

AUTOESTIMA, da VALORAÇÃO DA DIVERSIDADE E DAS DIFERENÇAS, além de proporcionar o

desenvolvimento de uma CONSCIÊNCIA DE INTERDEPENDÊNCIA para o benefício e

DESENVOLVIMENTO COMUM.

http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php

Page 9: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como OBJETIVOS:

1. Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, na perspectiva da

prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica,

voltada ao CUIDADO continuado, humanizado e INTEGRAL em saúde;

2. Contribuir ao aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo

qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso;

3. Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente

contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades e;

4. Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento

responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de

efetivação das políticas de saúde.

http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnpic.php

Page 10: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Procedimentos

Page 11: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

•  A HOMEOPATIA: Sistema médico complexo, de caráter holístico, baseado no princípio vitalista e no uso da lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates, no século IV a.C. A homeopatia desenvolvida por Samuel Hahnemann, no século XVIII, utiliza como recurso diagnóstico a matéria médica e o repertório e, como recurso terapêutico, o medicamento homeopático.

•  AS PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICAS: Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas

medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal. A prática da fitoterapia incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social. Os serviços podem oferecer os seguintes produtos: planta medicinal in natura, planta medicinal seca (droga vegetal), fitoterápico manipulado e/ou fitoterápico industrializado.

•  A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA/ACUPUNTURA E PRÁTICAS CORPORAIS:

Sistema médico integral originado há milhares de anos na China que se fundamenta nas teorias do yin-yang e dos cinco movimentos. Utiliza como elementos a anamnese, palpação do pulso, observação da face e língua e possui como abordagens terapêuticas plantas medicinais e fitoterápicos, dietoterapia, práticas corporais e mentais, ventosa, moxa e acupuntura.

•  A MEDICINA ANTROPOSÓFICA: A medicina antroposófica apresenta-se como abordagem médico-

terapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está organizado de maneira transdisciplinar, buscando a integralidade do cuidado em saúde. Entre os recursos que acompanham a abordagem médica, destaca-se o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapia e outros específicos da medicina antroposófica. Integrada ao trabalho médico, está prevista a atuação de outros profissionais da área da saúde, de acordo com as especificidades de cada categoria.

•  TERMALISMO SOCIAL-CRENOTERAPIA: O termalismo compreende as diferentes maneiras de

utilização da água mineral e sua aplicação em tratamentos de saúde. A crenoterapia consiste na indicação e uso de águas minerais com finalidade terapêutica, atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde.

-  Com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) institucionalizou-se até 10/13 no (SUS): http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pic.php

Práticas Integrativas e Complementares – PIC´s

Page 12: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Homeopatia

Page 13: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 HomeopaEa  

Cosmologia  e  breve  histórico    •  A   Homeopa&a   segue   o   modelo   de   atenção   centrado   na   saúde,   colocando  

todas  as  dimensões  do  indivíduo  no  centro  desse  paradigma.      •  Tem   como   caracterís&ca   fortalecer   o   paciente   tanto   nas   suas   capacidades  

biológicas   de   manutenção   da   saúde   como   nas   de   autocuidado,   além   de  promover  a  humanização  da  atenção.    

 •  A   experiência   vem   demonstrando   sua   capacidade   de   reduzir   a   fármaco-­‐

dependência   e   a   demanda   por   intervenções   e   emergências,   diminuindo   os  custos  dos  serviços  públicos  e,  melhorando  a  qualidade  de  vida.  

Page 14: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Cosmologia  e  breve  histórico  

 •  Em  1796,  Hahnemann,  o  fundador  da  Homeopa&a  publicou  um  ar&go  in&tulado:  “Ensaio  sobre  um  novo  princípio  para  descobrir  as  virtudes  cura@vas  das  substâncias  medicinais,  seguido  de  algumas  exposições  sumárias  sobre  os  princípios  aceitos  até  os  nossos  dias”.  O  Dr.  Richar  Haehl,  seu  melhor  biógrafo,  considera  essa  publicação  como  o  marco  inaugural  da  Homeopa&a.  

•  A  importância  desse  trabalho  reside  na  fundamentação  da  base  experimental  dessa  ciência  médica,  isto  é,  no  seu  alicerce  empírico.  Denis  Demarque,  renomado  homeopata  francês,  chegou  a  escrever  um   livro   in&tulado:   “Homeopa@a,   Medicina   de   Base   Experimental”,   infelizmente   há   muito  esgotado,  que  ressalta  essa  caracterís&ca  metodológica  desse  sistema  médico-­‐terapêu&co.    

•  Hahnemann   se   referia   ao   que   chamou   de   Patogenesia,   isto   é,   a   capacidade   das   substâncias  alterarem   a   saúde   dos   indivíduos   saudáveis.   Assim   como   nos   Ensaios   Clínicos   de   nossos   dias,  experimentadores   voluntários   passavam   (e   ainda   passam,   no   caso   das   experimentações   que  con&nuam  a  ser  realizadas)  a  ser  observados  após  ingerirem  determinadas  substâncias.    

•  O   resultado   dessas   observações,   representado   pelo   conjunto   de   sintomas   produzidos   por   essas  substâncias,   compõem   o   que   se   chama   Matéria   Médica   Homeopá@ca.   Esse   tratado   ainda   é  composto  por  sintomas  re&rados  da  Toxicologia,  Farmacologia  e  experiência  clínica,  na  sua  quase  totalidade.  

Page 15: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Cosmologia  e  breve  histórico  

 •  O   obje&vo   final   da   construção   da   Matéria   Médica  Homeopá&ca   é   a   u&lização   das   substâncias   nela   con&das  como   medicamentos   segundo   o   princípio   da   Semelhança,  enunciado   por   Hipócrates   (480   –   370   a.C.):   “Aquilo   que  provoca  a  doença  onde  não  existe,  cura  a  doença  que  existe”.  

•  Em   outras   palavras,   u&lizar   algo   que   provoque   uma   doença  ar&ficial  para  curar  uma  natural.  O  Pai  da  Medicina  formulou  esse   aforisma   baseado   na   observação   de   que   determinadas  substâncias  que  provocavam  certos  transtornos  podiam  curar  os  mesmos   transtornos  e,  portanto,  na  observação  clínica,  o  que  se  chamaria  hoje  de  “Medicina  Baseada  em  Evidências”.  

Page 16: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Cosmologia  e  breve  histórico  

 •  Esses  dois  princípios:  o  da  experimentação  em  voluntários  sadios  e  u&lização  das  substâncias  estudadas  como  medicamentos  pela  semelhança  formariam  o  que  se  pode   chamar   de   vertente   empírica   ou   posi&vista   da   Homeopa&a.   No   entanto,  assim  como  em  outros  ramos  da  Ciência,  como  a  Física,  por  exemplo,  no  caso  do  modelo   atômico   a   Homeopa&a   também   é   cons&tuída   por   uma   vertente  “construcionista”  baseada  num  modelo  vitalista.    

•  Para   Hahnemann,   a   doença   não   é   material   e   sim   dinâmica,   resultado   do  desequilíbrio  da  Força  Vital,  que   tem  a   responsabilidade  de  manter  o  organismo  em  harmoniosa  operação  vital  com  relação  às  suas  funções  e  sensações.    

•  O   vitalismo   de   Hahnemann,   baseado   na   corrente   filosófica   ternária   de   Barthez,  tornou-­‐se  uma  forte  corrente  de  oposição  ao  dogma&smo  da  Medicina  do  século  XVIII.  

•  Resta  ainda  o  tema  das  altas  diluições.  Estas  surgiram  depois  de  estabelecidos  os  princípios   anteriores,   qual   sejam   o   da   experimentação   e   da   semelhança.   A  Farmacotécnica  Homeopá&ca  desenvolvida  por  Hahnemann,  que  além  de  remover  os   efeitos   tóxicos   dos   “venenos”   possibilitou   a   u&lização   de   substâncias   inertes,  elevou  as  possibilidades  terapêu&cas  a  um  nível  muito  mais  alto.  

Page 17: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Cosmologia  e  breve  histórico  

 •  Um   dos   mais   importantes   trabalhos   do   fundador   da   Homeopa&a,   qual   seja   o  Tratado  das  Doenças  Crônicas,  desenvolvido  entre  1816  e  1827.  Na  referida  obra,  Hahnemann  descreveu  três  síndromes  onde  aloca  todos  os  &pos  de  manifestações  crônicas.   Segundo   o   próprio   autor,   esse   foi   um   divisor   de   águas   na   terapêu&ca  homeopá&ca.    

•  As  doenças  agora  não  eram  mais  consideradas  como  males  isolados  e  idiopá&cos,  mas  &nham  origens  e  fisiopatologias  comuns,  dentro  do  que  resolveu  chamar  de  “Miasmas”.  Considerou  ainda  sua  transmissão  hereditária  e  a  possibilidade  de  se  apresentarem  de  forma  simples,  isto  é,  uma  de  cada  vez,  ou  complexa.    

•  A   prescrição   do   medicamento   homeopá&co   agora   já   não   estaria   simplesmente  baseada  em  sintomas,  mas  nos  sintomas  da  doença  crônica  que  se  pretende  curar.  A  Homeopa&a   teve   seu  desenvolvimento  mais  marcante  na   segunda  metade  do  século  XIX  e  início  do  XX.      

•  A  expansão  nos   Estados  Unidos,   por   exemplo,   se  deu  de  maneira   extraordinária  graças  a  Constan&no  Hering  que,  em  1848,  fundou  com  Williamson  e  Jeanes  “The  Hahnemann  Medical  College”,  na  Filadélfia.  Em  pouco  tempo  agregaram-­‐se,  a  essa  escola   um   hospital   e   uma   policlínica,   onde   milhares   de   médicos   receberam  formação  homeopá&ca.  

Page 18: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Cosmologia  e  breve  histórico  

 •  Graças  ao   impulso  dado  por  Hering,  outros  estabelecimentos   foram  construídos.  Em  1850  a  Escola  homeopá@ca  de  Cleveland,  em  1857  a  de  Saint-­‐Louis,  em  1859  a  de  Chicago,  e  em  1860  a  de  Nova  Iorque.    

 •  Paralelamente   a   isso,   mul&plicavam-­‐se   as   escolas   ditas   eclé&cas,   onde   eram  

ensinadas   as   ciências   fundamentais   e   diversas   terapêu&cas:   alopá&ca,  homeopá&ca,  naturista  e  quiroprá&ca.  

 •  A   Homeopa&a   desenvolveu-­‐se   também   na   Europa,   notadamente   na   França,  

sustentada  por  homeopatas  do  mais  alto  gabarito   como  Vannier,  Henri  Bernard,  Zissu,   Demarque   e   muitos   outros,   que   ajudaram   a   desenvolver   e   modernizar   o  modelo  criado  por  Hahnemann.  Hoje,  países  como  a  Inglaterra,  se  u&lizam  dessa  terapêu&ca  em  larga  escala.    

Page 19: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Cosmologia  e  breve  histórico  

 •  No   Brasil,   como   especialidade   médica   desde   1980,   a   Homeopa&a   vem  galgando  lugar  de  destaque  entre  as  possibilidades  terapêu&cas  na  saúde  pública.    

•  A   portaria   3237,   de   2007,   do   Ministério   da   Saúde,   passou   a   incluir   os  medicamentos   que   integram   a   Farmacopéia   Homeopá&ca   Brasileira   na  rede  do  SUS  conforme  recomenda  a  PNPIC.    

•  A  Polí&ca  Nacional  de  Prá&cas  Integra&vas  e  Complementares  no  SUS  foi  publicada  na   forma  das  Portarias  Ministeriais  no.  971  em  03  de  maio  de  2006  e  no.  1.600  de  17    de  julho  de  2006.    

•  A   saúde   pública   brasileira   está   pronta   para   a   Homeopa&a   e   o   desafio  agora  é  formar  profissionais  bem  preparados  e  em  número  suficiente  para  suprir  a  crescente  demanda  dos  pacientes  com  relação  à  essa  terapêu&ca  que,   por   suas   caracterís&cas   focadas   no   indivíduo   e   em   seu   bem   estar,  sem  dúvida  alguma  poderá  ajudar  a  modificar  para  melhor  o   cenário  da  saúde  em  nosso  país.  

 

Page 20: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Fisiologia  e  Fisiopatologia  

•  A  Homeopa&a  segue  os  princípios  da  Fisiologia  e  Fisiopatologia  Sistêmicas,  isto  é,  todos  os  órgãos  e  tecidos  apresentam  relações  entre  si  e,  o  ser  integral  também  se  relaciona   com  o  ambiente  em  que  vive.  Veja-­‐se  o  que  ocorre  quando  o   coração  perde  parcialmente  a  capacidade  de  bombeamento  e  o  sgado  passa  a  represar  o  sangue   para   evitar   uma   sobrecarga   cardíaca.   Nesse   caso,   a   função   hepá&ca   é  adaptada  para  favorecer  o  sistema  como  um  todo.    

 •  Uma  úlcera  gástrica,  por  exemplo,  pode  surgir  em  decorrência  de  um  processo  de  

stress,   uma   vez   que   este   promove   uma   maior   produção   de   cor&sol   pela  suprarrenal,   que  aumenta   a  produção  de  ácido   clorídrico  do  estômago,   além  de  diminuir  a  espessura  da  sua  mucosa  protetora.  

 •  Em   contrapar&da,   a   Alopa&a   atua   diretamente   sobre   o   órgão   deficiente,   no  

primeiro  caso  com  um  cardiotônico  e  no  segundo  com  um  an&ácido,   seguindo  a  lógica  de  uma  Fisiologia  e  Fisiopatologia  linear  e  fragmentária.  Para  compreender  a   atuação   dessas   duas   formas   terapêu&cas   e   suas   possibilidades,   é   necessário  primeiro   compreender   como   o   organismo   se  mantém   em   equilíbrio   ou  melhor,  como  se  autorregula,  o  que  seria  tema  de  um  curso  específico.    

Page 21: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Fisiologia  e  Fisiopatologia  

•  Apenas  a  ttulo  de  esclarecimento,  a  autorregulação  é  uma  capacidade  própria  de  todo  ser  vivo  e,  cumpre  a  função  de  manter  as  suas  constantes  internas  (pressão  arterial   ou   humor,   por   exemplo)   em   constante   variação   de   acordo   com   as  circunstâncias   (a   pressão   arterial   deve   subir   com   a   frequência   cardíaca,   assim  como  o  humor  varia  de  acordo  com  a  circunstância).  Quando  essa  propriedade  se  torna  deficiente  diz-­‐se  que  o  indivíduo  está  doente.    

 •  A  lógica  do  tratamento  alopá&co  é  atuar  diretamente  sobre  o  órgão  que  deveria  

produzir  o  resultado  esperado  e  não  sobre  o  sistema  que  tem  a   função  de  atuar  sobre  o  referido  órgão  (no  caso  da  hipertensão  arterial  se  usa  vasodilatador  e  na  variação  de  humor  um  tranquilizante  ou  estabilizador  do  humor).    

 •  Em   outras   palavras,   o   medicamento   alopá&co   faz   aquilo   que   o   sistema   de  

autorregulação   deficiente   não   consegue   fazer.   Por   outro   lado,   a   lógica   do  tratamento  homeopá&co  é  a  de  es&mular  o  sistema  de  autorregulação  com  uma  “doença  medicamentosa”  ar&ficial  semelhante  a  natural  para  que  ele  busque  um  caminho  adapta&vo  para  uma  possível  solução  do  problema.  

 

Page 22: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Fisiologia  e  Fisiopatologia  

•  Por  esses  exemplos  é  fácil  perceber  que  o  tratamento  alopá&co  consegue  manter  ar&ficialmente   a   constante   interna   em  níveis   adequados   (no   caso   do   exemplo   a  pressão   arterial)  mas,   re&ra   grada&vamente   do   sistema   a   sua   capacidade   de   se  autorregular  (o  que  não  é  usado  atrofia)  o  que  jus&fica  a  cronicidade  dos  quadros  e  o  seu  gradual  agravamento,  além  da  dependência  crescente  do  fármaco.  

 

•  A  Homeopa&a,   de  outra   forma,   ao   es&mular   o   sistema  de   autorregulação,   pode  levar  a  cura  de  doenças  consideradas  como  incuráveis.  

 

•  Portanto,  o  médico  e  todo  o  agente  de  saúde,  devem  dominar  ambas  as  técnicas  e  atuar   de   forma   palia&va   quando   necessário   para   preservar   a   integridade   do  indivíduo   e   de   forma   a   es&mular   a   sua   capacidade   de   autorregulação   quando  possível,   minimizando   a   u&lização   de   medicamentos   potencialmente   tóxicos   e  favorecendo  a  cura.    

 

•  A   formação  do  médico,  do   terapeuta  e  ou  do  cuidador  da   saúde,  em  geral  deve  contemplar   essas   duas   vertentes   complementares,   o   palia&vo   e   o   cura&vo,   em  proporções   e   momentos   adequados   para   o   restabelecimento   da   saúde   ssica,  mental  e  espiritual.  

 

Page 23: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Sistema  DiagnósEco  

•  A  Homeopa&a,  como  a  Medicina  Convencional,  se  u&liza  da  Semiologia  e  dos   exames   complementares   para   o   diagnós&co   e   ins&tuição   do  tratamento.    

•  Talvez,   a   maior   diferença   se   encontre   no   foco   de   uma   e   de   outra.   A  famosa   frase  de  William  Osler,  o   “Pai  da  Medicina  Moderna”,   reflite  um  pouco   a   diferença   entre   os   dois   pensamentos:   “It’s   more   important   to  know  what  sort  of  person  this  disease  has,  than  what  sort  of  disease  this  person   has”.   Se   imaginarmos   que   a   Semiologia   está   mais   centrada   no  conhecimento  do  indivíduo  e  o  exame  complementar  mais  na  sua  doença,  pode-­‐se  entender  a   importância  de  uma  e  do  outro  em  cada  abordagem  terapêu&ca.    

•  No  caso  da  Alopa&a  pode-­‐se  esperar  um  menor  tempo  de  Semiologia  com  uma   maior   quan&dade   de   exames   complementares,   enquanto   que,   na  Homeopa&a   um   maior   tempo   semiológico   com   menos   exames  complementares.    

Page 24: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Sistema  DiagnósEco  

•  A   atenção   sobre   o   indivíduo   doente,   e   não   sobre   a   doença,   resulta   em   caracterís&cas  semiológicas   par&culares   com   relação   à   Homeopa&a,   embora   os   princípios   básicos   da  Semiologia  sejam  sempre  seguidos.    

•  Iden&ficação   do   paciente,   queixa   e   duração,   interrogatório   sobre   os   diversos   aparelhos,  história  pregressa  da  doença  atual,  antecedentes  familiares,  exame  ssico  e  diagnós&co  clínico  são  imprescindíveis  em  qualquer  anamnese.    

•  No  entanto,  o   item  “história  pregressa  da  doença  atual”,  por  exemplo,  pode  ser  subs&tuído  por   “biopatografia”   ou   histórico   de   doença   e   saúde,   incluindo   eventos   biopsicossociais   do  indivíduo,  desde  a  sua  gestação  até  o  momento  da  consulta.  Tal  cronologia  de  eventos  torna-­‐se   indispensável   para   a   compreensão   do   estado   atual   do   indivíduo   na   medida   em   que   se  considere   as   doenças   como   instabilidades   do   sistema,   que   se   apresentam   sob   formas  variadas.   Este   fato   parece   cada   vez   mais   reconhecido   pela   Medicina   hegemônica,   donde  proveem,   por   exemplo,   pesquisas   demonstrando   a   relação   de   uma   atopia   na   infância   com  hiperuricemia  no  adulto.  

•  Nesse   sen&do,   as   “síndromes”   de   Hahnemann   ou   miasmas,   como   ele   resolveu   chamar   as  doenças   crônicas   (veja   o   breve   histórico   acima),   de   caráter   hereditário,   manifestam-­‐se  durante  a  vida  do   indivíduo  de  diversas   formas  através  de  doenças  diferentes  quanto  à  sua  apresentação,   mas   com   a   mesma   origem   fisiopatológica.   O   reconhecimento   dessas  alternância  entre  manifestações  de  diferentes  doenças  crônicas  herdadas  durante  a  vida  é  de  fundamental  importância  para  o  diagnós&co  homeopá&co,  que  visa  justamente  o  tratamento  das  referidas  instabilidades.  

Page 25: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Sistema  DiagnósEco  

•  Desnecessário   falar,   portanto,   da   importância   dos   antecedentes   familiares,   isto   é,   dos  antecedentes  das   referidas  doenças   crônicas  na   família,  uma  vez  que  o   seu  aparecimento  na  descendência   representa   compa&bilidade   de   tendência,   o   que   se   chama   de   compa&bilidade  diatésica.  A  importância  da  iden&ficação  da  compa&bilidade  se  encontra  justamente  no  fato  de  poder-­‐se   deparar   com   uma   incompa&bilidade,   isto   é,   uma   doença   crônica   que   não   foi  transmi&da  hereditariamente,  mas  provocada  por  algo  suficientemente  forte  e  persistente  para  modificar  as  tendências  do  indivíduo.    

•  Hahnemann  chamava  esse  evento  de  “falsa  doença  crônica”  e  dava  as  citava  como:  “doenças  profissionais  ou  resultantes  de  envenenamentos  ou  tratamento  alopá@co  violento”.  Nos  dias  de  hoje   são   muito   comuns   das   chamadas   “doenças   medicamentosas”,   como   por   exemplo   as  causadas  pelo  uso  prolongado  de  cor&coides,  neurolép&cos,  an&convulsivantes,  quimioterapia,  radioterapia   e   inumeráveis   outras   patologias   bastante   graves   e   difundidas,   cujo   tratamento  homeopá&co  diferenciado  poderá  ser  abordado  num  momento  oportuno.  

•  Uma   vez   que   nada   é   independente   no   sistema,   as   questões   cogni&vas,   afe&vas,   intelec&vas  também   devem   constar   da   semiologia   homeopá&ca.   O   psiquismo   caracteriza   o   indivíduo   e  revela  suas  relações  consigo  próprio  e  com  os  outros.  Muitos  diagnós&cos  equivocados  surgem  em  decorrência  de  não  se  considerar  as  relações  do  indivíduo  com  o  meio  em  que  vive,  como  a  escola  e  a  família.  Alguns  &pos  de  comportamento  infan&l  classificados  como  patológicos  são,  em  grande  parte  das  vezes,  apenas  tenta&vas  de  adaptação  ao  meio  “hos&l”  em  que  vivem.  

Page 26: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Sistema  DiagnósEco  

•  Embora  possam  exis&r  as  chamadas  “Linhas”,  a  Homeopa&a  moderna  pode  e  deve  ser  capaz  não  apenas  de  abarcar  todas  elas  mas  criar  uma  união  dialé&ca  onde  o  produto  final   seja  mais   (e  menos   ao  mesmo   tempo)  do  que  o   simples   somatório  delas.  A  Semiologia  homeopá&ca  deve  primar  pela  valorização  do  “todo”  com  suas  “partes”  e  das  “partes”  dentro  do  “todo”  e  cons&tuir-­‐se  na  base  das   tomadas  de  decisões  terapêu&cas,  sejam  elas  medicamentosas  ou  de  outra  natureza  qualquer,  buscando-­‐se  as  mais  uteis  para  a  preservação  da  saúde  do  indivíduo  e  da  sociedade  em  que  vive.  

 •  Nos   trinta   anos   de   ambulatório-­‐escola   da   Clínica   de   Homeopa&a   do   Hospital   do  

Servidor   Público   Municipal   de   São   Paulo,   vem   sendo   desenvolvida   uma   técnica  semiológica   capaz   de   preencher   esses   quesitos   e   uma   ficha   clínica,   atualmente  digitalizada,  que  lhe  dá  sustentação  e  possibilidade  de  avaliação  de  eficácia/custo,  além   de   facilitar   os   levantamentos   para   pesquisas   clínicas.   Assim,   uma   forma  semiológica  bastante  ampla,  uniformizada  por  uma  ficha  clínica  adequada  é  muito  mais  do  que  meio  caminho  andado  para  um  bom  tratamento  homeopá&co.  

 

Page 27: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Intervenções  terapêuEcas  

 •  A  Homeopa&a  é  um  sistema  terapêu&co  que  se  u&liza  de  medicamentos  fabricados  através  de   farmacotécnica   específica   já   adotada   pelo   SUS   desde   2007   pela   portaria   3237   do  Ministério  da  Saúde.  No  entanto,  por  suas  par&cularidades  quanto  à  abordagem  do  processo  saúde/doença,   que   envolve   um   necessário   aprofundamento   do   conhecimento   sobre   o  sujeito,   acaba   por   apresentar   uma   propriedade   emergente,   como   diria   Bateson,   da   qual  nascem   outras   possibilidades.   O   envolver-­‐se   com   o   doente   e   vice-­‐versa,   o   que   se   chama  relação   médico-­‐paciente,   um   necessário   retorno   “às   origens”,   para   que   não   se   diga  “Humanização  da  Medicina”,  traz  possibilidades  de  intervenções  sobre  as  quais  o  médico  e  cuidador  modernos  também  devem  estar  afeitos,  o  que  se  traduz  em  conhecimentos  básicos  de  Psicologia,  Antropologia  e  Filosofia,  que  envolvem  questões  é&cas,  morais  e  espirituais.  

 •  Dentre   as   intervenções   medicamentosas,   a   Homeopa&a   apresenta   uma   variedade   de  

possibilidades.   Veja-­‐se,   por   exemplo,   as   instabilidades   desencadeadas   por   fatores  predominantemente  extrínsecos  ao  sistema  como  o  caso  de  uma  fratura.  Deve-­‐se  u&lizar  o  termo   “predominantemente”   porque   nenhuma   instabilidade   do   sistema   depende  exclusivamente   dele   ou   de   um   fator   extrínseco   desencadeante,  mas   ambos   sempre   estão  presentes  em  graus  variáveis  de  importância.  Esse  &po  de  instabilidade  pode  ser  tratada  com  medicamento  homeopá&co  específico  para  o  melhor  restabelecimento  dos  tecidos  afetados  (ossos,  músculos,  nervos,  vasos,  pele,  etc).  

Page 28: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Intervenções  terapêuEcas  

 •  Dentre   as   intervenções   medicamentosas,   a   Homeopa&a   apresenta   uma   variedade   de  possibilidades.   Veja-­‐se,   por   exemplo,   as   instabilidades   desencadeadas   por   fatores  predominantemente  extrínsecos  ao  sistema  como  o  caso  de  uma  fratura.  Deve-­‐se  u&lizar  o  termo   “predominantemente”   porque   nenhuma   instabilidade   do   sistema   depende  exclusivamente   dele   ou   de   um   fator   extrínseco   desencadeante,  mas   ambos   sempre   estão  presentes  em  graus  variáveis  de  importância.  Esse  &po  de  instabilidade  pode  ser  tratada  com  medicamento  homeopá&co  específico  para  o  melhor  restabelecimento  dos  tecidos  afetados  (ossos,  músculos,  nervos,  vasos,  pele,  etc).  

 •  No   caso   de   uma   doença   epidêmica,   cuja   origem   é   mista,   isto   é,   existe   um   grau   de  

importância  aproximadamente   igual  entre  o   fator  extrínseco  desencadeante  e  o   intrínseco  (individual),   surge   a   possibilidade   de   um   medicamento   para   o   tratamento   da   Epidemia.  Hahnemann,   no   caso   do   Cólera,   indicava   três   medicamentos   (Veratrum   álbum,   Cuprum  metallicum  e  Camphora)  na  dependência  das  caracterís&cas  da  Epidemia.  

 •  As  doenças  crônicas  (verdadeiras  e  não  as  causadas  por  fatores  extrínsecos  violentos  como  

visto   anteriormente)   têm   causa   predominantemente   intrínseca   ao   sistema,   onde   a  individualidade,   portanto,   tem   a   maior   influência.   Nesses   casos,   o   medicamento   será  escolhido  segundo  um  elevado  grau  de  semelhança  com  as  caracterís&cas  da  doença  crônica  que  se  pretende  curar  dentro  das  ma&zes  do  indivíduo  que  a  apresenta.  

   

Page 29: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Intervenções  terapêuEcas  

 •  Dessa  breve  exposição  se  conclui  que  o  tempo  de  tratamento  está  diretamente  relacionado  ao  &po  de   instabilidade  que   se  pretende   tratar.  O  mito  de  que  a  Homeopa&a  é   “boa  mas  lenta”   repousa   sobre   o   fato   de   um   grande   número   de   pessoas   que   a   procuram   serem  portadoras  das  instabilidades  predominantemente  intrínsecas  ao  sistema  além  de  trazerem  as  doenças  crônicas  medicamentosas  decorrentes  de  “tratamentos”  prolongados  com  drogas  violentas   e   ineficazes.   A   Homeopa&a,   nos   casos   agudos,   por   exemplo,   habitualmente  apresenta  resultados  bastante  eficazes  e  rápidos.  

•  Outro  tema  bastante  interessante  e,  sumamente  importante  é  o  das  intervenções  nos  casos  crônicos   que   vêm   usando  medicamentos   alopá&cos   durante  muito   tempo   e,   cuja   re&rada  coloca  em  risco  a  integridade  do  indivíduo.  Essa  circunstância,  por  sinal,  é  a  mais  comumente  encontrada   pelo   médico   homeopata,   mormente   o   que   atua   na   Rede   Pública.   Como  apresentado   anteriormente,   o   medicamento   alopá&co   atua   sobre   o   órgão   efetor   para  produzir   um   resultado   adequado   ar&ficialmente   enquanto   o   medicamento   homeopá&co  atua   na   autorregulação   es&mulando   o   sistema   a   produzir   naturalmente   esse   resultado.  Existe   antagonismo   entre   as   duas   terapêu&cas   na   medida   em   que   a   Alopa&a   atrofia   o  sistema   de   autorregulação   e   a   Homeopa&a   es&mula.   Por   outro   lado,   existe   algo   sinérgico  entre   as   duas   na   medida   em   que   ambas   buscam   um   resultado   adequado.   Portanto,   o  homeopata   deve   estar   preparado   para   essa   circunstância   e   conhecer   as   técnicas   mais  adequadas  para  a  desmedicalização  sem  colocar  o  indivíduo  em  risco.  

Page 30: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

HomeopaEa  Intervenções  terapêuEcas  

 •  Poder-­‐se-­‐ia   abrir   um   parênteses   para   abordar   as   doenças   profissionais,  intoxicações   e   medicamentosas,   onde   a   Homeopa&a,   mais   precisamente   a  Isoterapia,  tem  demonstrado  grande  eficácia,  como  nas  intoxicações  pelo  chumbo  ou  mercúrio  ou  mesmo  nos  efeitos  colaterais  da  quimioterapia.    

 •  Ainda   existe   um   vasto   campo   a   ser   explorado   pela   Homeopa&a   nos   casos   de  

transplante  de  órgão  e  no  implante  de  células  tronco,  além  da  sua  já  consagrada  u&lização  na  síndrome  do  climatério  e  outros  transtornos  hormonais.  

 •  Pelo   exposto,   desnecessário   dizer   que   não   existe   nada   que   a   Homeopa&a   não  

possa  estar   incluída  num  plano  de  tratamento.  A  Homeopa&a  é  uma  terapêu&ca  centrada   no   indivíduo   e   suas   intervenções   são   fundamentadas   nele.   Não   há  indivíduo  que  não  possa  ser  tratado  homeopa&camente.  

 

Page 31: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Plantas Medicinais e Fitoterápicas

Page 32: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Plantas Medicinais: História

•  Plantas  medicinais:  u&lização  como  medicamento  tão  an&ga  quanto  o  próprio  homem;  

•  Método  da  tenta&va  e  erro  –  experimentação  para  saber  qual  planta  deveria  ser  u&lizada  para  cada  mal.  

 

Page 33: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Ø  Sumérios:  4000  anos  a.C.:  Rio  Tigres/Eufrates                  ü  inscrições  em  placas  de  barro:  ópio/alcaçuz  

 Ø  China:  3000  anos  a.C.:  Medicina  Herbal  Chinesa    Ø  Índia:  Medicina  Ayuvérdica  ⇒  início  da  era  Cristã:  associações  

de  plantas  (prevenção)    

 

Plantas Medicinais: História

Page 34: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Plantas Medicinais: História

Ø  Raízes   culturais   da   civilização:   gerações   transmitem   ensinamentos  sobre  a  flora  e  suas  propriedades  cura&vas;  

 Ø  As   substâncias   presentes   nas   plantas   con&nuam   sendo   a   base   de  

uma  proporção  grande  dos  medicamentos  u&lizados  atualmente;    Ø  O   uso   de   plantas   medicinais   e   fitoterápicos,   com   finalidade  

profilá&ca,  cura&va,  palia&va  ou  para  fins  de  diagnós&co,  passou  a  ser  oficialmente  reconhecido  pela  Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS)  em  1978,  durante  a  conferência  em  Alma-­‐Ata    na  an&ga  URSS.  

Page 35: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Fitoterápicos

São medicamentos obtidos empregando-se exclusivamente derivados de drogas vegetais como ativos;

Excipientes e outros componentes não ativos da fórmula podem ser de outras origens que não a vegetal;

São caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, como também pela constância de sua atividade.

Page 36: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Medicamentos fitoterápicos

Page 37: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Derivado   de   droga   vegetal:   produtos   de  extração   da   matéria-­‐prima   vegetal.   É  caracterizado   pela   reprodu&bilidade   e  constância  de  sua  qualidade.  

Planta  medicinal:  planta  usada  tradicionalmente  com    finalidade  terapêu&ca.  

Definições

Droga  vegetal:  planta  medicinal  ou  suas  partes,  após  processos  de  coleta,  estabilização  e  secagem,  podendo  ser  íntegra,  rasurada,  triturada  ou  

pulverizada.  

Page 38: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

LEGISLAÇÃO E FITOTERÁPICOS

Ø ANVISA   /   MS:   exigência   de   estudos   cientficos   que  comprovem   a   eficácia   do   produto   e   a   ausência   de  riscos  à  saúde;  

 Ø Estudos  pré-­‐clínicos  e  clínicos;    Ø Combate  à  comercialização  ilegal  de  medicamentos.  

Page 39: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Regulamentações diversas

Plantas medicinais

Ø Dispensadas em farmácias e ervanarias (Lei 5991/73). - “A dispensação de plantas medicinais é privativa das farmácias e ervanarias, observados o acondicionamento adequado e a classificação botânica.” - As embalagens não podem ter alegações terapêuticas.

Page 40: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Ø  Todo   fitoterápico   industrializado   deve   ser  registrado  previamente  à  comercialização;  

Ø  Tem   que   apresentar   critérios   de   qualidade,  segurança   e   eficácia   exigidos   pela   ANVISA  para  todos  os  medicamentos  alopá&cos.  

Registro: fitoterápico = medicamento

“A venda de produtos não registrados é considerado crime grave contra a saúde pública.”

(Cod. Penal Art. 273 § 1º B-I)

Page 41: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Laboratórios   farmacêu&cos,   públicos   ou   privados,   com  autorização  de   funcionamento,   licença   sanitária   e     condição  sa&sfatória  de  produção  (CBPFC).  

Quem pode produzir fitoterápicos?

Page 42: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Medicamento fitoterápico

Controle de Qualidade Eficácia

Segurança

Page 43: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Segurança e eficácia

Page 44: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Há 4 formas de comprovar S/E

Ø  Referências em literatura científica (RE 88/04);

Ø  Registro simplificado (RE 89/04);

Ø  Ensaios pré-clínicos (RE 90/04) e clínicos (CNS 196/96 e 251/97);

Ø  Levantamento etnofarmacológico.

Page 45: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Controle de qualidade

Ø  Droga vegetal;

Ø  Derivado de droga;

Ø  Produto acabado.

Page 46: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

CQ: droga vegetal

Ø  Laudo de identificação botânica;

Ø  Métodos de secagem, estabilização e conservação;

Ø  Pureza e integridade;

Ø  Referências Farmacopeica: Brasileira ou RDC 79/03 + RDC 169/06;

Centella asiatica

Page 47: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

CQ: derivado da droga vegetal

Ø  Nomenclatura  botânica  oficial;  

Ø  Parte  u&lizada;  

Ø  Solventes,  excipientes  e/ou  veículos;  

Ø  Testes  de  auten&cidade;  pureza  e  integridade;  

Ø  Análise  qualita&va  e  quan&ta&va.  

Tanacetum  parthenium  

Page 48: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

CQ: produto acabado

Ø  Descrição   das   metodologias   u&lizadas,   com  métodos  validados;  

Ø  Análise  quan&ta&va  e  qualita&va;  

Ø  EET;  

Ø  Estabilidade/especificações  de  embalagem;  

Ø  CBPF.

GUACO

Uncaria tomentosa

Page 49: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Espécies vegetais mais registradas Planta No de registros

Ginkgo biloba (Ginkgo) 33 Aesculus hippocastanum (Castanha da índia)

29

Cynara scolymus (Alcachofra) 21 Hypericum perforatum (Hipérico) 20

Glycine max (Soja) 20

Valeriana officinalis (Valeriana) 20

Panax ginseng (Ginseng) 17

Senna alexandrina (Sene) 14

Cimicifuga racemosa (Cimicífuga) 14

Mikania glomerata (Guaco) 14

Maytenus ilicifolia (Espinheira-Santa) 13

Peumus boldus (Boldo) 13

Paullinia cupana (Guaraná) 12

Page 50: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Exemplos: Hypericum perforatum L.

Ø  Nome popular: erva de São João;

Ø  Partes utilizadas: partes aéreas da planta florida;

Ø  Indicação: para depressão leve ou moderada (extratos padronizados);

Ø  É um dos principais antidepressivos vendidos no mundo.

Page 51: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Exemplos: Hypericum perforatum L

Ø  Flavonóides Ø  Floroglucinóis Ø  Taninos

Ø  Hipericina Ø  Xantonas Ø  Hiperforina

Page 52: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Exemplos: Hypericum perforatum L

n  Hyperico®

n  Iperisan® n  Börnin® n  Fiotan® n  Jarsin® n  Hiperex® n  Extrato padronizado (LI 160)

Hypericum perforatum L.

Page 53: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Exemplo: Ginkgo biloba (ginkyo: damasco prateado)

•  Planta milenar (considerada um fóssil vivo);

•  Parte empregada: folhas;

•  Princípios ativos: ginkgolídeos e bilobalídeos.

Page 54: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Exemplo: Ginkgo biloba (ginkyo: damasco prateado)

•  Inúmeros  trabalhos  mostrando  os  benescios  do  extrato  de  Ginkgo  biloba  nos   processos   cogni&vos   (memória,   atenção,   aprendizagem),  especialmente  nos  casos  onde  existe  um  déficit  inicial;    

•  É  u&lizada  no  tratamento  da  doença  de  Alzheimer;  

•  Ação:   an&oxidante,  ↓   viscosidade   sanguínea  e  ↑  a   circulação   sanguínea:  ↑  aporte  de  oxigênio  e  glicose  para  os  neurônios.  

Page 55: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Exemplo: Valeriana officinalis (valeriana)

•  Originária   da   Europa   e   oeste   da  Ásia;  

 •  Parte  U&lizada:  raízes;    •  Amp l amen te   u& l i z ada   n a  

composição   de   um   grande  número  de  produtos.    

Page 56: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Exemplo: Valeriana officinalis (valeriana)  

•  Compostos :   ó leos   vo láte is    ( seda&vo)   e   va lepotr ia tos  (ansiolí&co);  

   •  Mecanismo   de   ação:   inibição   da  

GABA-­‐transaminase,   interação  com   receptor,   alteração   na  liberação/recaptação  de  GABA.  

Page 57: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos
Page 58: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Plantas Medicinais CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ø Renascimento do interesse pelo tema;

Ø Lucro com a análise objetiva da ciência médica;

Ø Fitoterapia vem crescendo em importância;

Ø Grande procura por medicamentos;

Ø Opção terapêutica eficaz;

Ø baixo custo / menores efeitos colaterais.

Page 59: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Medicina Tradicional Chinesa - acupuntura e práticas corporais

Page 60: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Histórico - Medicina Tradicional Chinesa (MTC)

•  Técnicas utilizadas pela civilização chinesa há mais de cinco mil anos, baseadas na experiência empírica de líderes intelectuais curandeiros, replicadas com sucesso pelos discípulos através das gerações subsequentes;

•  Influenciada pelo contexto sócio-cultural e

religioso; •  Praticada não somente na China, mas em

países vizinhos, como Japão e Coréia. Palmeira, 1990

Page 61: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

•  Dinastia Qing (século 19) missionários do ocidente levaram medicamentos, e houve a introdução da Medicina ocidental na China;

•  1950 – estruturação do ensino da MTC, com

e l iminação de aspectos cons iderados supersticiosos. A formação do médico de MTC passa a ser nas universidades.

Dong Z, 2008

Histórico - Medicina Tradicional Chinesa (MTC)

Page 62: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Medicinas associadas •  Desde o século 19 a China adota ambas as medicinas

(ocidental e chinesa tradicional), e ainda está em processo de adaptação, o estudo da medicina integrativa.

Palmeira, 1990 Xu J, 2009

•  Evento marcante - epidemia de SARS em 2003: redução

de 80% na taxa de mortalidade em Beinjin após a associação de MTC no tratamento dos doentes (taxa de mortalidade chinesa: 6,5 / taxa de mortalidade mundial: 9,5).

Xu J, 2009

Page 63: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Medicinas associadas •  90% dos hospitais gerais têm um departamento

de MTC;

•  Quase todos os médicos dos hospitais praticam ambas as medicinas (ocidental e chinesa tradicional);

•  Custo financeiro da MTC é muito menor; •  Bom resultado em doenças crônicas;

•  Orientação OMS: ações preventivas e autocuidado.

Xu J, 2009

Page 64: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Racionalidade da MTC

•  Anatomia; •  Fisiologia; •  Fisiopatologia; •  Sistema de diagnóstico: anamnese e exame

físico (Língua e Pulso) próprios; •  Terapias da MTC.

Nascimento, 2012

Page 65: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

No Brasil

•  Terapias conhecidas: acupuntura (incluindo moxabustão e ventosaterapia), exercícios físicos (qigong, tai chi chuan, meditação), massagens (tuiná), fitoterapia chinesa, dietoterapia chinesa.

Palmeira, 1990

•  Técnica de diagnóstico: exame da língua

adaptado para medicina integrativa. Abe, 2012

Page 66: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Acupuntura

•  Inserção de f inas agulhas em pontos determinados anatomicamente, para equilibrar corpo/mente;

•  Várias técnicas: acupuntura sistêmica, auricular,

escalpeana, eletroacupuntura; •  Sistematização do procedimento – SUS.

Page 67: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Acupuntura - Revisões Cochrane

Evidências positivas: • Cefaléia tensional; • Profilaxia migrania; • Cervicalgia.

Page 68: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Qigong - Histórico Qigong é uma técnica, dentre várias, da medicina tradicional chinesa. De acordo com registros históricos, tem uma história de 5.000 anos, remontando ao período neolítico (entre 10.000 e 4.000 anos atrás). É um método original de orientações e cuidados médicos, que os antepassados da nação chinesa criaram gradualmente, acumulando e organizando suas experiências de prática ao longo de suas vidas.

Wang & Huan, 1992; Ramos, 2012

Page 69: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Qigong

Qigong é um método terapêutico, onde são utilizados exercícios, que são realizados de forma suave e lenta, associados à respiração, ao relaxamento e à concentração, bem como a manipulação em pontos especí f icos de acupuntura, a fim de recuperar, manter e prevenir doenças.

Ramos, 2012

Page 70: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Categoria de Qigong

Existem diversas categorias e estilos de Qigong, que se originaram em diferentes períodos históricos, podendo ser: • Jing Gong (práticas estáticas, de serenidade, tranquilidade); • Dong Gong (práticas de movimento, dinâmicas). Ramos, 2010

Page 71: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Racionalidade do Qigong

•  Anatomia; •  Fisiologia; •  Fisiopatologia; •  Sistema de diagnóstico: anamnese e

exame físico (Língua e Pulso) próprios.

Yang, 2006

Page 72: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

No Brasil

Práticas conhecidas: • Daoyin (導引) • Ba Duan jin (八段錦) • Yi Jin Jing (易筋經)

• Nei gong (內功) • Lian Gong (練功) • Xiang Gong (香功) • Taijiquan (tai chi chuan – 太極拳)

Page 73: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Zhang San Feng, 張三豊 (1247-?), lendário monge taoista chinês, que muitos acreditam ter conquistado a imortalidade, enquanto estava meditando, ele viu uma serpente sair do buraco; nesse momento, um pássaro desceu da árvore para enfrentá-la. Após a luta, o pássaro voou de volta para a árvore e a serpente rastejou de volta para o buraco. No dia seguinte, a mesma cena se repetiu. Foi a partir da observação desse fato, que Zhang San Feng criou o Taijiquan, 太極拳. 孔德, 2011

Tai Chi Chuan - Histórico

Page 74: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Tai Chi Chuan •  Taijiquan é uma arte marcial, realizada de forma

suave e lenta, associada à respiração, ao relaxamento e à concentração. Estimula respostas naturais de cura do organismo, que atuam na prevenção de agravos, recuperação da saúde e na visão ampliada do autocuidado;

•  Atualmente é reconhecida pela UNESCO, como

patrimônio da humanidade.

Page 75: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Na China

Vários estilos de tai chi chuan: • Estilo Chen; • Estilo Yang; • Estilo Wu; • Estilo Wu/Hao; • Estilo Sun.

Page 76: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

No Brasil

Práticas conhecidas: • Estilo Chen; • Estilo Yang; • Estilo Pai Lin.

Page 77: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

•  Evidências positivas – revisão de 77 estudos

Qigong e Tai Chi Chuan – Revisões Cochrane

Page 78: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Medicina Antroposófica

Page 79: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Cosmologia  

 •  Um   princípio   fundamental   da   Cosmologia   antroposófica   é   de   que   o   Ser   Humano   é  composto   em   sua   natureza   por   dimensões   minerais,   vegetais,   animais   e   humanas,  individuais  e  ao  mesmo  tempo  universais.    

•  Estas   dimensões   são   resultado   da   criação   do   Cosmos,   de   tal   forma   que   o   mundo  microcósmico  pessoal  está  em  ín&ma  conexão  com  o  macrocosmo.    

•  Estas  dimensões  organizadas  como  reinos  da  natureza,  correspondem  a  ações  de  quatro  forças   dinâmicas   de   natureza   não   perceptvel   aos   sen&dos   criadas   pelo   macrocosmo  com   naturezas   próprias   que   se   integram   com   as   substâncias   corporais   e   com   as  substâncias  dos  medicamentos  naturais.    

•  Toda  esta  complexidade  é  ordenada  por  forças  espirituais,  ou  seja,  não  perceptveis  aos  sen&dos   como   forças   gravitacionais,   forças   vitais,   forças   anímicas   e   forças   da  individualidade.    

•  Os  períodos  de  desenvolvimento  humano  refletem  os  períodos  de  desenvolvimento  da  humanidade,   de   maneira   que   7   anos   de   existência   humana   correspondem   a  aproximadamente  2000  anos  de  história  da  humanidade.  

Page 80: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Cosmologia  

 •  Somos   uma   síntese   organizada   do   desenvolvimento   ao   longo   dos   milhões   de   anos  filogené&cos  e  anos  de  vida.    

•  No   primeiro   ano   de   vida,   recapitulamos   o   desenvolvimento   neurológico   motor   dos  vertebrados.  Como  neonatos,  nos  movimentamos  como  peixes.  Aos  3  meses,  com  um  ano  de   existência,   iniciamos   a   aquisição  de  nosso   tônus  muscular   cervical   em  direção  crânio-­‐podálica.  Com  isso,  assim  como  os  ansbios,  sustentamos  a  cabeça.  Com  7  meses  enga&nhamos   como   quadrúpedes   rep&lianos.   Com   8   meses   enga&nhamos   como  mamíferos   com   cruzamento   no  movimento   dos  membros.   Com   11  meses   ficamos   de  cócoras  como  primatas  e  andamos  com  apoio  e  braços  elevados.  Com  1  ano  terminamos  o  ciclo  e  com  o  tônus  alcançando  os  pés,  iniciamos  a  marcha  ereta.    

•  Nos  primeiros  três  anos  adquirimos  o  Andar  Ereto  com  liberação  das  mãos  –  fase  Homo  erectus  e  Homo  habilis  e  Consciência  reflexiva  e  Fala  complexa  (Auto-­‐Consciência)  como  Homo   sapiens.     Da   mesma   forma   nosso   cérebro   possui   regiões   que   foram   se  desenvolvendo  na  filogênese.  O  nosso  cérebro  primi&vo  voluntarioso  ou  Arquicortex  se  desenvolveu  com  os  répteis,  o  nosso  cérebro  intermediário  sen&mental  ou  Paleocortex  se  desenvolveu  com  os  mamíferos  e,  o  cérebro  racional  ou  Neocortex  com  os  primatas.  Apenas  a  área  pré-­‐frontal  de  nosso  cérebro  surgiu  conosco.    

Page 81: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Histórico  

 •  Segundo   a   Federação   Internacional   das   Associações   Médicas   Antroposóficas  (Interna@onale   Vereinigung   Anthroposophischer   Ärztegesellscha^en)   es&ma-­‐se   que   os  medicamentos  antroposóficos  são  prescritos  por  mais  de  30.000  médicos  em  65  países  de   todo  mundo,   reunidos   em   30   associações   nacionais   de  médicos   antroposóficos.   A  origem   da   Medicina   Antroposófica   (MA)   remonta   ao   início   do   século   XX,   tendo   sido  desenvolvida  pela  médica  Ita  Wegman  (1876  –  1943),  graduada  em  Medicina  na  Suíça,  em  parceria  com  o  filósofo  austríaco  Rudolf  Steiner  (1861-­‐1925).  

•  A   Medicina   Antroposófica   (MA)   está   presente   no   Sistema   de   Saúde   Pública   na  Alemanha,  Suíça,  Itália,  Holanda,  Brasil,  Suécia,  Áustria  Reino  Unido  e  Estados  Unidos  e  é  legalmente  reconhecida  também  na  Dinamarca,  Finlândia  e  Reino  Unido.    

•  No  Brasil,   a  Medicina  Antroposófica   foi   introduzida  na  década  de  1950  e,   desde  2006  integra  a  Polí&ca  Nacional  de  Prá&cas   Integra&vas  e  Complementares  e,  é  reconhecida  como  prá&ca  médica  pelo  parecer  21/93  do  Conselho  Federal  de  Medicina.  

•  No   Brasil,   a   medicina   antroposófica   tem   seu   exercício   organizado   pela   Associação  Brasileira   de   Medicina   Antroposófica   (ABMA)   -­‐   www.abmanacional.com.br,   e   possui  sete  regionais,  nos  estados  de  São  Paulo,  Minas  Gerais,  Santa  Catarina,  Rio  Grande  do  Sul,  Rio  de  Janeiro,  Sergipe,  Pernambuco  e  Distrito  Federal.    

Page 82: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Histórico  

 •  O   exercício   da   farmácia   antroposófica   é   regulamentado   pelo   Conselho   Federal   de  Farmácia   (CFF)   através   do   RDC   465   de   24   de   julho   de   2007.   Oficialmente,   a   Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária  (ANVISA)  reconhece  os  medicamentos  antroposóficos  na  categoria  de  medicamentos   industrializados  dinamizados   (RDC  No  26,  de  30  de  março  de  2007,  RDC  No  67,  de  08  de  outubro  de  2007  e  RDC  No  87,  de  21  de  novembro  de  2008).    

•  A   Medicina   Antroposófica   (MA)   surgiu   na   Europa   Central   nas   primeiras   décadas   do  século  XX  e  está  entre  os  sistemas  médicos  que  consideram  que  o  ser  humano  possui  uma   natureza   que   transcende   a   dimensão   ssico-­‐química,   biológica   e   psico-­‐social,  adicionando   a   estas   bases   as   dimensões   da   vitalidade   e   de   individualidade   tanto   nos  âmbitos   orgânicos,   através   dos   processos   regenera&vos   e   imunológicos  respec&vamente,  como  psíquicos  através  da  capacidade  de  adequado  enfrentamento  e  busca   de   sen&do   na   vida.   Estes   dois   conceitos   são   fundamentais   para   o  desenvolvimento  do  estado  de  saúde  ou  salutogênese.  

•  A  MA  com  sua  concepção  de  um  ser  humano  em  constante  evolução  biográfica,  tem  por  obje&vo  ampliar  a  visão  da  medicina  acadêmica  de  forma  complementar,  se  propondo  a  enriquecer  a  atuação  do  médico  e  do  profissional  da  saúde.    

Page 83: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Histórico  

 •  Essa   abordagem   sistêmica   e   integra&va   tem   como   referencial   a   Antroposofia,   cujo   significado  e&mológico   é   Sabedoria   do   Homem   (“anthropos”-­‐   homem,   ser   humano;   “sofia”-­‐   sabedoria,  conhecimento).  Os  estudos   cientficos  de  Wolfgang  von  Goethe   (1749-­‐1832),   reconhecidos   como  precursores  de  uma  metodologia  cientfica   fenomenológica,   influenciaram  profundamente  Rudolf  Steiner,  e  chamaram  a  atenção  para  a  existência  das  forças  arquetpicas  nos  reinos  da  natureza.  Os  trabalhos  de  Goethe,  integrando  ciência  e  arte,  irrigaram  com  poesia,  esté&ca  e  sen&mento  a  “fria  e   seca”   ciência   quan&ta&va   do   século   XVIII,   antecipando   a  moderna  mudança   de   paradigma   na  ciência  do  século  XX,  na  direção  de  uma  ciência  qualita&va  .  

•  Oferece  um  amplo  campo  de  atuação  nas  Atenções  Primária,  Secundária  e  Terciária,  gerando  bons  índices   de   resolu&vidade   através   do   uso   integrado   de   orientações   preven&vas   e   cura&vas,   de  escuta   qualificada,   da   u&lização   preferencial   de   duas   farmacopéias   (dinamizada   antroposófica   e  fitoterápica),  de  uma  equipe  de  saúde  transdisciplinar  composta  por  profissionais  da  saúde  e  por  um   conjunto   de   diversas   terapias   e   técnicas,   incluindo   todos   os   recursos   clínico-­‐cirúrgicos   e  laboratoriais  da  Biomedicina  (Medicina  convencional).  Assim,  a  MA  possui  um  caráter  de  Medicina  Complementar  e  não  alterna&vo.    

•  Desde  o  seu  nascimento,  na  década  de  20  do  século  XX   foi  pra&cada  de  maneira   transdisciplinar  atuando  de  maneira  integrada  e  ar&culada  na  promoção  da  qualidade  de  vida,  na  busca  da  cura  e  da  recuperação  no  modelo  de  comunidade  terapêu&ca.  Possibilita,  dessa  maneira,  uma  abordagem  essencialmente  humanís&ca  e  humanizadora,  afinada  com  os  princípios  da  Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS)  e  com  o  Sistema  Único  de  Saúde  (SUS).  

Page 84: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Doutrina  Médica  

 •  MA  desenvolve  metodologia  cientfica  própria.  Desenvolve  uma  abordagem  unificada  da  fisiologia,  fisiopatologia  e  terapêu&ca  baseado  na  ideia  de  sistemas  e  organizações.  

 •  A  Metodologia  cientfica  antroposófica  ou  Fenomenologia  de  Goethe  é  uma  proposta  de  

integração  Arte  &  Ciência.  A  fenomenologia  de  Goethe  é  baseada  na  observação  exata,  que   u&liza   a   arte   no  método   e,   que   se   aplica   tanto   no   estudo   de   pacientes   como   da  terapêu&ca.  

 •  Esta  metodologia  parte  da  descrição  da  realidade  percebida  e  se  aprofunda  através  da  

intencionalidade   no   estudo   das   relações   e   do   desenvolvimento   dos   fenômenos   em  direção  à  percepção  da  totalidade,  desenvolvendo  o  conceito  de  ‘arqué&po’.  

 •  O   profissional   de   saúde   antroposófico   se   empenha   junto   ao   paciente   e   a   família   em  

perceber   o   significado   da   doença,   na   visão   do   desenvolvimento   noo-­‐psico-­‐somá&co  (noé&ca  =  dimensão  espiritual  humana)   sobre  o  pano  de   fundo  do  estudo   racional  de  sua  biografia.  

Page 85: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Doutrina  Médica  

 •  Para  MA,    saúde  é  o  resultado  de  um  equilíbrio  rítmico  e  harmonioso  entre  os  cons&tuintes  do  ser  humano,    e  doença  é  consequência  de  desequilíbrio  entre  estes  cons&tuintes  e  com  o  habitat.    

•  Os   cons&tuintes  do  Ser  Humano   são  o  Corpo  ou  Soma,   a  Alma  ou  Psique  e  a   Individualidade  ou  Espírito.    

•  O  Corpo  é  compreendido  por  uma  Morfologia  e  Fisiologia  ordenadas  por  quatro  organizações  ou  campos  de  forças  que  se  comportam  em  três  sistemas.    

•  A   Psique   compreende   a   organização   das   vontades,   sen&mentos   e   pensamentos   em   interação  psicossomá&ca  com  estes  três  sistemas.    

•  A  Individualidade  (ou  pyrus)  é  a  essência  humana  que  gera  autoconsciência  na  psique  e  iden&dade  imunológica  no  corpo.  A  Cura  corresponde  ao  reequilíbrio  destes  sistemas  de  forças.  

•  Estes  três  cons&tuintes  se  desenvolvem  ao  longo  da  biografia,  de  forma  tríplice,  dos  0  as  21  anos  o  maior  desenvolvimento  é   corporal,  dos  21  aos  42  anos  o  maior  desenvolvimento  é  psicológico  e  dos  42  em  diante,  o  maior  desenvolvimento  é  espiritual.    

•  O  Corpo  também  é  compreendido  de  forma  sistêmica  pela  sua  natureza  tríplice  em  três  sistemas  orgânicos  funcionais:    ü  SISTEMA  NEURO-­‐SENSORIAL(SNS)    -­‐  associado  ao  ectoderma  ü  SISTEMA  RÍTMICO  (SR)  -­‐  associado  ao  mesoderma  ü  SISTEMA  METABÓLICO  –  MOTOR  (SMM)  -­‐  associado  ao  endoderma  

Page 86: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Doutrina  Médica  

 •  Quanto  à  organização  quádrupla  estamos  falando  de  sistemas  dinâmicos.  As  quatro  organizações  são  Organização  Física  (OF),  Organização  Vital  (OV),  Organização  Anímica  (OA)  e  Organização  do  Eu  (OE).    

•  A  OF  é  avaliada  através  do  peso  (quan&ta&vo  e  qualita&vo),  pela  tendência  a  mineralização,  rigidez  e  edema.  No  aspecto  psíquico  é  inves&gada  pelo  grau  de  melancolia  (peso  d’alma),  rigidez,  dureza  mental  e  cristalização  de  ideias  fixas.  

•  A   OV   é   avaliada   pelas   formas   convexas   (formas   infan&s),   pela   leveza,   pela   capacidade   de  regeneração   e   crescimento,   pelo   turgor   úmido   e   maciez   da   pele,   pela   falta   de   cansaço   e   fácil  recuperação.   Psiquicamente   pela   boa  memória,   pela   profundidade  do   sono,   pelo   temperamento  fleumá&co  e  pela  adaptabilidade.  

•  A  OA  é  avaliada  pelo  tônus  muscular,  motricidade,  sensibilidade,  agilidade,  distribuição  da  gordura  e   sua   absorção,   sensibilidade   gástrica,   pressão   arterial,   frequência   cardíaca   e   respiratória   e   pela  distribuição   de   gases.   Psiquicamente   pela   irritabilidade,   ansiedade,   atenção,   vigília,   animação,  dispersão  e  temperamento  sanguíneo.  

•  A  OE   é   avaliada  pelo   equilíbrio,   postura,   capacidade  de  manter   a   temperatura,   olhar   presente   e  imunocompetência.  Psiquicamente  pela   capacidade  de   concentração,  pela   ‘presença  de  espírito’,  pela  determinação  e  atuação,  pelo  temperamento  colérico  e  pela  coerência.  Estas  manifestações  se  traduzem   como   Resiliência,  auto-­‐regulação,   Salutogênese   -­‐   termos   que   expressam   a   atuação   da  Individualidade.  

Page 87: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Doutrina  Médica  

 •  O  desenvolvimento  das  quatro  organizações  de  forças:  os  quatro  Partos.  Estes  partos  nos  primeiros  21  anos  de  vida,  criam  as  condições  para  o  amadurecimento  das  quatro  organizações  de  forças  que  organizam  nosso  corpo  humano.  

•  Na  Maternidade  ou  em  casa  acontece  o  Parto  Físico  (parto  normal  ou  cesariana),  quando  a  criança  se  separa  fisicamente  da  mãe.    

•  Ao   final   da   primeira   infância,   quando   termina   um   ciclo   de   7   anos   (setênio)   ocorre   a   troca   dos  dentes,   o   fim   da   mielinização   (bainha   de   gordura   termina   de   envolver   os   neurônios),   o   fim   da  produção  de  células  de  gordura  e  o  pulmão  amadurece.  A  esta  passagem  para  a  segunda  infância,  quando  a  criança  passa  de  um  nível  de  consciência  de  fantasia  para  um  mais  racional,  com  muito  maior   consciência   do   mundo   e   muitas   perguntas   que   surgem,   chamamos   de   segundo   Parto   ou  Parto  da  Vitalidade.    

•  O  terceiro  parto  é  bem  visível,  pois  aquela  criança  começa  a  transformar  seu  corpo  dos  10  aos  14  anos,   surge   uma   vida   animal   intensa   chamada   Puberdade   quando   nascem   pelos,   mudam   de  comportamento   para   uma   vida   solitária   ou   em   bandos   e     aumenta   muito   a   consciência   dos  sen&mentos  próprios.  Chamamos  este  processo  de  Parto  Anímico  ou  Animal.    

•  O  quarto  e  úl&mo  parto  acontecem  por  volta  dos  21  anos  e  se  chama  Maioridade  ou  Parto  do  Eu,  quando   surgem   perguntas   de   iden&dade   como  Quem   Sou   Eu?   -­‐   Qual  minha   Vontade?   –  Qual   o  Sen&do  da  Vida  ?  

Page 88: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Doutrina  Médica  

 •  Para  a  organização  héptupla  vinculadas  aos  arqué&pos  clássicos  dos  sete  planetas  e  da  mitologia  grega,  adotamos  uma  Tipologia  que  caracteriza  psiquicamente  cada  um  destes  arqué&pos  como  traços  de  personalidade.    

•  Os   &pos   1,   2   e   3   estão   associados   aos   arqué&pos   -­‐   Lua,   Mercúrio   e   Vênus,  respec&vamente,   se  organizam  a   cada   setênio  do  nascimento  aos  21   anos  de   idade  e  são  &pos  &picamente  femininos.  

•  Os   &pos   5,   6   e   7   estão   associados   aos   arqué&pos   Marte,   Júpiter   e   Saturno,  respec&vamente,  se  organizam  a  cada  setênio  dos  42  anos  aos  63  anos  de  idade  e  são  &pos  &picamente  masculinos.    

•  O  &po  4  solar,  de  natureza  integrada  e  não  sexual,  se  desenvolve  entre  21  e  42  anos  de  idade  e  corresponde  ao  equilíbrio  entre  os  6  &pos  complementares.    

 •  Nossa   Epologia   denomina   os   aspectos   psíquicos   destes   sete   Epos   como   Tipo   1:  

Cuidador(a)/  Maternal,  Tipo  2:    ComunicaEvo(a)/Sociável,  Tipo  3:  Sensual/EstéEco(a),  Tipo   4:   Altruísta/Cordial,   Tipo   5:   Empreendedor(a)/ExecuEvo(a),   Tipo   6:  Estratégico(a)/Organizador(a)  e  Tipo  7:  Disciplinado(a)/Rígido(a)/Formal.    

 

Page 89: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Morfologia  

 TRIMEMBRAÇÃO:  • O  SNS  está  mais  vinculado  à  epiderme,  cabeça  e  pescoço,  músculos  estriados  esquelé&cos,  sistema   nervoso   somá&co,   sistema   nervoso   autônomo   simpá&co,   órgãos   dos   sen&dos,  &reoide,   sistema   arterial   e   as   plaquetas.   Possui   como   caracterís&cas   um   centro   cranial,  mineralização  periférica  nos  ossos   chatos,   simetria   lateral,   baixa   capacidade   regenera&va,  tendência   a   imobilidade,   permite   sensação,   percepção   e   consciência,   ação   catabolizante,  configurante,  ordenador  e  promotor  de  frio  corporal.  • O  SR  está  mais  vinculado  à  derme,  tórax  e  mamas,  o  aparelho  cardiovascular,  o  aparelho  respiratório,   a   série   vermelha   do   sangue   e   o   sistema   linfá&co.   Seu   papel   é   conciliador,  harmonizador,  curador  e  integrador.  • O  SMM   tem  está  mais   vinculado   a   hipoderme,  musculatura   lisa,   o   aparelho   digestório   e  seus   anexos,   sistema   nervoso   autônomo   parassimpá&co,   o   sistema   locomotor,   o   sistema  endócrino-­‐metabólico  (exceto  &reóide),  o  aparelho  geniturinário,  sistema  venoso,  o  sistema  re&culoendotelial   e   a   série   branca   sanguínea.   Possui   as   seguintes   caracterís&cas:   centro  caudal,   mineralização   central   nos   ossos   longos   tubulares,   assimetria   e   forma   espiral,  enorme   capacidade   regenera&va,   não   permite   sensação,   percepção   e   consciência,   ação  anabolizante,  tendência  ao  movimento,  sen&do  centrífugo,  dissolvente  e  gerador  de  calor.  

Page 90: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Morfologia  

 QUADRIMEMBRAÇÃO:  • Entendemos   que   cada   uma   destas   quatro   organizações   se   manifesta,   respec&vamente,  como   quatro   lemniscatas   ver&cais   (forma   do   infinito,   do   número   8),   que   se   relacionam  diretamente   com   os   três   sistemas   orgânicos   e   psíquicos.   Assim   temos   para   a   OF   a  lemniscata  esquelé&ca  composta  por  tecidos  cristalizados,  para  a  OV  a  lemniscata  muscular  de  caráter  fluido  (80%  de  água),  para  a  OA  a  lemniscata  nervosa  de  natureza  lipídica  e,  para  a  OE  a  lemniscata  circulatória  de  natureza  calórica.      • Os   órgãos   e   tecidos   da   OF   (órgãos   terra)   são   os   órgãos   sensoriais,   ossos   (tecidos  mineralizados)  e  pulmão.  A  OV  (órgãos  agua)  está  presente  no  sgado,  músculos  (não  placa  motora),   medula   óssea,   mucosas   diges&vas   e   folículos   pilosos     (vulneráveis   à  quimioterapia).   A   OA   (órgãos   ar)   se   manifesta   nos   órgãos   gordurosos   (SNC,   sistema  urogenital),   órgãos   musculares   e/ou   ácidos,   aerados,   catabolizantes   ou   anabolizantes  (estômago,   boca,   &reóide,   adrenais,   hipófise,   etc).   A   OE   (órgãos   fogo)   está   vinculada   a  pineal  (centro  do  SNS),  ao  coração  (centro  do  SR)  e  baço,  pâncreas  (centro  do  SM),  além  do  sgado  e  medula  óssea.  Os  quatro  órgãos   cardinais   são  pulmão   (terra),   sgado   (água),   rins  (ar)  e  coração  (fogo).    

Page 91: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Morfologia  

 HEPTAMEMBRAÇÃO:    • Os  sete  bio&pos  estão  também  vinculados  aos  órgãos  da  seguinte  maneira:    ü o  &po  1  ao  SNC,  órgãos  dos  sen&dos  e  gônadas;    ü o  &po  2  ao  pulmão,  intes&no  e  pâncreas;    ü o  &po  3  aos  rins,  adrenais  e  veias;  ü o  &po  4  ao  coração;    ü o  &po  5  a  vesícula  biliar,  &reóide,  placa  motora  e  artérias;    ü o  &po  6  ao  sgado  anabólico,  hipófise  e  ar&culações;    ü o  &po  7  ao  baço,  ao  sistema  imune,  pineal  e  ossos.  

Page 92: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Dinâmica  Vital  (Fisiologia)    

 •  Existe   uma   Lei   da   Polaridade   entre   os   sistemas   polares   SNS   e   SMM.   O   SNS   tem   seu  centro  no  pólo  cefálico  e  o  SMM  tem  seu  centro  no  pólo  abdominal.  O  Sistema  Rítmico  promove  uma  equilíbrio  dinâmico  entre  os  polos.    

•  O   SNS   está   associado   a   geração   dos   processos   crônico-­‐degenera&vos,   em   geral  associado  a  um  processo  inflamatório  crônico  que  evolui  para  esclerose.  Fica  mais  a&vo  após   os   42   anos   de   idade.   O   Sistema   Metabólico-­‐Motor   (SMM)   está   envolvido   na    gênese   da   inflamação   aguda   e   predomina   sua   a&vidade   até   os   21   anos.   O   Sistema  Rítmico   (SR),   que   predomina   sua   ação   harmoniosa   entre   os   21   e   42   anos   de   idade   é  promotor  de  homeostase  e  saúde.    

•  Na  inflamação  aguda  existe  uma  “intensificação”  das  4  organizações  no  corpo  humano,  que  se  manifestam  nos  quatro  sinais  inflamatórios  respec&vamente:  rubor,  edema,  dor  e  calor.  

•  Na  menstruação  ocorre  afastamento  da  OE   -­‐   localmente  com  perda  de   relação  com  o  sangue  que  cai  na  gravidade,  hipotermia,  baixa  de  imunidade,  perda  do  “centramento  e  espaço   aberto   para   outro   Eu”   (filho).   Na   ovulação,   ao   contrário,   existe   um   pico   de  aumento  de  temperatura  e,  maior  “centramento”  revelando  maior  a&vidade  da  OE.  

Page 93: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Dinâmica  Vital  (Fisiologia)    

 •  Do   ponto   de   vista   orgânico   a   &pologia   da   heptamembração   procura   caracterizar   os  processos   patológicos   em   seis   padrões,   além   do   padrão   de   equilíbrio   (Tipo   4)   e  mencionamos  os  metais  associados  aos  arqué&pos  para  auxiliar  o  raciocínio  terapêu&co.  Tipo   1   (Argentum):   &po   juvenil,   brevilíneo   e   anabolismo;   Tipo   2   (Mercurius):   fluxo,  movimento,  inflamação  aguda  e  absorção;  Tipo  3  (Cuprum):  calor,  circulação  e  redução  de  tônus;  Tipo  4  (Aurum):  saudável  e  radiante;  Tipo  5  (Ferrum):  intensidade  de  atuação  e  função,  secreção,  voz,  aumento  de  tônus;  Tipo  6  (Stannum):  deformações,  condições  amorfas,   cistos,   nódulos   e   fibroses;   Tipo   7   (Plumbum):   &po   longilíneo,   catabolismo,  esclerose   e   envelhecimento   precoce.   Podemos   relacionar   os   &pos   1,   2   e   3,   de   uma  forma  geral,   com  os  processos   inflamatórios  agudos  e  com  o  SMM.  De   forma  análoga  podemos   relacionar   os   &pos   5,   6   e   7   aos   processos   crônico-­‐degenera&vos   e   ao   SNS,  assim  como  relacionar  o  &po  4  à  saúde.    

•  Existem   12   sen&dos,   em   três   grupos   de   quatro   sen&dos,   que   estão   vinculados,  respec&vamente  as  dimensões  corporal,  psíquica  e  espiritual:  

a)  Percepção  dos  fenômenos  corporais:  tato,  orgânico  ou  vida,  movimento,  equilíbrio;    b)  Percepção  dos  fenômenos  naturais  e  psíquicos:  olfato,  paladar,  visão,  sen&do  térmico;  c)  Percepção  dos  fenômenos  culturais  e  espirituais:  audição,  linguagem,  pensamento,  Eu  do  

outro.  

Page 94: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Sistema  DiagnósEco  

 •  No  sen&do  de  obje&var  o  diagnós&co  em  Medicina  Antroposófica,  a  FCA  busca  a&ngir  com  clareza  o  diagnós&co  do  Sistema  Tríplice  (dos  três  sistemas  ou  Trimembração),  do  Sistema  Quádruplo  (das  quatro   organizações,   quatro   corpos,   ou   Quadrimembração   ou   tetramembração),   do   Sistema  Héptuplo   (das   sete   &pologias   relacionadas   aos   arqué&pos   dos   sete   planetas   tradicionais)   e,   da  Biografia   com  maior   enfoque   nos   três   primeiros   setênios.   Para   cada   diagnós&co,   caracterizamos  maior   ou   menor   intensidade   do   sistema   e   da   organização.   Organizamos   o   interrogatório   de  aparelhos  segundo  os  sistemas  tríplice  e  quádruplo.  

 •  Para   alcançar   este   amplo   diagnós&co   u&lizamos   basicamente   uma   Anamnese   e   exame   ssico  

completo,   subsidiado   por   Exames   complementares   laboratoriais   e   de   imagem.   Na   anamnese  valorizamos  e  organizamos  a  coleta  de  dados  biográficos  e  patologias  por  setênios  (a  cada  7  anos).  

 •  Sempre   levamos   em   conta   não   apenas   a  morfologia   associada   aos   três   sistemas  orgânicos,  mas,  

sobretudo  a  fisiopatologia  subjacente  ao  SMM,  ou  seja,  a   inflamação  aguda,  e  ao  SNS,  ou  seja,  o  processo  crônico-­‐degenera&vo.    

   •  Para  avaliar   as   a&vidades  psíquicas   vinculadas  aos   três   sistemas  orgânicos,  ou   seja,   Pensamento,  

Sen&mento  e  Vontade,  respec&vamente  u&lizamos  adicionalmente  critérios  vinculados  ao  es&lo  de  vida  e  padrões  de  comportamento.  

Page 95: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Sistema  TerapêuEco  

•  Os   três   níveis   de   estruturação   do   ser   humano,   já   comentados,   denominados  Corpo  (nível  somá&co),  Psique  (nível  psíquico)  e  Individualidade  (nível  noé&co)  organizam  a  equipe  de  saúde  ao  redor  de  si.    

 ü  O  ‘grupo  Corpo’  é  composto  pela  Medicina  (ABMA  –  Associação  Brasileira  de  Medicina  

Antroposófica),   Farmácia   antroposófica   (FARMANTROPO   –   Associação   Brasileira   de  Farmácia   Antroposófica),   Enfermagem,   Nutrição,   Odontologia,   Fisioterapia,  Fonoaudiologia   e   Terapias   antroposóficas   com  a   Euritmia   Cura&va   (ABRE   -­‐   Associação  Brasileira  dos  Euritmistas),  a  Quirofoné&ca  (Associação  de  Quirofoné&ca)  e  a  Massagem  Rítmica  (ASKLÉPIOS  –  Associação  de  Massagem  Rítmica).    

ü  O   ‘grupo   Psique’   reúne   a   Psicoterapia   antroposófica   (GIPA)   e   a   Terapia   Arts&ca  (AURORA  –  ABTAA  –  Associação  Brasileira  de  Terapeutas  Arts&cos  Antroposóficos).    

ü  O   ‘grupo   Individualidade’  é   formado  pelo   Trabalho  Biográfico,   pra&cado  basicamente  por  médicos  e  psicólogos  (Associação  Biográfica).  

Page 96: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Sistema  TerapêuEco  

•  A  terapêu&ca  oferecida  pela  Medicina  Antroposófica,  coerente  com  a  visão  tríplice  do  ser  humano,  deve   abranger   a   individualidade,   a   psique   e   o   corpo   e;   para   isso   se   faz   necessário   um   trabalho  conjunto   de   uma   equipe   mul&profissional   orientada   pela   Antroposofia,   geralmente   coordenada  pelo  médico.    

 •  Ao  nível  da   individualidade  o  médico  ou  o  psicólogo  busca  despertar  a  consciência  do  sen&do  da  

doença   na   biografia   do   paciente,   a   fim   de   fortalecer   a   autoconsciência   e   a   reestruturação  biográfica.   No   âmbito   psíquico   se   desenvolve,   principalmente,   um   trabalho   com   a   psicologia  antroposófica   e   a   terapia   arts&ca.   A   arte,   desde   a   escultura   em   pedra   até   o   canto,   a&nge  diretamente,   embora   em   níveis   diferentes,   a   alma   humana.   O   corpo   humano,   no   sen&do   mais  amplo,  é   cuidado  através  de  medicamentos,   além  de  uma  série  de  a&vidades   terapêu&cas   como  nutrição   antroposófica,   massagem   rítmica,   euritmia   cura&va,   quirofoné&ca,   reorganização  neurofuncional,  odontologia  antroposófica,  enfermagem  antroposófica,  farmácia  antroposófica  e  a  cantoterapia.  

 •  Assim  a  Terapêu&ca  Antroposófica  possui  uma  abordagem  transdisciplinar  tríplice:  

ü  Área  da  Individualidade:  Trabalho  Biográfico  (médicos  e  psicólogos)  ü  Área  Psíquica:  Psicoterapia  antroposófica  e  Terapia  Arts&ca  ü  Área   Somá&ca:   Medicina   e   Farmácia   antroposófica;   Enfermagem,   Nutrição,   Odontologia,  

Fisioterapia,  Fonoaudiologia;  Terapias:  Massagem  Rítmica,  Euritmia  e  Quirofoné&ca      

Page 97: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Sistema  TerapêuEco  

•  Recursos  terapêuEcos  não-­‐medicamentosos  a)  Terapias  externas:    escalda-­‐pés;  enfaixamentos;  compressas  e  emplastros  à  base  de  chás,  óleos  

e  pomadas  fitoterápicas.  b)  Banhos  terapêu&cos:    são  realizados  com  a  diluição  de  óleos  à  base  de  plantas  medicinais  na  

água  da  imersão.    c)  Massagem   rítmica:   é   inspirada   na  massagem   sueca   e,   por   intermédio   de   toques   específicos  

(deslizamentos   superficiais,   amassamento   e   malaxação,   duplos   círculos   e   lemniscatas),  atuando   sobre   as   frações   sólida,   aquosa,   gasosa   e   calórica   do   organismo   permite   seu  reequilíbrio.    

d)   Nutrição:   orientação   segundo   os   princípios   da   Antroposofia   após   avaliação   diagnós&ca  nutricional.  

e)  Terapia  arts&ca:  envolve  a&vidades  individuais  e  em  grupo:  ü  no  âmbito  da  forma  (desenho,  modelagem  com  argila  e  escultura),  ü  no  âmbito  da  cor  (pintura  em  aquarela),  ü  e  do  som  e  movimento  (musicoterapia,  cantoterapia  e  euritmia).  f)  Terapia  psico-­‐biográfica     -­‐  Aconselhamento  Biográfico:   terapia  breve  biográfica  em  pacientes  

adultos   com   capacidade   reflexiva   fora   de   crises,   preferencialmente   em   grupo,   de   caráter  higiênico  e  preven&vo.  Ritmo  dos  setênios.  

Page 98: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA  Sistema  TerapêuEco  

TerapêuEca  medicamentosa:    • Realizada   exclusivamente   por   médicos   e   den&stas,   que   prescrevem   de   acordo   com   o  diagnós&co  individualizado.    • Em   geral   associando   as   três   farmacopéias   com   redução   ao   redor   de   70  %   na   prescrição  alopá&ca  e  com  boa  segurança.  •     FARMACOPÉIAS  :  

–  Alopá&ca  (Sinté&ca,  Físico-­‐Química)  –  Fitoterápica  (Extrato,  Tintura  Mãe  ou  Infusão  com  Princípios  A&vos  Definidos)    –  Dinamizados  

• Indicação  de  medicamentos  injetáveis  dinamizados  antroposóficos:  ü Principio  a&vo  ina&vado  no  trato  diges&vo:  p.ex.  Viscum  album    ü Pacientes  graves  impossibilitados  de  medicação  Via  Oral:  p.ex.  Arnica  D20  em  coma.  ü Pré,  Per  e  Pós-­‐operatórios  ele&vos  e  de  urgência  ü Pacientes  com  síndromes  disabsor&vas    ü Necessidade  de  intensificar  efeito  do  medicamento  

Page 99: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

ANTROPOSOFIA      •  Os   sites   importantes   como   referência   da   Antroposofia  

na  área  da  Saúde  são:    h�p://www.abmanacional.com.br/    h�p://www.ivaa.info/home/      h�p://www.rsarchive.org/Medicine/?rfr=elib.    

Page 100: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

Termalismo Social - Crenoterapia

Page 101: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 TERMALISMO  SOCIAL    /    CRENOTERAPIA:  

breve  histórico    •  A   Relação   homem/água   remonta   aos   primórdios   do   ser   humano   na   face   da  

terra.    •  O  uso  terapêu&co  das  águas  minerais  e  suas  fontes  sagradas  são  citados  desde  

a   mitologia   grega   na   Grécia   an&ga   com   uso   das   prá&cas   hidroterápicas  enquanto  ciência  e,  no   Império  Romano  com  o  uso  dos  banhos  e  construção  de  inúmeras  Termas,  junto  as  fontes,  tanto  que,  em  300  anos  d.C.  Roma  &nha  por  volta  de  1000  Termas  originando  a  expressão  Termalismo.    

•  No   século   XIX,   na   Europa,   as   Termas,   tornaram-­‐se   grandes   centros   de  tratamento,  repouso,  cultura  e  lazer.    

•  No  final  do  século  XIX,  inicio  do  XX,  o  Termalismo  passou  da  era  empírica  para  a  clínica,   com  estudos  cientficos  e  análise  das  aguas  minerais,   comprovando  suas   qualidades   terapêu&cas,   que   passaram   a   ser   consideradas   águas  medicinais,  (Código  de  Águas  Minerais-­‐1945).    

•  Nessa   época,   a   Hidrologia  Médica   era   ensinada   nas   Faculdades   de  Medicina  em  vários  países  europeus.  

 

Page 102: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 TERMALISMO  SOCIAL    /    CRENOTERAPIA:  

breve  histórico    •  No   Brasil   o   Termalismo   iniciou-­‐se   com   a   vinda   da   Família   Real,   e   a   primeira   Estância   Termal  

Brasileira   surgiu   em   1818,   Caldas   da   Imperatriz,   em   Santa   Catarina,   devido   a   visita   do   então  Imperador   D.   PedroII   e   a   Imperatriz   Teresa   Cris&na   e   de   sua   fonte   termal   contribuindo   com   a  construção  de  um  hospital   termal  para  hospedar  os  doentes  que  procurassem  a   localidade  para  tratamento.    

•  Em  1860,  no  sul  de  Minas  Gerais,  várias  Estâncias,  em  início  de  funcionamento  receberam  a  visita  da  Princesa  Isabel  para  tratamento  de  saúde,  em  Caxambú,  dando  início  ao  desenvolvimento  do  Termalismo  no  Brasil.    

•  Dessa   época   até   1945,   várias   Estâncias   foram   criadas,   como   Águas   da   Prata,   Águas   de   Lindóia,  Águas   de   São   Pedro,   Araxá   e   tantas   outras,   equiparando-­‐se   aos   melhores   centros   europeus.  Ensinava-­‐se  Crenoterapia  e  Hidrologia  Médica  nas  Faculdades  de  Medicina  e  os  médicos  indicavam  tratamentos  nas  Estâncias,  que  eram  avaliados  e  acompanhados  pelos  médicos  crenologistas  dos  balneários,   com   tratamento   que   duravam   21   dias,   denominados   de   estações   de   águas,   com  protocolos  específicos.  Com  o  avanço  da  medicina,  após  a  2ª  Guerra  Mundial,  desenvolvimento  da  indústria   farmacêu&ca,   e   a   procura   por   tratamentos   rápidos,   e   a   desa&vação   do   ensino   da  Crenoterapia   nas   Faculdades,   o   Termalismo   foi   cada   vez   mais   sendo   esquecido.   Apesar   das  dificuldades,   grandes   médicos   Crenólogos   desenvolveram   pesquisas   e   atendimento   no   setor  termal,  em  especial  o  Dr.  Benedictus  Mario  Mourão,   ilustre  médico  dermatologista  de  Poços  de  Caldas-­‐MG,  reconhecido  mundialmente  com  várias  obras  publicadas  sobre  o  tema.  

Page 103: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 TERMALISMO  SOCIAL    /    CRENOTERAPIA:  

breve  histórico    

•  O   Brasil   possui   inúmeras   estâncias   hidrominerais,   climá&cas   e   balneárias,  muito   bem   equipadas,   com   imenso   potencial   de   Recursos   Naturais  Terapêu&cos   (RNT)     propícios   para   um   grande   desenvolvimento   do  Termalismo   como   um   todo,   gerando   grandes   benescios   de   promoção   de  saúde   e   cura   de   inúmeras   doenças   de   forma   natural   para   a   população   e,  também   atuando   de   maneira   complementar     a   medicina   convencional,  diminuindo  muito  os  agravos  e  os  custos  do  Estado  com  a  saúde.  

 •  Atualmente,   através   da   PNPIC-­‐SUS   tem-­‐se   uma   grande   possibilidade   do  

Termalismo  ser  alavancado,  a  exemplo  do  que  acontece  em  muitos  países  do  mundo,  com  grande  comprovação  cientfica.  

Page 104: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 TERMALISMO  SOCIAL    /    CRENOTERAPIA:  

breve  histórico    

•  São  dignos  de  nota  alguns  serviços  de  Termalismo   ligado  ao  SUS,  como  nas  Estâncias  Hidrominerais   de   Poços   de   Caldas,   nas   Thermas   Antonio   Carlos,   em   parceria   com   a  Faculdade  de  Fisioterapia  da  PUC-­‐MG,  que  tem  a  matéria  de  Termalismo  em  sua  grade  curricular.   Também  em  São   Lourenço-­‐MG,  Águas  de   São  Pedro-­‐SP,  Águas  de   Lindóia-­‐SP  ,  na  Estância  Balneária  de  Peruíbe-­‐SP,  com  o  Projeto  Lama  Negra,  ligado  ao  SUS,  com  protocolos  específicos,  ligados  a  pesquisa  cientfica,  em  teses  de  mestrado  e  doutorado  na  USP;  outro  projeto  sendo  iniciado  em  Cipó-­‐BA;  enfim  várias  inicia&vas  pioneiras  que  com   certeza   vão   alavancar   com   o   apoio   da   PNPIC-­‐SUS,   propiciando   recursos   para  capacitação,   pesquisa,   divulgação   com   consequente   desenvolvimento   do   Termalismo  no  Brasil.  

•  Os   grande   agentes   facilitadores   são   a   ESF-­‐Estratégia   Saúde   da   Família,   através   da  abertura   de   seus   gestores,   os   profissionais   Fisioterapeutas,   que   são   uma   classe   bem  estruturada,  em  grande  número,  com  grande  familiaridade  com  o  Termalismo,  já  que  a  sua   grade   curricular   contempla   a   matéria   de   Hidroterapia   com   seus   variados  tratamentos  e  a  parceria  com  as  Universidades,  com  foco  na  pesquisa  e  ensino,  com  a  grande   necessidade   de   formatar   cursos   de   capacitação   para   os   profissionais   das  diversas  áreas  da  saúde  afins.    

Page 105: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 TERMALISMO  SOCIAL    /    CRENOTERAPIA:  

Definições  e  Conceitos    •  TERMALISMO:    Refere-­‐se,  genericamente,  a  permanência  de  pessoas  doentes  ou  não,  

em  Estâncias  hidrominerais,  climá&cas,  marí&mas,  em  busca  de  tratamentos  de  saúde,  repouso  e  bem-­‐estar.    

•  Estâncias:  Conforme  definição  do  IPT/SP,  ‘estância  é  o  município  que  contem  fontes  naturais   de   água   dotadas   de   altas   qualidades   terapêuEcas   e   em   quanEdades  suficientes  para  atenderem  os  fins  a  que  se  desEnam...’  -­‐  Compreende  o  território  em  que   estão   localizadas   as   fontes   respec&vas,   as   instalações   e   obras   des&nadas   ao  aproveitamento  das  águas  e  a  área  circunjacente  necessária  aos  obje&vos  sanitários  e  turís&cos  a  que  se  des&na  a  Estância.  

•  As  Estâncias  hidrominerais,  climá&cas  ,termais  e  litorâneas  possuem  Recursos  Naturais  Terapêu&cos  (RNT)  que,  por  si  só,  podem  ser  u&lizados  de  forma  muito  benéfica  para  o  organismo  humano.    

•  O   termo  Termalismo  –  Thermai,  do  grego,  e  Thermae,  do   la&m   referem-­‐se  a   termas,  banhos   quentes   e,   é   usado  de  maneira   genérica   para   designar   o   emprego   das   águas  minerais  (Crenoterapia),  do  clima  (Climatoterapia),  do  mar  (Talassoterapia),  das  lamas  (fangoterapia),   das   areias   e   emanações   radioa&vas   (Radioclimatoterapia)   e   do  microclima  de  determinadas  grutas,  cavernas  e  galerias  subterrâneas  (Espeleoterapia)  com  finalidades  cura&vas.    

Page 106: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 TERMALISMO  SOCIAL    /    CRENOTERAPIA:  

Definições  e  Conceitos    •  Termalismo  Moderno:  abrange   um   complexo   de   a&vidades     cientficas,  médicas,   fisioterápicas,  

turís&cas,   empresariais,   públicas   e   administra&vas   de   elevada   monta.   Engloba   um   conjunto   de  variáveis,   além   dos   tratamentos   de   saúde,   esté&ca,   alimentação   saudável,   o   clima,   ar   puro,  ambiente  agradável,  boa  hospedagem,   infra-­‐estrutura   turís&ca,   cultural,  proporcionado   também  lazer  e  bem-­‐estar,  com  visão  salutogênica,  que  visa  a  promoção  da  saúde  .  

•  Termalismo  Social:   introduzido  na  década  de  40,  em  vários  países  europeus,  como  Itália,  França,  Alemanha,   Espanha,  Hungria   e  outros,   ofertando  as  pessoas   idosas,   tratamentos  e  hospedagem  nas  estâncias  de  caixas  de  previdência.  O  Termalismo  Social  tem  se  fortalecido  e  expandido  cada  vez  mais,  propiciando  melhor  qualidade  de  vida  e  desonerando  os  custos  com  saúde.    

•  SPA  “   Salus  per   aquam“-­‐   saúde  pela   água:  Este  é  o   verdadeiro   significado  de   SPA,  palavra  que  deriva   do   la&m,   e   que,   também  denomina   uma   cidade   na   Bélgica,   famosa   desde   a   an&guidade  pelas  suas  fontes  de  águas  minerais  

•  A   par&r   daí,   na   Europa,   tornou-­‐se   comum   uso   do   termo   SPA   para   designar   uma   Estância  Hidromineral.   Esses   locais   recebem   desde   então,   principalmente   turistas,   pessoas   que   buscam  cuidar   da   sua   saúde   de   forma   integral,   através   do   descanso   ssico   e  mental,   clima   adequado   e  tratamento  hidroterápico.      

•  Turismo   de   Saúde:   Termalismo   Médico   de   curta   duração,   em   curas   sucessivas   e/ou   visando  também  bem-­‐estar  e  promoção  da  saúde  em  curta  permanência.  

Page 107: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 TERMALISMO  SOCIAL    /    CRENOTERAPIA:  

Indicações    •  São  muitas  as  indicações,  dependendo  do  recurso  terapêuEco  uElizado,  entre  elas:  

•  Doenças   Crônico-­‐degeneraEvas,   artrites,   artroses,   e   suas   complicações,   algias,  paralisias,  neurites,   inflamações,  nevralgias,  processos  osteo-­‐ar&culares  e  musculares,  lombalgias,   lombociatalgias,   fibromialgia,   atuando   no   campo   da   reumatologia,  ortopedia,  e  neurologia.  

•  Doenças   Cardiovasculares   e   Circulatórias   Doenças   coronarianas,   hipertensão   arterial  sistêmica,  flebites,  varizes.  

•  Doenças  Dermatológicas:  eczemas,  psoríase,  alergias,  ur&cárias,  úlceras.  •  Doenças  Metabólicas  :  dislipidemias,  diabetes,  obesidade.  •  Doenças  Gastro-­‐intes&nais:    gastrites,  úlceras,  colites,  intoxicações  por  medicamentos,  

doenças  do  sgado  ou  do  sistema  hepato-­‐biliar,  etc.  •  Doenças  Renais  :  Calculose  Renal,  etc.  •  Doenças  Broncopulmonares:  asma,  bronquite,  etc.  •  Doenças  do  Sistema  Nervoso:  ansiedade,  stress,  depressão.  •  Convalescenças,  astenia,  revitalização.  •  E   muitas   outras   indicações.   O   tratamento   termal   bem   orientado,   além   de   atuar   no  

problema  específico,  proporciona  grande  bem-­‐estar.      

Page 108: Apresentaçãoo PNPIC e PICs - histórico e conceitos

 TERMALISMO  SOCIAL    /    CRENOTERAPIA:  

contra-­‐indicações    •  De  acordo  com  o  Epo  de  tratamento,  de  maneira  genérica:  

ü  Doenças  agudas  febris,    ü  infecções  e  inflamações  agudas,    ü  doenças  cardíacas  descompensadas,    ü  aneurismas,    ü  hemorragias,    ü  arteriosclerose  avançada,    ü  doenças  mentais  graves,    ü  intoxicações  agudas,    ü  gastroenterite  aguda,    ü  diabetes  descompensada,  e  outras.