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Arte Românica

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Arte na Idade Média: Estilo Românico - arquitetura, pintura e escultura

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Page 1: Arte Românica

Arte Românica

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Contextualização Histórica

Ao estudar a história da Arte é essencial entender primeiro o que estava acontecendo naquele

período e, depois, entender de que maneira esses acontecimentos influenciaram a arte produzida.

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O nome Idade Média indica que esse foi um período intermediário entre a Antiguidade e a Era Moderna.

Esse período tem início logo após o declínio do Império Romano. Dois fatores contribuíram para isso:

As invasões bárbaras: os bárbaros eram povos germânicos que habitavam as fronteiras romanas mas não eram

considerados romanos nem falavam o latim. Após várias guerras civis eles conseguiram dominar grande parte das

cidades romanas. Os principais povos eram os visigodos, ostrogodos, anglo-saxões, francos, suevos e turíngios.

Difusão do Cristianismo: em meio a tanta desordem econômica e social, a Igreja foi a única instituição que

conseguiu se manter firme. Dessa forma, passou a exercer importante papel em diversos setores da vida medieval,

servindo como instrumento de unificação, diante da fragmentação política da sociedade feudal.

O que foi a Idade Média?

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Com medo das invasões bárbaras a população migrou para o campo,

formando, assim, as vilas feudais, cujo poder centrava-se nas mãos

do senhor feudal. Nesse sistema de governo a agricultura era a

atividade principal e os camponeses prestavam seus serviços ao

senhor feudal que, em troca, oferecia a proteção e segurança tão

desejadas. A sociedade era estamental (divida em classes sem

possibilidade de ascensão):

O clero (a Igreja) detinha o poder maior. Era mantido pela nobreza (senhores

feudais) e prestava serviços religiosos à população. De modo que o teocentrismo

(Deus em primeiro lugar) era a doutrina pregada pela Igreja. Tudo girava em

torno da adoração e à obediência às leis divinas.

O que foi o feudalismo?

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Após as invasões bárbaras o Império Romano,

em 395 d.C, foi dividido em:

Império Romano do Ocidente (com capital

em Roma)

Império Romano do Oriente (com capital

em Constantinolpla – atualmente Istambul, na

Turquia)

Como o Império Romano foi dividido?

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A Arte Românica corresponde à arte produzida sobre as ruínas das cidades

romanas que agora faziam parte do Império Romano do Ocidente, com sede

em Roma (daí o nome Românico)

Hoje em dia abrange outros países como Itália, França, Alemanha,

Inglaterra e Espanha.

Predominou entre os séculos XI e XII (não deve ser confundida com arte

paleocristã, ou seja, do início do cristianismo).

Então, o que é Arte Românica?

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É uma arte rural e essencialmente arquitetônica. Em cada região apresenta

características diferentes, porém algumas características em comum a identificam

como sendo românica.

Também trata-se de uma arte didática que tem por objetivo a educação religiosa

das pessoas por meio das imagens e da arquitetura. Como a maioria era analfabeta,

prevalecem na arte o simbolismo e a expressão com base no realismo.

Vamos conhecer agora um pouco dessa arte:

Quais suas características?

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Arquitetura

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A arquitetura medieval é uma prova de que durante a Idade Média houve muito progresso

tecnológico. Por isso é errado dizer que a Idade Média é a Idade das Trevas, período de

estagnação. Na verdade houveram avanços, embora não fosse esse o foco.

Pintura medieval mostrando a

construção de uma ponte.

Os construtores românicos ergueram edifícios com

funções distintas:

castelos para os senhores feudais.

mosteiros para os monges e abades

igrejas para os fiéis

Vamos conhecer cada um deles:

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Durante este período os senhores feudais eram a lei e os castelos representavam a garantia da

segurança e da ordem para as populações locais, as suas colheitas e o seu gado.

No feudalismo medieval europeu, o castelo era o cerne da vida econômica, social e política. As

batalhas e conflitos durante o período medieval eram frequentes, em razão das possíveis

vinganças entre os senhores feudais e por ataques de outras civilizações. Portanto, a principal

função destinada aos castelos era a segurança da família do senhor feudal, da nobreza e dos

camponeses. Os castelos constituíam enormes fortes, feitos com imensas muralhas, torres,

fossos, calabouços e pontes levadiças. Geralmente eram construídos em terrenos elevados, o que

facilitava a defesa contra ataques externos. (Fonte: www.mundoeducacao.com)

Os castelos – construções militares

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Castelo de Almourol

século XII, Portugal.

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Os mosteiros eram os mais importantes núcleos

culturais e artísticos deste período

Os mosteiros eram construções rodeadas de altos

muros, com um vasto pátio interno.

Eram lugares apropriados à meditação e também

serviam de abrigo aos viajantes, pobres e peregrinos.

Os mosteiros

Mosteiro de Santa Maria de Ripoll –

Comarca de Ripollès, Gerunda, Itália.

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Em vista da religiosidade do

momento histórico e do papel da

Igreja como protagonista em todos os

âmbitos da sociedade e da cultura,

destacam-se os templos.

Esses templos foram construídos

para atender a necessidade de acolher

peregrinos (“aqueles que atravessam

os campos”) que viajavam para

visitar as santas relíquias.

As Igrejas

O caminho de Santiago é talvez o mais famoso trajeto ainda feito hoje em dia por

fiéis. São diferentes rotas, passando por diversas cidades e visitando várias

catedrais românicas, até chegar em Santiago de Compostela, na Espanha.

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A Igreja, conhecida como Fortaleza de Deus, era de grande proporção graças ao legado romano

dos arcos e abóboda de berço e de arestas.

As características mais significativas da arquitetura são:

1. Abóbadas (o teto formado por arcos) em substituição ao telhado das basílicas.

2. Pilares (colunas) maciços e paredes espessas sustentadas por contrafortes (colunas externas).

3. Aberturas raras e estreitas usadas como janelas.

4. Torres, que aparecem no cruzamento das naves (espaço de circulação) ou na fachada.

Essas características não aparecem ao mesmo tempo em todas as Igrejas. Em cada região vamos encontrar

especificidades que, no geral, se assemelham.

Vejamos alguns exemplos:

Características das Igrejas

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1. Abóbadas em substituição ao telhado das basílicas.

Abóbada de arcos de berço (ou canhão)

Consistia num semicírculo – o arco pleno – ampliado

lateralmente pelas paredes

Abóbada de Arestas

Consistia na intersecção, em ângulo reto, de duas

abóbadas de berço apoiadas pelos pilares

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A Igreja de São Pedro de Rates,

também referida como Igreja Românica de Rates,

localiza-se em São Pedro de Rates,

Porto, Portugal.

As colunas externas servem como contrafortes

(paredes de reforço).

2. Pilares maciços e paredes espessas com contrafortes.

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No interior da Igreja de São Pedro de Rates

percebemos como a iluminação era fraca e

quase não tinha janelas.

Uma teoria é de que,

como uma “fortaleza”,

a igreja deveria proteger os fiéis do mundo

externo,

ruim e perigoso.

Dentro da Igreja se sentiriam protegidos por Deus.

3. Aberturas raras e estreitas usadas como janelas.

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O Mosteiro de São Pedro de Cete,

também conhecido como Igreja de São Pedro de Cete

ou Igreja Paroquial do Mosteiro de Cete

localiza-se em Cete, na cidade de Paredes, Portugal.

Construída no século X

4. Torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada.

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Alemanha: Abadía de Santa Maria Laach

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Catedral de Pisa, Pisa, Itália

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França: Basílica de San Sernin

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Espanha: Igreja de San Martin

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Inglaterra: Catedral de Durhan

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Itália: Catedral de Modena

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Pintura e Escultura

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Embora a pintura e a escultura tenham

tido amplo desenvolvimento, ficaram

subordinadas à arquitetura.

Esculturas em capitéis da Catedral de Pisa

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Cristo em Majestade, (séc XII) Capela de Berzé

La Ville, na França.

Afresco na igreja Sant Climent de Taull, Pantocrator, na Espanha

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IluminurasLivros copiados e pintados a mão que narravam histórias por meio de ilustrações.

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Como a maioria da

população era

analfabeta, as

Iluminuras, livros em

miniatura, foram um

meio muito importante

de difusão do

cristianismo. Os livros

com iluminuras eram

encadernados em couro

com " ourivesaria”.

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A produção de

iluminuras

estendeu-se por

vários séculos.

Eram ilustrações

da Bíblia, missas,

salmos e etc.

Esses livros

favoreceram a

propagação de

estilos por toda a

Europa.

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Bibliografia base

Estudo dirigido de Artes: ensino médio.

Volume único. Borges e Ribeiro. Brasília,

DF: editora do centro, 2011.