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Fonte: Jornal da Comunicação Corporativa - http://www.megabrasil.com.br/NovoJCC/MateriaCompleta.aspx?idMateria=23995 Artigos Ciberinfância Por Rivaldo Chinem Conceito relativamente novo, a ciberinfância abrange uma geração de crianças inseridas em um ambiente no qual estão expostas a diversas tecnologias que lhes permitem relacionar-se com o mundo por meio de múltiplas imagens. A revista E dirigida por Miguel de Almeida levantou o assunto com duas experientes educadoras. A velocidade com que as mudanças ocorrem, a alteração do comportamento que geram, o sentimento de impotência pelo desconhecimento tecnológico suficiente para participar de algumas brincadeiras, foram apontadas pela educadora Maria Fernanda Reis Balugani: “Os desafios são novos, mas vamos enfrentá-los com maturidade e responsabilidade”. Ações aparentemente pequenas devem ser adotadas, na visão da professora, como o pai deixar de ler as mensagens que recebe durante as refeições em família, podem configurar exemplos pelos quais as crianças percebem a necessidade de controle sobre o uso dos aparelhos e relacionar-se melhor com os familiares. Leni Vieira Dornelles, doutora em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul diz que ao tratar dos ciberinfantes, observa que o mundo é gerado por comandos à medida que navegamos por ele. Crianças circulam de um espaço real para um espaço virtual, só precisam de um “enter”, um clique de entrada que nos faz pensar que a infância atual vive na era do laptop e do Wi-Fi, espaços virtuais que tornam as crianças nômades que perambulam atrás e por meio de conexões. O grande desafio de todos é continuar desvendando a grande charada que envolve todos os modos de produção do sujeito infantil hoje, como tecer uma rede que amplie as redes sociais e que enrede, de tal forma, adultos, crianças e tecnologias. Quanto mais essas teias se expandirem, maiores serão as possibilidades de reinvenção das infâncias e suas transformações nas sociedades hipercontemporâneas. Bom, o desafio está no ar, ou melhor, na rede. Rivaldo Chinem é autor vários livros, como “Terror Policial” com Tim Lopes (Global), Sentença – Padres e Posseiros do Araguaia” (Paz e Terra), “Imprensa Alternativa – Jornalismo de Oposição e Inovação” (Ática), “Comunicação Corporativa” (Escala com prefácio de Heródoto Barbeiro), “Marketing e Divulgação da Pequena Empresa” (Senac) na 5ª.edição, “Assessoria de Imprensa – como fazer” (Summus) na 3ª. Edição, “Jornalismo de Guerrilha – a imprensa alternativa brasileira da censura à Internet” editora Disal, , “Comunicação empresarial – teoria e o dia-a-dia das Assessorias de Comunicação” , editora Horizonte, “Introdução à comunicação empresarial”, editora Saraiva, “Comunicação Corporativa” editora Escala com prefácio de Heródoto Barbeiro ; e "Comunicação empresarial - uma nova visão da empresa moderna" (Discovery Publicações).

Artigo - Ciberinfância - Rivaldo Chinem

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Fonte: Jornal da Comunicação Corporativa - http://www.megabrasil.com.br/NovoJCC/MateriaCompleta.aspx?idMateria=23995

Artigos

Ciberinfância Por Rivaldo Chinem

Conceito relativamente novo, a ciberinfância abrange uma geração de crianças inseridas em um ambiente no qual estão expostas a diversas tecnologias que lhes permitem relacionar-se com o mundo por meio de múltiplas imagens. A revista E dirigida por Miguel de Almeida levantou o assunto com duas experientes educadoras. A velocidade com que as mudanças ocorrem, a alteração do comportamento que geram, o sentimento de impotência pelo desconhecimento tecnológico suficiente para participar de algumas brincadeiras, foram apontadas pela educadora Maria Fernanda Reis Balugani: “Os desafios são novos, mas vamos enfrentá-los com maturidade e responsabilidade”.

Ações aparentemente pequenas devem ser adotadas, na visão da professora, como o pai deixar de ler as mensagens que recebe durante as refeições em família, podem configurar exemplos pelos quais as crianças percebem a necessidade de controle sobre o uso dos aparelhos e relacionar-se melhor com os familiares.

Leni Vieira Dornelles, doutora em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul diz que ao tratar dos ciberinfantes, observa que o mundo é gerado por comandos à medida que navegamos por ele. Crianças circulam de um espaço real para um espaço virtual, só precisam de um “enter”, um clique de entrada que nos faz pensar que a infância atual vive na era do laptop e do Wi-Fi, espaços virtuais que tornam as crianças nômades que perambulam atrás e por meio de conexões.

O grande desafio de todos é continuar desvendando a grande charada que envolve todos os modos de produção do sujeito infantil hoje, como tecer uma rede que amplie as redes sociais e que enrede, de tal forma, adultos, crianças e tecnologias. Quanto mais essas teias se expandirem, maiores serão as possibilidades de reinvenção das infâncias e suas transformações nas sociedades hipercontemporâneas.

Bom, o desafio está no ar, ou melhor, na rede.

Rivaldo Chinem é autor vários livros, como “Terror Policial” com Tim Lopes (Global), Sentença – Padres e Posseiros do Araguaia” (Paz e Terra), “Imprensa Alternativa – Jornalismo de Oposição e Inovação” (Ática), “Comunicação Corporativa” (Escala com prefácio de Heródoto Barbeiro), “Marketing e Divulgação da Pequena Empresa” (Senac) na 5ª.edição, “Assessoria de Imprensa – como fazer” (Summus) na 3ª. Edição, “Jornalismo de Guerrilha – a imprensa alternativa brasileira da censura à Internet” editora Disal, , “Comunicação empresarial – teoria e o dia-a-dia das Assessorias de Comunicação” , editora Horizonte, “Introdução à comunicação empresarial”, editora Saraiva, “Comunicação Corporativa” editora Escala com prefácio de Heródoto Barbeiro ; e "Comunicação empresarial - uma nova visão da empresa moderna" (Discovery Publicações).