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COMUNICAÇÃO SOCIAL
GRADUAÇÃO EM JORNALISMO
JAN MAURYTIE PENALVA DE FREITAS
SIMÔNICA GERALDA CAPISTRANO DOS SANTOS
REVISTA PONTE: Jornalismo – Assessoria – Mercado
(MEMORIAL)
SALVADOR
2009
JAN MAURYTIE PENALVA DE FREITAS
SIMÔNICA GERALDA CAPISTRANO DOS SANTOS
REVISTA PONTE: Jornalismo – Assessoria – Mercado
(MEMORIAL)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Colegiado de Comunicação Social, como pré-
requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Comunicação Social, com
Habilitação em Jornalismo pela Faculdade 2 de
Julho (F2J).
Orientação: Profª Ms. Ana Claudia Pantoja
SALVADOR
2009
Ficha Catalográfica (Elaborada pela Biblioteca Basílio Catalá Castro)
S237r Santos, Simônica Geralda Capistrano dos; Freitas, Jan Maurytie Penalva de Revista Ponte: jornalismo, assessoria, mercado. / Simônica Geralda Capistrano dos Santos, Jan Maurytie Penalva de Freitas. _Salvador, 2009. 98f.
Orientador: Profª. Ms. Ana Claudia Freitas Pantoja. Monografia (Graduação) Faculdade 2 de Julho, 2009.
1. Comunicação 2. Comunicação Organizacional 3. Jornalismo 4. Assessoria de Imprensa 5. Revista I. Faculdade 2 de Julho
II. Pantoja, Ana Claudia Freitas. III. Título.
CDU: 659
Dedicamos este trabalho a Deus, a nossos pais, aos professores e colegas que nos deram força e coragem para vencer mais uma etapa importante da nossa vida. Em especial, à nossa orientadora Claudia Pantoja, por todo apoio na construção do TCC e à designer Aline Cerqueira, que, com toda paciência, sabedoria e força de vontade, deu continuidade à diagramação da Revista Ponte, que se encontrava estagnada devido a problemas pessoais ocorridos com a antiga diagramadora, Ana Cláudia Goés.
“O importante é estar pronto para, a qualquer momento, sacrificar o que somos pelo que podemos vir a ser”.
Charles Du Bois
RESUMO
FREITAS, Jan Maurytie Penalva de, SANTOS, Simônica Geralda Capistrano dos.
REVISTA PONTE: Jornalismo – Assessoria – Mercado (MEMORIAL). Orientadora:
Ana Claudia Pantoja. Salvador: Faculdade 2 de Julho, 2009. Revista e memorial
(Graduação em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo).
A Assessoria de Imprensa irrompe o século XXI como uma das áreas de maior índice de empregabilidade e de chances de ascensão profissional no contexto da comunicação organizacional no Brasil, incluindo a capital baiana. Entretanto, as informações sobre o mercado ainda circulam de maneira restrita e não sistemática. Para minimizar este problema, surge a Revista Ponte, com o objetivo de estreitar a relação entre jornalistas, assessores de imprensa e aspirantes à carreira. Acompanhando a publicação, foi desenvolvido um memorial que apresenta dados históricos sobre assessoria, levantamentos sobre o mercado atual e tendências futuras, bem como as diretrizes para concepção do produto. O conjunto forma o presente Trabalho de Conclusão de Curso. Palavras-chave: Comunicação. Comunicação Organizacional. Jornalismo.
Assessoria de Imprensa. Revista.
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Cronograma da Pesquisa ......................................................................49
Tabela 02 – Cronograma do Produto ........................................................................51
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Distribuição de jornalistas por área de atuação no Brasil ......................17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................7
2 HISTÓRIA DA ASSESSORIA DE IMPRENSA ......................................................10
2.1 IVY LEE E A DISSEMINAÇÃO DA ATIVIDADE NOS EUA ................................10
2.2 ASSESSORIA DE IMPRENSA EM VERDE E AMARELO .................................14
2.3 A ATIVIDADE CHEGA À BAHIA .........................................................................18
3 ASSESSORIA COM DENDÊ .................................................................................21
3.1 ASSESSORIA DE IMPRENSA SOTEROPOLITANA:
LACUNAS E ESTIMATIVAS......................................................................................21
3.2 DIFICULDADES LOCAIS:
DESCONHECIMENTO EMPRESARIAL E REDUZIDO NÚMERO DE VEÍCULOS...25
3.3 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA AI EM TERRITÓRIO BAIANO ............26
4 PONTE: PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO ...........................................................29
4.1 A REVISTA ..........................................................................................................29
4.2 ESCOLHA DO TEMA ..........................................................................................30
4.3 O PADRÃO DE PONTE ......................................................................................33
4.4 ESPECIFICAÇÃO POR SEÇÃO DA REVISTA ...................................................35
4.4.1 Logomarca ......................................................................................................35
4.4.2 Capa .................................................................................................................36
4.4.3 Vinhetas ...........................................................................................................36
4.4.4 Editorial ...........................................................................................................37
4.4.5 Expediente ......................................................................................................37
4.4.6 Sumário ...........................................................................................................37
4.4.7 Entrevista ........................................................................................................38
4.4.8 Dinheiro ...........................................................................................................39
4.4.9 Tendência ........................................................................................................41
4.4.10 Estante ...........................................................................................................42
4.4.11 Matéria de capa..............................................................................................42
4.4.12 Ética ...............................................................................................................43
4.4.13 Memória .........................................................................................................45
4.4.14 Moda ..............................................................................................................45
4.4.15 Crônica ..........................................................................................................46
4.4.16 Pautas não incluídas ...................................................................................47
4.5 NÚMERO DE PÁGINAS PRODUZIDAS .............................................................47
4.6 METODOLOGIA DE PESQUISA E DO PRODUTO ............................................48
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................53
APÊNDICE A – Apresentação da Revista Ponte às fontes ..................................57
APÊNDICE B – Questionário enviado às assessorias de imprensa
soteropolitanas ........................................................................................................58
APÊNDICE C – Questionário enviado às entidades de classe ligadas à área de
Assessoria de Imprensa .........................................................................................59
APÊNDICE D – Questionários respondidos pelas assessorias de imprensa
soteropolitanas ........................................................................................................60
APÊNDICE E – Pautas .............................................................................................75
ANEXO A – Assessorias de imprensa soteropolitanas .......................................85
7
1 INTRODUÇÃO
Este memorial faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos formandos
em Jornalismo Jan Penalva e Simônica Capistrano. O produto principal é a Revista
Ponte, que segue anexo, de forma que o memorial deve ser visto como um
complemento da publicação, apresentando o embasamento teórico e as pesquisas
realizadas para a confecção do produto final. Logo, só pode ser devidamente
compreendido e analisado se visto juntamente com a revista.
Por não se constituir um estudo monográfico, o memorial não apresenta um
problema a ser resolvido, uma hipótese a ser analisada ou comprovada. Apresenta,
sim, o detalhamento das etapas do processo e um conjunto de reflexões teóricas
que busca mostrar como funciona o mercado-foco da revista: a Assessoria de
Imprensa1 em Salvador.
A Revista Ponte tem como público-alvo estudantes de Jornalismo no último ano do
curso e profissionais de veículos de comunicação que desejam ingressar na área de
Assessoria. Nas suas 24 páginas, são abordados temas como media trainning; a
remuneração média dos assessores de imprensa em diversas regiões do país; as
perspectivas para o futuro do mercado; indicação de livros sobre Assessoria de
Imprensa; a repercussão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contrária à
exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista; discussões sobre
ética; história da Assessoria de Imprensa em Salvador; e moda. Há ainda uma
diversidade de formatos utilizados pelos concludentes, que incluem reportagem,
entrevista pingue-pongue, crônica e artigo.
Já o memorial está dividido em três capítulos: a história da Assessoria de Imprensa,
o mercado da Assessoria em Salvador e as especificações da revista.
O primeiro capítulo apresenta dados inaugurais da Assessoria de Imprensa na
antiguidade, nos EUA, sua chegada ao Brasil e, por fim, em Salvador. Além da
pesquisa em livros de Jorge Duarte, Maristela Mafei, Roberto Fonseca Vieira,
1 Neste memorial, Assessora de Imprensa (em letras maiúsculas) designa a atividade, o ramo de
atuação. Já assessoria de imprensa (em letras minúsculas), as empresas que dedicam a este setor.
8
Boanerges Lopes, Francisco Gaudêncio Torquato do Rego, Luiz Ferraretto e Elisa
Kopplin, foram utilizadas ainda entrevistas pessoais com as jornalistas Cristina
Barude e Nilza Barude, que forneceram dados fundamentais sobre a implantação da
Assessoria na Bahia, especificamente em Salvador.
Já o capítulo 2 trata do mercado de trabalho, as principais atividades desenvolvidas
pelas agências de comunicação na capital baiana, as dificuldades enfrentadas pelas
assessorias, a listagem das agências, o faturamento do mercado e perspectivas
para o futuro. Não foram encontradas referências bibliográficas específicas sobre
estes temas. Para contornar a inexistência de dados, a solução encontrada foi a
elaboração e distribuição de formulários de pesquisa junto a assessores de
imprensa e empresários do ramo. Entrevistas diretas também foram realizadas. Ao
todo, 29 questionários (conferir Apêndices B e D) on-line foram enviados e quatro
entrevistas foram concluídas. Entre as principais entidades consultadas para este
capítulo estão a Associação Brasileira de Pesquisa de Comunicação Organizacional
e Relações Públicas (ABRAPCORP), Associação Brasileira de Comunicação
Empresarial (ABERJE), Associação Brasileira de Comunicação (ABRACOM),
Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Comunicação (SBPJOR), Sindicato dos
Jornalistas da Bahia (SINJORBA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ),
para as quais também foi enviado o questionário (ver Apêndice C).
Vale ressaltar que neste capítulo foi utilizado também como fonte o Blog da Yara
(www.blogdayara.com.br). Apesar de entender que blogs não são usualmente
utilizados como referência bibliográfica, os concludentes decidiram por utilizar este
meio devido às credenciais de sua autora. O Blog da Yara é escrito pela sócia e
vice-presidente do Grupo CDN, uma das mais importantes agências de
comunicação do País, Yara Peres. Os dados apresentados no blog também são de
difícil acesso e têm como origem pesquisa realizada pela Corporate Watch (revista
britânica sobre comunicação).
Este foi, certamente, o capítulo mais difícil de ser construído. Assessores que não
respondiam aos e-mails, não atendiam ao telefone, nem aceitavam contatos
pessoais ou se recusavam a responder determinadas perguntas foram maioria. A
carência de publicações sobre o assunto obrigou os concludentes a consultas
exaustivas e infrutíferas nas bibliotecas da Universidade Federal da Bahia (UFBA),
9
Faculdade 2 de Julho (F2J) e Universidade Estadual da Bahia (UNEB). É este
capítulo que comprova a importância e a viabilidade da revista. Em um mercado em
franca expansão desde a década de 1980 em Salvador, a ausência de informações
é mais que uma constatação grave, é um nicho de mercado.
O último capítulo do memorial trata da revista propriamente dita. Como foi criada,
seus objetivos, projeto editorial e gráfico. Aqui aparece a justificativa detalhada de
cada item de Ponte. Durante este processo de concepção, foram consultados livros
de Marília Scalzo, Boanerges Lopes, Jorge Duarte, Modesto Farina, Clotilde Perez,
Dorinho Bastos, Antônio Gil, Maristela Mafei, Nadja Magalhães Miranda e Rivaldo
Chinem.
Em meados do mês de junho, quando a Ponte deveria ser concluída, alguns
obstáculos surpreenderam os estudantes concludentes. A decisão do STF obrigou à
realização de mudanças urgentes e significativas na matéria de capa e problemas
pessoais fizeram com que a designer gráfica Ana Claudia Goés interrompesse a
diagramação da revista, tendo de ser substituída imediatamente. Exemplos de
entraves bem semelhantes aos da rotina jornalística profissional, que serviram para
aproximar mais ainda a produção da Revista Ponte da prática de mercado,
tornando-a exercício importante para a formação dos estudantes.
10
2 HISTÓRIA DA ASSESSORIA DE IMPRENSA
2.1 IVY LEE E A DISSEMINAÇÃO DA ATIVIDADE NOS EUA
Atividade relacionada à era tecnológica, à velocidade informacional e aos recursos
digitais, a Assessoria de Imprensa pode ser bem mais antiga do que se supõe. Para
alguns estudiosos, ela tem suas origens em épocas longínquas.
Há quem aponte grandes precursores da Antiguidade, como Homero,
Xenofonte e Sócrates como os precursores das práticas afeitas às relações
públicas. Existem ainda referências aos primeiros documentos que
divulgaram decisões dos governantes, como a Acta Diurna, do Fórum
Romano (século VI aC) ou as cartas circulares da Dinastia Han, na China
do século D a.C (MAFEI, 2008, p. 24).
As tais cartas circulares, citadas por Mafei eram distribuídas na China, 202 anos
antes de Cristo, durante a dinastia Han. Era uma espécie de prêt a publier (pronto
para publicar), só que, diante da inexistência de jornais, rádios e televisões, eram
lidas em praça pública para dar ciência ao povo sobre as decisões e realizações dos
mandarins (LOPES e VIEIRA, 2004, p.112).
Mas, a despeito dessas opiniões divergentes que cercam o nascimento da
Assessoria de Imprensa no mundo, a maioria dos autores concorda que a relação
profissional entre as organizações e a imprensa iniciam de forma mais contundente
e marcante a partir do trabalho do jornalista americano Ivy Lee na virada do século
XIX para o XX, durante o processo de consolidação do capitalismo.
Em 1906, ele criou a atividade especializada que hoje se chama Assessoria de
Imprensa (AI). Trata-se da administração das informações jornalísticas e seu fluxo,
porém privilegiando o ponto de vista das organizações e não dos veículos de
comunicação. Na AI, visa-se construir relacionamentos sólidos entre fontes e
jornalistas, ajudando a organização a tornar-se mais aberta à sociedade, tendo os
veículos como mediadores. O assessor define a linha de discurso da instituição e de
11
seus dirigentes, fortalece a imagem do assessorado, defende-o de acusações
infundadas ou de problemas que de fato existam, estabelece condutas preventivas
contra abordagens negativas da imprensa e promove ações de divulgação de
produtos e serviços (GAUDÊNCIO e TORQUATO, 2002, p. 95).
A importância da profissão para o mercado passou a ser ilustrada pelo próprio
conceito do serviço em si: fazer a interlocução entre os assessorados e a mídia
noticiosa e estabelecer, por meio da imprensa, canais indiretos de comunicação com
os seus públicos.
Embora seja preferível que o jornalista tenha passado por uma grande redação, isto
não é obrigatoriamente excludente para atuação em Assessoria de Imprensa, desde
que o assessor conheça perfeitamente os métodos de seleção, apuração e
produção da notícia. Desta forma, ele poderá cumprir seu papel de reunir
criteriosamente informações sobre o assessorado, buscar dados que componham
uma notícia, procurar fontes confiáveis dentro e fora da organização, preparar
planos de gerenciamento de crise, reconhecer o momento ideal de inserção (ou
ausência) do assessorado na imprensa e de que forma esta inserção será feita, os
assuntos a serem tratados e quais jornalistas devem ser procurados, acompanhar o
assessorado em entrevistas, apoio a eventos, dentre outros. Duarte ressalta com
veemência essa multiplicidade de tarefas, oferecendo exemplos:
O jornalista pode colaborar na elaboração do roteiro do audiovisual ou na discussão sobre a publicidade institucional, na produção de folders, na forma de lançamento de um produto ou serviço ou na elaboração da política de comunicação (DUARTE, 2008, p. 239).
Obviamente, este novo serviço não surgiu por acaso. No início do século XX,
começaram a circular os primeiros jornais com críticas à situação social dos Estados
Unidos, justamente em uma época em que os empresários norte-americanos
seguiam duas linhas de atuação: aumentar o lucro e conter o avanço das
resistências operárias. O proletariado, entretanto, conseguia mobilizar cada vez mais
pessoas, o que obrigou o governo a ceder ao clamor popular e proibir trustes e
cartéis, diminuindo sensivelmente o lucro das grandes companhias.
12
Foi nesse contexto, que Ivy Lee se desvinculou do jornal onde trabalhava, o New
York Times, e passou a oferecer um serviço de Assessoria de Imprensa e relações
públicas.
Pouco tempo depois de divulgar a nova atividade, foi contratado pelo grupo
Rockefeller. O dono da empresa de mineração, John Rockefeller, era então
proprietário de uma fábrica de carvão, local onde se deu um massacre: mineiros da
cidade de Ludlow (Colorado) iniciaram uma greve e foram alvejados por seguranças
da empresa. O embate deixou um saldo de 14 mortos e gerou um escândalo2.
Com um bem-sucedido projeto profissional de relações com a imprensa, posto em
prática no escândalo Rockefeller, Lee pôde aprimorar na prática seus conceitos
sobre imagem institucional e divulgação3. Para isto, o jornalista escreveu, em 1906,
sua Declaração de Princípios:
Este não é um departamento de imprensa secreto. Todo o nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos divulgar notícias, e não distribuir anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor como matéria paga, não o publiquem. Nossa informação é exata. Maiores pormenores sobre qualquer questão serão dados prontamente e qualquer redator interessado será auxiliado, com o máximo prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nossos planos, com absoluta franqueza, para o bem da empresa e das instituições públicas, são divulgar à imprensa e ao público dos Estados Unidos, pronta e exatamente, informações relativas a assuntos com valor e interesse para o público (FERRARETO e KOPPLIN, 1993, p. 25).
2 Rockefeller foi, de certa forma, execrado pela sociedade da época por “herança”, por
pertencer a uma elite produtiva muito pouco preocupada com a imagem junto aos leitores da mídia nascente. Outros exemplos de escândalos no final do século XIX e início do século XX demonstravam que o descaso com a opinião pública era comum. William Vanderbilt, dono de linhas ferroviárias americanas, chegou a declarar para a imprensa, em 1882, ao ser questionado sobre o fechamento de uma das suas linhas: “o público que se dane”. Esta forma de pensar só mudou a partir da atuação de Ivy Lee.
3 (...) Ivy Lee criou fatos noticiáveis, e com eles formou valores sobre os quais esculpiu, na
opinião pública, a nova imagem de seu cliente. Exemplo: quando o Congresso norte-americano resolveu investigar a greve em que o dono da Colorado Fuel and Iron Co. “mandara atirar sobre os grevistas” (fato registrado no livro de Chaumely e Huisman), o odiado John D. Rockefeller compareceu livremente, cooperando com a investigação. A imprensa, naturalmente, deu o devido destaque à inesperada atitude, o que - nas palavras de Tobaldo e Andrade - “melhorou a situação” (DUARTE, 2008, p. 37).
13
Desta forma, ele conseguiu transformar os odiados barões do capitalismo selvagem
em homens venerados pela opinião pública americana (CHAPARRO apud DUARTE,
2008, p. 34).
A partir deste cenário, Lee começou a enxergar um campo propício para que as
organizações passassem a demandar serviços profissionais em busca de melhor
exposição. As informações repassadas por ele chegavam ao jornalista com uma
apuração criteriosa, redação bem cuidada e com a credibilidade que o formato
noticioso impõe. Por isso, em muitas ocasiões, os textos de Ivy Lee tornaram-se alvo
de interesse dos jornais, que passaram a utilizá-los para elaborar matérias.
Eis que surge a comunicação organizacional: de uma exigência por transparência
nas atividades relacionadas ao bem comum e ao bem-estar da população e como
uma tentativa de dar respostas, uma satisfação a essas cobranças. Era uma
excelente oportunidade de negócios para os profissionais atentos e foi isso o que fez
o norte-americano Ivy Lee.
O ex-jornalista de economia dos jornais The New York Times, New York Journal e
New York World passou a oferecer ao mercado serviços inéditos, como informações
empresariais que as próprias empresas autorizavam a ser apuradas e divulgadas,
com o objetivo de atingir a opinião pública.
A partir da estratégia elaborada por Lee, o mercado de Assessoria de Imprensa se
expandiu por todo o mundo. Seu ápice aconteceu em um dos períodos mais tristes
da história da humanidade: a 1ª Guerra Mundial. Para fomentar o patriotismo e
arrecadar dinheiro para assistência social, os presidentes norte-americanos
Theodore Roosevelt e Woodrow Wilson investiram pesadamente em entrevistas
coletivas e distribuição de press release4.
Na crise de 1929 houve novo impulso, já que a opinião pública exigia respostas mais
claras dos governantes sobre a situação financeira dos países. “Estima-se que no
início da década de 1930, o The New York Times tinha 60% das suas matérias a
partir de pautas intermediadas pelos assessores de imprensa, segundo o então
4 Material distribuído à imprensa para sugestão de pauta ou veiculação gratuita. É o
instrumento mais usual e tradicional em uma assessoria de imprensa e objetiva informar ou chamar a atenção do jornalista para um assunto que possa tornar-se notícia.
14
editor das revistas Fortune e Life, John Jessup, numa entrevista em 1977" (MAFEI,
2008, p. 34).
2.2 ASSESSORIA DE IMPRENSA EM VERDE E AMARELO
No Brasil, a Assessoria de Imprensa surgiu no início do século XX, por incentivo do
Governo Federal. O primeiro a fazer uso da herança de Ivy Lee foi o Ministério da
Agricultura, Indústria e Comércio, que lançou, em 1909, o serviço informativo “Seção
de Publicações e Bibliotecas”. Alguns anos depois, foi a vez de uma empresa
multinacional enveredar pelo mundo da Assessoria de Imprensa: a canadense Light
(companhia que atuava na geração e distribuição de energia elétrica na cidade de
São Paulo) criou uma área interna de relações públicas e o primeiro house organ5
brasileiro.
Seguindo os passos da Light, a General Motors tornou-se pioneira no Jornalismo
empresarial, criando em 1926 a revista “General Motors”. “(..) Era distribuída
mensalmente a todos os operários, à saída do expediente: 12 páginas, impressas
em duas cores e com um formato de 16 por 23 centímetros” (REGO apud KOPPLIN
e FERRARETO, 1993, p. 26).
A revolução de 30 e a chegada de Getúlio Vargas ao poder reforçaram ainda mais a
prática de Assessoria de Imprensa no Brasil. O objetivo era erguer a imagem pública
do governante. Nesta época foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda
(DIP), que tinha a função de divulgar as virtudes do governo e censurar informações
que pudessem ser contrárias a ele. A partir deste momento, começa-se a criar uma
animosidade entre assessorias de imprensa e as redações dos jornais, já que,
muitas vezes, os jornalistas eram coagidos a publicar os releases governamentais
5 É a denominação dada ao veículo (jornal ou revista) de uma empresa ou entidade. Ele
geralmente é concebido para divulgar os fatos e as realizações da empresa ou entidade pode assumir diferentes configurações, dependendo do público a que se destina. A maioria dos house organs tem o público interno como prioritário, mas há casos (cada vez mais frequentes) em que a empresa ou entidade concebe dois ou mais house organs tendo em vista atingir, de maneira adequada (em termos de pauta e linguagem) públicos distintos. (www.comunicacaoempresarial.com.br, acessado em 1 jun 2009, às 21h13).
15
ou tinham seu acesso à informação restringido pelos colegas que atuavam nas
assessorias.
Algumas décadas depois, nos anos 1960, o governo de Emílio Garrastazu Médici
contou com as ações da Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP),
chefiada por um coronel e com a função básica de propagandear o regime
autoritário. O clima tenso entre jornalistas e assessores atingiu seu ápice graças às
imposições da ditadura militar: todos os press releases divulgados pelo governo
deveriam ser publicados pelos jornalistas. O governo de Médici foi emblemático
neste tipo de prática. A AERP ganhou poder de “superministério”, centralizando as
ações de manipulação da informação como estratégia de poder (MAFEI, 2005, p.
35).
Devido ao número de atribuições que são conferidas às assessorias, as empresas
privadas começaram a utilizar essa modalidade de serviços também na década de
60, quando a Volkswagen convidou jornalistas para montar e coordenar seu
departamento de imprensa. O País vivia um momento de crescente implantação de
multinacionais, sobretudo a partir da inauguração de Brasília. Elas contribuíam para
sofisticar e ampliar os modelos de expressão e desencadear ainda mais o
aperfeiçoamento da comunicação organizacional em território nacional.
Daí que nasceu, em 1971, a Unipress, considerada a primeira assessoria de
imprensa do Brasil. Fundada pelos jornalistas Reginaldo Finotti e Alaor José Gomes,
ela teve como primeiro cliente a Volkswagen. De acordo com Jorge Duarte (2003,
p.4), a Unipress pôde consolidar um modelo jornalístico de Assessoria de Imprensa,
atuando, sobretudo, como alimentadora de pautas. A experiência da empresa foi
favorecida pela valorização das editorias de economia, que cresceram como
alternativa ao Jornalismo político, alvo direto da censura da época.
Na mesma década do surgimento da Unipress, iniciam-se as atividades da Mecânica
Comunicação Ltda., fundada por Ênio Campói, outro jornalista experiente
conhecedor da indústria automobilística, que acreditava no potencial da Assessoria
de Imprensa.
As empresas estavam despertando para o fato de que falar e se fazer ouvir, „se
noticiar‟, eram maneiras de marcar presença na sociedade, de atrair para si a
16
atenção da opinião pública. Por essa razão, o setor privado passou a contratar
assessorias de imprensa (MAFEI, 2005, p. 37).
A exemplo do que acontecia na ditadura militar, as redações passaram a receber, a
partir da década de 80, avalanches de releases. Neste mesmo período, os jornais de
todo o País passaram a viver mais intensamente as polêmicas ofertas de presentes,
viagens, almoços luxuosos e outras formas de convencimento que alguns analistas
consideram suborno.
No final dos anos 80, com a publicação da Lei de Defesa do Consumidor, as
empresas tiveram que intensificar o fluxo de informações através da mídia. A
população passou a procurar mais a imprensa para tirar dúvidas e fazer
reclamações, ao passo que as assessorias facilitaram o acesso dos jornalistas aos
clientes, auxiliando-os na formação de canais de comunicação. A Assessoria já era
vista como formadora de opinião pública, na medida em que pretendia atingir um
determinado número de pessoas com uma mensagem, influenciando a forma de
pensar dos receptores (KOPPLIN e FERRARETO, 1993, p. 29).
A atividade se tornou tão importante que, como afirma Lima, “muitos jornais
encontrariam dificuldades para manter suas portas abertas se não pudessem contar
com o material distribuído pelas assessorias de imprensa” (LIMA apud DUARTE,
2003, p.91).
A migração de jornalistas para a AI também é um fenômeno digno de nota,
tornando-se um movimento irreversível, a ponto de, em 1995, técnicos do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIESSE)
revelarem que 36,40% dos jornalistas estavam atuando fora dos veículos de
comunicação tradicionais (jornais, revistas, rádio, televisão e agências noticiosas),
nos segmentos de comunicação organizacional (DUARTE, 2003, p.48), como indica
a ilustração a seguir:
17
Fonte:
Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a mídia (DUARTE, 2008, p.48).
Figura 01 – Distribuição de jornalistas por área de atuação no Brasil
De acordo com Torquato (2008, p.81), essa estatística deriva de alguns fatores
importantes.
Em primeiro lugar, a expansão dos negócios, principalmente no âmbito das grandes companhias. Passamos a ver, nos últimos tempos, incorporações, fusões, enfim, um adensamento de organizações. E quanto mais crescem os negócios, maiores são as organizações e maior a necessidade de comunicação. (...) Em segundo lugar, a expansão das assessorias de comunicação se deve à abertura do universo da locução nas últimas décadas (TORQUATO, 2008, p. 81).
18
A posição que a AI ocupa hoje no cenário mundial deve-se ao fato de ela ser vista
como uma função estratégica para a organização.
O profissional responsável pela área [de comunicação] deve reconhecer a inserção ideal na imprensa (ou mesmo a ausência do assessorado dos veículos de mídia, em determinado momento) para os negócios e para a imagem de seu assessorado. É ele quem vai planejar como será feita essa exposição, sobre que assuntos ela será construída e quais jornalistas devem ser procurados (MAFEI, 2003, p. 44).
E essa “procura” do jornalista é literal. As relações interpessoais são de extrema
importância para o assessor de imprensa. Afinal, a atividade possui caráter
eminentemente político. Faz parte da rotina do profissional a resolução de conflitos e
a articulação, o comando e seleção de um grupo eficaz que possa cumprir o que foi
planejado, entendendo as necessidades dos jornalistas em cada momento singular,
ao mesmo tempo em que se aproxima das lideranças da empresa, conquistando a
confiança necessária para que possa implementar suas idéias.
A partir do momento em que os assessores se mostraram cada vez mais “afinados”
com o conceito de notícia e com a crescente migração dos jornalistas da grande
imprensa para as agências de comunicação, o relacionamento de conflito e
preconceito entre ambos, embora persista até hoje, foi bastante amenizado (MAFEI,
2005, p. 37).
2.3 A ATIVIDADE CHEGA À BAHIA
Apesar de sua importância, a Assessoria de Imprensa baiana parece ter sido
ignorada pelos estudiosos do assunto. Não há livros que tratem especificamente
sobre a história da Assessoria de Imprensa na Bahia. Uma pesquisa nas bibliotecas
da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Faculdade 2 de Julho (F2J)
apresenta apenas livros que discorrem sobre a história da imprensa baiana, mas
sem reservar nenhum capítulo aos pioneiros da atividade no estado.
Na maior biblioteca do mundo – a rede mundial de computadores – também não
consta nada sobre a história da AI na Bahia. Foram feitas pesquisas em sites de
19
busca (como o Google) e portais específicos, a exemplo do Jornalistas & Cia,
Observatório da Imprensa, Almanaque da Comunicação, Associação Brasileira das
Agências de Comunicação (ABRACOM), Associação Brasileira de Comunicação
Empresarial (ABERJE), Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sindicato dos
Jornalistas da Bahia (SINJORBA), Faculdade de Comunicação da UFBA e Jornal da
Comunicação Corporativa.
Portanto praticamente inexistem estudos deste mercado na Bahia. Os dados
disponíveis se referem quase sempre a São Paulo e ao Rio de Janeiro. Ainda assim,
pesquisa realizada pelo jornalista baiano Vanderlei Carvalho e publicado no site
Jornalistas & Cia” (www.jornalistasecia.com.br) indica que, em Salvador, o maior
mercado para os jornalistas é o de AI, com cerca de 30 empresas privadas.
De acordo com a assessora de imprensa Cristina Barude, em 1985 surgiu a primeira
empresa de AI da Bahia, a Mais Assessoria de Comunicação, fundada pela
jornalista Nilza Barude. A inauguração da agência é considerada um marco por ter
sido a primeira grande empresa de Assessoria de Imprensa da Bahia, apesar de, à
época, já haver alguns profissionais atuando na área como autônomos ou com
pequenos escritórios montados em casa. O primeiro cliente da Mais Comunicação
foi, não por acaso, uma empresa de fora: a cervejaria Antarctica. “Foi a partir do
trabalho com a Antarctica que outras empresas se interessaram pela atividade.
Quanto mais nossos releases eram publicados, mais empresas nos procuravam
querendo conhecer o trabalho”, conta Nilza Barude.
A resistência dos veículos de comunicação, comum em outros estados, foi
minimizado na Bahia por Nilza já ser um rosto conhecido na área, graças aos seus
trabalhos nas TVs Educativa e Itapoan como apresentadora. Uma das grandes
dificuldades da pioneira foi a contratação de profissionais qualificados. Segundo
Nilza, as pessoas precisavam ser ensinadas sobre o que era uma assessoria de
imprensa e pressionadas a deixar de lado a desconfiança com a profissão.
Não há dados estatísticos, mas a empresária acredita que o fim dos anos 80 e o
início dos anos 1990 foram uma época de ouro para a Assessoria de Imprensa na
Bahia, com grande crescimento do mercado, graças aos novos investimentos que
chegavam ao estado. “O fim deste período tão produtivo (final dos anos 1990)
aconteceu quando começamos a viver um problema que temos até hoje: a criação
20
de assessorias de imprensa por parte de jornalistas de redação. De repente a
Assessoria de Imprensa virou a „galinha dos ovos de ouro‟ e os jornalistas
começaram a captar clientes e a utilizar suas próprias matérias pra divulgar estas
empresas”, afirma. Nilza considera que o descrédito gerado pela prática fez muitas
empresas se afastarem das assessorias baianas, preferindo concentrar os
investimentos de comunicação nas agências de publicidade ou em agências de São
Paulo.
Dados da Delegacia Regional do Trabalho da Bahia indicam que, em 2006, havia
2.200 jornalistas registrados no estado. Porém inexistem estudos que apontem
como estes profissionais estavam divididos no mercado de trabalho. Considerando-
se que a proposição de Duarte supracitada é válida, pode-se reconhecer que no
período cerca de 1.300 profissionais trabalhavam nas assessorias de imprensa.
Isto é reflexo do amplo campo de atuação em que as assessorias estão inseridas.
Sabe-se que:
As assessorias de imprensa estão, na forma original ou ampliada, no Legislativo, Executivo, Judiciário (nos âmbitos federal, estadual e municipal), em empresas públicas, privadas (inclusive em alguns veículos de comunicação), terceiro setor, universidades, nas forças armadas, sindicatos, entidades de classe e apoiando pessoas físicas (artistas, esportistas e políticos) (DUARTE, 2008, p. 81).
21
3 ASSESSORIA COM DENDÊ
3.1 ASSESSORIA DE IMPRENSA SOTEROPOLITANA: LACUNAS E
ESTIMATIVAS
De acordo com a Associação Brasileira das Agências de Comunicação
(ABRACOM), a assessoria de imprensa vive um momento de transformação na
Bahia. As empresas mais antigas, que trabalhavam apenas com este tipo de serviço,
diversificaram os ramos de atividade em que atuam. Agora, se aposta cada vez mais
em atividades como Relações Públicas (RP) e Publicidade. Entretanto, a expectativa
é de que a assessoria de imprensa continuará a ser o carro-chefe destas empresas.
A Darana é um exemplo. A agência, que atende cerca de 15 clientes, obtém 40% de
seu faturamento com serviços de AI.6
Conforme dados coletados através de questionários enviados às assessorias da
capital (Apêndices B e D), a maioria das AIs contam em seus quadros com
profissionais das áreas de Jornalismo, Design Gráfico, RP e Publicidade.
Um dos entraves para o crescimento do mercado em Salvador é o baixo índice de
leitura da população. Ainda conforme a ABRACOM, apenas 60 mil exemplares de
jornais são lidos na cidade todos os dias. Em Porto Alegre, para citar um exemplo,
este índice é de 500 mil por dia. O grande número de consumidores na capital
gaúcha aumenta a demanda por notícias e, em conseqüência, por geradores de
conteúdo. E esta demanda é suprida pelas assessorias de imprensa que, assim, se
beneficiam com maior verba e empregam maior número de profissionais.
Em 2007, de acordo com tese de doutorado da pesquisadora Nadja Magalhães
Miranda (MIRANDA, 2007, p. 61), a ABRACOM informava haver em Salvador um
total de 36 agências de comunicação (excluídas as assessorias de órgãos públicos,
setores de comunicação dentro das empresas, autônomos e agências com foco
exclusivo em cultura e esporte). Atualmente, a Associação contabiliza 30 agências
na capital. Desta forma é possível inferir que, em dois anos (de 2007 a 2009), a 6 Entrevista concedida pela diretora da Darana Comunicação, Mariana Trindade aos
concludentes, em março de 2009.
22
quantidade de assessorias na Bahia encolheu cerca de 20%, pelo menos das que
estão em estudo. Isto é resultado direto da crise econômica mundial, que causou,
ainda segundo a Associação, uma retração de 20% do volume financeiro
movimentado pelo mercado. Conforme Mariana Trindade, da Darana Comunicação,
a crise impactou negativamente – em proporções diferentes – cerca de 89% das
agências baianas.
Entretanto, nenhuma das fontes citadas disponibilizou para esta pesquisa a lista das
30 empresas existentes. O levantamento realizado para este memorial pelos
estudantes concludentes - feito através de consultas na internet, em catálogos
telefônicos, a jornalistas em veículos de comunicação, ao Sindicato dos Jornalistas
da Bahia (SINJORBA) e à ABRACOM - indica 29 agências de comunicação na
capital baiana:
8
1. AC Comunicação
2. AIG Comunicação
3. Agência de Textos
4. A Quatro Comunicação
5. Abará – Tabuleiro da
Comunicação
6. Almanak
7. B Comunicação
8. CiberMidia
9. Comunicativa
10. Canal Assessoria de
Comunicação
11. Caderno 2
12. Companhia de Comunicação
13. Dizer
14. Darana
15. Em Pauta
16. Frente e Verso
17. Laboratório da Notícia
18. Lima Comunicação
19. Lume Comunicação
20. Oxagrian
21. Palavra Cruzada
22. Pipa Comunicação Integrada
23. Reattor Comunicação
24. Santa Clara
25. Texto pronto Comunicação
26. Texto & Cia
27. Via Press
28. Varjão & Associados
29. Verbo Comunicação
8
Tentou-se comunicação telefônica e por e-mail com todas as empresas citadas.
Destas, 11 empresas não puderam ser contatadas, apesar de terem telefones
disponíveis em sites, listas telefônicas e associações de classe. Das outras 18,
apenas seis responderam ao questionário de pesquisa, enviado às empresas via e-
mail ou entregue pessoalmente.
Levando em consideração as respostas recebidas, infere-se que em cada agência
de comunicação trabalham diretamente com assessoria de imprensa uma média de
sete profissionais. Desta forma, pode-se deduzir que existem aproximadamente 200
profissionais empregados nestas empresas, números em consonância com os da
pesquisa de Nadja Magalhães Miranda:
A tendência dos profissionais de Jornalismo para ocupar hoje as
assessorias no País é de certa forma ratificada na enquete realizada em
2002 pelo Programa de Qualificação Profissional em Jornalismo (Proquali-
jor), da Faculdade de Comunicação da UFBA. As temáticas “Assessoria de
Comunicação” seguida de “Jornalismo on-line” lideraram a preferência dos
profissionais. Entre os 130 jornalistas sediados na Bahia consultados – a
maioria em Salvador – podendo indicar duas opções, 82,3% optaram pelo
curso de atualização em Assessoria de Comunicação e 59,2% por
Jornalismo on-line (MIRANDA, 2007, p. 61).
A quantidade de assessores em atuação, entretanto, varia significativamente de uma
empresa de comunicação para outra. Na Via Press, por exemplo, há 16 pessoas
atendendo 11 clientes, enquanto na Pipa há cinco assessores para 18
assessorados.7
Os dados coincidem com pesquisa nacional realizada pela revista Comunicação
Empresarial em 2008, que indica uma média de sete profissionais em cada
empresa.8 De acordo com a FENAJ, em todo o país 20 mil pessoas trabalham na
área de comunicação empresarial.
7 Dados disponíveis www.abracom.org.br, acessado em 15 de maio 2009, às 20h50.
8 www.blogdayara.com.br, acessado em 15 de maio de 2009, às 19h30. Yara Peres é sócia e
vice-presidente do Grupo CDN, a maior agência de comunicação do País.
25
Um tema “tabu” entre as assessorias de imprensa e mesmo entre as entidades de
classe é o faturamento das empresas. Nenhuma das entrevistadas aceitou
responder a esta pergunta, argumentando se tratar de uma informação estratégica.
Já a ABRACOM afirma não dispor destes dados justamente pela recusa das
assessorias em informar valores. Entretanto, sabe-se que para serem associadas à
ABRACOM as empresas devem, obrigatoriamente, divulgar qual é o seu
faturamento. A revista Comunicação Empresarial (publicada pela ABERJE) estima
que, em todo o Brasil, o faturamento do mercado de assessoria de imprensa foi de
aproximadamente R$ 500 milhões em 20079.
Em 2003, de acordo com a Corporate Watch (revista britânica sobre comunicação)10,
as vinte maiores empresas brasileiras do setor faturavam pouco mais de R$ 90
milhões. Ressalte-se, entretanto, que 57% das agências de comunicação brasileiras
faturavam, na época, menos de R$ 200 mil, e apenas 3% tinham receita superior a
R$ 5 milhões, ou seja, o mercado estava altamente concentrado.
A revista consegue fazer esse cálculo depois de uma ginástica contábil e a partir dos
números da Corporate Watch. Para se ter uma idéia de como os números continuam
sendo um segredo no Brasil, os últimos dados disponíveis no mercado nacional são
de 2001, do Balanço Anual da Gazeta Mercantil.
É possível fazer uma comparação entre a Bahia e outros estados brasileiros levando
em consideração a quantidade de agências associadas à ABRACOM em cada
região. A Bahia, sexta maior economia do País, aparece nesta lista também na sexta
posição, com 13 empresas associadas, atrás de São Paulo (disparada na liderança,
com 179 associados); Rio de Janeiro, Distrito Federal e Pernambuco (18 cada); e
Rio Grande do Sul (14). No total, a ABRACOM conta com 323 associadas, sendo
4% na Bahia. Utilizando-se o faturamento total do mercado brasileiro, conclui-se
(levando em consideração apenas a quantidade de assessorias e não o faturamento
de cada uma) que o mercado baiano fatura aproximadamente R$ 20 milhões ao ano
(uma inferência da dupla de concludentes, a partir dos poucos dados disponíveis).
9 www.blogdayara.com.br.
10 Blog da Yara.
26
3.2 DIFICULDADES LOCAIS: DESCONHECIMENTO EMPRESARIAL E REDUZIDO
NÚMERO DE VEÍCULOS
Embora a atividade tenha chegado em Salvador na década de 1980, os diretores
das AIs baianas ainda se queixam de que os empresários não sabem o que é uma
assessoria de imprensa e a importância da comunicação na construção da imagem
das empresas e no fortalecimento da identidade institucional. “Em momentos de
crise o serviço é um dos primeiros a serem cortados”, afirma a diretora da Frente &
Verso Comunicação Integrada, Tatiany Carvalho11.
O secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal de Salvador, André Curvello,
concorda. Para ele, os executivos ainda têm uma idéia distorcida sobre como as
coisas funcionam. “Muitos perguntam: „o que você pode fazer para impedir que tais
notícias sejam veiculadas?‟. Ora, a censura acabou. A AI não tem este poder”, conta
durante entrevista12.
O problema deteriora a já delicada relação entre assessores e jornalistas de
veículos, já que os clientes muitas vezes obrigam o assessor a enviar para a
imprensa pautas meramente comerciais. “Perdi as contas de quantas vezes precisei
explicar a clientes que o trabalho do assessor é com o espaço editorial e não com o
publicitário, e que as ferramentas principais são a notícia de qualidade e a
argumentação. Portanto, não há garantias de que o cliente verá na mídia somente o
que gostaria, no espaço desejado e com abordagem elogiosa. Muitos executivos
ainda acreditam que pagar um assessor de imprensa é o mesmo que pagar por
matérias sempre positivas na mídia. Acham que o bom relacionamento com
repórteres e editores basta para que o assessor abra espaços para a instituição”
(MAFEI, 2008, p. 20).
Como se não bastassem todas as dificuldades, o mercado baiano ainda enfrenta um
problema criado por ele mesmo: as agências enfrentam dificuldades para se
diferenciar umas das outras. No questionário produzido para esta pesquisa,
11
Entrevista concedida pela diretora da Frente & Verso Comunicação Tatiany Carvalho aos
concludentes, em abril de 2009.
12 Entrevista concedida por André Curvello, secretário de comunicação da Prefeitura Municipal
de Salvador e diretor da AC Comunicação, aos concludentes, em abril de 2009.
27
perguntas sobre o assunto foram respondidas com termos genéricos e pouco
elucidativos, como “diversificação dos serviços”, “criatividade”, “qualidade” e outros
substantivos generalizantes. A surpresa ficou com o posicionamento da AC
Comunicação, que se declara como uma empresa não preocupada com as práticas
das concorrentes baianas13.
A diminuta quantidade de veículos de comunicação da cidade também é um
obstáculo a ser superado por quem trabalha na área. Salvador conta com apenas
cinco grandes jornais, uma revista (encartada em um dos jornais), oito rádios com
programação jornalística e cinco emissoras de TV (para efeito comparativo, de
acordo com o Anuário de Mídia, produzido pelo Grupo Meio e Mensagem, a cidade
de São Paulo conta com nove emissoras de TV com programação jornalística e 22
jornais). “Entre as conseqüências disto, destaco o intenso esforço envolvido para se
conquistar os espaços editoriais, a carência de publicações especializadas e a
prática do jabá”, critica Tatiany Carvalho. A solução para superar o problema, de
acordo com a empresária, é esclarecer os clientes sobre a importância das mídias
alternativas e dar mais atenção a esses canais de comunicação. “Jornais, revistas
de bairro, iniciativas de faculdades – como a revista Ponte, portais e outros”, afirma.
3.3 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA AI EM TERRITÓRIO BAIANO
Para os empreendedores que responderam ao questionário de pesquisa, o
crescente investimento das agências de comunicação em RP, publicidade, produção
de eventos e design gráfico deve acarretar em um efeito colateral para o segmento
comunicacional baiano: o serviço de assessoria de imprensa será cada vez menos
requisitado.
De acordo com a diretora da Lima Comunicação, Vânia Lima, “este formato ainda
vai ter sua importância, mas certamente o mercado irá diminuir. Quem se mantiver
exclusivamente como assessoria de imprensa terá que focar em prospectar clientes
pequenos e médios. Boa parte da renda será obtida com a realização de jobs, já que
13
Entrevista concedida ao concludentes por André Curvello, secretário de comunicação da
Prefeitura Municipal de Salvador e diretor da AC Comunicação, em março de 2009.
28
as grandes empresas vão preferir contratar as assessorias de comunicação
integrada”14.
Já a jornalista Cíntia Medeiros, membro da comissão baiana da ABRACOM,
concorda que as assessorias estão perdendo espaço, mas aposta numa perspectiva
mais otimista. “A intermediação do contato com a imprensa ainda será, por muito
tempo, o carro-chefe das agências de comunicação”15.
14
Entrevista concedida pela diretora da Lima Comunicação, Vânia Lima, em maio de 2009.
15 Entrevista concedida por Cíntia Medeiros, membro da comissão baiana da ABRACOM, em
abril de 2009.
29
4 PONTE: PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO
4.1 A REVISTA
Para começar, atire a primeira pedra quem não tem dó de jogar revistas
fora, quem nunca guardou uma publicação, quem nunca pensou em
colecionar um título. É isso: em primeiro lugar, revistas são objetos
queridos, fáceis de carregar e de colecionar. São também boas de recortar,
copiar: vestidos, decorações, arrumações de mesa, receitas de bolo, cortes
de cabelo, aulas, pesquisas de escola, opiniões, explicações... (SCALZO,
2003, p.12).
“Objetos queridos”. Esta é a definição de “revista” para a jornalista e autora do livro
“Jornalismo de Revista”, Marília Scalzo, conceito que impulsionou o nascimento e
criação da Revista Ponte. Dentre tantas mídias a serem exploradas, como jornais,
rádio, TV e internet, a revista é a que melhor atinge os objetivos do corrente projeto
de TCC: ser uma ferramenta de consulta para estudantes e outros profissionais que
precisam se aprofundar em assessoria de imprensa.
Os idealizadores do produto são formandos do curso de Jornalismo e, desta forma,
têm uma boa idéia do público-alvo da publicação: estudantes que estão na reta final
do curso e profissionais que atuam em veículos de comunicação, com faixa etária
entre 20 e 45 anos. O suporte “revista” permite tratar o leitor (colegas dos
idealizadores) com intimidade, chamá-lo de “você”, deixando de lado as
formalidades. A linguagem utilizada em Ponte atinge este público. Nas matérias são
encontrados jargões muito usados no mercado de AI – para familiarizar os
interessados no assunto – porém, os termos mais incomuns e de outro idioma são
acompanhados de uma breve explicação. Há ainda a predominância de uma
redação leve, sem rodeios e que muitas vezes se aproxima da narrativa oral, para
que o público universitário se identifique com as matérias.
A Ponte tem periodicidade mensal, menos frequente que outras publicações (como
Veja e Época), porém equivalente a de revistas de temática específica (como
Pequenas Empresas, Grandes Negócios), de maneira a permitir que as fontes
30
(geralmente executivos de assessorias de imprensa ou entidades de classe) possam
reservar horários em suas agendas para atender os repórteres.
O formato utilizado é o da folha A3 (29,7cm x 42cm) dobrado, o tamanho mais
comum em publicações empresariais e acadêmicas. Quanto a esta formatação típica
das revistas, Marília Scalzo é enfática na descrição das qualidades “é fácil de
carregar, de guardar, de colocar numa estante e colecionar. Não suja as mãos como
os jornais, cabe na mochila e disfarça dentro de um caderno, na hora da aula”
(SCALZO, 2003, p.39).
Há ainda uma motivação mercadológica: poucas revistas circulam no mercado de
Salvador e nenhuma delas trata especificamente sobre Jornalismo ou Assessoria de
Imprensa. Isto garante o acesso a um mercado ávido por informações e que só as
obtém por meio de encontros pessoais em eventos ou reuniões de negócios. Na
academia, a única fonte de informação são os professores ou livros, que
praticamente só abordam os mercados do Sul do País, além de, evidentemente, não
tratarem de notícias, mas de temáticas.
4.2 ESCOLHA DO TEMA
É chegando à reta final do curso que muitos estudantes se deparam com o seguinte
questionamento: em que área vou atuar? As opções no Jornalismo são inúmeras.
Redação de jornal impresso, revista, webjornais, fotografia, cinema, televisão, rádio,
etc. A assessoria se coloca como mais uma oportunidade de crescimento
profissional no âmbito jornalístico.
A expansão das Assessorias de Imprensa no Brasil já possibilita uma afirmação até pouco tempo um tanto arriscada: é um dos quatro principais blocos de referência para o exercício do Jornalismo, ao lado dos meios impressos, da tevê e do rádio (LOPES, 2003, p. 10).
A abertura do mercado para as AIs cresce concomitantemente ao enxugamento nos
quadros funcionais dos grandes veículos de comunicação. Estes últimos se tornam
31
insuficientes para absorver a mão-de-obra que chega ao mercado. De acordo com a
Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), formam-se, por ano, mais de dez mil
jornalistas no Brasil, um número expressivo. A disputa para encontrar uma vaga nas
redações é acirrada e os jornalistas encontram espaço na comunicação
organizacional. Estes profissionais levam enorme vantagem em relação aos de
outras áreas correlatas, como os de Relações Públicas, já que conhecem o que
interessa à imprensa e conseguem com mais facilidade administrar informações
jornalísticas das fontes para os meios de comunicação e vice-versa. De acordo com
Graça Caldas:
Jornalista que atua em Assessoria de Imprensa, geralmente, já trabalhou um dia na mídia ou ainda pretende fazê-lo. Conhecer os dois lados do balcão, como costumamos dizer, é essencial para entender a lógica do processo de produção da informação e de sua publicação como notícia (CALDAS apud DUARTE, 2008, p. 306).
Dessa forma, o público-alvo da Ponte, que pretende seguir carreira nas assessorias
de imprensa de Salvador, não vai encontrar na revista uma fórmula pronta para ser
bem-sucedido na carreira, mas sim informações para que esteja apto a traçar sua
própria estratégia. Além de fazer uma breve atualização sobre como se encontra o
mercado na capital, a revista aborda a AI sob diferentes pontos de vista, como o
historiográfico e o prático-instrumental.
A revista Ponte já chega ao público com a vantagem de ser a única publicação sobre
assessoria de imprensa na Bahia. Possui objetivos claros, além de precisar bem seu
público-alvo (os editores convivem com ele diariamente).
O primeiro número da publicação é composto por 24 páginas. A impressão ficou a
cargo da Empresa AlphaGraphics PrintShops do Brasil, localizada na Pituba, que
cobra o valor de R$ 44,40 por unidade, devido à gramatura do papel utilizado –
couchê brilhante (150 g).
A tiragem inicial planejada é de 800 exemplares, levando-se em consideração
diversos fatores. Primeiro, o fato de existirem 20 cursos de Jornalismo em Salvador
32
(de acordo com o jornalista Vanderlei Carvalho, no site “Jornalistas e Cia”16) e de
cada um deles oferecer turmas em dois horários (manhã e noite; ou tarde e noite).
Em segundo lugar, a estimativa de que, em cada faculdade, por turma, existem
cerca de 15 alunos. Entretanto, como a revista quer atingir apenas os estudantes do
3º e 4º anos (que estejam cursando ou já tenham feito a disciplina de Assessoria de
Imprensa), calcula-se que cada instituição possua, aproximadamente, 60 alunos por
turno com este perfil, 120 no total. Somando-se todas as faculdades, chega-se ao
número de 2.400 estudantes.
Como a Ponte vai atingir também os jornalistas dos veículos de comunicação, esse
número precisa ser considerado. Entretanto, eis um problema. O próprio SINJORBA
não dispõe desses dados. Portanto, apenas uma estimativa pode ser considerada.
Levando em conta o número de veículos em Salvador – 3617 – e estabelecendo um
número genérico arbitrário – cinco – como representando a quantidade mínima de
jornalistas em cada um dos meios (em alguns, esse número é bem maior; em
outros, menor), alcança-se, assim, um total de 180 profissionais. Obviamente, há
falhas nesse cálculo, mas, na falta de dados mais precisos, é a única alternativa
viável disponível18.
Considerando-se que a média de leitura é de cinco leitores por exemplar (média da
revista Superinteressante, da editora Abril, publicação com perfil de público similar
ao de Ponte), a tiragem mínima da revista deve ser de 516 exemplares. No entanto,
as publicações costumam ter uma margem de sobra. Os motivos são vários.
Primeiro, quanto maior a quantidade de unidades, menor o preço unitário, logo, vale
a pena imprimir mais cópias. Segundo, porque deve haver exemplares a serem
16
www.jornalistasecia.com.br, acessado em fevereiro de 2009, às 19h45.
17 TVE Bahia, TV Aratu, TV Itapoan, Band Bahia, Rede Gospel, TV Bahia, TV Salvador Rede Bahia,
TV Cabrália, Rádio Cruzeiro AM, Rádio Sociedade da Bahia, Rádio Excelsior AM, Rádio Novo Tempo AM, Rádio Bahia AM, Rádio CBN Salvador AM, Rádio Cultura AM, Rádio Metrópole AM Rádio Cristal AM, Rádio Bahia FM, Rádio Globo FM, Rádio Itaparica FM, Rádio Nova Salvador FM, Rádio Sucesso FM, Rádio Piatã FM, Rádio Rede Aleluia, Rádio Itapoan FM, Rádio Bandnews FM, Rádio Transamérica Pop, Rádio 100, Rádio Metrópole FM, Rádio Tudo FM, Rádio A Tarde FM, Rádio Nova Brasil FM, Rádio Educadora FM, jornal impresso Tribuna da Bahia, jornal impresso A Tarde e jornal impresso Correio.
18 Não foram contabilizadas aqui as empresas de assessoria de imprensa por um motivo: é de
interesse de Ponte que os profissionais que lá trabalham se tornem não só leitores mas também fontes das matérias, logo, faz sentido que recebam a publicação gratuitamente.
33
distribuídos gratuitamente aos anunciantes. Terceiro, para a formação de um banco
de revistas (leitores costumam solicitar edições passadas). E por fim, o valor obtido
com os anúncios em revistas já é cobrado tendo em vista esse excedente. Para
captação de público, o primeiro exemplar de Ponte também deve ser fornecido
gratuitamente em alguns postos de circulação do público-alvo, como assessorias de
imprensa, agências de comunicação e publicidade, sedes de possíveis anunciantes
e em faculdades.
Toda essa conta resulta numa tiragem de 1.000 exemplares para o número 1 de
Ponte.
4.3 O PADRÃO DE PONTE
Editorial, reportagens, matérias, entrevistas, perfil, crônica, enquete, artigos e curtas
são os principais conteúdos oferecidos pela Revista Ponte. Uma variedade textual
que visa enriquecer o produto e torná-lo mais dinâmico e atrativo.
A maioria das fotografias retrata os entrevistados em seus locais de trabalho, de
maneira a ajudar o leitor a vislumbrar os aspectos físicos do seu futuro profissional.
A complementação gráfica (através de mapas, ilustrações referentes a desenhos
animados, etc.) auxiliam na composição visual de algumas matérias cuja temática
dificulta a produção fotográfica, permitindo com que todas as páginas ofereçam
atrativos visuais.
O trabalho de diagramação, realizado inicialmente pela profissional de Propaganda e
Marketing Ana Cláudia Goés, foi substituído em caráter de emergência pelo da
profissional de design Aline Cerqueira, devido a problemas de ordem pessoal. Os
concludentes estabeleceram os parâmetros de composição da revista e
acompanharam todas as etapas da diagramação, apresentação soluções para
combinação de cores, escolha das fontes, disposição das imagens e artes. Um
trabalho em conjunto que proporcionou unidade visual à revista.
34
Quanto à escolha das fontes, houve predominância da família Helvetica. De acordo
com o site Swissinfo.ch: notícias da Suíça para o Mundo, as fontes pertencentes a
esta linha são caracterizadas pela simplicidade e clareza, sendo considerada o
ícone do design suíço dos anos 60 e 70, além de constituir-se em referência gráfica
contemporânea.
Como nenhuma outra família tipográfica, ela marca espaços urbanos até hoje (...) Seja na propaganda, nos cardápios, nas placas de sinalização nas rodovias, trens, metrôs em Zurique, Milão, Londres, Berlim, Tóquio ou Nova Iorque – por todos os lados as pessoas esbarram, sem saber, nas suas formas redondas (SWISSINFO.CH, acesso em 22 mai 2009)
19.
A predominância de cores frias e tons mais brandos, como o azul, preto, verde e
branco, revelam que a publicação pretender seguir um estilo clean, trazendo
credibilidade e seriedade à publicação. A idéia é fazer um contraponto à linguagem
despojada dos textos. Para definir tais escolhas fundamentais para a aceitação da
revista, foi imprescindível a consulta ao livro “Psicodinâmica das Cores em
Comunicação” que revela a importância das cores para a comunicação.
Sobre o indivíduo que recebe a comunicação visual, a cor exerce uma ação tríplice: a de impressionar, a de expressar e a de construir. (...) E é construtiva, pois, tendo um significado próprio, tem valor de símbolo e capacidade, portanto, de construir uma linguagem própria que comunique uma idéia (BASTOS, FARINA e PEREZ, 2006, p. 13).
Além disso, a família Helvética é utilizada com frequência em publicações
organizacionais, aproximando-se, assim, de um universo já familiar a assessores de
imprensa.
Buscou-se na triagem de cores e fontes a legibilidade e a visibilidade dos detalhes
que tem a intenção de facilitar a leitura e a memorização dos conteúdos.
19
www.swissinfo.ch. A Swissinfo é uma empresa da SRG SSR idée suisse (Sociedade Suíça de
Radiodifusão e Televisão), grupo multimídia de direito público. Sua missão consiste em informar os
suíços no estrangeiro sobre os acontecimentos em seu país e os estrangeiros que se interessam pela
Suíça. Com esse objetivo, ela mantém a plataforma multimídia de informação www.swissinfo.ch,
disponível na Internet em nove idiomas.
35
4.4 ESPECIFICAÇÃO POR SEÇÃO DA REVISTA
4.4.1 Logomarca
A marca da revista foi planejada de forma a traduzir sua missão: ser um canal entre
os jornalistas e o mercado. Sua linguagem iconográfica representa, literalmente,
uma ponte ligando estes profissionais às assessorias de imprensa soteropolitanas.
Como a idéia de é que a capa seja toda preenchida por imagens ou cores, a cor da
logomarca será preta e azul podendo ser alterada a cada edição, mas sempre
utilizando tons que forneçam o máximo possível contraste, de modo a destacar o
nome da publicação.
Para estilizar a logomarca, o nome “Ponte” ganhou um “t” maior que as demais
letras, para ser utilizado como suporte principal dos “cabos” que conectam as
extremidades da palavra. O traço mediano que “corta” a letra “t” é estendido e
sobreposto a todo o termo, representando a viga que sustenta o caminho por onde
os leitores vão passar em busca de conhecimento.
A fonte empregada na revista foi selecionada após extensa pesquisa em sites, livros
e softwares sobre o assunto. A escolha recaiu sobre a Ferrari (encontrada no
www.netfontes.com.br) por ser uma fonte em que as palavras são acompanhadas de
um traço horizontal que originalmente já lembram uma viga, além de a simplicidade
do desenho favorecer a identificação imediata da marca.
4.4.2 Capa
A primeira página da revista tem como capa a ilustração de um diploma em chamas,
elemento que representa a destruição da idéia de que o “canudo” (a graduação) é
pré-requisito obrigatório para o exercício profissional do Jornalismo. Quebra-se um
paradigma. Além disso, a combustão refere-se diretamente à chamada de capa (o
36
debate que “pega-fogo”). A intenção é chamar a atenção do público-alvo para o
assunto que, no presente momento, mais interfere no futuro da profissão.
A limitação de chamadas na capa também é condizente com os modelos de revistas
especializadas, como a Galileu e a Quatro Rodas. Aposta-se em um público que não
adquire a publicação exclusivamente por um ou outro tema, mas pela proposta geral
da revista. Logo, não é necessário preencher toda a capa com os assuntos tratados
naquele número.
4.4.3 Vinhetas
O projeto editorial de Ponte define que a revista terá vinhetas fixas em sua quase
totalidade. São elas: entrevista, dinheiro, tendência, estante, memória, capa, opinião,
crônica e ética. Cada seção será detalhada nas próximas páginas.
Há, entretanto, espaço também para as matérias que não se adequem a estas
vinhetas. Nesta primeira edição, a matéria que fala sobre moda é um exemplo.
4.4.4 Editorial
Como é característico das publicações nº1, o editorial faz uma breve apresentação
da revista: como a Ponte surgiu, a quem interessa, o que ela pretende e qual a sua
relevância para o mercado soteropolitano.
O texto também inclui as atividades desenvolvidas pelos assessores de imprensa e
o porquê de estudantes e profissionais de Jornalismo deverem se tornar
conhecedores da área.
No espaço ao lado, o leitor conhece também quem são os editores da revista, com
foto e resumo do currículo de cada um. Os idealizadores de Ponte optaram por
incluir estes dados por considerarem que o Trabalho de Conclusão de Curso – pela
37
sua importância – deve ser incluso, posteriormente, no portfólio profissional de
ambos.
4.4.5 Expediente
Logo abaixo do editorial vem o expediente da revista, com a ficha técnica da edição.
Nele, são indicados os responsáveis pela pauta, reportagem, produção, edição,
fotos, projeto gráfico, artes, diagramação, revisão e orientação. Há ainda telefones
de contato e o e-mail da revista para os leitores, anunciantes ou possíveis fontes
que desejem mais informações. O formato segue o padrão convencional de revistas
especializadas.
4.4.6 Sumário
Como o nome diz, apresenta um resumo das matérias presentes na edição e as
respectivas páginas em que os leitores podem encontrar o assunto. Optou-se por
três níveis de destaque no sumário: um no meio da página (que contempla a crônica
e o texto sobre a não obrigatoriedade do diploma) e que chama a atenção do leitor
através do maior tamanho das fontes; um no topo da página que enfatiza as
matérias que não foram exploradas na capa e, por isso mesmo, recebem o suporte
fotográfico como forma de valorização do conteúdo; e os demais textos em boxes
azuis no final da página, apresentando os temas mais “leves” da publicação.
A reportagem sobre o diploma e a crônica foram os destaques principais do sumário
por dois motivos:
a) À época da construção das pautas, havia a expectativa de que o Supremo
Tribunal Federal votasse a causa sobre a exigência do diploma em meados do
segundo semestre. Desta forma, o assunto dominava as discussões entre
estudantes e profissionais. Após a votação no STF (no final de junho, para surpresa
de todos), o assunto ganhou ainda mais destaque mesmo entre os não-jornalistas.
38
b) Os editores consideraram que a crônica, por ser um material que mescla
realidade e ficção tem forte apelo de leitura e desperta o interesse imediato
do público (o próprio tema sugere uma esfera de identificação muito forte).
4.4.7 Entrevista
A vinheta pingue-pongue indica ao leitor a apresentação de um diálogo com alguém
de destaque na área. É uma coluna fixa da revista.
Nesta primeira edição a escolhida para a página foi a jornalista Tássia Catarina,
autora do livro Comunicação com a Imprensa, na Boa!.
Quando os pauteiros criaram a sugestão de matéria, originalmente, a indicação era
a de que a entrevistada fosse a jornalista Nilza Barude, primeira profissional a
instalar uma assessoria de imprensa na Bahia; enquanto Tássia seria o nome
indicado a um texto “perfil”. Entretanto, após as entrevistas realizadas com Nilza
Barude e com Tássia Catarina, observou-se que a matéria com Barude seria mais
atrativa se transformada em uma matéria. Já Tássia, com suas respostas diretas e
focadas especificamente em media trainning20, seria mais apropriada para uma
entrevista pingue-pongue.
A entrevista com Tássia aconteceu após cerca de quatro marcações seguidas de
cancelamento, devido à agenda da profissional. Ela atendeu a equipe durante cerca
de uma hora em um café próximo à sua casa, no bairro de Ondina. A jornalista
mostrou-se bastante prestativa e respondeu às perguntas com o máximo de
precisão, devido ao curto tempo disponível. Devido à limitação de tempo da
entrevistada, os repórteres optaram por perguntas bastante específicas sobre o
tema proposto.
A matéria traz ainda um boxe de serviço, com a ficha técnica do livro escrito pela
entrevistada.
20
Programa de treinamento voltado principalmente para diretores e porta-vozes de empresas e instituições diversas, com o objetivo de prepará-los para o relacionamento adequado com a mídia. (BARBOSA e RABAÇA, 2001, p. 478).
39
Há, na abertura da matéria, uma foto de dimensões consideráveis de Tássia
Catarina. Os editores optaram por utilizar este material imagético para valorizar a
entrevistada que “abre” a revista, cuja importância foi considerada tamanha que
gerou a produção de uma entrevista pingue-pongue, formato normalmente destinado
a personalidades reconhecidamente relevantes no contexto tratado.
4.4.8 Dinheiro
Esta seção, fixa, aborda temas relacionados a salários, movimentação financeira,
contas ganhas e perdidas na área.
Para a primeira edição, foi escolhido um assunto nebuloso nos meios acadêmicos:
qual o salário de um assessor de imprensa. Percebe-se nas rodas de conversas nas
faculdades que este é um tema sobre o qual poucos aceitam falar, tornando difícil
para os estudantes ter uma perspectiva do que podem esperar do mercado de
trabalho.
Através da internet, os repórteres foram em busca dos Sindicatos de Jornalistas do
Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Bahia; e de assessorias de
imprensa relevantes nas capitais destes estados, pesquisando os salários médios
que recebe um assessor de imprensa. Esta parte da coleta de dados foi bastante
complexa, já que havia uma forte resistência das fontes em ceder tais informações.
Foram necessárias diversas ligações para cada assessor ou entidade de classe, até
que se firmasse uma relação de confiança entre repórter e entrevistados, permitindo
que as médias salariais fossem, finalmente, declaradas.
Em Brasília, a FSB Comunicações (que também tem filiais em outras capitais) foi a
escolhida, devido à sua relevância (foi responsável pela campanha que elegeu o
Cristo Redentor como umas das Sete Novas Maravilhas do Mundo). Procurado pela
Ponte, o assessor de imprensa Narciso Portela preferiu não falar sobre a sua média
salarial, mas o Sindicato que representa a classe em Brasília indicou o valor de até
R$ 10 mil para quem faz assessoria para o Senado.
40
Em seguida foi a vez do Rio de Janeiro e Curitiba. Os salários divulgados pelos
Sindicatos e pelas assessorias de imprensa contactados por telefone foram os
mesmos, mais de R$ 2 mil.
Na capital paulista, a assessora de imprensa da Ketchum Estratégia, Natália
Ferreira, indicou, após muita insistência, seu salário médio de R$ 3 mil.
Em Salvador, dois profissionais de grandes assessorias foram consultados, um da
Texto & Cia e outro da Varjão & Associados. Ambos informaram que o valor médio
pago ao assessor varia entre R$ 800 a R$ 1.500.
O primeiro teve maior facilidade em falar sobre o assunto, já que não trabalhava
mais no local. Já o diretor comercial da Varjão, Eliezer Varjão, foi o único
entrevistado a falar abertamente sobre o assunto, sem rodeios.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também foi consultada para
esclarecer como esses pisos são definidos e informou que cada Sindicato
estabelece um valor, mas em relação à assessoria de imprensa na Bahia, não há
nenhuma entidade que represente a classe.
A matéria conta com uma arte, um mapa do Brasil que indica os estados em que foi
feita a pesquisa e a posição de cada um no ranking nacional. A vantagem deste
recurso gráfico é que, além de exibir os “felizardos” primeiros lugares, ele também
deixa evidente a quantidade de regiões em que a remuneração não chega sequer
aos R$ 2 mil por mês nas assessorias de imprensa.
4.4.9 Tendência
Coluna fixa da revista que mostra as perspectivas para o futuro do mercado.
Na primeira edição, é aborda-se o futuro das agências de comunicação, que, cada
vez mais, se afastam do formato de assessoria de imprensa atual.
41
Para esta matéria, os repórteres optaram por fazer uma pesquisa em livros
acadêmicos sobre o assunto e sites para melhor entender o que os especialistas
esperam e, desta forma, comparar com a realidade em Salvador. Na bibliografia
pesquisada estão o site Comunicação Empresarial On-line e o livro “Assessoria de
Imprensa”, de Maristela Mafei.
A partir do ponto de vista destas publicações, explorado logo no início do texto, os
repórteres buscaram as fontes que poderiam ser úteis à matéria na capital baiana.
Foram ouvidas a jornalista Vânia Lima (diretora da Lima Comunicação, empresa
conhecida no mercado por ter como ponto forte a integração entre as diversas
ferramentas de comunicação) e Cíntia Medeiros (membro da Comissão Baiana da
Associação Brasileira das Agências de Comunicação).
A arte utilizada na matéria faz referência ao futuro por meio da utilização da imagem
do desenho animado “Os Jetsons”, personagens famosos de Hannah Barbera que
vivem em uma era já totalmente informatizada. O verde também ajuda na distinção
do conteúdo em relação às demais matérias, que tratam de temas contemporâneos.
As reticências do título remetem diretamente a esta indefinição sobre o futuro da
assessoria de imprensa. O que se tem atualmente são especulações – algumas
mais ou menos precisas – mas o que os próximos anos vão impor ainda é uma
incógnita. E é preciso lembrar o leitor desta realidade, uma vez que a veemência das
fontes durante as entrevistas é considerável e o público pode considerar que as
falas representam um futuro já determinado, o que não é o caso.
É importante ressaltar que um dos repórteres desta matéria (Jan Penalva) trabalha
na Lima Comunicação, empresa citada na reportagem. O repórter refletiu bastante
sobre as implicações de usar como fonte a sua chefe direta, Vânia Lima, mas
concluiu que, devido à experiência da diretora e à relevância do depoimento da
entrevistada, a participação dela enriqueceria a matéria, sendo importante para o
esclarecimento do leitor.
Ainda assim, Jan Penalva optou por consultar a também editora de Ponte, Simônica
Capistrano, para assegurar que o texto não tivesse nenhum tipo de favorecimento à
42
empresa onde trabalha atualmente e estivesse voltado tão somente ao atendimento
do interesse público.
4.4.10 Estante
Coluna fixa da revista, traz indicações de livros interessantes sobre a área, evitando,
entretanto, publicações com linguagem academicista. No primeiro número de Ponte,
são indicado três livros, com pequena ficha técnica e sinopse de cada um. A estante
foi apresentada em uma página com poucos estímulos visuais, o que privilegia as
cores e a programação visual das capas dos livros.
4.4.11 Matéria de capa
A vinheta apresenta o texto em destaque na capa da revista. Na primeira edição, foi
escolhido o tema “exigência do diploma”. Quando a pauta foi planejada, em fevereiro
de 2009, a exigência do diploma estava aguardando julgamento do Supremo
Tribunal Federal (STF). A matéria foi construída por meio de entrevistas com o
diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), José Torves; com o
Sindicato dos Jornalistas da Bahia (que respondeu à reportagem por meio de notas);
com o membro da Associação Brasileira de Agências de Comunicação (ABRACOM),
Eduardo Ribeiro; e através de pesquisas sobre o histórico da causa na Justiça.
Opiniões de assessores de imprensa também foram utilizadas.
A diversidade das fontes tinha como objetivo apresentar a pluralidade de opiniões na
matéria, entretanto, no decorrer da produção, os concludentes se depararam com
um desafio: todos os entrevistados se mostraram a favor da exigência do diploma.
Para a equilibrar a reportagem, mostrando vários pontos de vista e também permitir
que os editores da revista pudessem inserir textos de caráter opinativo no seu último
trabalho da graduação, foi acrescentado um artigo de Jan Penalva que aborda o
assunto chamando a atenção para as vantagens da não compulsoriedade do
diploma.
43
A redação foi finalizada no mês de maio, prazo final para a confecção do produto
revista. Contudo, em junho, os editores foram surpreendidos com a votação final do
STF, que determinou o fim da exigência do diploma para o exercício da profissão.
Desta forma, a matéria ficou desatualizada, exigindo que os estudantes
concludentes interrompessem a confecção do memorial do TCC e a diagramação da
revista, passando a atualizar as informações contidas nesta matéria.
Como ilustração foi utilizado um diploma pronto para ser entregue, um contraponto
ao diploma em chamas da foto de capa. A imagem do ministro Gilmar Mendes
também foi incluída pelas várias referências a ele no texto e para dar um caráter
“pessoal” ao conteúdo.
O boxe em azul claro ajuda a distinção entre este material e o texto principal, porém
numa cor que não interfere na legibilidade das informações.
4.4.12 Ética
Coluna fixa, aborda práticas e comportamentos comuns do mercado que trazem à
tonas discussões sobre a ética de jornalistas de redação ou assessores de
comunicação.
Para a primeira edição, os autores selecionaram um tema polêmico: a entrega de
brindes como ferramenta de aproximação com repórteres que devem escrever sobre
um serviço ou produto.
O repórter do caderno digital do jornal A Tarde, Rodrigo Vilas Boas contou com
exclusividade à Ponte que ganhou um aparelho celular de uma assessoria de
imprensa (cujo nome ele não revela) e foi cobrado para fazer uma matéria sobre o
objeto. A atitude do repórter foi o mote da discussão: até que ponto os brindes
oferecidos pelas assessorias de imprensa ferem os procedimentos éticos do
jornalista?
Para acalorar a discussão, foi inserido o caso do iPod da cantora Maria Rita
(detalhado na matéria), entrevistas com o professor de Legislação e Ética Augusto
44
Sá, com a assessora de imprensa Cristina Barude e a repórter, também do Jornal A
Tarde, Marilena Neco.
Desde o início do diálogo com Villas Boas, os repórteres de Ponte puderam notar
que sua postura era favorável ao recebimento de presentes. Assim, a equipe de
reportagem adotou a estratégia de criar intimidade e uma relação de confiança com
a fonte, o que garantiu resultados bastante positivos. O jornalista declarou que o
profissional de um veículo de comunicação deve receber “recompensas” de fontes e
assessorias.
Nesta página, a foto do repórter Rodrigo Villas Boas ressalta a importância do
entrevistado na matéria. Afinal, poucos jornalistas assumiriam, de forma tão franca,
a aceitação de “presentes” das assessorias. A imagem escolhida, inclusive, pouco
oferece de informação contextual (fundo), centrando total atenção em Villas Boas.
Para deixar o texto mais descontraído, foi utilizada uma ilustração que indica o
quanto as assessorias de imprensa têm investido em brindes para fazer com que o
seu cliente garanta um espaço na mídia. O motoqueiro é uma referência direta aos
motoboys que costumam conduzir os presentes até as redações e a frase incluída
(“Ter sua matéria publicada num jornal de grande circulação...Não tem preço!”)
remete o leitor diretamente a um propaganda televisiva de cartão de crédito, ou seja,
dando uma conotação mercantil à abordagem.
4.4.13 Memória
O espaço trata da história da assessoria de imprensa na Bahia, das agências de
comunicação e de como a atuação individual de alguns assessores foi importante na
consolidação deste mercado em Salvador.
A primeira edição de Ponte reconstitui a história da Mais Bahia, primeira assessoria
de imprensa da capital baiana, fundada pela jornalista Nilza Barude na década de
1980.
Antes de fazer a matéria, a equipe de produção pesquisou sobre a historia da AI na
Bahia em sites, bibliotecas (Faculdade Dois de Julho, Universidade Federal da Bahia
45
e Universidade Estadual da Bahia) em busca de publicações que tratassem sobre o
assunto, mas nada foi encontrado. O passo seguinte foi o de perguntar a assessores
de imprensa em atividade o que eles sabem sobre o tema.
Estas pesquisas levaram os repórteres até Nilza Barude, indicada como a pioneira
em Salvador. A própria fonte acredita ter montado a primeira agência de
comunicação da Bahia.
A foto que ilustra a matéria remete à década de 1980 (ano de criação da primeira
agência baiana): uma máquina de datilografia da marca Olivetti, muito popular na
época. Este equipamento é, inclusive, citado no primeiro parágrafo do texto e, frente
ao avanço da informática, é inevitavelmente símbolo da obsolescência.
4.4.14 Moda
Esta é a única matéria da primeira edição que não faz parte de uma vinheta fixa. A
motivação para a pauta foi a dúvida que muitos estudantes têm sobre o tipo de
roupa adequado em se tratando da atuação em assessoria de imprensa. Os editores
da revista, por muitos semestres ao longo da graduação, ouviram pessoas
comentarem que “jornalista não precisa se vestir bem” ou que os repórteres de
determinado jornal vão ao trabalho “vestidos como hippies”. Mas, em uma
assessoria de imprensa, devido à sua vinculação com a esfera empresarial, é
preciso preocupação quanto a melhor forma de se vestir, de modo a ganhar a
confiança e transmitir uma imagem de credibilidade junto aos clientes.
Em uma narrativa, de certa forma, próxima à linguagem televisiva (já que a temática
envolve aspectos visuais), Ponte foi em busca de dois assessores de imprensa que
participavam de uma reunião e pediram que uma profissional de moda avaliasse os
trajes. A conclusão foi de que pelo menos aqueles dois profissionais soteropolitanos
estão condizentes com a exigência do mercado.
As imagens incluídas na matéria são exatamente desses dois jovens que,
gentilmente, aceitaram ser “cobaias” para análise. As fotos propositalmente não
46
foram tiradas em estúdio (como se poderia esperar de uma pauta sobre o tema),
para que o leitor fizesse a conexão direta com “trajes da vida real”. Não se trata de
falar sobre modelos ou alta costura, mas sobre a realidade dos profissionais de
Salvador. O blog “Vista Sim!”21, da revista Criativa, foi importante nesta definição.
Trata-se de um webproduto que expõe fotos e textos sobre moda exclusivamente a
partir das roupas que gente comum usa nas ruas da cidade de São Paulo.
4.4.15 Crônica
A crônica da primeira edição de Ponte destaca o dia-a-dia de uma assessora de
imprensa em uma grande empresa de Salvador. Com um texto leve e linguagem
informal, Simônica Capistrano relata como é lidar com uma sala cheia e conturbada,
atender à imprensa, fazer clipping, preparar pautas, levantar dados estatísticos e
ainda produzir releases, para, no final de tudo, ter o trabalho jogado no “lixo”, já que
os jornais preferem dar destaque a matérias de cunho policial e sensacionalistas. O
assessor ainda tem que conviver com a percepção do gestor da empresa acerca do
seu trabalho, pois quando uma sugestão de pauta não é acatada pela mídia, o
profissional tende a ser taxado como incompetente.
Para ilustrar o texto, foi escolhida uma textura que reproduzisse um papel
amassado, como algo literalmente recuperado do lixo.
A composição da crônica ficou a cargo de Simônica Capistrano para que cada
concludente tivesse a chance de incluir um texto opinativo em Ponte.
4.4.16 Pautas não incluídas
Quase todas as pautas propostas foram concretizadas e inseridas na revista. Três
foram as exceções. A primeira dizia respeito ao mercado de assessoria em
21
vistasim.globolog.com.br
47
Salvador22, excluída devido à carência de dados consolidados sobre investimentos e
a recusa de agências de comunicação e órgãos de classe em divulgá-los.
A segunda foi “Locadora”. Semelhante à Estante, ela tinha como objetivo fornecer
sugestões de filmes sobre Jornalismo e assessoria, apresentando filmes tidos como
“cinema de arte” e películas de caráter comercial. A idéia era de que, a cada edição,
cinco filmes fossem indicados para compra ou locação, cada item acompanhado de
uma pequena ficha técnica e sinopse. Porém, devido a entraves na diagramação e
dificuldades na captação de imagens de cada obra, a idéia foi abortada.
Por fim, um adendo à matéria sobre Brindes seria apresentado: um boxe sobre as
famosas “carteiradas”, isto é, a prática de utilizar a função de jornalista para
participar gratuitamente de eventos. Entretanto, por absoluta falta de espaço na
página, o item não foi inserido no nº1 de Ponte.
4.5 NÚMERO DE PÁGINAS PRODUZIDAS
Das 24 páginas apresentadas em Ponte, 21 correspondem a espaços destinados a
conteúdo jornalístico, apenas três foram reservadas a anúncios publicitários. Este
número – 10 por profissional – corresponde à média de textos produzidos por
jornalistas em revistas atualmente em circulação no País. Em Ponte, cada
concludente não só redigiu, mas também pautou, editou, fotografou e diagramou o
correspondente a este número.
4.6 METODOLOGIA DE PESQUISA E DO PRODUTO
Para atingir o objetivo de mapear o mercado de assessoria de imprensa em
Salvador, foi utilizada uma metodologia de pesquisa descritiva, para que se pudesse
indicar dados de mercado que permitissem ao leitor entender e conhecer melhor o
assunto. Vale ressaltar que a pesquisa descritiva utiliza de elementos da pesquisa
22
Verificar pauta no Apêndice E.
48
exploratória conforme indica Antônio Gil (2002, p. 41), tais como levantamento
bibliográfico, entrevistas com pessoas que atuam na área e análise de casos que
estimulem a compreensão das melhores práticas do mercado.
Utilizou-se ainda, técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionários
e observação. Devido à insuficiência de bibliografia específica sobre o tema na
capital baiana, foram consultados livros que tratam do assunto em âmbito nacional,
como forma de se conhecer as melhores ou as mais utilizadas práticas e analisar se
estas indicações se aplicam à capital baiana.
O início da pesquisa se deu através de levantamento bibliográfico. Dentre os autores
que foram objeto de leitura estão Jorge Duarte, Maristela Mafei, Nadja Magalhães e
Rivaldo Chinem, além de textos extraídos da internet e de periódicos especializados,
como a Revista da Comunicação e a Revista Imprensa.
Devido ao enorme campo de atuação das assessorias de imprensa e tendo como
preocupação maior a limitação de tempo do projeto, o estudo foi delimitado às
assessorias de imprensa privadas, que atendem a um vasto número de clientes, em
detrimento de outros tipos de assessorias (como a de órgãos públicos, por exemplo).
Após o levantamento e análise bibliográfica, teve início a coleta de dados in loco,
com entrevistas às principais empresas da cidade. Para fazer um levantamento de
números sobre o mercado, foram realizados contatos com a Associação Brasileira
das Agências de Comunicação (ABRACOM) - capítulo Bahia e com o Sindicato dos
Jornalistas da Bahia (SINJORBA).
Por fim, foi objeto de análise a construção da relação entre assessores de imprensa
e jornalistas “de redação”, através de entrevistas a repórteres e editores dos
principais veículos locais e profissionais de AI. Após a coleta das informações e
cruzamento de dados, efetivou-se a redação e composição dos textos finais da
revista e do memorial.
Antes de iniciar a confecção do produto, foi realizado um estudo sobre Jornalismo de
revista, utilizando os livros “Jornalismo de Revista”, de Marília Scalzo; “O Estilo
Magazine”, de Sérgio Vilas Boas; e “Jornalismo em Revista no Brasil”, de Patrícia
Ceolin Nascimento, dentre outros. Fez-se necessária também a análise da linha
49
editorial e projeto gráfico de algumas revistas dedicadas à comunicação, como a
revista Imprensa, a Meio e Mensagem, e Revista da Comunicação. Mas, pelo estilo
arrojado e por ter uma diagramação limpa e leve, a revista cultural Bahia de Todos
os Cantos, confeccionada pela Lima Comunicação (da qual o concludente Jan
Penalva faz parte), foi a publicação escolhida para ser usada como apoio gráfico.
Com o intuito de planejar e organizar as atividades executadas em cada etapa do
projeto, dois cronogramas foram construídos, um para o memorial e outro para o
produto, conforme representam as tabelas abaixo:
Tabela 01 – Cronograma da Pesquisa
Atividades/
Período
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Levantamento Bibliográfico
X
X
X
X
X
X
Entrevistas com
assessorias de imprensa, entidades e jornalistas
X
X
X
X
X
Análise e
interpretação
dos dados
coletados
X
X
X
X
X
50
Elaboração do
memorial
X
X
Revisão do
Texto Final
X
Entrega da
Redação Final
X
Apresentação
do Memorial
X
51
Tabela 02 – Cronograma do Produto
Atividades/
Período
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Entrevistas
X
X
X
X
X
Produção de Fotos
X
X
X
X
X
Projeto
Editorial
X
Levantamento
de Pautas
X
X
Projeto
Gráfico
X
Redação das
Matérias
X
X
X
X
X
X
52
Revisão do
Texto Final
X
Impressão da
Revista
X
Entrega do
Produto Final
X
Revista e memorial foram rigorosamente entregues no prazo estipulado pela
instituição de ensino relacionada ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Ambos
os realizadores reafirmam sua convicção em estar apresentando um produto e uma
reflexão teórica condizentes com a realidade do mercado na cidade de Salvador.
53
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de os profissionais de comunicação organizacional desejarem saber mais
sobre o que acontece no mercado – informação que seja oferecida de forma
sistematizada e formal, para melhor acompanhamento das mudanças e tendências –
a grande maioria deles recusa ou dificulta o acesso a estes dados. Mesmo as
entidades de classe não parecem interessadas em disponibilizar ou pesquisar a
respeito. Desta forma, uma revista voltada para a área de assessoria de imprensa
ocupará um importante nicho que ainda está vago, mas, se implantada de maneira
permanente, deve enfrentar dificuldades para ter acesso justamente àqueles
elementos essenciais para a construção das matérias. Para vencer esses
empecilhos, somente um trabalho sistemático de contato, pesquisa e convencimento
pode viabilizar o projeto, como comprova este primeiro número da Revista Ponte.
Um dos principais entraves para a disseminação de informações no mercado diz
respeito a valores. Há um silêncio compartilhado entre as assessorias, quase um
acordo “tácito”, que restringe a divulgação de números, seja de faturamento, custos
ou valores pagos aos profissionais. Isto é muito ruim para o público-alvo da revista,
que pode se sentir inseguro em entrar na área ou se frustrar ao descobrir, na prática,
que os valores pagos não são os esperados.
Apesar de todos os obstáculos na apuração dos dados, este não foi o maior
problema na elaboração da revista. O que mais demandou tempo da dupla de
concludentes foi a diagramação. Embora o projeto gráfico tenha sido todo criado
pelos estudantes, a dupla não se sentiu capacitada a operar os softwares
necessários, o que a levou a buscar auxílio de um profissional. Isto não significa que
a disciplina Editoração Gráfica, ministrada na faculdade, não tenha dado resultados.
Pelo contrário, foi por meio dela que os concludentes obtiveram a capacidade crítica
para entender como se faz uma boa diagramação e planejar, passo a passo, a
Ponte.
O mesmo aconteceu em relação às fotografias, que, em sua grande maioria, foram
extraídas de banco de imagens e arquivos pessoais das fontes. Mais uma vez, a
disciplina oferecida pela faculdade – neste caso, Fotojornalismo – foi fundamental
54
para que os alunos pudessem avaliar as imagens obtidas por eles próprios e pelos
entrevistados.
Pode-se inferir, então, que durante o TCC foram utilizados os conhecimentos gerais
adquiridos em cada disciplina do curso de graduação. Desde as técnicas de
reportagem à Legislação e Ética, Psicologia, Sociologia e Fotojornalismo.
A Revista Ponte, mais do que um mero requisito para aprovação, acabou por
revelar-se um importante item no portifólio dos estudantes, tornando-se ferramenta
de destaque para inserção no mercado de trabalho.
55
6 REFERÊNCIAS
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BASTOS, Dorinho, FARINA, Modesto e PERES, Clotilde. Psicodinâmica das cores em comunicação. 5. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 2003.
BOAS, Sérgio Vilas. O estilo magazine: o texto em revista. São Paulo: Summus, 1996.
CHINEM, Rivaldo. Assessoria de Imprensa: como fazer. São Paulo: Summus, 2003.
DUARTE, Jorge. Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e técnica (org.). São Paulo: Atlas, 2008.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
GUIMARÃES, Tássia Catarina. Comunicação com a imprensa, na Boa!. São Paulo: Edicta/Soleto, 2007.
KOPPLIN, Elisa; FERRARETO, Luis. Assessoria de Imprensa – teoria e prática. Porto Alegre: Sagra-Luzzatto, 1993.
LOPES, Boanerges. O que é Assessoria de Imprensa. São Paulo: Brasiliense, 2003. – (Coleção primeiros passos; 287).
LOPES, Boanerges e VIEIRA, Roberto Fonseca. Jornalismo e Relações Públicas: Ação e Reação. Uma perspectiva conciliatória possível. Rio de Janeiro: Mauad, 2004.
MAFEI, Maristela. Assessoria de imprensa: como se relacionar com a mídia. São Paulo: Contexto, 2005.
MIRANDA, Nadja Magalhães. Assessoria de Comunicação e Cultura: os espetáculos teatrais em Salvador. 2007. 206f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2003.
REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do. Jornalismo empresarial: teoria e prática. 4.ed. São Paulo: Summus, 1987.
SCALZO, Marília. Jornalismo de Revista. 3.ed. São Paulo: Contexto, 2006.
TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de Comunicação Organizacional e Política.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
56
RUBIM, Rosane. Procedimento para apresentação de Trabalhos Acadêmicos. Salvador: Faculdade 2 de Julho, 2006.
Anuário de Mídia 2009: revista, TV por assinatura e internet. Rio de Janeiro: Grupo Meio e Mensagem Ltda.
CARVALHO, Vanderlei. Cursos de jornalismo invadem Salvador. Jornalistas e Cia, 2007. Disponível em: <http://www.jornalistasecia.com.br/edicaoespecial01.htm> Acesso em 06 de outubro de 2008.
MANNA, Nuno. Ivy Lee: o pai das Relações Públicas. Re[vê]lações Públicas, 2006. Disponível em: <http://revelacoespublicas.motime.com/archive/2006-04>. Acesso em 21 de novembro de 2008.
PERES, Yara. Conhecemos nosso mercado? Blog da Yara, 2008. Disponível em: <http://www.blogdayara.com.br/blog/post_detalhe.aspx?conteudo=479>. Acesso em 15 de maio de 2009.
ABRACOM. Associados. ABRACOM. Disponível em: <www.abracom.org.br>. Acesso em 15 de maio de 2009.
EMCH, Rita. Helvetica, a fonte que está por todos os lados. Swissinfo.ch –
Notícias da Suíça para o Mundo, 2007. Disponível em: <
http://www.swissinfo.ch/por/capa/detail/Helvetica_a_fonte_que_est_por_todos_os_la
dos.html?siteSect=105&sid=7659468&cKey=1174989715000>. Acesso em 2 de
julho de 2009.
57
APÊNDICE A – Apresentação da Revista Ponte às fontes23
Caros,
Estamos produzindo, em caráter experimental, um piloto de revista para/sobre o
mercado de assessoria de imprensa em Salvador. Nela, iremos falar sobre o
mercado para jornalistas, recém-formados e outros profissionais que tenham
interesse na área. Temos o apoio da Faculdade 2 de Julho, já que a revista será
produto de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da instituição.
Para conhecermos melhor o mercado, gostaríamos de saber mais detalhes sobre a
atuação da sua empresa. O conjunto de dados (seus e das outras empresas) será
usado para fazer um levantamento do mercado e não será disponibilizado para
terceiros, por motivo algum.
Contamos com sua colaboração para amenizarmos o histórico problema de falta de
dados sobre esta área em Salvador e para fortalecermos o mercado conhecendo
suas principais dificuldades e, sobretudo, oportunidades. Este será o principal
benefício que obteremos com a publicação do 1° número da REVISTA PONTE.
Aguardamos sua reposta do questionário a seguir.
Atenciosamente,
Jan Penalva
Simônica Capistrano
23
Texto introdutório ao questionário enviado às assessorias de imprensa soteropolitanas e entidades
de classe ligadas à área, em fevereiro de 2009.
58
APÊNDICE B – Questionário enviado às assessorias de imprensa
soteropolitanas
1 Quando surgiu a empresa?
2 Qual era o cenário econômico e profissional da época?
3 Porque você decidiu trabalhar com AI?
4 Quantos funcionários têm sua assessoria? Qual a formação deles?
5 Como conquistar clientes?
6 Quais os clientes fixos que a empresa tem hoje? Quantos jobs recebe por
mês?
7 Qual o valor médio cobrado para se prestar o serviço de assessoria de
imprensa (caso deseje, indique se quer manter o nome da sua empresa em
SIGILO)?
8 Como diretor de uma AI, quais as maiores dificuldades que o senhor enxerga
neste mercado?
9 Qual o diferencial da sua empresa, em relação às demais da capital?
10 Quais suas expectativas para o futuro da empresa? E o mercado, irá
expandir ou contrair? Quais nichos ainda não estão sendo bem explorados?
11 O mercado publicitário vive uma crise, com anunciantes investindo cada vez
menos. Isto é bom ou ruim para o mercado de assessoria de imprensa? A verba
que antes era da publicidade está migrando para as AIs?
12 Em Salvador, é notável a diminuta quantidade de veículos de comunicação.
De que forma isto afeta o mercado?
59
APÊNDICE C – Questionário enviado às entidades de classe ligadas
à área de Assessoria de Imprensa
1 Quantas faculdades de Jornalismo existem em Salvador?
2 Quantos profissionais se formam por ano?
3 Há quantos meios de comunicação de massa de grande porte?
4 Quantas assessorias de imprensa?
5 Quantos jornalistas trabalham na área de AI? Isto representa qual percentual
do total?
6 Qual o salário médio de um assessor de imprensa iniciante? E de um
jornalista que trabalha em veículo de comunicação?
60
APÊNDICE D – Questionários respondidos pelas assessorias de
imprensa soteropolitanas
Empresa: FRENTE & VERSO COMUNICAÇÃO (26 de março de 2009)
1. Quando surgiu a empresa?
A Frente & Verso Comunicação Integrada foi fundada em 4 de dezembro de 2006.
A agência realiza serviços de assessoria de comunicação, assessoria de imprensa,
publicações corporativas & web, clipping impresso e on-line, ações de
relacionamento, treinamento em mídia e design gráfico.
Localizada no bairro da Pituba, em uma área de 80 m2, a Frente & Verso dispõe de
recepção, sala de reunião, sala de convivência, diretoria, copa e sala de produção.
2. Qual era o cenário econômico e profissional da época?
Há dois anos, a economia baiana estava em ritmo de crescimento, com muitas
empresas em processo de expansão – como é o caso da Le Biscuit – e com o varejo
baiano em alta. Na indústria, destacava-se a cadeia automotiva – puxada pela Ford
e fabricantes de pneus.
O mercado de assessoria de comunicação estava em expansão: novas agências e
acentuada oferta de cursos de comunicação no mercado. O fortalecimento do setor
– com práticas de precificação coerentes – é fundamental para que o patamar
salarial seja elevado. Por outro lado, há um excedente de profissionais saindo das
faculdades e uma escassez de talentos qualificados, o que favorece os baixos
salários. O profissional de comunicação – seja nas redações, no caso dos
jornalistas, seja nas assessorias – ainda é mal remunerado.
61
3. Porque você decidiu trabalhar com AI?
A Frente & Verso foi fundada por três jornalistas – Eu - Tatiany Carvalho -, Fernanda
Carvalho e Adriana Jacob. Na época, trabalhávamos como repórteres no então
jornal Correio da Bahia. Nós três tínhamos como meta ingressar na área de
comunicação organizacional, já em evidência, porque planejávamos realizar uma
atividade que proporcionasse maior capacidade de planejamento de ações e
resultados em comunicação organizacional. Além disso, destaco o fato de Salvador
ser um dos principais pólos turísticos do país. Isso permitiu a atração de novas
empresas e, consequentemente, aumentava as possibilidades de investimento em
ações de comunicação.
4. Quantos funcionários têm sua assessoria? Qual a formação deles?
Além das sócias, a Frente & Verso possui duas jornalistas, uma designer, uma
atendente – universitária de administração de empresas e uma estagiária em
Jornalismo.
5. Como conquistar clientes?
Essa é uma tarefa que deve ser realizada diariamente, a partir de um planejamento
de metas e resultados. Uma das principais maneiras de se conquistar clientes é
manter os atuais satisfeitos para que a indicação de potenciais clientes seja
realizada espontaneamente. Outra forma é a prospecção ativa. Ainda podemos citar
o bom relacionamento com formadores de opinião e a atualização dos diretores da
empresa sobre fatos econômicos que possam repercutir favoravelmente no mercado
local.
6. Quais os clientes fixos que a empresa tem hoje? Quantos jobs recebe por
mês?
A Frente & Verso atua em segmentos diversificados – varejo, escolas de idiomas,
saúde, moda e cultura - e possui uma variada carteira de clientes, incluindo contas
contínuas e jobs.
62
Entre os clientes atuais, podemos destacar a Le Biscuit, Associação Cultural
Caballeros de Santiago, Cultura Inglesa, Planeta Bebê, Centro de Hematologia e
Oncologia da Bahia (Cehon), Maternalle – Moda Gestante, Banda Motumbá, Espaço
Viver, Companhia Cuca de Teatro, Contours – Academia para Mulheres, Gabme
Salão Móvel e Inalva Ruettimann – Aromaterapeuta e Reikiana. Sobre os jobs,
calculo a realização média de três trabalhos mensalmente.
7. Qual o valor médio cobrado para se prestar o serviço de assessoria de
imprensa (caso deseje, indique se quer manter o nome da sua empresa em
SIGILO)?
A precificação vai variar de acordo com as ferramentas de trabalho utilizadas, custos
fixos, profissionais envolvidos, complexidade do serviço e capacidade de pagamento
da empresa contratante.
8. Como diretor de uma AI, quais as maiores dificuldades que o senhor
enxerga neste mercado?
Nossa dificuldade inicial é fazer com que o mercado compreenda a importância do
trabalho de comunicação. Por isso, temos um compromisso com o fortalecimento do
setor, com o serviço de qualidade e com a precificação coerente. A Frente & Verso é
afiliada à ABRACOM – Associação Brasileira das Agências de Comunicação.
Também há dificuldade na compreensão sobre o papel do assessor de imprensa e a
importância que a comunicação desempenha na construção de imagem e
fortalecimento de identidade institucional. Muitos empresários avaliam as ações em
comunicação como despesa e não como investimento. Em momentos de crise, o
serviço é um dos primeiros a ser cortados.
9. Qual o diferencial da sua empresa, em relação às demais da capital?
Nosso diferencial é o nosso compromisso com a ética e a criatividade em busca de
resultados. A Frente & Verso quer sempre superar positivamente a expectativa de
63
seus clientes. Por isso, nossa atuação é customizada e nossa equipe trabalha em
conjunto para oferecer as melhores soluções em comunicação.
Na nossa carteira de serviços, destaco o Núcleo de Design – que está em forte
expansão. Por não ser terceirizado, isso nos permite acompanhar todas as etapas
do processo de desenvolvimento/criação de peças gráficas, além de termos uma
capacidade de resposta rápida à demanda do cliente. Além disso, a principal
vantagem é que atendemos melhor as necessidades dos clientes sem precisar
recorrer a free lancers.
Uma pesquisa encomendada revelou que os clientes da Frente & Verso destacaram
como pontos positivos da empresa: bom relacionamento de trabalho no atendimento
de contas, competência, dedicação, eficiência, criatividade e qualidade.
10. Quais suas expectativas para o futuro da empresa? E o mercado, irá
expandir ou contrair? Quais nichos ainda não estão sendo bem explorados?
Nossa política de gestão contempla o acompanhamento de resultados, cenários e
aprimoramento de práticas. A Frente & Verso está profissionalizando sua gestão,
seus processos e, com isso, está mais forte empresarialmente. Nós temos convicção
de que as perspectivas são favoráveis diante da busca contínua de melhores
práticas.
Sobre o mercado, entendo que enfrentamos um momento de retração de
investimentos em função da crise econômica mundial. Mas, as empresas precisam
vender e promover seus serviços; reter e atrair novos clientes; construir sua
imagem... ou seja, a comunicação não pode parar. Cabe aos gestores concentrar
esforços e dedicação para o alcance de seus objetivos.
11. O mercado publicitário vive uma crise, com anunciantes investindo cada
vez menos. Isto é bom ou ruim para o mercado de assessoria de imprensa? A
verba que antes era da publicidade está migrando para as AIs?
A comunicação organizacional é formada por um composto de comunicação:
interna; administrativa – relacionada aos processos/funcionamento da empresa;
64
institucional – onde se inclui a assessoria de imprensa; e mercadológica – onde está
inserida a publicidade e propaganda. Eu entendo que o corte de investimentos, seja
em qualquer área da comunicação, evidencia um “prejuízo” para a política de
comunicação organizacional, na macro esfera. Ou seja, se uma empresa está
diminuindo seus investimentos em publicidade e propaganda, por tabela, a área de
comunicação institucional também pode vir a sofrer cortes. Isso não é bom.... Eu
também não acredito que a verba de um setor seja canalizada para outra.... em
situações de corte de orçamento. Na minha avaliação, o que pode ocorrer é que as
empresas estejam iniciando a compreender as vantagens que uma AI pode ter e,
nesse momento, passe a diversificar melhor seus investimentos. Como diretora de
uma agência de comunicação integrada, não posso ter o discurso de que o
investimento em AI seja mais vantajoso que o de publicidade. Eu preciso
compreender qual a real necessidade de meu cliente e sugerir para ele a ferramenta
que posso lhe dar o melhor retorno.
12. Em Salvador, é notável a diminuta quantidade de veículos de comunicação.
De que forma isto afeta o mercado?
Esse fato é notório e se constitui em uma fragilidade para as empresas de
comunicação locais. Entre as conseqüências, destaco o intenso esforço envolvido
para se conquistar os espaços editoriais; a carência de publicações especializadas;
a prática do “jabá” por parte das rádios e revistas de marca – principalmente – o que
dificulta o acesso aos “espaços editoriais” – a não ser que se anuncie, além de uma
“polarização” que dificulta a concorrência saudável.
Cabe aos assessores de comunicação dar mais atenção às chamadas mídias
alternativas – jornais/revistas de bairro, iniciativas de faculdades – como a Revista
Ponte -, portais e outros canais de comunicação que abrem novas vozes no nosso
mercado. Além disso, nós, jornalistas, precisamos esclarecer nossos clientes sobre
a importância desses canais de comunicação e sobre a influência, sim, que eles
exercem.
65
Tatiany Carvalho
Diretora
Frente & Verso Comunicação Integrada
(71) 3491-6507
E-mail: [email protected]
Currículo resumido:
TATIANY CARVALHO - Jornalista profissional (DRT/BA 1908), graduada em 1999 pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Especializada em Relações Públicas pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em 2003. Sócia-fundadora da Frente & Verso Comunicação Integrada. Entre as experiências profissionais, já atuou como repórter do então jornal Correio da Bahia por sete anos (2000-2007).
Empresa: DARANA COMUNICAÇÃO (18 de março de 2009)
1. Quando surgiu a empresa?
Em maio de 2002.
2. Qual era o cenário econômico e profissional da época?
No profissional estamos navegando bem melhor que há sete anos. A cada dia as
empresas percebem que precisam investir mais em comunicação institucional e
interna. No início, tinha gestor que nunca tinha ouvido falar em assessoria de
imprensa ou relações públicas. Hoje isto não acontece mais.
66
3. Porque você decidiu trabalhar com AI?
Paixão pelo trabalho.
4. Quantos funcionários têm sua assessoria? Qual a formação deles?
Dez colaboradores. A equipe é composta por jornalistas, RPs, design gráfico,
adm/financeiro e dois estudantes de jornalismo.
5. Como conquistar clientes?
A Darana tem um trabalho de prospecção comercial. Ficamos atentas às
concorrências, licitações, fazemos apresentações, visitas a prospects. Mas o mais
importante é a indicação do mercado.
6. Quais os clientes fixos que a empresa tem hoje? Quantos jobs recebe por
mês?
São, em média, 15 clientes. E fazemos cerca de 15 jobs por ano.
7. Qual o valor médio cobrado para se prestar o serviço de assessoria de
imprensa (caso deseje, indique se quer manter o nome da sua empresa em
SIGILO)?
Esta é uma informação estratégica. Mas para conhecimento de vcs, não existe um
valor médio. O investimento depende do número de horas trabalhadas, de quantos
profissionais vão participar do projeto e qual o nível profissional exigido para o
atendimento (sênior, pleno ou Junior).
8. Como diretor de uma AI, quais as maiores dificuldades que o senhor
enxerga neste mercado?
Preços muito baixos praticados por algumas empresas.
67
9. Qual o diferencial da sua empresa, em relação às demais da capital?
Alta retenção de clientes, diversificação dos serviços: a Darana é uma agência de
relações públicas que oferece soluções para a melhoria do relacionamento da
organização com seus diversos públicos - colaboradores, comunidade, clientes,
imprensa e fornecedores;
10. Quais suas expectativas para o futuro da empresa? E o mercado, irá
expandir ou contrair? Quais nichos ainda não estão sendo bem explorados?
Não tenho uma projeção diante da crise. Isto ninguém pode prever. Mas a Abracom
fez uma pesquisa no mercado e 89% das agências estão sentindo o impacto da
crise em seus negócios.
11. O mercado publicitário vive uma crise, com anunciantes investindo cada
vez menos. Isto é bom ou ruim para o mercado de assessoria de imprensa? A
verba que antes era da publicidade está migrando para as Ais?
Diminuir verba para comunicação é sempre ruim para o mercado, seja em qualquer
segmento. São trabalhos que se completam, com objetivos distintos. A comunicação
mercadológica (mkt e publicidade) tem foco em vendas. A assessoria de imprensa -
comunicação institucional – não tem o objetivo de vender produtos. E sim de
trabalhar nas ações de construção e manutenção da imagem pública.
12. Em Salvador, é notável a diminuta quantidade de veículos de comunicação.
De que forma isto afeta o mercado?
Não considero diminuta. Temos três jornais diários, um semanal, um de economia
mensal, algumas revistas segmentadas, seis emissoras de TV – com programação
local -, mais de 10 emissoras de rádio, além de inúmeros portais de notícias e
entretenimento.
68
Mariana Trindade
Darana Comunicação
phone: + 55 71 3342 3373
mobile: + 55 71 9239 3229
www.darana.com.br
Empresa: AC COMUNICAÇÃO (19 de março de 2009)
1) Quando surgiu a empresa?
A AC Comunicação atua desde 1995 no segmento de Assessoria de Comunicação
Empresarial nos mercados baiano e nacional, gerenciando atitudes que possam
identificar as reais necessidades dos clientes, sugerindo soluções e alternativas e
verificando resultados de maneira que seja possível criar novas oportunidades de
relacionamento com o público.
Um dos seus referenciais é a especialização em Gerenciamento de Crise e a
experiência com o trato de problemas institucionais na área de comunicação, sejam
eles relacionados às questões ambientais, econômicas, organizacionais ou políticas.
A AC Comunicação conta com um Núcleo Imobiliário, composto por jornalistas
exclusivos para atender o segmento imobiliário e da construção civil.
Ética, verdade e absoluto respeito aos clientes, aos veículos e aos profissionais de
comunicação. Assim é pautado o dia-a-dia da empresa.
2. Qual era o cenário econômico e profissional da época?
Naquele tempo, o país estava vivendo o início de um processo de estabilização. As
regras do jogo não estavam tão claras e definidas como as de hoje. O Brasil de hoje
é um Brasil mais seguro sob o ponto de vista econômico. Sob o ponto de vista
profissional, acho que a realidade não mudou muito, a não ser pela proliferação de
69
novas empresas. Ainda continuamos vítimas de um amadorismo que predomina no
mercado. É uma pena!
3. Porque você decidiu trabalhar com AI?
Porque como jornalista de redação não conseguia implantar minhas idéias voltadas
à comunicação social. Além disso, o dia a dia numa redação é asfixiante, você não
tem tempo para investir em si mesmo. Eu adoro a redação de jornal, o pique, a
velocidade, o compromisso com a informação, mas gosto muito mais de mim
mesmo. Hoje, consigo fazer o que quero quase sempre, apesar das cobranças
sistemáticas dos clientes. Sou mais feliz. Tenho melhor qualidade de vida. Adoro
trabalhar com assessoria de imprensa.
4. Quantos funcionários têm sua assessoria? Qual a formação deles?
Ao todo, incluindo financeiro, clipping, secretárias e contínuo, são 12. Destes, 4 são
jornalistas, uma tem o curso de secretariado executivo e 2, são estagiários de
jornalismo.
5. Como conquistar clientes?
Dando atenção aos clientes, vivendo suas alegrias e tristeza. Investir na qualidade
de atendimento é tentar fidelizá-los. É mostrar eficiência. Assim, você consegue
conquistar os clientes. Se você faz um trabalho, fatalmente aquele cliente satisfeito
fará a melhor de todas as propagandas que é aquela de boca a boca.
6. Quais os clientes fixos que a empresa tem hoje? Quantos jobs recebe por
mês?
Entre nossos clientes estão: Votorantim Energia, Tecon Salvador S/A, Ferreira
Costa, rede supermercadista GBarbosa, Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador
(CDL), Syene, Prima, Cosbat, Imocom, Sertenge, Ramos Catarino, Lopes
70
Consultoria de Imóveis, Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), Sindicato
das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) e Bahia Marina.
7. Qual o valor médio cobrado para se prestar o serviço de assessoria de
imprensa (caso deseje, indique se quer manter o nome da sua empresa em
SIGILO)?
Sinceramente, não me sinto confortável em responder esta pergunta. O que posso
dizer é que estão mergulhando o preço e afundando o mercado. O nosso mercado
precisa se profissionalizar, crescer, criar regras, se valorizar. Do jeito que as coisas
andam, vai afundar.
8. Como diretor de uma AI, quais as maiores dificuldades que o senhor
enxerga neste mercado?
Ainda existe uma falta de conhecimento muito grande. O empresário tem uma idéia
distorcida do que é uma assessoria de imprensa. Muitos perguntam: O que você
pode fazer para impedir que tais notícias sejam veiculadas. Ora, a censura acabou.
A assessoria de imprensa não tem este poder. Às vezes, o empresário quer veicular
notícias meramente comerciais que não interessam aos veículos. Acho que a falta
de cultura é a principal dificuldade.
9. Qual o diferencial da sua empresa, em relação às demais da capital?
Sinceramente, não me preocupo com as outras empresas. Não sei como atuam.
Procuro conhecer e manter contato com empresas de fora do Estado que sejam
bem sucedidas. Aqui, o mercado está muito competitivo e as empresas estão
mergulhando o preço. Em pouco tempo, se as coisas continuarem como estão,
muitos vão afundar por causa dos próprios erros.. Acho que as virtudes da AC
Comunicação são: a seriedade, o compromisso com a informação e a total doação
aos seus clientes. Invisto muito num relacionamento franco, sincero e de qualidade.
71
10. Quais suas expectativas para o futuro da empresa? E o mercado, irá
expandir ou contrair? Quais nichos ainda não estão sendo bem explorados?
Eu sou um otimista. Acho que o mercado vai expandir. A AC está de olho em alguns
projetos de áreas diferentes, mas como já falei, o mercado está muito competitivo e
prefiro não falar.
11. O mercado publicitário vive uma crise, com anunciantes investindo cada
vez menos. Isto é bom ou ruim para o mercado de assessoria de imprensa? A
verba que antes era da publicidade está migrando para as AIs?
Não necessariamente. O que as assessorias de imprensa estão comemorando é o
fato de o governo federal estar abrindo licitações específicas para o mercado. Com
isso, podemos deixar de ser reféns das agências de publicidade.
12. Em Salvador, é notável a diminuta quantidade de veículos de comunicação.
De que forma isto afeta o mercado?
Na verdade, a realidade mudou. Os veículos de comunicação não estão reduzindo
em quantidade, e sim, em qualidade. Os sites que antes não existiam, hoje estão
cada vez mais fortes e acessados. A internet criou um novo veículo de comunicação.
É uma tendência que vai continuar acontecendo, é a tecnologia ditando as regras da
sociedade. Os sites estão abrindo novos postos de trabalho para os jornalistas.
Flávia de Oliveira
Jornalista
Av. Tancredo Neves, 1632, Salvador Trade Center,
Torre Norte, Sala 1802/1803. CEP 41820-020, Salvador - BA
(71) 3341.0857
72
Empresa: LIMA COMUNICAÇÃO (02 de abril de 2009)
1. Quando surgiu a empresa?
Em 1987.
2. Qual era o cenário econômico e profissional da época?
O mercado estava em expansão, mas as empresas que estavam surgindo ofereciam
serviços muito específicos, como apenas assessoria de imprensa ou apenas
produção audiovisual. A Lima Comunicação surgiu com o objetivo de dar ao
mercado a opção de apostar em comunicação integrada.
3. Porque você decidiu trabalhar com AI?
Na realidade trabalho com comunicação corporativa e, desta forma, não poderia
deixar de oferecer a assessoria de imprensa aos meus clientes.
4. Quantos funcionários têm sua assessoria? Qual a formação deles?
São 12 pessoas, entre jornalistas, RPs, publicitários e pessoal administrativo.
5. Como conquistar clientes?
Uma vez que você mostre um bom trabalho, as demandas vão surgindo de forma
natural.
6. Quais os clientes fixos que a empresa tem hoje? Quantos jobs recebe por
mês?
Clientes fixos são quatro (Associação dos Magistrados da Bahia, Associação dos
Delegados de Polícia da Bahia, Associação dos Procuradores do Estado da Bahia,
Escola de Magistrados da Bahia, Unijorge, Fundação Pedro Calmon), mas temos
73
jobs grandes, como produções para a TV Bandeirantes, TV Globo, TV Justiça, TV
Educativa, entre outros.
7. Qual o valor médio cobrado para se prestar o serviço de assessoria de
imprensa (caso deseje, indique se quer manter o nome da sua empresa em
SIGILO)?
Esta é uma informação estratégica que prefiro não revelar.
8. Como diretor de uma AI, quais as maiores dificuldades que o senhor
enxerga neste mercado?
Muitas empresas, para conquistar clientes, cobram valores que nem sequer cobrem
seus custos, e isto é terrível para o mercado.
9. Qual o diferencial da sua empresa, em relação às demais da capital?
Os profissionais que atuam na Lima Comunicação estão alinhados com as
tendências do Mercado. Somos capazes de produzir os mais diversos produtos, do
eletrônico ao impresso, do jornal ao vídeo em HD. Criamos e desenvolvemos
produtos e atendimentos para cada cliente. Eficiência e pontualidade. Atendimento
personalizado e equipe com dedicação exclusiva são alguns dos diferenciais que a
Lima Comunicação oferece aos seus clientes.
10. Quais suas expectativas para o futuro da empresa? E o mercado, irá
expandir ou contrair? Quais nichos ainda não estão sendo bem explorados?
Cada vez mais as grandes corporações estão preferindo concentrar sua
comunicação em uma única empresa, então quem tem mais experiência com
comunicação integrada largará na frente.
74
11. O mercado publicitário vive uma crise, com anunciantes investindo cada
vez menos. Isto é bom ou ruim para o mercado de assessoria de imprensa? A
verba que antes era da publicidade está migrando para as AIs?
Corte de investimentos é sempre ruim, especialmente para uma agência de
comunicação integrada.
12. Em Salvador, é notável a diminuta quantidade de veículos de comunicação.
De que forma isto afeta o mercado?
Isto significa que os espaços editoriais são muito limitados, e a competição para
conquistar estes espaços é ferrenha. Muitas vezes boas pautas não são
aproveitadas porque o jornal não tem aonde colocar determinado assunto.
Lima Comunicação
Rua Jacobina, 160
Ed. Maximino Perez Garrido, sala 401
Rio Vermelho, Salvador-BA.
CEP 40150-020
Tel: (71) 3240-6344/ 6366
75
APÊNDICE E –Pautas24
PAUTA 1:
Quanto custa/ ganha um assessor de imprensa
Proposta: Mostrar a média de salário que um assessor de imprensa que atua em
Salvador ganha em relação a outras grandes capitais como São Paulo, Brasília e
Curitiba; assim como a carga horária e a rotina de trabalho de cada um. Vamos fazer
um comparativo entre os salários e analisar porque há disparidade entre eles. Se o
que influencia é o tempo de dedicação, a carga horária de trabalho, os recursos
utilizados, o tamanho da empresa, o número de clientes atendidos, o número de
jornais que mantém contato. Entraremos em contato com uma assessoria de cada
capital mencionada e com a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial
(Aberje) se há pesquisa sobre o assunto e explicar porque isso acontece.
Informações adicionais: A ABERJE, com sede e foro na cidade de São Paulo, na
Avenida Angélica, 1757, 12º andar, fundada em 8 de outubro de 1967, é uma
sociedade civil, sem fins lucrativos que tem por objetivo discutir e promover numa
perspectiva local e global, a Comunicação Empresarial e Organizacional como
função administrativa, política, cultural e simbólica de gestão estratégica das
organizações e de fortalecimento da cidadania. São associadas à entidade as
pessoas físicas e jurídicas nela regularmente inscritas, que desenvolvam atividade
de Comunicação Empresarial e Organizacional ou que contribuam direta ou
indiretamente para esse fim.
Contatos: AIC Informação e Comunicação Ltda – Brasília/DF – (61) 3328-2950;
Ketchum – SP - [email protected] ou 11 5090-8900; Varjão Associados –
Salvador – (71) 3444-6800; Literal Link – Curitiba – (41) 3015-2222 ou
[email protected]; ABERJE – (11) 3662-3990.
24
As pautas sofreram alterações no decorrer do trabalho, conforme mostra o produto final da Revista
Ponte.
76
Arte: Um mapa localizando as três capitais e junto delas um Box com a média de
salário de cada uma delas. Apontaremos com uma cor de destaque a que paga
melhor.
Espaço: 1 página.
PAUTA 2:
Moda para assessores
Proposta: Roupas, acessórios e penteados são instrumentos utilizados por
profissionais de diversas áreas para compor um look próprio e que os deixem
adaptados às demandas de mercado (reuniões de trabalho, formalidade nas
apresentações de projetos, etc.) Costumamos ver o jornalista de TV sempre de
paletó e gravata (para homens) ou terninho (para mulheres), cabelos curtos e bem
penteados, assim como os advogados. O jaleco branco identifica de cara o
profissional da área de saúde. E o assessor de imprensa? Em que perfil se encaixa?
Vamos saber o que a coordenadora do curso de moda da Unijorge indica para os
atuantes da área. Aproveitaremos para mostrar o modo de vestir de dois assessores
de imprensa (um homem e uma mulher) de estilos diferentes para que ela possa
indicar quem está usando um estilo correto ou errado e identificar o que se pode
melhorar.
Contatos: Coordenadora do Curso Tecnológico de Design de Moda da Unijorge –
Carina Silveira. Tel: (71) 3206-8004 / [email protected]; Assessora do
DETRAN-BA – Sônia Araújo – 9975-7741/ 3116-2424; Assessora do Ingá –
Letícia Belém – 3116-5848.
Fotografia: foto do pescoço até os pés das assessoras para mostrar apenas o look.
Espaço: 1 página.
PAUTA 3:
Brindes: em que momento os presentinhos viram suborno?
77
Proposta: Vamos mostrar o que os assessores e jornalistas acham desta prática
para conseguir a publicação de uma matéria. Os presentinhos são mesmo capazes
de comprar um repórter? Entrevistaremos um repórter que durante o Carnaval 2009
ganhou vários abadás de blocos e camarotes de peso em Salvador e fazer uma
relação com o número de matérias publicadas por ele no Jornal para fazer
propaganda da empresa patrocinadora. Faremos assim, uma discussão sobre a
ética no jornalismo. Em contrapartida, entrevistaremos uma jornalista que odeia os
presentinhos e os devolve. Por outro lado temos que mostrar a visão das
assessorias de imprensa. O motivo pelo qual usam desse artifício.
Informações adicionais: Analisar este exemplo comentado por Luís Antônio Giron
no Observatório da Imprensa e que foi manchete da Revista Época em
"O caso do iPod de Maria Rita"
"A crítica musical do Brasil vive dias de caça às bruxas. É o clima da moda. A razão
é uma suposta denúncia feita por Veja na edição da semana passada, sob o título ‘O
mensalinho de Maria Rita’. O artigo, não-assinado, afirma que a gravadora Warner
tentou corromper 30 jornalistas com um aparelho iPod, distribuído como estratégia
de lançamento do CD Segundo, de Maria Rita. O aparelho teria sido motivo para a
artista obter espaço nos jornais e revistas. Assim, alguns jornalistas teriam aceitado
um jabaculê, ou jabá - ‘dinheiro ou qualquer coisa usada para corromper alguém,
para ganhar uma inserção publicitária’ (segundo o Dicionário Houaiss). Maria Rita foi
acusada de ser Rainha do Jabá. E todos os que avaliaram positivamente o CD,
executados como bandidos. No caso do jornalista de ÉPOCA (leia-se: este que vos
escreve), a gravadora teria ‘matado dois coelhos com uma cajadada’ porque ele
produziu dois textos ‘simpáticos’ sobre ‘a filha de Elis’, um para esta revista e outro
para a Bravo!. Ao contrário do que diz o texto, porém, este jornalista fez seu trabalho
com honestidade crítica e decidiu devolver o aparelho intacto à assessoria. Isso por
considerá-lo um exagero, já que eu havia recebido, em cima da hora, com ele, o CD
e o DVD de Maria Rita, material mais do que suficiente para escrever meu artigo. A
assessoria explicou que o iPod fora enviado aos críticos antes de o CD e o DVD
ficarem prontos - e, no meu caso, tudo chegou ao mesmo tempo. Achei a
estratégia de promoção desastrada, e segui o que julguei minha obrigação,
sem pensar mais no descartado totem de consumo (tenho um desses, e não
78
gosto de ouvir música com fone de ouvido). ÉPOCA publicou uma entrevista
com a cantora e uma crítica ao CD, que mostrava o fracasso de seu projeto de
fugir da influência dos pais.
Meu dever é esclarecer que as informações de Veja não foram conferidas. Os
autores da denúncia anônima parecem ter cabulado a primeira aula de Jornalismo e
incorreram em falta grave porque deixaram de me ouvir, como não o fizeram com
outros que atacaram. Não checaram a informação nem mesmo com a assessoria de
imprensa da cantora (que confirma ter recebido o aparelho que devolvi), valendo-se
de fontes ocultas para difamar cidadãos sem lhes dar direito de resposta.
Em 22 anos de profissão, sempre condenei o jabá - modo de comprar a opinião da
crítica. Paguei muitas vezes por minha independência. Munido dela, afirmo que
Maria Rita é uma boa cantora e conquistou lugar merecido na MPB. Seus
assessores gozam de alta reputação, conheço-os há 20 anos, e jamais recebi deles
nenhuma oferta ilícita. O bom jornalismo cultural pede imparcialidade, análise e
prestação de serviço. Sobretudo, exige que se verifique a idoneidade da
informação junto às fontes. Eis uma regra que observamos na editoria de
Cultura de ÉPOCA. Tão grave quanto o jabá é não ouvir todos os lados
envolvidos em uma notícia, desprezando a lei básica da investigação - e
violando um direito fundamental, o de defesa. Talvez seja por isso que os
denunciadores de Veja não assinaram o texto. Eles intuem, no fundo de sua
ausência de escrúpulo, que o patrimônio de um jornalista é seu nome, pois o
ocultaram sob o artigo ignóbil. Esse patrimônio é, para mim, sagrado. Assino
embaixo de tudo o que escrevi em minha vida profissional. Quando cometi erros,
tratei de corrigi-los. Também assino embaixo do talento da intérprete que tentam
enxovalhar."
Contatos: Rodrigo Vilas Boas (repórter de A TARDE) – 8855-1010;
Marilena Neco (repórter de A TARDE) – 9123-6225; Cristina Barude (Assessora de
Imprensa) – 3354-8547.
Arte: Uma charge com desenhos de canetas, agendas, chandon e motoboy para
distribuição, com o valor de cada presente e a frase: “Ter sua matéria publicada num
jornal de grande circulação... Não tem preço!”
79
PAUTA 4:
Exigência do diploma para assessor de imprensa
Proposta: Muito tem se discutido sobre a exigência do diploma para atuar como
jornalista. O tema foi discutido em obras como a de Maristela Mafei “Assessoria de
Imprensa – Como se relacionar com a mídia” e Jorge Duarte “Assessoria de
Imprensa e relacionamento com a mídia”. Para os autores o diploma é
imprescindível para a classe. Assim como para o presidente da Federação Nacional
dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo e Kardé Mourão, presidente do Sinjorba.
Vamos saber deles porque o diploma é importante para o exercício da profissão.
Também vamos entrevistar assessores de imprensa que começaram a atuar na área
sem o diploma e saber o que eles tiveram que enfrentar após o Decreto-Lei 972/69
ter entrado em vigor; e aqueles que são formados em outros cursos de comunicação
e que continuam atuando na área. Para aumentar o leque de discussões, vamos
entrevistar jornalistas que também são assessores de imprensa. Como ser ético em
ambas as funções? Porque no Brasil isso é permitido? Em quais países essa prática
é proibida?
Informações adicionais: O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas
(Fenaj), Sérgio Murillo, diz. "A sociedade exige qualificação profissional e o melhor
lugar para se adquirir conhecimentos técnicos, teóricos e éticos são as instituições
de ensino. Cursos técnicos feitos por veículos de comunicação são de doutrinação.
Preparam o estudante para as regras e condições internas de cada empresa.
Jamais substituem as escolas", diz Murillo.
Contatos: Fenaj (presidente Sérgio Murilo) – (61) 3244-0650/ 0658
[email protected]; Sinjorba (presidente Kardé Mourão) – (71) 3321-1914;
Assessora de imprensa – Flávia (Ibametro) – 8875-8681; Repórteres – Deodato
Alcântara – 9986-8953; Adriana Quadros – 8777-11709.
Arte: foto de um diploma; Kardé Mourão e Sérgio Murilo; Flávia e Deodato
Alcântara;
Espaço: 4 páginas.
80
PAUTA 5:
Entrevista com Tássia Catarina
Proposta: Traçar o perfil da assessora de imprensa Tássia Catarina, uma das
poucas da capital a apostarem no media trainning como uma forma estratégica de
promover o bom relacionamento dos clientes com a mídia, além de ser autora do
livro Comunicação com a Imprensa, na Boa!. Na obra, Tássia define o profissional
de assessoria de imprensa como o “novo jornalista”, a quem atribui uma demanda
de atividades muito mais complexa do que o jornalista tradicional. Ela acredita que
além de ter o compromisso com a informação e com os critérios de noticiabilidade, o
assessor deve ter capacidade de comunicação interpessoal, diplomacia, imensa
capacidade de se relacionar.
Tássia Catarina é jornalista, diretora da Cibermidia, mestre em Cultura
Contemporânea pela UFBA e Especialista em Marketing pela UNIFACS. Atuou em
televisão e em Jornalismo Impresso. Desde 1996 trabalha na área de educação. Foi
professora da FTE (Faculdade de Tecnologia Empresarial) e da FACOM (Faculdade
de Comunicação da UFBA). Atualmente coordena o curso de Jornalismo da
Faculdade de Cidade do Salvador.
Possíveis perguntas:
1 – Quais as opções de atividades oferecidas pela Cibermídia aos clientes?
2 – Porque apostar no media trainning tão pouco utilizado aqui em Salvador?
Acredita ser um diferencial da sua empresa?
3 – Conte-nos um caso em que este serviço ajudou o seu cliente a se sobressair na
imprensa local.
4 – Qual a característica mais importante de um assessor de imprensa?
5 – Como você avalia hoje o mercado para os profissionais da área?
6 – O que pretende com seu livro Comunicação com a Imprensa, na boa?
81
7 – Quais dicas você daria para um jornalista que deseja ingressar na área?
Foto: Tássia de perfil e do livro.
Espaço: 2 páginas
PAUTA 6:
Entrevista com Nilza Barude
Proposta: A jornalista Nilza Barude criou, em 1985, a primeira assessoria de
imprensa de Salvador, a Mais Assessoria de Comunicação. À época existia em
Salvador apenas profissionais autônomos que atuavam como assessores de
imprensa. Nilza, paulista, morava em São Paulo e tinha formação de psicóloga.
Vamos questionar o que levou a psicóloga a sair do mercado paulista e vir para a
Bahia (ela veio em uma viagem e se apaixonou pela cidade), a atuar em uma área
que não é a de sua formação (começou escrevendo um jornalzinho da faculdade de
psicologia), e a ser a pioneira no mercado de assessoria de imprensa de Salvador.
O foco deve ser falar sobre como era o mercado na época? Algumas sugestões de
perguntas:
1. Ela faz uso dos conhecimentos de psicologia na atuação como assessora?
No convencimento dos jornalistas, por exemplo?
2. Se o mercado não estava acostumado em ter uma AI, como mostrar ao
cliente os benefícios de se investir nisto?
3. Como os veículos de comunicação lidaram com a novidade de receber
releases? Havia uma resistência, ou eles gostaram da iniciativa por facilitar o contato
com as fontes?
4. E os assessores? Como foi o processo de seleção, você escolheu os
profissionais autônomos que já estavam na área ou atraiu novas pessoas? Como foi
este processo de convencimento? Os profissionais que você selecionou tinham
alguma “desconfiança”, algum “medo” de começar a trabalhar na área, ou se
sentiam pioneiros e empolgados?
82
5. A empresa cresceu logo no início, ou os primeiros meses trouxeram alguma
dificuldade?
6. E os clientes: fizeram alguma exigência ou pedido esdrúxulo, devido a falta de
conhecimento sobre o assunto?
Contato: Nilza Barude: 3341-8922
Espaço: 2 páginas
PAUTA 7:
Matéria: como está o mercado de assessoria de imprensa em Salvador?
Proposta: A matéria deverá mostrar como está o mercado de assessoria de
imprensa em Salvador. Indicar se houve um aumento ou diminuição no número de
assessorias (existiam 30, no final do ano passado), se elas estão contratando ou
demitindo. Em meados de 2008, Cristina Barude (Lume Comunicação) e Vânia Lima
(Lima Comunicação) afirmavam ao repórter da Ponte, Jan Penalva, que o mercado
estava bastante aquecido e que estavam contratando. Após a crise financeira
mundial, este cenário se manteve, ou as intenções dos donos de assessorias
mudaram?
Em 2006, cerca de 2.200 jornalistas estavam registrados no estado. Acredita-se que
aproximadamente 60% destes atuavam em AI. Vamos mostrar se esta média se
mantém, e como as demissões realizadas no ano passado pela Rede Bahia
afetaram o mercado.
Outra questão a ser abordada é a captação/perda de clientes. Vamos mostrar se
mais empresas estão contratando assessorias, ou se a crise já atinge o setor e as
empresas estão diminuindo seus investimentos em comunicação.
Sindicatos e associações de classe podem ajudar informando quanto o mercado
movimenta por ano, quantas pessoas emprega e ritmo de crescimento.
Contato: Hetth Carvalho, diretora da Comunicativa, pode falar sob o ponto de vista
de uma assessoria de imprensa. Tel: 3431-9781;
83
A regional Bahia da Associação Brasileira das Agências de Comunicação
(ABRACOM) pode dar números do mercado, como o volume de dinheiro que
movimenta, quantidade de pessoas que trabalham na área, ritmo de crescimento e
perspectiva para o futuro. O contato é a Ana Cristina Lima, diretora regional do norte
e nordeste. Tel: 11-3079-6839.
Espaço: 2 páginas
PAUTA 8:
Matéria: A assessoria de comunicação: o futuro/expansão da assessoria de
imprensa.
Proposta: Especialistas em estudos organizacionais vêm há muito defendendo o
conceito de comunicação integrada. Neste estariam reunidas todas as áreas da
comunicação mercadológica (marketing e propaganda, por exemplo), da
comunicação interna e da comunicação institucional. É nesta última que entram as
atividades específicas de relações públicas, de assessoria de imprensa, de
editoração, de responsabilidade social e de promoção cultural.
Esta integração, entretanto, ainda não se consolidou no Brasil e, mais
especificamente, em Salvador. Aqui o foco maior ainda é na assessoria de
imprensa. Os diretores destas empresas, entretanto, parecem perceber a tendência
mundial e já se auto-intitulam “assessorias de comunicação”, apesar de não terem
em seus quadros nenhum designer gráfico ou publicitário, por exemplo.
Maristela Mafei acredita que isso ocorre em boa parte porque ainda existe uma
grande confusão quanto aos termos empregados para os ramos da comunicação.
Para alguns, o conjunto das três áreas (comunicação interna, institucional e
mercadológica) dá origem ao conceito de comunicação organizacional. Para outros,
a junção de tudo denomina-se relações públicas.
Vamos saber a opinião dos assessores de imprensa sobre o assunto. Eles
concordam que o caminho é diversificar os negócios, ou é melhor para os clientes
ter uma empresa especializada apenas em uma área? De que forma estas
empresas estão migrando para se tornarem uma assessoria de comunicação
84
integrada? Quem efetivamente tem equipes multidisciplinares em seus quadros, e o
que isto traz de positivo para a empresa e seus clientes? E os clientes, qual a
opinião deles? Esta ampliação do ramo de atividade cria algum tipo de conflito antre
AI e agências de publicidade?
O livro “assessoria de imprensa – como se relacionar com a mídia” deve servir de
fonte e espinha dorsal da matéria.
Contato:
Vânia Lima – diretora da Lima comunicação, empresa vencedora do Prêmio Aberje
2008 na categoria “gestão de mídia”. A Lima Comunicação atua tanto com
assessoria de imprensa como ainda cria estratégias de marketing e campanhas
publicitárias completas para seus clientes. Possui em seu quadro jornalistas, RPs,
publicitários e produtores. Tel: 9963-6679.
ABERJE (Associação Brasileira de comunicação Empresarial) – Contato: Ana
Charlas: (11) 3662-3990
APEB (Associação dos procuradores do Edtado da Bahia) – a empresa apostou
terceirizou sua comunicação apostando na comunicação organizacional proposta
pela Lima Comunicação. A parceria já rendeu cases de gerenciamento de crise,
produtos eletrônicos e campanhas publicitárias. Antes de contratar a Lima, tinha
como fornecedor uma empresa que fazia apenas assessoria de imprensa. Ele está
satisfeito com a mudança? Por quê?
Contato: Cláudio Cairo. Tel: 8860-6967.
Arte: uma empresa de comunicação no futuro, estilo “os jetsons”.
Foto: foto ampla em que os núcleos de atuação de uma assessoria de comunicação
apareçam trabalhando em produtos. Uma mesma foto pode ter pessoas olhando
uma campanha publicitária, um jornal e pensando na produção de um evento.
85
ANEXO A – Assessorias de imprensa soteropolitanas25
Agência de Textos - Comunicação Integrada
DIRETORES
Cíntia Medeiros
Suely Temporal
PRINCIPAIS CLIENTES
Salvador Shopping, Colégio Anchieta, Construtora Norcon, Rede de Farmácias Flora Manipulação,
AHSEB – Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia, Lithocenter Hospital
Dia, Clínica Life Medicina e Odontologia Estética, Vetor Consultoria
SERVIÇOS PRESTADOS
Assessoria de Imprensa, Comunicação Corporativa, Design Gráfico, Desenvolvimento de portais
Internet e Intranet, Produção de textos.
CONTATO
Salvador - BA
FONE: (71) 3271-7171
www.agenciadetextos.com.br
FILIAIS
PERFIL
Com sede em Salvador, terceira maior cidade do país, a Agência de Textos – Comunicação
Integrada trabalha com uma visão estratégica da comunicação corporativa, avaliando as
necessidades do cliente, identificando riscos e oportunidades para que possa se ter uma
comunicação cada vez mais eficiente, eficaz e criativa.
25
As Assessorias de Imprensa Soteropolitanas citadas neste anexo são todas aquelas registradas
pela Associação Brasileira das Agências de Comunicação (ABRACOM), cujos dados podem ser
encontrados no site www.abracom.org.br. A formatação de apresentação dos dados também é da
ABRACOM.
86
AIG Comunicação
DIRETORES
Ana Paula Vargens
Iga Bastianelli
PRINCIPAIS CLIENTES
Ademi-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia)
Hospital Espanhol
ARC Engenharia
Daten Tecnologia
Insinuante
Grupo Reta Atlântico
Consplan
Odebrecht Salvador
SERVIÇOS PRESTADOS
A AIG Comunicação atua por meio de seu Núcleo de Relacionamento com a Imprensa, do Núcleo
de Mídia Eletrônica, do Núcleo de Marketing de Relacionamento, da AIG Plus Publicações, do
Núcleo de Comunicação Interna e da AIG Plus Agência Social.
CONTATO
Salvador - BA
FONE: (71) 3341-2218
www.aigplus.com.br
FILIAIS
PERFIL
A AIG Comunicação estabelece-se no mercado por meio da ação articulada de profissionais
voltados para as diferentes áreas da Comunicação – Jornalismo, Relações Públicas, Marketing,
Programação Visual –, mas capazes de trabalhar em conjunto e planejar/executar os objetivos de
Comunicação de seus clientes. À frente da equipe, estão duas jornalistas com expertises
complementares. Ana Paula Vargens tem quinze anos de experiência em Comunicação
Corporativa e Relacionamento com a Imprensa; Iga Bastianelli, no mercado jornalístico há onze
anos, além do know-how em assessoria de comunicação e especialização em Marketing, acumula
vasta experiência em mídias eletrônicas. Deste encontro, surge a AIG Comunicação, uma
empresa com a proposta de oferecer soluções integradas por meio de núcleos com serviços
especializados.
87
Darana Comunicação Empresarial
DIRETORES
Cândida Silva
Mariana Trindade
Renata Matos
PRINCIPAIS CLIENTES
Caraíba Metais, Bahia Pulp, Pec-Tech, Fábrica de Óculos, Microsiga (Bahia), ST Estruturas,
Faculdade Dom Pedro II, Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP), Mercantil
Rodrigues, Grupo Engenhonovo, Camarotes Planeta Othon e Salvador e a cantora Margareth
Menezes
SERVIÇOS PRESTADOS
Seus serviços reúnem todas as etapas e situações do processo de comunicação, a exemplo de
diagnóstico através de pesquisas, planejamento de campanhas, publicações (jornais, revistas,
boletins), elaboração e gestão de sites, blogs e newsletter, assessoria de imprensa, gestão de
crises, comunicação interna e eventos corporativos
CONTATO
Salvador - BA
FONE: (71) 3342-3373
www.darana.com.br
FILIAIS
PERFIL
Criada em 2002, a Darana é uma agência de comunicação integrada que oferece soluções para
a melhoria do relacionamento da organização com seus diversos públicos - funcionários,
parceiros, fornecedores, clientes e imprensa. Vencedora do Prêmio Aberje 2006 - Regional
Nordeste com o jornal interno Se Liga, da Rio Doce Manganês (RDM), atualmente é membro da
comissão baiana da Abracom - Associação Brasileira das Agências de Comunicação e filiada à
Aberje.
88
Frente & Verso Comunicação Integrada
DIRETORES
Adriana Jacob
Tatiany Carvalho
Fernanda Carvalho
PRINCIPAIS CLIENTES
Le Biscuit, Planeta Bebê, Contours – Academia Para Mulheres, Associação Cultural Caballeros
de Santiago, Cia. Cuca de Teatro; Instituto Educar, Clínica de Hematologia e Oncologia da Bahia
(Cehon), Banda Motumbá, Espaço Viver, Maternalle – Moda Gestante.
SERVIÇOS PRESTADOS
A Frente & Verso Comunicação Integrada presta serviços de assessoria de comunicação,
assessoria de imprensa, gestão de crises, publicações corporativas & web, clipping impresso e
on-line, ações de relacionamento, treinamento em mídia e design gráfico.
CONTATO
Salvador - BA
FONE: 71-3491-6507 - FAX: 33543812
www.frenteeverso.com
FILIAIS
PERFIL
Criada em 2006, a Frente & Verso Comunicação Integrada tem como proposta gerenciar os
fluxos de comunicação de empresas, organizações civis, profissionais liberais, associações de
classe, entre outros perfis, com seus públicos-alvo de interesse. Seja através da grande mídia ou
via comunicação dirigida, nossa equipe está apta para atuar com estratégia, criatividade e
rapidez.
89
Laboratório da Notícia
DIRETORES
Fernanda Matos
Tatiane Freitas
PRINCIPAIS CLIENTES
Timbalada, Prefeitura de Simões Filho, Abrasel, Kopenhagem, Adcos, Bahia Partner,
Nelson Rufino, Banda Via Circular, Zelito Miranda, Salão de Festas da Bahia, Wine
Bahia, Salão de Negócios para Xunta Galícia - Espanha e Summer Golf, entre outros.
SERVIÇOS PRESTADOS
* Assessoria de Imprensa;
* Gerenciamento de Crise;
* Press Tour;
* Políticas de relacionamento;
* Relações Públicas com ênfase em mídia;
* Comunicação Estratégica;
* Cerimonial;
* Produção de documentários;
* Produção de programas de rádio e TV;
* Release Eletrônico;
* Jornalismo e radialismo;
* Boletins Informativos;
* Design;
* Diagramação;
CONTATO
Salvador - BA
FONE: 71-3272-4263
FILIAIS
PERFIL
Estudos, reuniões, pesquisas, planejamento, dedicação e resultados fazem parte da
concepção de trabalho da Laboratório da Notícia, uma assessoria de comunicação com
proposta singular de atendimento a clientes, parceiros e imprensa. Trabalhamos a
notícia e buscamos a melhor forma de apresentá-la, em beneficio dos nossos parceiros,
com a transparência do jornalismo sério. A Laboratório da Notícia é uma empresa
moderna, que surgiu para interagir com os seus clientes e obter os melhores resultados
na área de comunicação. A assessoria tem uma característica particular: apresentar
idéias, interagir, planejar, executar, divulgar e fazer a diferença.
90
Lume Comunicação
DIRETORES
Nilza Barude
Cristina Barude
PRINCIPAIS CLIENTES
Hospital São Rafael/Monte Tabor, Fator Realty - Incorporadora e Contrutora, Faculdade
ÁREA1FTE; Deten Química S/A; Hotel Vila dos Corais (Praia do Forte), Pousada Sobrado da
Vila (Praia do Forte), Casa Kaiada - móveis e decoração, Xarmonix - decoração e presentes,
Cheiro de Pizza, Cidade da Luz, Itaparica Operadora de Turismo, Waldomiro Azevedo –
Direito Imobiliário, Antonio Bandeira - Infectologista, 2Pontos Webexperts, Madrre Clube
Eventos.
SERVIÇOS PRESTADOS
Assessoria de Comunicação e Imprensa; RP; Jornais, Revistas e Livros; Gerenciamento de
Crise; Manual de Crise, Media Training; Criação de Sites e Geração de Conteúdo;
Organização de Eventos, Comunicação Interna e Externa; Responsabilidade Social.
CONTATO
Salvador - BA
FONE: (71) 3341-8922
www.lumecomunicacao.com.br
FILIAIS
PERFIL
Lume Comunicação:há 22 anos elaborando estratégias para dar visibilidade adequada aos
seus clientes junto à comunidade e ao mercado. Projeção e sustentação de imagem,
reposicionamento de marcas, produtos e serviços, melhoria do relacionamento com público
interno e externo. Com direção das jornalistas Nilza Barude e Cristina Barude.
Empresas, profissionais autônomos, políticos, artistas, ONGs e outras instituições podem se
beneficiar da competência da LUME COMUNICAÇÃO. Atuando em qualquer estado
brasileiro, conta com rede de parceiros aptos a potencializar seu sucesso.
91
Pipa Comunicação Integrada
DIRETORES
Kauanna Soares Araújo
Pietro Menezes Raña Alvarez
Camila Ventura
Diego Carvalho
Tarsilla Alvarindo
PRINCIPAIS CLIENTES
Banda Pagodart, Banda Fantasmão, Equipe Entretenimento, Creppe Lounge, Daniel Vieira,
Forró Maria Bunita, VL Modas, Fiolaser, Banda Adão Negro e Banda Pretubom, Banda Seu
Maxixe, Madrre, Banda Vixe Mainha, Banda Babado Novo, Banda Chicabana, Banda
Capitão Axé, Cacal Produções e Centro Espanhol.
SERVIÇOS PRESTADOS
Assessoria de Comunicação Integrada:
* Assessoria de Imprensa;
* Relações Públicas;
* Consultoria de Comunicação Social;
* Monitoramento da imagem do cliente na internet e comunicação com comunidades virtuais;
* Realização de eventos: promoção, montagem e acompanhamento;
* Ferramentas e Produtos de Comunicação: Impressos, eletrônicos (rádio e TV), vídeos
institucionais, programas de Tv, páginas eletrônicas e relatórios de gestão;
* Elaboração de campanhas publicitárias;
* Media training;
* Criação de sites e gerenciamento de conteúdo para internet;
* Gerenciamento e Prevenção de Crises de Imagem;
CONTATO
Salvador - BA
FONE: 71-3264-0006
FILIAIS
PERFIL
A Pipa Comunicação Integrada é uma agência que busca a satisfação dos clientes,
comunicando com ética. Com um leque de serviços que vão desde Assessoria de
Comunicação até realização de produtos jornalísticos e Publicidade, nosso objetivo é deixar
o cliente despreocupado com as obrigações, quando o assunto é comunicação. A empresa
atende clientes especialmente voltados para a área de cultura e entretenimento (bandas,
festas, restaurantes), em caráter regional ou nacional, com escritório em Salvador e
parcerias nos principais estados.
92
Reattor Comunicação Ltda
DIRETORES
Gabriela Lacerta e Thiago Monteiro
PRINCIPAIS CLIENTES
Vinícola Salton; Spa Salute Bahia; Sandwich Hall; Yesky Idiomas; Churrascaria Sal e Brasa;
ONG Terra Verde Viva e Doce Cacau
SERVIÇOS PRESTADOS
A Reattor Comunicação utiliza todas as ferramentas necessárias para cuidar da imagem
corporativa diante da opinião pública. Através do núcleo Reattor Press, executamos
atividades nas áreas de assessoria de imprensa, comunicação interativa, treinamento de
porta-voz, gerenciamento de crise, publicações direcionadas, webjornalismo, projetos de
responsabilidade social e organização de eventos. O núcleo Reattor Business trabalha com
as principais estratégias de marketing e publicidade, como benchmarketing, e-mail marketing,
campanhas publicitárias, ações estratégicas e promocionais.
CONTATO
Salvador - BA
FONE: 71-3341-4262
www.reattorcomunicacao.com
FILIAIS
PERFIL
A Reattor é uma agência que oferece soluções comunicacionais às empresas brasileiras com
base em práticas de excelência, ética e profissionalismo. A companhia traz um conceito
contemporâneo para trabalhar de forma eficiente os processos de comunicação. Nosso foco
vai além da divulgação da imagem corporativa na mídia. Através de tríade - Assessoria de
Imprensa, Relações Públicas e Publicidade - e da Consultoria de Marketing, realizamos um
trabalho comunicacional completo para potencializar ainda mais as atividades desenvolvidas
pelas organizações.
93
Texto & Cia Assessoria de Comunicação
DIRETORES
Monique Borges de Melo Knittel
PRINCIPAIS CLIENTES
Monsanto Nordeste, Odebrecht Empreendimentos Imobiliários, Construtora Norberto Odebrecht,
PricewaterhouseCoopers, Citröen, Shopping Piedade, Perini, Multiplex Iguatemi, Grupo Conseil,
Alphaville Salvador Clube, Interlink Eventos, Barry-Callibeaut, entre
SERVIÇOS PRESTADOS
x
CONTATO
Salvador - BA
FONE: (71) 3341-2440
www.textoecia.com.br
FILIAIS
PERFIL
A Texto & Cia Assessoria de Comunicação executa projetos de comunicação empresarial para
formar e fortalecer a imagem do seu cliente ou gerenciar crises, através de um focado
planejamento estratégico, que traz resultados eficazes. Com 10 anos de mercado,
94
Varjão & Associados Comunicação
DIRETORES
Eliezer Varjão – Jornalista; responsável pela Direção Geral da empresa.
71 8888 0547
http//:www.varjaoeassociados.com.br
Elane Varjão-Publicitária e Pós-Graduada em Gestão da Comunicação
Organizacional Integrada; responsável pela Diretoria de Comunicação Integrada.
71 8845 0792
Léo Varjão-Publicitário, Graduando em Jornalismo;responsável pela Diretoria Comercial.
71 91650553
PRINCIPAIS CLIENTES
• Concessionária Litoral Norte- CLN
• Associação das Empresas de Transportes de Salvador – ABEMTRO.
• Santa Casa da Misericórdia da Bahia.
• UNIMED Salvador-Cooperativa de Trabalho Médico.
• Universidade Católica do Salvador – UCSAL.
• OAB-BA
• OAS/GAFISA
• VEDACIT IPERMEABILIZANTES
SERVIÇOS PRESTADOS
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RELAÇÕES PÚBLICAS
EVENTOS
CLIPPING DIGITAL E ELETRÔNICO
CONTATO
Salvador - BA
FONE: (71) 3444-6800 - FAX: 3444-6802
www.varjaoeassociados.com.br
FILIAIS
PERFIL
A Varjão & Associados Comunicação atua no mercado há mais de 14 anos sempre com o ideal
de servir de instrumento de consolidação da imagem da sua carteira de clientes . Possui uma
equipe qualificada, composta por publicitários, jornalistas, relações públicas, designers e
fotógrafos que atuam junto aos diversos veículos de comunicação social.
Uma empresa filiada a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE) e
Associação Brasileira de Agências de Comunicação (ABRACOM) e vem atuando em
conformidade com as diretrizes e linhas de atuação promovidas por esta Associação no que
tange ao trabalho de comunicação empresarial.
95
Verbo Comunicação
DIRETORES
Ipojucã Cabral
Alan Amaral
PRINCIPAIS CLIENTES
MBC-Master Business Consultants, Lenoxx Sound, Eadi Salvador, Petrobahia, Organização
Sinart, Conselho Regional de Fisioterapia, Grupo Bigraf, Clínicas Cato
SERVIÇOS PRESTADOS
Assessoria e consultoria de comunicação, gestão de crises, mídia training, comunicação
interna, comunicação pública, análise da atualidade e tendências da mídia brasileira,
publicações (livros, revistas, jornais, boletins, relatórios , papers e artigos)
CONTATO
Salvador - BA
FONE: (71) 3358-8654
FILIAIS
PERFIL
Com sede na Bahia e há 30 anos no mercado, a Verbo Comunicação tem como foco semear a
cultura da Comunicação. Mais do que construir relacionamentos, sua proposta central é
produzir idéias, conteúdos e credibilidade, criando, por estes caminhos, valor para os clientes.
Com oito prêmios Aberje (quatro nacionais e quatro Nordeste), nosso traço distintivo é a
capacidade de antecipação e a visão política do processo de comunicação. A busca incessante
do êxito é o ponto de partida e de chegada de todo o nosso trabalho. A solução dos impasses
ocupa sempre o primeiro lugar. O olhar positivo, o olhar inovador, o olhar criativo, o olhar do
conhecimento e da experiência são os nossos trunfos permanentes. Para a Verbo, criar valor
para o Cliente é uma combinação permanente de empenho e criatividade, uma arte, e não uma
simples rotina.
96
Via Press Comunicação
DIRETORES
Elaine Hazin
Jamil Antonio Moreira Castro
PRINCIPAIS CLIENTES
Schincariol, Daniela Mercury, Patachocas Eco Resort, Alclin, Master Glasses, Festival de Verão
Salvador, APA (Associação dos Produtores de Música do Estado da Bahia), Licia Fabio
Produções, LHC Arquitetura, VL Pontes, Atelier do Corpo.
SERVIÇOS PRESTADOS
Comunicação empresarial (Assessoria de imprensa e Relações Públicas)
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Há sete anos no mercado baiano, a Via Press Comunicação desenvolve projetos consistentes
de construção e manutenção de imagem. Para isso, oferece diversos serviços, como
planejamento estratégico de comunicação, assessoria de imprensa, relações públicas,
gerenciamento de crise, pesquisa/ diagnóstico e consultoria de imagem, entre outros.