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Cristina Maia Cláudia Pinto Ribeiro Isabel Afonso Guia de utilização 9.2. Novo Viva a História! 9º ano As transformações políticas, económicas, sociais e culturais do

As transformações do após Primeira Guerra Mundial

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Apresentao do PowerPoint

Cristina MaiaCludia Pinto RibeiroIsabel Afonso Guia de utilizao9.2.Novo Viva a Histria! 9 anoAs transformaes polticas, econmicas, sociais e culturais do aps-guerra

Ser que para incio de PPT no se devia arranjar uma flapper que no estivesse a fumar?1

Incio

A explorao deste PowerPoint deve ser realizada em contexto de sala de aula e orientada pelo(a) professor(a). A sua elaborao obedeceu a critrios construtivistas, uma vez que envolve os alunos na anlise de fontes. Este recurso pode ser utilizado para o desenvolvimento de contedos, ao longo do Subdomnio Didtico. Neste caso, sugere-se uma utilizao seccionada dos vrios contedos apresentados ao longo do PowerPoint. Todavia, contempla-se, tambm, a possibilidade de servir como estratgia de consolidao de contedos.Para facilitar a explorao do PowerPoint, propomos que clique apenas dentro do slide e que recorra ao ndice para navegar pelo Subdomnio Didtico. Deve, tambm, utilizar a sinaltica apresentada:Regressar ao slide anteriorVoltar ao ndiceIr para o slide seguinteMenu de navegao[Clicar para ampliar ou abrir lbuns de imagens]

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Inicia a descoberta

Subdomnio 9.3

As transformaes geopolticas decorrentes da 1. Grande Guerra

As transformaes econmicas no aps-guerra

A Revoluo Sovitica

As transformaes socioculturais das primeiras dcadas do sculo XX

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4/13INICIA A DESCOBERTAAtenta na imagem, enquanto escutas o excerto da letra da cano.

Agora responde

1. Descreve a mulher a quem dedicada esta cano. Relaciona-a com a imagem.

2. Que grande mudana fez esta mulher que impressionou o autor da cano?

3. Partindo das duas fontes, que estilo de vida levaria esta mulher?

4. Procura saber o significado do termo flapper, tendo em conta o contexto histrico a que associado.

Cortaste todo o teu cabelo[...]Ele olhou, ele parou e olhou fixamentePara o teu cabelo novo[...]

Cadillac, CadillacEmpresrios vestidos em calasEu vou comprar um para ns, quando eu voltarUm Cadillac grande

Menina Flapper, Menina FlapperProibio em cachos de caracisCabelo de ouro e um pescoo enfeitado de caracis uma menina flapper

The Lumineers, Flapper Girl

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as transformaes geopolticas decorrentes da 1. Grande Guerra 5/13

Os representantes dos pases vencedores/assinantes do Tratado de Versalhes: Vittorio Emanuele Orlando (Itlia), D. Lloyd George (Inglaterra), G. Clemenceau (Frana) e o presidente Wilson (EUA)Aps o fim da Primeira Guerra Mundial, realizou-se uma Conferncia de Paz, em Paris, onde os pases vitoriosos assinaram vrios tratados, com destaque para o Tratado de Versalhes, em junho de 1919.Atenta no documento que vais ouvir.

Art. 119 A Alemanha renuncia, a favor das principais potncias Aliadas e associadas, a todos os seus direitos e ttulos sobre as suas possesses alm-mar [...]Art. 160 O exrcito alemo no dever compreender mais de 7 divises de infantaria e trs divises de cavalaria [...]Art. 168 O fabrico de armas, munies e material de guerra [...] no poder ser efetuado seno em fbricas [...] sob a aprovao dos governos das principais potncias Aliadas e associadas [...]Art. 171 So igualmente proibidos o fabrico e importao pela Alemanha de carros blindados, tanques ou outros engenhos similares [...]Art. 232 [...] A Alemanha compromete-se a pagar uma indemnizao por todos os danos causados populao civil dos pases aliados.

Tratado de Versalhes, junho de 1919

Responde s questes:

Que pas foi especialmente lesado e humilhado no Tratado de Versalhes? Quais as sanes que lhe foram impostas?

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Seguiram-se outros tratados, que resultaram num novo mapa poltico da Europa, assistindo-se ao desmembramento dos imprios austro-hngaro e turco, alemo e russo, bem como independncia de novos Estados, como a Polnia, a Checoslovquia, a Jugoslvia, a Hungria e a Finlndia.

Embora por um perodo relativamente curto, as monarquias autoritrias deram lugar s democracias parlamentares.O novo mapa poltico da Europa aps os tratados de paz

5/13 as transformaes geopolticas decorrentes da 1. Grande Guerra

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De forma a evitar um novo conflito escala mundial, o presidente Wilson props a criao da Sociedade das Naes (SDN), um organismo internacional, com sede em Genebra, para zelar pela paz e pela cooperao internacional.

Presta ateno ao texto.

As Altas Partes contratantes, considerando que, para desenvolver a cooperao entre as naes, e para lhes garantir a paz e a segurana, importa aceitar certas obrigaes de no recorrer guerra, [...] adotam o presente Pacto que institui a Sociedade das Naes:Art. 1 - Os membros da Sociedade das Naes comprometem-se a respeitar e a manter, contra qualquer agresso exterior, a integridade territorial e a independncia poltica perante todos os membros da Sociedade. [...]Art. 11 - expressamente declarado que toda a guerra ou ameaa de guerra, quer afete ou no os membros da Sociedade, interessa Sociedade no seu conjunto, e que esta deve tomar as medidas adequadas para salvaguardar eficazmente a paz entre as naes.

Pacto da Sociedade das Naes, abril de 1919

Quais eram os principais compromissos a cumprir, previstos no Pacto da SDN?

A SDN (coelho) perante os desafios da comunidade internacional (cobra)(Caricatura Moral Persuasion, 1920)Observa, com ateno, a imagem.

Faz um breve comentrio caricatura, tendo em conta o contexto histrico em que a Sociedade das Naes atuou.

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A sociedade das Naes

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A guerra teve como consequncias grandes transformaes que estiveram na base do fim da supremacia europeia.

Ouve o seguinte texto e atenta nos documentos que o acompanham.

AS TRANSFORMAES ECONMICAS DO APS-GUERRA7/13Mulheres a trabalhar numa fbrica, no perodo da 1. Grande GuerraBalano demogrfico da Primeira Grande Guerra

A Europa perdeu 12 dos 13 milhes de homens que sucumbiram durante a Primeira Guerra Mundial. [...] A estas baixas no campo de batalha [...], preciso acrescentar as vtimas das epidemias, os milhes de mutilados cuja capacidade de produo ficou diminuda no todo ou parte. [...]O declnio da Europa, sobretudo Ocidental, [...] manifesta-se, em primeiro lugar, pelo envelhecimento da sua populao, resultado de uma natalidade em decrscimo; [...] as famlias contentam-se cada vez mais com o filho nico [...]. Esta situao acentua a falta de mo de obra, o que requer um aumento da imigrao [...].

Pierre Thibault, Histria Universal, vol. 12, 1981

Que transformaes ocorreram na Europa nos campos social e demogrfico, aps a Primeira Guerra Mundial?

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AS TRANSFORMAES ECONMICAS DO APS-GUERRA7/13Fim da supremacia europeia

Ascenso hegemnica dos EUARegistaram-se, ainda, transformaes a nvel econmico. Enquanto a produo agrcola e industrial europeia registava valores diminutos, os EUA e o Japo assinalavam um crescimento visvel na conquista de novos mercados.

Tambm as moedas europeias desvalorizaram relativamente ao dlar, resultando num aumento do endividamento da Europa para com os EUA.

A subida dos preos dos produtos era superior ao aumento dos salrios, levando a que a fome e o desemprego conduzissem ao descontentamento social.

DD69

Henry Ford e o seu modelo Ford TCom o fim da guerra, os EUA conheceram um perodo de grande prosperidade, tornando-se na primeira potncia econmica mundial.

Atenta nas fotografias e no texto.Linha de montagem dos automveis Ford Modelo T

1. Quais so os novos mtodos de produo e de organizao do trabalho defendidos por Henry Ford?

2. O autor do documento refere-se a uma acelerao taylorizada. Define o conceito taylorismo:

3. Associa uma expresso, utilizada no texto, que possa estar relacionada com o termo estandardizao.

Henry Ford passou a pagar altos salrios. [...] Os operrios poderiam economizar dinheiro suficiente para comprarem uma carripana! Na Ford, a produo melhorava todos os dias: menos perdas de tempo mais vigilantes, mais contramestres; quinze minutos para almoar, trs para ir casa de banho; por toda a parte a acelerao taylorizada: baixar, ajustar o berbequim, acertar a porca, apertar o parafuso. Baixar-ajustar-o-berbequim-acertar-a-porca-apertar-o-parafuso [...].

The Big Money, 2000

AS TRANSFORMAES ECONMICAS DO APS-GUERRA7/13

O crescimento da economia americana justificou-se, tambm, pela presena de grandes monoplios, isto , concentraes empresariais, que controlavam as regras da produo, dos preos e dos mercados. Com efeito, o desenvolvimento econmico dos EUA serviu de modelo para os pases europeus, nomeadamente, a Gr-Bretanha, a Frana e a Alemanha que, ao modernizarem os seus mtodos de produo, comearam a concorrer ao lado dos EUA.

No entanto, a poca de prosperidade econmica dos anos 1920 viria a revelar-se instvel e especulativa.

A prosperidade crescente foi a caracterstica principal deste perodo. [...] Um ndice desse facto foi a renda per capita, que aumentou [...]. Outro ndice, mais visvel, foi a grande corrida construo civil que transformou a silhueta das cidades americanas. Os automveis, por sua vez, comearam a encher as estradas [...]. Frigorficos, foges e rdios tambm se tornaram comuns nos anos 20. Todas essas coisas, que haviam sido artigos de luxo, baixaram de preo, enquanto os salrios subiam [...].

J. M. Roberts, Histria do Sculo XXAtenta no texto e na imagem que o acompanha.

1. Procura identificar, a partir dos dois documentos, os aspetos que revelam a prosperidade dos anos 20.

2. Define, com base nas fontes, consumismo.Times Square, Nova Iorque, nos anos 1920. [clicar na lupa para ampliar]

AS TRANSFORMAES ECONMICAS DO APS-GUERRA7/13

Em resumoNo fim da Primeira Guerra Mundial assistiram-se a transformaes econmicas na EuropaSociodemogrficoGrandes perdas humanas;Forte descontentamento social.

ao nvelEconmico-financeiroCampos e fbricas destrudos;Queda da produo;Inflao.

pelo que a reconstruo europeia deveu-se a

Emprstimos dos EUA

que, por sua vez, conheceram um crescimento sem precedentesCredores da Europa;Criaram um novo modelo de produo em massa.assistindo-se aExpanso do capitalismo e Prosperidade dos anos de 1920

levando os EUA a tornarem-se naPrimeira potncia econmica mundial

AS TRANSFORMAES ECONMICAS DO APS-GUERRA7/13

At Revoluo de 1917, o Imprio Russo era constitudo por um extenso territrio que se mantinha fechado s mudanas que iam acontecendo nos pases do Ocidente.

Repara com ateno na imagem e no texto.

Caricatura relativa sociedade russa antes da Revoluo de 1917

Senhor! Ns, os operrios, as nossas mulheres, filhos e ancios invlidos viemos aqui a fim de pedir justia e proteo. Estamos na misria, sobrecarregados de trabalho e de impostos excessivos, tratados como escravos [...].

Peties dirigidas ao czar, 22 de janeiro de 1905

1. Descreve a sociedade czarista, tendo por base a imagem.

2. De acordo com o texto, quais os motivos do descontentamento do povo russo nos incios do sculo XX?

3. A partir de que informaes, apresentadas nos dois documentos, constatas a participao da Rssia na 1. Guerra Mundial?

A REVOLUO SOVITICA8/13

Com efeito, a entrada da Rssia na Primeira Guerra Mundial levou a um aumento do descontentamento generalizado da populao. O elevado nmero de mortos registado neste perodo, a falta de alimentos e ainda as derrotas sofridas pelas tropas russas, fizeram com que o regime autoritrio do czar Nicolau II fosse cada vez mais contestado e, consequentemente, exigiam a retirada da Rssia do conflito mundial.

neste contexto que, aps uma tentativa falhada em 1905, a revoluo de fevereiro tem lugar.

Democracia parlamentar, sustentada nos ideias liberais (direito greve, sufrgio universal, eliminao de privilgios, por exemplo.)

deposto e substitudo por um Governo Provisrio chefiado por:Czar Nicolau IIKerenskyLvovPrimeiro dirigente do Governo ProvisrioRevoluo de fevereiro de 1917

procuraram restaurar a

A REVOLUO SOVITICA8/13

Democracia parlamentar, sustentada nos ideias liberais (direito greve, sufrgio universal, eliminao de privilgios, por exemplo.)

deposto e substitudo por um Governo Provisrio chefiado por:Czar Nicolau IIRevoluo de fevereiro de 1917

procuraram restaurar a

KerenskyLvovPrimeiro dirigente do Governo ProvisrioTodavia, o Governo Provisrio decidiu a continuao da Rssia na guerra.

LenineChefe dos bolcheviqueso Governo Provisrio contestado pela populao, e os bolcheviques (fao mais radical dos sovietes) tomam o poder e pretendem instaurar a ditadura do proletariado.Revoluo de outubro de 1917

Trotsky

A REVOLUO SOVITICA8/13

O Governo Provisrio foi destrudo. O poder passou para o Comit Militar Revolucionrio, rgo de Soviete dos Deputados operrios e soldados de Petrogrado [...].A causa por que o povo entrou em luta proposta imediata de uma paz democrtica, abolio da grande propriedade agrria, controlo da produo pelos trabalhadores, criao de um governo sovitico triunfou definitivamente.Viva a Revoluo dos operrios, dos soldados e dos camponeses.

O Comit Revolucionrio do Soviete dos Deputados Operrios e Soldados de PetrogradoAtenta no texto.

1. Quais foram as medidas tomadas pelos bolcheviques?

2. Segundo o autor, que grupo social deve ser ouvido e defendido?

3. Tendo em conta alguns dos contedos que estudaste o ano passado, por que podemos afirmar que os ideais de Karl Marx inspiraram Lenine e os bolcheviques?

A REVOLUO SOVITICA8/13

Apesar do triunfo da revoluo de outubro e sada da Rssia da guerra (Tratado de Brest-Litovsk), os bolcheviques (russos vermelhos) comearam a sentir a oposio de algumas foras internas (russos brancos), que no concordavam com o radicalismo das medidas tomadas por Lenine. Alm disso, a Rssia vivia ainda numa profunda crise econmica.

gerava-se assimGuerra civilque s viria a terminar em 1920 com a vitria dos bolcheviques.

neste contexto que Lenine e o seu governo tomaram um conjunto de medidas, pretendendo instaurar a ditadura do proletariado

O comunismo de guerra (1917-1921)

1. requisies nos campos;2. racionamento implacvel imposto populao das cidades, dividida em categorias;3. socializao completa da produo e do trabalho;4. repartio extremamente complicada dos ltimos stocks de artigos manufaturados;5. monoplio do poder com tendncia ao partido nico e aniquilao de toda a dissidncia;6. estado de stio e Tchecka.

V. Serge, Mmoires dun rvolutionnaire (1901-1941)

A REVOLUO SOVITICA9/13

Durante o perodo do comunismo de guerra, a situao econmica da Rssia piorou, multiplicando-se as greves e as manifestaes. Como resultado, Lenine levou a cabo uma Nova Poltica Econmica (NEP).

d lugar Nova Poltica Econmica (NEP)

Existncia de pequenas unidades de produo pertencentes a privados;

Explorao da terra por iniciativa privada;

Entrada de capitais e tcnicos estrangeiros;

Construo de grandes obras pblicas;

Liberdade de comrcio.

O comunismo de guerra (1917-1921)

1. requisies nos campos;2. racionamento implacvel imposto populao das cidades, dividida em categorias;3. socializao completa da produo e do trabalho;4. repartio extremamente complicada dos ltimos stocks de artigos manufaturados;5. monoplio do poder com tendncia ao partido nico e aniquilao de toda a dissidncia;6. estado de stio e Tchecka.

V. Serge, Mmoires dun rvolutionnaire (1901-1941)

Identifica as principais alteraes entre as polticas do comunismo de guerra e as da NEP.

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Uma vez que o Imprio Russo era constitudo por um vasto e complexo territrio, onde coexistiam povos de etnias, culturas, lnguas e religies diferentes, Lenine procurou seduzir estes povos para a ideologia bolchevique, criando, assim, em 1922, a Unio das Repblicas Socialistas Soviticas (URSS).

Em 1924, foi aprovada uma Constituio que reconhecia a autonomia e o respeito pela diversidade das identidades regionais.

A URSS em finais dos anos de 1930

A REVOLUO SOVITICA9/13

Atenta nas seguintes imagens.Cartaz russo com o slogan: Proletrios de todo o mundo, uni-vos!Caricatura russa de 1917 onde se v Lenine a varrer do mundo o sistema capitalista e o imperialismoA Revoluo Bolchevique teve um grande impacto na sociedade da poca, suscitando sentimentos e reaes antagnicos.

1. Tendo em conta a mensagem de cada fonte, qual seria o principal objetivo da poltica comunista de Lenine?

2. Como tero reagido os dirigentes polticos do Ocidente?Cartaz alemo de 1919, intitulado Futuro ideal da Alemanha, sob a liderana dos bolcheviques

A REVOLUO SOVITICA9/13

Em resumoNas vsperas da Revoluo Sovitica, a Rssia encontrava-se numa situao de profunda instabilidadeSituao polticaRegime autoritrio, onde o czar governava de forma absoluta.Situao socialSociedade de ordens, imperando profundas desigualdades sociais, onde a pobreza dos camponeses e operrios era extrema.culminando num

Descontentamento geral

resultando naRevoluo de Outubro de 1917Contestava a permanncia da Rssia na guerra;Liderada pelos bolcheviques, pretendia instaurar a ditadura do proletariado.

Em virtude do impacto dos ideais comunistas, assiste-se Luta contra o comunismo por parte dos dirigentes do OcidenteSituao econmicaEconomia bastante atrasada;Agricultura tradicional e fraca industrializao.Revoluo de Fevereiro de 1917Deposio do czar Nicolau II;Criao de um Governo Provisrio de cariz liberalTodavia, este Governo Provisrio viria a ser substitudo pela

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Entre os finais do sculo XIX e 1914, a sociedade europeia conheceu um perodo de forte crescimento econmico, em virtude da crescente industrializao, que se traduziu num clima de paz, otimismo e confiana. Este tempo de prosperidade que antecedeu a Primeira Guerra Mundial ficou conhecido por Belle poque.

Um baile caracterstico no tempo da Belle poqueBurguesiaOperariadoClasses MdiasEndinheirada, impunha o seu estilo de vida e cdigo moral (a famlia, a ordem, a submisso da mulher, por exemplo).Conheceu melhores condies de vida, graas ao desenvolvimento do sindicalismo.Foram crescendo e ganharam notoriedade, graas ao nvel de instruo e ao seu papel na formao da opinio pblica e influncia que tinham na vida poltica.AS TRANSFORMAES SOCIOCULTURAIS DOS INCIOS DO SCULO XX

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Clube noturno Paris By Night em Montrmatre.L'amour et l'esprit gaulois , Edmond Haraucourt, 1925A nova dana: o charleston.As flappers. Londres, 1929A febre do Jazz. Louis Armstrong (ajoelhado) torna-se o cone deste estilo musical, caracterstico dos anos de 1920.A Primeira Guerra Mundial trouxe consigo morte e destruio, deixando, no Ocidente, um profundo sentimento de angstia e sofrimento. Ora, de forma a apagar da memria os horrores da guerra, os pases industrializados ocidentais, na dcada de 1920, procuraram viver a vida de uma forma frentica, adotando novos hbitos de lazer e uma intensa vida noturna.Clica no Play para escutares a msica e, em simultneo, clica para veres as imagens.

A nova dana: o charleston

1. Na tua opinio, por que razo a dcada de 1920 ficou conhecida como os loucos anos 20?

2. Procura saber o significado de flapper.

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Observa com ateno a imagem.

Quais as diferenas mais notrias que encontras entre os dois estilos de vida representados na imagem?

Por que razo uma das mulheres est associada a uma ampulheta, e a outra a um copo?

A que perodos da Histria relacionarias cada uma delas?Capa de uma revista norte-americana, 1925

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Como j percebeste, a mulher foi um dos principais smbolos desta mudana do cdigo social e moral do primeiro ps-guerra. Com efeito, a Primeira Guerra Mundial acelerou o processo de emancipao feminina, que j havia sido iniciado.

Observa as fotografias. [clicar na lupa para ampliar]

Campanha das sufragistas que lutavam pelo direito ao voto feminino nos EUA. EUA, 1918.Mulheres que comearam a frequentar locais pblicos sozinhas, como cafs. Frana (Paris), dcada de 1920.Bill Norton, um polcia norte-americano, mede a distncia entre o joelho e a saia de uma banhista. EUA, 1922Mulheres banhistas fumando.

Gr-Bretanha, 1926.

Explora o conceito de feminismo, avaliando a pertinncia que este tem na atualidade.

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Como j percebeste, a mulher foi um dos principais smbolos desta mudana do cdigo social e moral do primeiro ps-guerra. Com efeito, a Primeira Guerra Mundial acelerou o processo de emancipao feminina, que j havia sido iniciado.

Observa as fotografias. [clicar na lupa para ampliar] Postal humorista. 1918.Maria LamasTorres Novas, 1893 Lisboa, 1983.Ana de Castro OsrioMangualde, 1872Setbal, 1935Carolina Beatriz ngeloGuarda, 1878Lisboa, 1911

Explora o conceito de feminismo, avaliando a pertinncia que este tem na atualidade.

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Maria VeledaFaro, 1871Faro, 1955

Entre as duas guerras mundiais, a cultura deixou de ser um privilgio exclusivo das elites, tornando-se, assim, acessvel a um maior nmero de pessoas.Mass mediaCrescimento da imprensa peridica (jornais, revistas e banda desenhada);

O cinema elevado categoria de stima arte. Hollywood torna-se a sua capital;

A rdio assume-se como um importante veculo de divulgao dos novos ritmos musicais como o jazz.

Surgia, assim, aPossvel graas a

[clicar no Play ]

Cultura de massas

A CULTURA DE MASSAS11/13

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Entre as duas guerras mundiais, a cultura deixou de ser um privilgio exclusivo das elites da Belle poque, tornando-se, assim, acessvel a um maior nmero de pessoas.Mass mediaCrescimento da imprensa peridica (jornais, revistas e banda desenhada);

O cinema elevado categoria de stima arte. Hollywood torna-se a sua capital;

A rdio assume-se como um importante veculo de divulgao dos novos ritmos musicais como o jazz.

Surgia, assim, aPossvel graas a

[clicar no Play ]

Cultura de massas

Alargamento da escolaridadeQue possibilitou um aumento nmero de pessoas que sabiam ler e escrever e, portanto, usufruir da imprensa escrita.Tempos livresPermitidos pela reduo dos horrios de trabalho, resultando numa maior dedicao cultura por parte dos cidados.

A CULTURA DE MASSAS11/13

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As alteraes decorrentes da Primeira Guerra Mundial fizeram-se sentir, ainda, no campo das artes. Os horrores e angstias provocados por aquele conflito inspiraram artistas, levando-os a recusar os cnones do passado, das escolas e dos valores burgueses. Iniciava-se uma revoluo no mundo das artes, tendo sido Paris o grande centro deste movimento vanguardista.

ModernismoNascimento do

Retrato de Madame Mautisse, obra fauvista.Henri Matisse, 1905As primeiras correntes vanguardistas conhecidas, ainda na primeira metade do sculo XX, foram o Expressionismo e o Fauvismo.

Observa as imagens.

O Grito, obra expressionista.Edvard Munch, 1893

1. Por que razo Matisse era considerado fauve? Justifica a tua resposta em funo das caractersticas da sua obra apresentada.

2. Que sentimentos o quadro de Munch te transmite? De que forma estaro relacionados com os mtodos de pintura utilizados?AS PRINCIPAIS CORRENTES VANGUARDISTAS

Todavia, as correntes artsticas mais revolucionrias foram:Cubismo [clicar para ver obras]Futurismo[clicar para ver obras]Abstracionismo[clicar para ver obras]Reduz as formas em volumes geomtricos, a partir da observao de objetos e figuras de vrios ngulos sobrepostos.

Os principais artistas desta corrente artstica foram Pablo Picasso, Braque e Fernand Lger. Influenciado pelo cubismo e abstracionismo, tem como objeto o retrato da civilizao industrial do futuro, as mquinas e a velocidade.

A ideia do movimento uma das principais caratersticas de obras futuristas, como as de Umberto Boccioni e Giacomo Balla.Conjugando cores e formas, sobrevaloriza o subjetivo, ao invs de apresentar a realidade concreta dos objetos.

Teve como principais representantes Kandinsky e Piet Mondrian.

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Dadasmo[clicar para ver obras]Surrealismo[clicar para ver obras]Uma arte baseada na anarquia, refletindo-se na espontaneidade e ridicularizao das formas e expresses.

As obras de Marcel Duchamp foram as que mais se destacaram dentro desta corrente artstica.Influenciada nas correntes anteriores, bem como na psicanlise de Sigmund Freud, o surrealismo procura representar o sonho, a imaginao e o subconsciente.

Salvador Dal e Joan Mir so os seus principais representantes.

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Todavia, as correntes artsticas mais revolucionrias foram:

No campo da arquitetura verificou-se, de igual modo, uma evoluo e adoo de novas tendncias, dando origem Arte Nova. Intrinsecamente associado Natureza, este modernismo arquitetnico, nascido em finais do sculo XIX, adotou novas tcnicas e materiais, desde o vidro ao ferro.Gaud foi pioneiro neste movimento.

Casa MilGaud, Barcelona, 1905-1910

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AS PRINCIPAIS CORRENTES VANGUARDISTAS

Com o decorrer do sculo XX, a arquitetura foi evoluindo, com o propsito de ir ao encontro das necessidades da sociedade industrial. Para o efeito, foram desenvolvidas novas tcnicas de construo, a partir da utilizao de novos materiais, como o ao e o beto, prevendo a funcionalidade dos espaos. Nascia o Modernismo arquitetnico, que foi, ainda, inspirado pelo cubismo e pelo abstracionismo.Corrente funcionalista

Surgida em 1919, em Weimar, na Alemanha: Bauhaus (Escola de Arte, Design e Arquitetura), criada por Walter Gropius.- Adaptao dos edifcios s funes a que se destina;

- Formas geomtricas e retilneas;

- Superfcies planas;Ausncia de decorao.

Casas na WeissenhofsiedlungLe Corbusier, Alemanha, 1926-1927 [clicar na lupa para ampliar]

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AS PRINCIPAIS CORRENTES VANGUARDISTAS

Com o decorrer do sculo XX, a arquitetura foi evoluindo, com o propsito de ir ao encontro das necessidades da sociedade industrial. Para o efeito, foram desenvolvidas novas tcnicas de construo, a partir da utilizao de novos matrias, como o ao e o beto, prevendo a funcionalidade dos espaos. Nascia o Modernismo arquitetnico, que foi, ainda, inspirado pelo cubismo e pelo abstracionismo.Corrente organicista

Frank Lloyd Wright foi o grande impulsionador daquela que considerada a arquitetura orgnica.

- Enquadramento do edifcio no ambiente natural;

- Cada edifcio considerado uma criao individual e nica.

Casa CascataFrank Lloyd Wright, Pensilvnia, EUA, 1936 [clicar na lupa para ampliar]

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AS PRINCIPAIS CORRENTES VANGUARDISTAS

Em simultneo, assistiu-se, tambm, a uma renovao no campo literrio. Aqui, comeava-se a tomar uma postura crtica face s transformaes sociais, e um pessimismo perante a Natureza e a condio efmera do ser humano.

No teatro, na poesia e no romance foram abordados temas de:- Crtica social; - Contestao moral vigente; - Denncia das injustias sociais e vivncias e sentimentos dos humanos.

John SteinbackGarcia LorcaVirginia WoolfErnest HermingwayAlguns dos mais famosos modernistas literrios internacionais

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AS PRINCIPAIS CORRENTES VANGUARDISTAS

O CASO PORTUGUS

Tambm em Portugal se fez sentir o modernismo, sendo que, desde incios do sculo XX, alguns artistas se deixaram influenciar pelas correntes vanguardistas em voga.

Observa as obras de arte. Cano popular A russa e o fgaroAmadeo de Souza-Cardoso, 1916

CabeaSanta-Rita Pintor, 1910MaternidadeAlmada Negreiros, 1935

Que influncias artsticas consegues identificar nas obras destes artistas portugueses?

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J em Portugal, a Gerao do Orpheu, da qual faziam parte Fernando Pessoa, Mrio de S-Carneiro e Almada Negreiros, tida como a referncia do modernismo literrio. As revistas Orpheu (1915), Portugal Futurista (1917), entre outras, vieram revolucionar as mentalidades.

Atenta nos documentos seguintes.

Eu no perteno a nenhuma das geraes revolucionrias. Eu perteno a uma gerao construtiva. [...] Eu no tenho culpa nenhuma de ser portugus, mas sinto a fora para no ter, como vs outros, a cobardia de deixar apodrecer a ptria. [...] finalmente: preciso criar a ptria portuguesa do sculo XX.

Jos de Almada Negreiros, in Nuno Jdice e T. Gerso, Portugal Futurista, Lisboa, Contexto Editora, 1981

A nossa notcia de ontem acerca de uma rcita planeada pelos futuristas do Orpheu parece que no agradou a esses pobres manacos. [...] No nos indigna a injria, apenas porque no ofende quem quer mas simplesmente no pode.[...] E de hoje em diante, podem os futuristas, at h pouco simplesmente ridculos, agora ridculos e maus, contar com uma nova forma de tratamento por parte dos jornalistas que estupidamente pretendem insultar.

Jornal, A Capital, julho de 1915

Retrato de Fernando PessoaAlmada Negreiros, 1964

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O CASO PORTUGUS

Como reagiram os jornais da poca perante a irreverncia da Gerao do Orpheu?

Em resumoAt ecloso da Primeira Guerra Mundial, a Europa vivia um perodo de paz, progresso e hegemonia, a Belle poque, sustentado nos valores morais tradicionais.Mutaes na estrutura social e costumes

Peso crescente das classes mdias;Alteraes no cdigo social e moral: a emancipao feminina, tendo sido a alterao mais significativa deste perodo.Contudo, os horrores da guerra conduziram a

Cultura de massas apoiada nos mass mediaemergindo umaRutura e inovao nas artes e literaturaRejeio dos cnones artsticos do passado:VanguardismoFauvismoExpressionismoCubismoFuturismoAbstracionismo SurrealismoArte Nova - Bauhaus

Novas correntes artsticas em Portugal, distinguindo-se Almada Negreiros, Santa-Rita e Amadeo Souza-Cardoso.servindo de inspirao para Portugal, originando:

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O CASO PORTUGUS

[clicar na imagem para voltar ao diapositivo anterior]Casa CascataFrank Lloyd Wright, Pensilvnia, EUA, 1936

[clicar na imagem para voltar ao diapositivo anterior]Casas na WeissenhofsiedlungLe Corbusier, Alemanha, 1926-1927

A Fonte, obra dadastaMarcel Duchamp, 1917L.H.O.O.Q., obra dadastaMarcel Duchamp, 1919[clicar nas imagens para voltar ao diapositivo anterior]

A persistncia da memria, obra surrealistaSalvador Dal, 1931O sono, obra surrealistaSalvador Dal, 1937[clicar nas imagens para voltar ao diapositivo anterior]

Les Demoiselles d'Avignon, obra cubistaPablo Picasso, 1907Guernica, obra cubistaPablo Picasso, 1937[clicar nas imagens para voltar ao diapositivo anterior]

Formas nicas de continuidade no espao, obra futuristaUmberto Boccioni, 1913Manifestao patritica, obra futuristaGiacomo Balla, 1915

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Composio VIII, obra abstracionistaWassily Kandinsky, 1923

Composio com vermelho, azul e amarelo, obra abstracionistaPiet Mondrian, 1930[clicar nas imagens para voltar ao diapositivo anterior]

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A Sr. D. Carolina Beatriz ngelo ( direita), a primeira eleitora portuguesa, acompanhada pela Sr. D. Ana de Castro Osrio ( esquerda), presidente da Liga das Sufragistas Portuguesas.

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