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Métodos e técnicas de investigação das ciências socias ou da sociologia Método : Conceito que resulta etimologicamente da junção de dois termos gregos Meta + Ods . Meta significa fim , objectivo e Odos significa via , caminho , meio . Podemos então concluir que um método é um meio para um fim. O Método implica o recurso a Técnicas próprias. Técnicas de Investigação: Etimologicamente, Técnica significa acto, saber fazer. As Técnicas são os processos práticos que têm por objectivo a pesquisa, a recolha e o tratamento da informação. O investigador deve escolher o método e as técnicas que se demonstrem mais eficazes no desenvolvimento da investigação. Ernest Greenwood propôs uma classificação simples dos métodos de investigação, amplamente divulgada e usada no domínio das Ciências Sociais. Classificação dos Métodos de Investigação de E. Greenwood:

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Métodos e técnicas de investigação das ciências socias ou da sociologia

Método : Conceito que resulta etimologicamente da junção de dois termos gregos Meta + Ods . Meta significa fim , objectivo e Odos significa via , caminho , meio . Podemos então concluir que um método é um meio para um fim.

O Método implica o recurso a Técnicas próprias.

Técnicas de Investigação: Etimologicamente, Técnica significa acto, saber fazer.

As Técnicas são os processos práticos que têm por objectivo a pesquisa, a recolha e o tratamento da informação.

O investigador deve escolher o método e as técnicas que se demonstrem mais eficazes no desenvolvimento da investigação.

Ernest Greenwood propôs uma classificação simples dos métodos de investigação, amplamente divulgada e usada no domínio das Ciências Sociais.

Classificação dos Métodos de Investigação de E. Greenwood:

1 – Método Experimental,

2 – Método de Medida ou Análise Extensiva,

3 – Estudo de Casos ou de Análise Intensiva.

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Métodos e Técnicas de Investigação em Ciências Sociais

Dada a diversidade de definições de métodos, apresentamos a definição de Madeleine Grawitz (1993). Assim, a autora define métodos como “um conjunto concertado de operações que são realizadas para atingir um ou mais objectivos, um corpo de princípios que presidem a toda a investigação organizada, um conjunto de normas que permitem seleccionar e coordenar técnicas.” (cit., Carmo, 1998: 175) As técnicas são definidas como procedimentos operatórios rigorosos, bem definidos, transmissíveis, susceptíveis de serem novamente aplicados nas mesmas condições, adaptados ao tipo de problemas e aos fenómenos em causa. A escolha da técnica depende do objectivo que se pretende atingir. (ibidem)

Investigação quantitativa

A investigação dita quantitativa tem sido o paradigma dominante da investigação em educação, permitindo avanços significativos no que respeita ao ensino, à aprendizagem e à educação em geral. Mas devido a algumas investigações, principalmente no campo da psicologia, reconheceu-se-lhe as suas limitações e a necessidade de se recorrer aos métodos qualitativos.

A questão central da investigação quantitativa é determinar até que ponto os resultados obtidos são generalizáveis à população. Isto implica a utilização de técnicas que permitam seleccionar e dimensionar as amostras, assim como da selecção aleatória dos sujeitos da amostra.

Uma das suas vantagens é a análise e integração dos resultados dum conjunto mais ou menos alargado de investigações sobre um tema. Noutro sentido como principal limitação temos o facto de o investigador ser incapaz de manipular ou controlar certos aspectos (variáveis independentes), sendo o controlo uma das grandes limitações deste método.

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Características:

a) Utilização do método experimental ou quasi-experimental;

b) Formulação de hipóteses que exprimem relações entre variáveis;

c) Controlo de outras variáveis;

d) Selecção probabilística de uma amostra a partir de uma população rigorosamente definida;

e) Testagem de hipóteses mediante a utilização de análise estatística dos dados recolhidos;

f) Generalização dos resultados obtidos a partir da amostra à população em estudo.

Investigação qualitativa

A investigação qualitativa centra-se na compreensão dos problemas, investigando o que está “por trás” de certos comportamentos, atitudes ou convicções. Não há qualquer preocupação com a dimensão da amostra nem com a generalização de resultados e não se coloca o problema da validade e da fiabilidade dos instrumentos, como acontece com a investigação quantitativa. Aqui o investigador é o “instrumento” de recolha de dados, a qualidade (validade e fiabilidade) dos dados depende muito da sua sensibilidade, da sua integridade e do seu conhecimento.

Uma das vantagens deste tipo de investigação é a possibilidade de gerar boas hipóteses de investigação, devido ao facto de se utilizarem técnicas como: entrevistas detalhadas, observações minuciosas e análise de produtos escritos (relatórios, testes, composições). Este tipo de investigação também tem limitações, sendo a objectividade a maior delas. Existem problemas de objectividade que podem resultar da pouca experiencia, da falta de conhecimentos e de sensibilidade do investigador.

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Características:

a) A investigação qualitativa é naturalista;

b) A investigação qualitativa é indutiva. O investigador desenvolve conceitos e chega à compreensão dos fenómenos a partir de padrões resultantes da recolha de dados (Não recolhe dados para testar hipóteses);

c) A investigação qualitativa é descritiva. É uma investigação que produz dados descritivos a partir de documentos, entrevistas e da observação. A descrição tem que ser profunda e rigorosa;

d) Na investigação qualitativa tem maior interesse o processo do que o produto;

e) O investigador é o principal instrumento da recolha de dados. Tem que procurar ser objectivo;

f) A investigação qualitativa é holística. Tem em conta a realidade global;

g) O significado tem uma grande importância. O investigador tenta compreender os sujeitos de investigação a partir dos quadros de referência, dos significados que atribuem aos acontecimentos, às palavras, aos objectos.

h) O investigador tem ainda que mostrar uma grande sensibilidade em relação ao contexto onde está a realizar a investigação;

i) O plano de investigação é flexível, pois o investigador estuda sistemas dinâmicos.

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As etapas de investigação

Etapa 1 – A pergunta de partida Etapa 2 – A exploração (leituras e entrevistas exploratórias) Etapa 3 – A problemática Etapa 4 – A construção do modelo de análise Etapa 5 – Recolha de dados Etapa 6 – A análise de dados Etapa 7 – As conclusões