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Tecnologia do Petróleo e Gás 2 PROCESSOS DE CONVERSÃO

Aula 09 processos de conversão

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Aula sobre Procesos de Conversão (Refino de Petróleo) do curso Técnico de Petróleo e Gás

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Tecnologia do Petróleo e Gás 2

PROCESSOS DE CONVERSÃO

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PROCESSOS DE CONVERSÃO

• Os processos de conversão são sempre de natureza química e visam transformar uma fração em outra(s), ou alterar profundamente a constituição molecular de uma dada fração, de forma a melhorar sua qualidade, valorizando-a. Isto pode ser conseguido através de reações de quebra, reagrupamento ou reestruturação molecular.

• Classificados em catalíticos e não-catalíticos

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PROCESSOS DE CONVERSÃO

• Processos de conversão são, em geral, de elevada rentabilidade, principalmente quando transformam frações de baixo valor comercial (gasóleos, resíduos) em outras de maiores valores (GLP, naftas, querosenes e diesel).

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CRAQUEAMENTO

• Originado do termo em inglês cracking .

• É como se denominam vários processos químicos na indústria pelos quais moléculas orgânicas complexas como hidrocarbonetos são quebradas em moléculas mais simples (por exemplo, hidrocarbonetos leves) por quebra de ligações carbono-carbono nos precursores pela ação de calor e/ou catalisador.

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EXEMPLO

• Obtenção de gasolina a partir do gasóleo parafínico:

• C36H74 (gasóleo parafínico) → C8H18 (iso-octano) + C3H8 (propano) + C4H10 (butano)

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CRAQUEAMENTO TÉRMICO

• Consiste na quebra de moléculas presentes na carga, sob elevada pressão e temperatura, visando a obtenção de GLP, gasolina, gás combustível, óleos leve e residual e coque como subprodutos, com rendimento maior em coque e gás combustível.

• O coque deve ser retirado para evitar entupimentos.

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CRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• No processo de craqueamento catalítico, conhecido também como FCC (“Fluid catalytic cracking”), a carga, entra em contato com um catalisador a uma temperatura elevada, ocorrendo a ruptura das cadeias moleculares, dando origem a uma mistura de hidrocarbonetos que são posteriormente fracionados

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CRAQUEAMENTO CATALÍTICO

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CRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• O processo é feito para a produção de GLP e de principalmente nafta petroquímica.

• Há ainda a formação de coque dentro do reator, que precisa ser removido para não atrapalhar o processo de catálise.

• O coque é removido pela queima, e o catalisador para não perder seu poder catalítico, é recirculado entre o reator e o regenerador.

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CRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• Uma unidade de FCC é composta por:

• Seção de reação ou conversão

• Seção de fracionamento

• Seção de recuperação de gases

• Seção de tratamento

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CRAQUEAMENTO CATALÍTICO

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LIMITAÇÕES DA CARGA

• Faixa de destilação:

• Geralmente se tratam cargas com faixas de destilação entre 340º e 570º.

• Resíduo de Carbono:

• Inferior a 1,5%

• Fator Kuop;

• Deverá ser acima de 11.5, de forma que a carga tenha uma maior concentração de parafinas.

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LIMITAÇÕES DA CARGA

• Teor de metais

• O teor de metais deve obedecer a seguinte recomendação:Fe + V + 10(Ni +Cu) < 5 ppm.

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O CATALISADOR

• O catalisador empregado nesse processo é constituído por um pó muito fino de alta área superficial, à base de sílica (SiO2) e alumina (Al2O3). Ele tem as seguintes funções primordiais:

• Permitir que as reações químicas ocorram sob condições de pressão e temperatura bem mais baixas que aquelas do craqueamento térmico

• Servir como agente de transporte do coque depositado em sua superfície para o regenerador, onde ocorre geração de calor através da queima do coque.

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O CATALISADOR

• Com o uso, o catalisador vai perdendo sua atividade (mais fortemente no início, regredindo progressivamente com o tempo) devido às contaminações que vai sofrendo com o processo (coque e metais), portanto, periodicamente, é feita a adição de catalisador virgem para manter a sua atividade, bem como repor o inventário, para compensar as perdas pela chaminé.

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O CATALISADOR

• Um catalisador de craqueamento pode apresentar-se de três formas distintas quanto ao uso:

• Catalisador virgem

• Catalisador gasto

• Catalisador regenerado

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O CATALISADOR

• Um catalisador de craqueamento pode apresentar-se de três formas distintas quanto ao uso:

• Catalisador virgem

• Catalisador gasto

• Catalisador regenerado

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REAÇÕES DE CATÁLISE

• Craqueamento de parafinas:

• CnH2n+2 → CmH2m + CpH2p+2

• Craqueamento de olefinas:

• CnH2n → CmH2m + CpH2p

• Craqueamento de naftênicos:

• CnH2n → CmH2m + CpH2p

• Craqueamento de aromáticos:

• Ar-CnH2n+1 → Ar-H + CpH2p

• Ar-CnH2n+1 → Ar-CmH2m+1 + CpH2p+2

• (Com n = m + p)

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HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• O HCC (HYDROCATALYTIC CRACKING) é um processo de craqueamento catalítico realizado sob pressões parciais de hidrogênio elevadas, que consiste na quebra de moléculas existentes na carga de gasóleo por ação complementar de catalisadores e altas temperaturas e pressões.

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HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• Em função da presença de grandes volumes de hidrogênio, acontecem reações de hidrogenação do material produzido simultaneamente às reações de decomposição

• É um processo de grande versatilidade, pois pode operar com cargas contendo cortes que variam da nafta ao gasóleo pesado, ou mesmo resíduos leves, maximizando assim as frações desejadas na refinaria.

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HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• A presença de hidrogênio tem como finalidade:

• – reduzir a deposição de coque sobre o catalisador;

• – hidrogenar os compostos aromáticos polinucleados, facilitando sua decomposição;

• – hidrogenar olefinas e diolefinas formadas no processo de craqueamento, aumentando a estabilidade química dos produtos finais.

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HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• A aplicação das severas condições de temperatura e pressão ainda possibilita a hidrogenação dos compostos de enxofre e nitrogênio, eliminando-os dos produtos finais.

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HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• Algumas vantagens do HCC ao FCC são:

• Altos rendimentos em gasolina de boa octanagem e óleo diesel;

• Produção de uma quantidade volumosa da fração GLP;

• Melhor balanceamento na produção de gasolina e frações intermediárias destiladas;

• Complementação ao FCC, com a conversão de cargas que não podem ser tratadas neste processo (resíduos de vácuo, gasóleos de reciclo, extratos aromáticos, dentre outras).

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HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• Sua principal desvantagem reside na necessidade de implantar equipamentos caros e de grande porte, devido as condições drásticas do processo. Unidades de geração de hidrogênio e de recuperação de enxofre devem também estar presentes, de forma que elevado investimento deve ser feito na construção do sistema completo.

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HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO

• Os catalisadores empregados em HCC devem apresentar características de craqueamento e hidrogenação. Na prática, utilizam-se catalisadores de óxido de níquel-molibdênio (NiOMoO) ou óxidos de níquel-tungstênio (NiO-WO3), sobre um suporte de sílica-alumina (SiO2-Al2O3), que são passíveis de envenenamento por compostos heterocíclicos nitrogenados e metais.

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VISCOREDUÇÃO

• Este processo tem como objetivo reduzir, através de ação térmica, a viscosidade de um resíduo que será usado como óleo combustível, por meio da quebra de suas moléculas mais pesadas, tornando desnecessária a adição de frações intermediárias para acerto da viscosidade

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VISCOREDUÇÃO

• As condições operacionais são brandas em relação às do craquamento térmico convencional, para evitar a formação excessiva de coque

• Ocorre formação de uma quantidade de hidrocarbonetos na faixa do diesel e do gasóleo que, não sendo removidos, entram como diluentes no resíduo processado, reduzindo sua viscosidade. Gás combustível, GLP e nafta também são produzidos, porém em menor escala.

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REFORMA CATALITICA

• A reformação catalítica é um processo que consiste no rearranjo da estrutura molecular dos hidrocarbonetos contidos em certas frações de petróleo, com a finalidade de valorizá-las. Pode ser orientado para que um dos objetivos seguintes seja alcançado:

• obter um produto de elevado índice de octanagem, próprio para motores de alta taxa de compressão;

• formar um produto rico em hidrocarbonetos aromáticos nobres (Benzeno, Tolueno e Xilenos), que serão posteriormente recuperados e fracionados, obtendo-se, isoladamente, cada componente com elevado grau de pureza.

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REFORMA CATALITICA

• O catalisador empregado utiliza platina associada a um metal de transição nobre (rênio, ródio ou germânio), suportada em alumina.

• O reformado produzido é rico em hidrocarbonetos aromáticos e isoparafínicos, mas GLP, gás combustível, hidrogênio e coque também são gerados como subprodutos.

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REFORMA CATALITICA

• Três sessões principais compõe uma unidade de reforma catalítica:

• Sessão de Pré-Tratamento

• Sessão de Reformação

• Sessão de Estabillização

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REFORMA CATALÍTICA

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ALQUILAÇÃO

• A alquilação ou alcoilação catalítica consiste na reação de adição de duas moléculas leves para a síntese de uma terceira de maior peso molecular, catalisada por um agente de forte caráter ácido.

• Com a obtenção de cadeias ramificadas a partir de olefinas leves, caracteriza-se por constituir a rota utilizada na produção de gasolina de alta octanagem a partir de componentes do GLP, utilizando como catalisador o HF ou o H2SO4

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ALQUILAÇÃO

• O processo envolve a utilização de uma isoparafina, geralmente o isobutano, presente no GLP, combinada a olefinas, tais como o propeno, os butenos e pentenos. Obtém-se, assim, uma gasolina sintética especialmente empregada como combustível de aviação ou gasolina automotiva de alta octanagem.

• Também são gerados nafta pesada, propano e n-butano de alta pureza como produção secundária

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ALQUILAÇÃO

• Permite a síntese de compostos intermediários de grande importância na indústria petroquímica, como o etil-benzeno (para produção de poliestireno), o isopropril-benzeno (para produzir fenol e acetona) e o dodecil-benzeno (matéria-prima de detergentes).

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ALQUILAÇÃO

• Duas sessões principais constituem uma unidade de Alquilação

• Sessão de reação

• Sessão de Recuperação e purificação de catalisador.

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