24
O Ensino da Leitura: Avaliação Adaptado da Brochura: Fernanda leopoldina Cristina Pinto

Avaliação da Leitura

Embed Size (px)

Citation preview

O Ensino da Leitura: Avaliação

Adaptado da Brochura:Fernanda leopoldina

Cristina Pinto

Ler é compreender.

Para ensinar um leitor a construir o significado de um textp é necessário conhecer os processos (cognitivos, motivacionais, textuais, entre muitos outros) envolvidos na leitura.

Para optimizar o processo de ensino é preciso, também, saber avaliar estes processos, aos quais não se acede directamente, mas através das respostas dos leitores a diferentes tarefas, que mais não são do que as formas de tornar explícita (ou não) a sua operacionalização

A Avaliação é, por isso, uma componente essencial do processo de ensino, e o seu objectivo primeiro é o de fornecer ao professor informações que fundamentem decisões.

Só podemos avaliar o que tiver sido ensinado

Segundo Paulo Abrantes, pag.47, in Avaliação das Aprendizagens. Das concepções às práticas (ME, 2001), “A Avaliação é parte integrante do currículo, devendo ter por base um conjunto de princípios orientadores:

- Procedimentos adequados aos objectivos (objectivos bem definidos e de forma operacional)

-No 1º Ceb avaliação deve ter carácter essencialmente formativo, evidenciando os aspectos que devem ser trabalhados, mas tb os aspectos consolidados. Deve ser o ponto de partida para a intervenção pedagógica, permitindo que o aluno se apoie nos pontos fortes para progredir nos pontos fracos, assumindo-se como factor de motivação.

-A avalição formativa tem que ser completada com a avaliação sumativa, que permita analisar a posição relativa do aluno, da turma ou da escola, no que concerne a critérios de referência mais amplos.

A transposição destes princípios para a aprendizagem da leitura e para a prática pedagógica implica que os professores:

-Conheçam as competências que os alunos deverão ter desenvolvido no final do 1º cEB em termos de leitura

- Saibam proceder a uma avaliação que permita construir “um retrato de cada aluno ao nível das diferentes competências envolvidas no acto de ler (ponto de partida para diferenciação pedagógica)

- Saibam em que posição se situam os alunos, da mesma turma e ano de escolaridade e o que se espera que TODOS atinjam, introdução as mudanças necessárias à sua prática de acordo com esta avaliação

-Apreender o sentido global de um texto, identificar o tema central e aspectos acessórios,

-- Relacionada a informação lida com conhecimentos exteriores ao texto

-- Inferir o significado de uma palavra desconhecida com base na estrutura interna e contexto

-- Localizar informações específicas salientes,

- Realizar inferências, mobilzando informações textuais implícitas e explícitas e conhecimentos exteriores ao texto.

--Seguir instruções escritas para realizar uma acção- (Continua….)

DESCRITORES DE DESEMPENHO EM LEITURA PARA O 1º CEB.

(…continuação)

-Distinguir entre ficção/ não ficção / facto / opinião.

-- Distinguir entre causa/efeito

- Sintetizar partes do texto

- Utilizar estratégias de monitorização da compreensão

-Extrair conclusões do que foi lido

-Reconhecer os objectivos do escritor

- Ler autonomamente obras integrais adequadas ao interesse da faixa etária em questão.

A concretização destes objectivos exige o domínio das competências específicas de leitura que precisam ser sistematicamente desenvolvidas e avaliadas.

ORA:

POR SUA VEZ:

Esta concretização implica que o professor:

-Conheça bem o processo de ensino aprendizagem da leitura

- Conheça vários modos e processos de avaliação da leitura:

A dimensão do reconhecimento das palavrasDECIFRAÇÃO

A dimensão da construção de significadosCOMPREENSÃO

OBJECTIVOS DE AVALIAÇÃO

Avaliar o produto da leitura(mudanças de conhecimentos que se operam depois da leitura)

Avaliar o processo( Conjunto de competências(sub-processos) que o aluno mobiliza (ou não) ao longo da leitura para que as modificações de conhecimento aconteçam)

Avaliação de produto(usadas na avaliação de desempenho / realização da leitura (Nível de leitura; o desempenho esperado de acordo com a idade, grau escolar…)

Avaliação do processo

Usada essencialmente na avaliação diagnóstica, e formativa

Destinam-se à observação e à análise das diferentes competências específicas que os alunos mobilizam (ou não) durante a leitura

Permite detectar:

-O que impede o aluno de ler bem ou melhor-Em aspectos específicos está a falhar-Seleccionar estratégias de ensino de forma a colmatar as fragilidades detectadas

A leishmaniose ou leishmaníase ou calazar ou úlcera de Bauru é provocada pelos protozoários do gênero leishmaniat transmitida pela picada de mosquitos flebotomíneos (Ordem Diptera Família Psychodidae; Sub-Família Phlebotominae), também chamados de mosquito palha ou birigui. Em Portugal existe principalmente a leishmaníase visceral e alguns casos (muito raros) de leishmaníase cutânea. Esta raridade é relativa, visto na realidade o que ocorre é uma subnotificação dos casos de leishmaniose cutânea. Uma razão para esta subnotificação é o facto de a maioria dos casos de leishmaniose cutânea humana serem autolimitantes, embora possam demorar até vários meses a resolverem-se. As leishmania são transmitidas pelos insectos fêmeas dos géneros PPhlebotomus (Velho Mundo) ou Lutzomyia (Novo Mundo).

Ler para Perceber…

Ler para Perceber…

A Síndrome do X Frágil (também conhecida como Síndrome de Martin & Bell) t. É uma doença genética causada pela mutaçãodo gene FMR1 (Estudos demonstram que o gene FMR1 está ligado à formação dos dendritos nos neurônios) no cromossoma X, uma mutação encontrada em 1 de cada 2000 homens e 1 em cada 4000 mulheres. Normalmente, o gene FMR1 contem entre 6 e 53 repetições do codão CGG (repetições de trinucleotídeos). Em pessoas com o síndrome do X frágil, o alelo FMR1 tem mais de 230 repetições deste codão. Uma expansão desta magnitude resulta na metilação dessa porção do DNA, silenciando eficazmente a expressão da proteína FMR1. A metilação do locus FMR1, situado na banda cromossómica Xq27.3, resulta numa constrição e fragilidade do cromossoma X nesse ponto, um fenómeno que deu o nome ao síndrome.

Dimensões da Avaliação da Leitura

LEITOR

-Estruturas cognitivas e afectivas

- processo

TEXTO

-Intenção do autor- estrutura- conteúdo

CONTEXTO

-Social- psicológico- físico

Modelo consensual de Leitura (Glasson, 1993)

FACTORES INTERVENIENTES NA AVALIAÇÃO DA LEITURA

-Peso do contexto em que é efectuada

- Conhecimentos prévios do leitor

- processos linguísticos (ao nível da sílaba, da palavra, das frases e dos textos)

Reconhecimento das palavras (decifração)

Construção de significado (dentro da frase, entre sequências de frases e no texto como um todo)

Reconhecimento das palavras (decifração)

Processos perceptivos(identificar letras e as palavras) Processos léxicos

(unidades de significado)

“Adoro passear pela praia e deixar a marca dos meus pés na areia molhada”. (pág.24 brochura)

O carro do meu tio é azul.O carro do meu tio + é azul.

Processos perceptivos(identificar letras e as palavras) (pág 15)

-Apresentação aleatória de letras (em diferentes formatos, maiúsculas, minúsculas, manuscritas e de imprensa) solicitando a sua nomeação

-- Apresentação de textos impresssos (recortes de notícias de jornal ou revistas) pedindo a identificação de determinadas letras

- Apresentação de pares de palavras graficamente semelhantes, pedindo a identificação dos pares iguais ou diferentes

Importante.

Um dos erros mais comuns nas crianças portuguesas é o da confusão entre o nome das letras e o seu(s) valor (es) fónico(s):, considerando que o nome e valor/som da letra são a mesma coisa. Por isso é importante que o professor registe esta informação, por exemplo através duma grelha

Identificação de Letras

Nome ValorN éne neH agá -l éle le

M éme me…

Nota: um mesmo tipo de tarefa pode ser usado para informar sobre quais as letras que são correctamente identificadas e quais as que não são, quais as que são confundidas, ou que estão nomeadas através de um valor.

LETRA MANUSCRITO IMPRENSA

Maiúscula Minúscula Maiúscula Minúscula

B x C x x

D x x

….

( ) Respondeu ( ) autocorrigiu ( ) correcto

Exemplos:

Igual ou diferente

1. Janela / panela2. canela / capela3. fogueira / fogueira4. vistoso / viscoso5. ….

Nota: A velocidade de identificação das letras e das palavras é um indicador da velocidade de processamento

OS PROCESSOS LÉXICOS

O leitor tem de reconhecer, com rapidez e precisão, as palavras escritas, de modo a libertar recursos tencionais para outros processos implicados na extracção de sentido.

O modelo consensual, dual de acesso ao léxico é o de (Coltheart et al, 2001) - preconiza a existências de duas vias para processar as palavras escritas – a via directa, visual ou lexical (ortográfica), e a via indirecta, fonológica ou sub-lexical.

TIPOS DE TAREFAS

lista de palavras controladas do ponto de vista de frequência, regularidade e extensão (Palavras curtas e longas; frequentes e infrequentes; regulares e irregulares).

listas de pseudopalavras (exigem apenas a conversão de grafemas/fonemas)

Exemplos:

PALAVRAS

Freq. Curtas Freq. longas Infreq. Curtas Infreq. Longas

Água Carnaval Crepe Dinamite

Casa Exercício Ralo Metacarpo

Natal…. Fevereiro filtro optimista

PSEUDO-PALAVRAS

Curtas Longas

Lopa Alguende

Napal Daibarina

ádua grinidela

PRODUÇÃO-ESTIMÚLO PRODUÇÃO DA CRIANÇA

ViDRO Vi-de-ro

sol So-le

supermercado Su-per-mre-ca-do

…..

Divisão silábica com fonetização

OUTROS EXEMPLOS:

Construção de significado (brochura página 22) Processos de integração (brochura página 26)