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CAMÕES: O HOMEM E A OBRA Escola E.B. 2,3 de Valongo Curso EFA - B3 (2008/2009) Trabalho elaborado por: Sílvia Moreira e Isaura Pereira FONTE: http://vendernaoepreciso.files.wordpress.com/2008/06/camoes.jpg

Camões, o homem e a obra

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Trabalho realizado por duas formandas do Curso EFA - B3 (2008/2009) da Escola E.B. 2,3 de Valongo, no âmbito do Tema de Vida 2 ("Cidadania e Ambiente"), da Semana da Leitura, das Comemorações do Dia Mundial do Livro e das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

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CAMÕES: O HOMEM E A OBRA

Escola E.B. 2,3 de ValongoCurso EFA - B3 (2008/2009)

Trabalho elaborado por: Sílvia Moreira e Isaura Pereira

FONTE: http://vendernaoepreciso.files.wordpress.com/2008/06/camoes.jpg

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Naturalidade

Embora não haja certezas, pensa-se que Luís Vaz de Camões terá nascido em Lisboa, por volta de 1524 ou 1525. Era filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá. Presume-se que era fidalgo da pequena nobreza, o que lhe daria acesso à corte, enquanto viveu em Lisboa.

fonte : http://1.bp.blogspot.com/_BhMu9sL13UU/R7WWnbp8v7I/AAAAAAAAAfI/p01SBN8GL_U/s400/untitled.bmp

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Formação Académica

A sua formação decorreu em Coimbra, cidade onde o seu tio D. Bento era chanceler da Universidade. Terá sido este tio que orientou os seus estudos. Embora não haja nada que prove que Camões passou pela universidade, uma cultura tão vasta só se justifica com a sua frequência de estudos superiores.

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Os Amores

A viver em Lisboa, Camões ocupa o seu tempo entre serões no Paço, declamando versos, e as ruelas mal frequentadas da capital, entre companheiros boémios, fazendo parte de bandos de brigões e entrando em rixas violentas. Relaciona-se com algumas das principais damas da Corte, mas também terá frequentado “Damas de Aluguer”.

Fonte : http://www.poster.net/dicksee-sir-frank/dicksee-sir-frank-romeo-and-juliet-9905357.jpg

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Ceuta

Em 1549, parte para Ceuta, integrado no exército, não se sabe se voluntariamente ou por castigo devido a uns amores proibidos, em que se envolvera na Corte. É aqui que, numa dura batalha contra os mouros, perde o olho direito.

Fonte :http://www6.ufrgs.br/leadcap/feriasdivertidas2009/acai/atividades/ativ_21/7_1232655902_NAU_PT1550_001.jpg

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Regresso a Lisboa

Regressa a Lisboa e, em 1552, fere Gonçalo Borges numa rixa, acabando por ir preso durante um ano. Em 1553 obtém o perdão do Rei, tendo em conta que era um pobre mancebo e que se oferecia para partir para a Índia.

Fonte:http://api.ning.com/files/C1IyeAOb1wbuo-2rtL8*1l78SczKWm7uPg7NVj*zIxkENx-EZW8RzomzJPQGicq0kqng2wbdxkbb-9Ea47A7aA1HLQKKts8o/camoes1.jpg

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Na Índia

No Oriente, Camões esteve em Goa e em Macau, tendo desempenhado diversos cargos públicos, de natureza administrativa. Entre outras aventuras, foi vítima de um naufrágio na foz do rio Mecong, na Cochinchina, e conta-se que terá salvo Os Lusíadas nadando apenas com um braço enquanto erguia o outro para fora da água. Para além disso, esteve preso em Goa, regressando, posteriormente, a Portugal. Esta passagem atribulada pelo Oriente, apesar de tudo, permitiu-lhe adquirir experiência para relatar com maior rigor as viagens épicas dos navegadores portugueses .

Fonte : http://www.dightonrock.com/caravela2.jpg

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Regresso a Portugal

Em 1569 , regressa a Portugal . É recebido por D. Sebastião, a quem leu e dedicou Os Lusíadas. Esta obra foi publicada em 1572, pela primeira vez, e Camões, recebeu, na sequência do seu trabalho, uma tença anual de 15.000 reais, dada pelo Rei. Contudo, isso não foi suficiente para a uma sobrevivência digna e os seus últimos dias foram vividos na miséria, atenuada pelo dinheiro auferido por composições poéticas, que escrevia a pedido de senhores influentes, e, mais tarde, pelas esmolas que o seu fiel escravo javanês pedia às escondidas dele. Para além d´Os Lusíadas, Camões é autor de uma vasta obra lírica, de três autos e de várias comédias .

Fonte:http://4.bp.blogspot.com/_XJb1xVO3vkE/SW-FtWpZamI/AAAAAAAAAvI/NCbSxxdUE2g/s320/cam%C3%B5es+lendo+os+lus%C3%ADadas+a+d.+sebasti%C3%A3o.jpg

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Morte de Camões

Apesar da sua grandiosidade, Camões viveu sempre com muitas dificuldades e desilusões. O poeta terá morrido a 10 de Junho de 1580, tendo o seu funeral sido realizado a expensas de D. Gonçalo Coutinho, que mandou colocar na sua sepultura a seguinte transcrição : “Aqui jaz Luís Vaz de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu”. Desde 1880, passou a existir um memorial dedicado à sua figura no Mosteiro dos Jerónimos.

Fonte : http://www.arscives.com/cronicasdoriente/images/camoes.jpg

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Um pouco d’Os Lusíadas

Os Lusíadas é uma obra poética considerada a epopeia portuguesa por excelência . Trata-se de uma obra composta por dez cantos, 1102 estrofes em oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rimático fixo abababcc. A acção central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal, sempre enaltecendo o povo português.

Fonte : http://s.pt/tpsi/AnaC/portfolio/personalidade/imageiadas.jpg

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CANTO I

O poeta indica o tema da obra, pede inspiração às ninfas do Tejo e dedica o poema a D. Sebastião. Na estância 19 inicia a narração de viagem de Vasco da Gama, referindo brevemente que a Armada já se encontra no Oceano Índico, no momento em que os deuses do Olimpo se reúnem num Consílio, convocado por Júpiter, para decidirem se os Portugueses deverão ou não conseguir chegar à Índia por via marítima. Com o apoio de Vénus e Marte, apesar da oposição de Baco, a decisão é favorável aos Portugueses que, entretanto, chegam à Ilha de Moçambique. Aí, sem se conformar, Baco prepara-lhes várias ciladas, que culminam com o fornecimento de um piloto instruído para os conduzir ao perigoso porto de Quíloa. Vénus intervém, afasta a armada do perigo e fá-la retomar o caminho certo até Mombaça.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_aEJoAwVORvU/R__rNBPchrI/AAAAAAAAABw/h7jx6NZ4RLE/s400/180px-Gaston_Bussiere_%25E2%2580%2594_The_Nereides.jpg

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«As armas e os barões assinalados,Que da ocidental praia Lusitana,Por mares nunca dantesnavegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerrasesforçados, Mais do que prometia a força humana,Entre gente remota edificaramNovo Reino, que tanto sublimaram.»

Lus., Canto I, est.1

Fonte :http://pwp.netcabo.pt/c253459501/images/Vasco_da_Gama-partida.jpg

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Fonte:http://www.artchive.com/artchive/b/bouguereau/bouguereau_venus.jpg

CANTO II

O rei de Mombaça, influenciado por Baco, convida os Portugueses a entrar no porto para os destruir. Vasco da Gama, sem o saber, aceita o convite, pois os enviados, que mandara a terra obter informações, regressaram com a notícia de que era uma terra de cristãos. Na verdade, Baco enganara-os, disfarçado de sacerdote. Vénus, ajudada pelas Nereidas, afasta a Armada do perigo e os emissários do Rei de Mombaça e o falso piloto fogem. Vasco da Gama, apercebendo-se da cilada, reza a Deus. Vénus comove-se e vai pedir a Júpiter que proteja os Portugueses. Ele acede e, para a consolar, profetiza também futuras glórias aos Lusitanos. Mercúrio é enviado a terra e, em sonhos, indica a Vasco da Gama o caminho seguro até Melinde onde, entretanto, lhe prepara uma calorosa recepção. A chegada dos Portugueses a Melinde é saudada com festejos e o Rei da cidade visita a Armada, pedindo a Vasco da Gama que lhe conte a história do seu país.

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«Convoca as alvas filhas de Nereu,Com toda a mais cerúlea companhia,Que, porque no salgado mar nasceu,Das águas o poder lhe obedecia;E, propondo-lhe a causa a que deceu,Com todos juntamente se partiaPera estorvar que a armada não chegasseAonde pera sempre se acabasse.»

Lus., Canto II, est.19

Fonte- http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ab/Oceanides.jpg

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Fonte : http://ammedeiros.files.wordpress.com/2006/11/caliope.jpg

Canto III

Após uma invocação do poeta a Calíope, Vasco da Gama inicia a narrativa da História de Portugal. Começa por referir a situação de Portugal na Europa e a lendária história de Luso a Viriato. Segue-se a formação da nacionalidade e depois a enumeração dos feitos guerreiros dos reis da 1.ª Dinastia, desde D. Afonso Henriques a D. Fernando. Destaca-se os episódios de Egas Moniz, da Batalha de Ourique, da Formosíssima Maria, da Batalha do Salado e de Inês de Castro.

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«Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruito,Naquele engano da alma, ledo e cego, Que a fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus fermosos olhos nunca enxuito,Aos montes insinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas. »

Lus., Canto III, est.120

Fonte :http://asletrasdo9d.files.wordpress.com/2009/02/ines.jpg

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Fonte : http://cache01.stormap.sapo.pt/fotostore02/fotos//27/a2/94/12695_000fk8b4.jpg

Canto IV

Vasco da Gama continua a contar a História de Portugal, agora falando da 2.ª Dinastia, desde a revolução de 1383-85 até ao reinado de D.Manuel, em que a Armada de Vasco da Gama parte para a Índia. Fala-se de Nuno Álvares Pereira, da Batalha de Aljubarrota, dos acontecimentos do reinado de D. João II, sobretudo da expansão marítima para África, e dos preparativos da viagem à Índia, desejo que iria ser realizado por D. Manuel, a quem os rios Indo e Ganges apareceram em sonhos, profetizando as futuras glórias portuguesas do Oriente. Este canto termina com a partida da Armada, e as palavras profeticamente pessimistas de um velho, que estava na praia, entre a multidão que se despedia- oVelho do Restelo.

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Fonte : www.historia.com.pt/lusiadas/restelo.jpg

«Mas um velho d'aspeito venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito»

Lus., Canto IV, est.94

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Fonte : http://cache03.stormap.sapo.pt/fotostore02/fotos//e4/6a/d6/1067202_Uw3wB.jpeg

Canto V

Vasco da Gama continua a narrativa, contando agora a viagem da Armada, desde Lisboa a Melinde. É o relato da grande aventura marítima portuguesa, em que os marinheiros observaram maravilhados ou inquietos fenómenos como o Cruzeiro do Sul, o Fogo de Santelmo ou a Tromba Marítima e enfrentaram perigos e obstáculos enormes, tais como a hostilidade dos nativos, no episódio de Fernão Veloso, a fúria de um monstro colossal, no episódio do Adamastor, a doença e a morte provocadas pelo escorbuto. O canto termina com a censura do poeta aos seus contemporâneos, que desprezam a poesia.

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E disse: «— "Ó gente ousada, mais que quantasNo mundo cometeram grandes cousas, Tu, que por guerras cruas, tais e tantas, E por trabalhos vãos nunca repousas,Pois os vedados términos quebrantas, E navegar meus longos mares ousas,Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho,Nunca arados de estranho ou próprio lenho.»

Lus., Canto V, est.41

Fonte http://raiodesol.no.sapo.pt/exposicoes/Fernando%20Pessoa/quadros/O%20MOSTRENGO.jpg

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Fonte http://www.intuiosity.com/storage/images/misc-images/gods/poseidon_02.jpg

Canto VI

Finda a narrativa de Vasco da Gama, a Armada sai deMelinde,guiada por um piloto que deverá ensinar o caminho até Calecut. Baco, vendo que os portugueses estão quase a chegar à Índia, pede ajuda a Neptuno, que convoca um Consílio dos Deuses Marinhos, cuja decisão é apoiar Baco e soltar os ventos para fazer afundar a Armada. É então que, enquanto os marinheiros matam calmamente o tempo, ouvindo Fernão Veloso contar o episódio lendário e cavaleiresco d’ Os Doze de Inglaterra, surge uma violenta tempestade. Vasco da Gama vendo as suas caravelas quase perdidas, dirige uma prece a Deus e, mais uma vez, é Vénus que ajuda os Portugueses, mandando as Ninfas seduzir os ventos para os acalmar. Dissipada a tempestade, a Armada avista Calecut e Vasco da Gama agradece a Deus. O canto termina com considerações do Poeta sobre o valor da fama e da glória conseguidas através dos grandes feitos.

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«Ó Neptuno (lhe disse), não te espantes De Baco nos teus reinos receberes, Porque também com os grandes e possantes Mostra a Fortuna injusta seus poderes. Manda chamar os Deuses do mar, antes Que fale mais, se ouvir-me o mais quiseres; Verão da desventura grandes modos: Ouçam todos o mal, que toca a todos!»

Lus., Canto VI, est.15

Fonte http://www.culturageneral.net/pintura/cuadros/jpg/triunfo_de_baco_y_ariadna.jpg

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Canto VII

A Armada chega a Calecut. O poeta elogia a expansão portuguesa como cruzada e critica as nações europeias que não seguem o exemplo português. Após a descrição da Índia, narra os primeiros contactos entre os portugueses e os indianos. O mouro Monçaide visita a nau de Vasco da Gama e descreve Malabar, após o que o Capitão e outros nobres portugueses desembarcam e são recebidos pelo Catual e depois pelo Samorim. O Catual visita depois a Armada e pede a Paulo da Gama que lhe explique o significado das figuras das bandeiras portuguesas. Também aqui o poeta invoca as Ninfas do Tejo e do Mondego, ao mesmo tempo que critica duramente os opressores e exploradores do povo.

Fonte http://www.geocities.com/atoleiros/images/VascoGgamaSamorim.jpg

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“Já se viam chegados junto à terra,Que desejada já de tantos fora,Que entre as correntes Índicas se encerraE o Ganges, que no Céu terreno mora.Ora sus, gente forte, que na guerraQuereis levar a palma vencedora:Já sois chegados, já tendes dianteA terra de riquezas abundante!”

Lus., Canto VII, est.1

Fonte http://4.bp.blogspot.com/_qugjzoZGP_Q/R7c8YjGY8lI/AAAAAAAAC7k/CcXxRkITEOg/s400/Digitalizar0003.jpg

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Canto VIII

Paulo da Gama explica ao Catual o significado dos símbolos das bandeiras portuguesas, contando-lhe os episódios da História de Portugal nelas representados. Baco intervém, de novo, aparecendo em sonhos a um sacerdote brâmane, instigando-o contra os portugueses, ao dizer que o intuito destes navegadores era a pilhagem dos indianos. O Samorim interroga Vasco da Gama, que acaba por regressar às naus, mas é retido no caminho pelo Catual, que apenas deixa partir os portugueses depois de estes lhe entregarem as fazendas que traziam. O poeta tece considerações sobre o aviltante poder do ouro.

Fonte http://www.tuvalkin.web.pt/terravista/Guincho/1421/bandeira/pt_1495.gif

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“Assi está declarando os grandes feitosO Gama, que ali mostra a vária tintaQue a douta mão tão claros, tão perfeitos,Do singular artífice ali pinta.Os olhos tinha prontos e dereitosO Catual na história bem distinta;Mil vezes perguntava, e mil ouviaAs gostosas batalhas que ali via.»

Lus., Canto VIII, est.43

Fonte: http://www.nmm.ac.uk/upload/img_400/BHC2702.jpg

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Canto IX

Após algumas dificuldades, os portugueses saem de Calecut, iniciando a viagem de regresso à Pátria. Vénus decide preparar uma recompensa para os marinheiros, fazendo-os chegar à Ilha dos Amores. Manda o seu filho Cupido atirar setas às Ninfas, para que elas, feridas de Amor e instruídas por ela, recebam apaixonadamente os Portugueses. A Armada portuguesa avista finalmente a Ilha e, quando os marinheiros desembarcam para caçar, vêem as ninfas, que se deixam perseguir e seduzir. Tétis explicará a Vasco da Gama a razão daquele encontro – trata-se de um prémio merecido pelos “longos trabalhos”. Refere também as futuras glórias que serão dadas a conhecer aos navegadores lusitanos. O poeta termina, tecendo considerações sobre a forma de alcançar a Fama.

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/_G76NFNcUugU/SYljdBgbP0I/AAAAAAAAN7U/5uni6dAzIdk/s400/na+ilha+dos+Amores+(IX,85).jpg

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Fonte: http://helenismo.googlepages.com/WATERHOUSE_Hylas_and_the_nymphs_1896.jpg

«Ali quer que as aquáticas donzelasEsperem os fortíssimos barões(Todas as que tem título de belas,Glória dos olhos, dor dos corações),Com danças e coreias, porque nelasInfluirá certas afeições,Pera com mais vontade trabalharemDe contentar a quem se afeiçoarem.»

Lus., Canto IX, est.22

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Canto X

As Ninfas oferecem um banquete aos portugueses. Após uma invocação do poeta a Calíope, uma ninfa faz profecias sobre as futuras vitórias dos portugueses no Oriente. Tétis conduz Vasco da Gama ao cume de um monte para lhe mostrar a Máquina do Mundo e indicar nela os lugares onde chegará o império português. Os portugueses despedem-se, finalmente, e regressam a Portugal. O poeta termina, lamentando-se pelo seu destino infeliz de poeta incompreendido por aqueles a quem canta e exortando o rei D. Sebastião a dar continuidade à glória já alcançada pelos Portugueses.

Fonte:http://sotobosque.wordpress.com/2008/05/19/las-valkirias-valkyrias-valkirhur-valquirias/

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« Vês aqui a grande máquina do Mundo,Etérea e elemental, que fabricadaAssi foi do Saber, alto e profundo,Que é sem princípio e meta limitada.Quem cerca em derredor este rotundoGlobo e sua superfície tão limada,E Deus; mas o que é Deus, ninguém o entende,Que a tanto o engenho humano não se estende.»

Lus., Canto X, est.80

Fonte: Freitas, Lima de in Viana, António Manuel (adapt.) - Luís de Camões – Os Lusíadas. Lisboa: Ed. Verbo, 1980, p.129

Fontes textuais pesquisadas (textos adaptados):

Camões, Luís Vaz de – Os Lusíadas. Porto: Porto Editora, 1992.http://www.vidaslusofonas.pt/luis_de_camoes.htmhttp://camoes9a.no.sapo.pt/Canto%20I.htmhttp://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_1509.htmlhttp://www.geocities.com/sania_eq/lusiadas.htmlhttp://www.notapositiva.com/resumos/portugues/resumoslusiadas.htmhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Vaz_de_Cam%C3%B5eshttp://oslusiadas.no.sapo.pt/biografia.htmlhttp://www.prof2000.pt/users/secjeste/dlrc/SeucSec/Unid08/Lusres.htmhttp://pwp.netcabo.pt/0511134301/camoes.htmhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Lus%C3%ADadas