Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar

12 de abril de 2013

A Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar é de grande relevância na

atualidade, momento crítico em que vivemos a pior estiagem dos últimos 30 anos na região

semiárida brasileira, pois pretende sensibilizar a população que abrange a Diocese de Pesqueira da

necessidade de poupar e armazenar água especialmente no período da estiagem, incentivando a

economia e armazenamento de água com o sentido de melhorar a qualidade de vida no semiárido,

promovendo mudanças de comportamento de consumo com atitudes responsáveis com o meio

ambiente e tornando real o desenvolvimento sustentável.

A estiagem que assola o semiárido tem atingindo também fortemente a área urbana, o que faz

necessário que a Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar seja realizada

tanto na zona rural quanto em área urbana, com ações específicas para cada público, e em ambos os

casos visando a economia e armazenamento de água dentro de uma tecnologia social capaz de

otimizar a convivência com o semiárido no período de estiagem.

A Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar é direcionada aos municípios

que abrangem a Diocese de Pesqueira, e tem como metodologia palestras educativas nas escolas e

associações de moradores da zona rural e urbana e no espaço educacional da Cáritas Diocesana de

Pesqueira; bem como a distribuição de folderes educativos e outros materiais de educação.

 Estratégias de economia de água na zona rural e urbana (utilizar figuras pelo menos para título zona urbana e zona rural caso não haja espaço suficiente)Zona UrbanaNo Banheiro:

Feche a torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba. Uma torneira aberta pode consumir, por

minuto, até 2,4 litros (numa casa) ou 16 litros (num apartamento).

Tome banhos rápidos. A cada minuto no banho você gasta de 3 a 9 litros.

Regule as válvulas de descarga. Cada segundo que uma pessoa permanece com o dedo na descarga

são 10 litros de água desperdiçados.

Reutilize a água do banho para descarga e/ou regar plantas e lavar calçadas.

Na cozinha:

Limpe bem os pratos e panelas e jogue os restos de comida no lixo.

Deixe a louça na água para facilitar a lavagem.

Feche a torneira enquanto ensaboa e volte a abri-la apenas para enxaguar.

Na lavanderia:

Utilize a lavadora de roupa só quando ela estiver cheia e ligue no máximo três vezes por semana.

Reaproveite a água de chuva ou da máquina para lavar o chão da cozinha, área de serviço e quintal.

Nas áreas externas:

Varra as calçadas para retirar o lixo e use balde em vez de mangueiras.

Molhe as plantas com regador quando o sol estiver mais fraco.

Lave o carro utilizando o balde.

Prefira jardins a áreas cimentadas, favorecendo a infiltração da água no solo.

Manutenção:

Elimine vazamentos.

Troque ou conserte torneiras pingando.

Faça o teste do relógio de água.

Não jogue óleo de cozinha ou remédios na pia, pois estes contaminam grande quantidade de água.

Zona RuralArmazenamento de água:

Invista no armazenamento de água das chuvas no período do inverno para ter água potável no verão

e durante a estiagem.

Faça uma boa manutenção das cisternas e outras tecnologias de armazenamento para conseguir água

de qualidade quando for preciso.

Mobilização Social:

Seja um cidadão presente nas mobilizações comunitárias para garantir os seus direitos, pois o

Governo hoje atende com mais eficiência a sociedade civil organizada.

Faça a sua parte como cidadão, dê exemplo na economia e armazenamento da água.

Agricultura:

Proteja as matas ciliares, não desmate para evitar o assoreamento dos recursos hídricos. Replante

mudas nativas no local onde as matas ciliares foram devastadas.

Invista em animais mais adaptáveis ao semiárido, como cabras e porcos.

Não use agrotóxicos ou fertilizantes químicos para evitar a contaminação humana e do solo.

Utilize as folhas secas que caem das árvores, chamada serapilheira, para colocar nos pés das plantas

maiores a fim de diminuir a evaporação da água, além de servir de adubo natural.

Por Adriana Leal, comunicadora popular da Diocese de Pesqueira/Cáritas Diocesana