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Capítulo 6: Escoamento Externo Efeitos Viscosos e Térmicos

Capítulo 6

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Capítulo 6

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Page 1: Capítulo 6

Capítulo 6: Escoamento Externo

Efeitos Viscosos e

Térmicos

Page 2: Capítulo 6

• Conceitos fundamentais

• Arrasto total

• Arrasto viscoso e de pressão

• Transferência de calor

Page 3: Capítulo 6

Fluido

• É qualquer substância que se deforma continuamente quando submetido a uma tensão de cisalhamento, ou seja, ele escoa.

• Fluidos existem como líquido (água, gasolina), gás (ar, hidrogênio) e como uma combinação de líquido e gás (vapor úmido).

Tensão de cisalhamento:

Age tangencialmente à superfície

do material.

Page 4: Capítulo 6

Propriedades de um fluido

• São várias as propriedades que permitem distinguir os fluidos e que são independentes do seu movimento:

– Densidade;

– Pressão de vapor;

– Tensão superficial (atração molecular de um líquido próximo de uma superfície ou outro fluido);

– Velocidade do som (velocidade na qual a onda acústica se movimenta no fluido).

Page 5: Capítulo 6

Fluidos incompressíveis x compressíveis

• Fluidos compressíveis

– São aqueles que apresentam variação na densidade quando escoam: usualmente os gases.

• Fluidos incompressíveis

– São aqueles que não apresentam variação da densidade quando escoam (densidade constante ao longo do escoamento): usualmente líquidos e alguns gases.

• Neste curso serão considerados apenas os fluidos incompressíveis.

Page 6: Capítulo 6

Escoamento incompressível x compressível

• A diferença entre o escoamento incompressível e compressível pode ser verificado através do número de Mach:

• Onde V é a velocidade do fluido e c é a velocidade do som.

• Esta equação permite determinar qual o escoamento de um fluido.

Page 7: Capítulo 6

Escoamento incompressível x compressível

• Gases:

– Se M < 0,3 ⇒ escoamento é incompressível.

– Se M > 0,3⇒ escoamento é compressível.

– M = 1,0 ⇒ escoamento é crítico (barreira do som no vôo de aeronaves).

– Se M > 1,0 ⇒ escoamento é supersônico.

• Líquidos: o escoamento será incompressível pois a velocidade de som dos líquidos é muito grande:

– Ex: Velocidade do som na água é cerca de 1.500 m/s.

Page 8: Capítulo 6

Escoamento incompressível x compressível

• Escoamentos incompressíveis de gases:

– Escoamentos de ar em sistemas de ar condicionado e de aquecimento;

– Escoamentos em torno de automóveis;

– Escoamento de ar em volta de edifícios.

• Escoamentos compressíveis de gases

– Aerodinâmica de aeronaves de alta velocidade;

– Escoamento de ar através de turbinas a jato;

– Escoamento de vapor através de uma turbina em usinas termoelétricas.

Page 9: Capítulo 6

Movimento de um fluido

• Pode ser analisado segundo duas descrições:

Lagrangiana: é a descrição de movimento na qual as partículas individuais são observadas em função do tempo.

– Torna-se uma tarefa bastante difícil quando o número de partículas é muito grande, como no escoamento de um fluido.

Euleriana: é a descrição de movimento na qual as propriedades de escoamento (como a velocidade) são funções do espaço e do tempo.

– A região de escoamento considerada é o campo de escoamento.

Page 10: Capítulo 6

Campo de escoamento

• É uma representação do movimento do fluido no espaço em diferentes instantes.

• A propriedade que descreve o campo de escoamento é a velocidade.

• A velocidade tem componentes nas três coordenadas cartesianas (x, y, z) e pode variar com o tempo.

• Assim, o campo de escoamento é como uma fotografia do movimento do conjunto de partículas e suas velocidades no instante t.

Page 11: Capítulo 6

Campo de escoamento

• Linhas de corrente: definidas como a linha contínua que é tangente aos vetores velocidade ao longo do escoamento num dado instante t.

• As linhas de corrente são sempre paralelas ao escoamento.

Page 12: Capítulo 6

Escoamento externo X interno • Escoamento externo é aquele que ocorre externamente a uma superfície sólida, onde o fluido está em contato com uma

única fronteira sólida;

• Escoamento interno é aquele que possui fronteiras limitando o campo de escoamento;

Page 13: Capítulo 6

Escoamento Interno

No escoamento

interno, os efeitos

viscosos causam

perdas energéticas

substanciais e são

responsáveis por

grande parte da

energia necessária

para transportar óleo

e gás em tubulações.

Page 14: Capítulo 6

Força externa total no VC

• A força externa total atuando em um VC é:

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Tensão de cisalhamento

• Ao encontrar uma fronteira sólida, o fluido se deforma devido à aplicação de forças de cisalhamento (que agem paralelamente às superfícies do fluido).

• Enquanto esta força estiver atuando, o fluido continuará se deformando.

• Esta força é resultado de uma tensão (de cisalhamento) agindo sobre o fluido, que exerce uma oposição ao movimento do fluido.

• Energia deve ser fornecida para vencer esta resistência e manter o escoamento.

Page 16: Capítulo 6

Tensão de cisalhamento

• Existem fluidos em que a relação entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação é linear e pode ser expressa por:

Page 17: Capítulo 6

Tensão de cisalhamento

• A taxa de deformação é proporcional à variação da velocidade do fluido na direção normal ao escoamento.

• A taxa de deformação é diferente para diferentes fluidos.

Page 18: Capítulo 6

Viscosidade dinâmica

• É uma propriedade intensiva, também conhecida como viscosidade absoluta.

• Como relaciona tensão de cisalhamento e velocidade local está diretamente associada com o transporte de momento e portanto é uma propriedade de transporte.

• No SI : N.s/m2

• Apresenta valores tabelados variando com a temperatura e da pressão:

– Varia muito com a temperatura e pouco com a pressão.

Page 19: Capítulo 6
Page 20: Capítulo 6

Fluidos newtonianos X não newtonianos

• Quando existe a relação linear entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação resultante, os fluidos são chamados de newtonianos:

– Água, óleos, etc.

• Neste caso a expressão para determinar a tensão de cisalhamento é válida.

Nesse curso só trabalharemos com fluidos newtonianos.

• Quando o fluido não apresenta uma relação linear entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação são conhecidos como fluidos não newtonianos:

• – Pastas de dentes, tintas, ketchup, etc.

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Page 22: Capítulo 6

Gradiente de velocidade

• Devido o princípio da aderência (ou do não escorregamento) o fluido em contato com uma superfície sólida (por exemplo uma mesa) possui a velocidade da superfície.

• Na medida em que afasta da parede, a velocidade do fluido relativa à parede aumenta, variando desde a velocidade da superfície (zero) até um valor máximo finito (U).

• Essa variação de velocidade é chamado de perfil de velocidade ou gradiente de velocidade.

• A tensão de cisalhamento age no sentido de resistir ao movimento do fluido, sendo máxima na superfície onde não

existe movimento relativo.

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Page 24: Capítulo 6

Camada Limite

• É uma camada relativamente fina onde os efeitos das tensões viscosas de cisalhamento são preponderantes (ou seja, o escoamento é viscoso).

• Logo, é na camada limite que existe o gradiente de velocidade.

• A espessura da camada limite, δ, corresponde a distância a partir da qual o valor da velocidade do fluido corresponde a uma fração da velocidade a montante U.

• Logo: u = 0 em y = 0

• u = 0,99 U em y = δ

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Page 26: Capítulo 6

Fora da camada limite

• Fora da camada limite o fluido escoa com velocidade U, paralela à superfície sólida, como se ela não existisse.

• Por isto, fora da camada limite os efeitos viscosos são desprezíveis e o escoamento pode ser tratado como sem

viscosidade ou invíscido (τx = 0).

• Nesta extremidade da camada limite em que o escoamento é não-viscoso, a equação de Bernoulli pode ser válida.

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Page 28: Capítulo 6

Escoamento na camada limite

• Experimentos mostram que existem dois regimes de escoamento na camada limite: laminar e turbulento.

• Escoamento laminar: fortemente ordenado

– As partículas mantém seu padrão de comportamento;

– O mecanismo de difusão é somente o molecular;

– O escoamento se processa na forma de “lâminas” sobrepostas.

• Escoamento turbulento: fortemente desordenado

– As partículas não apresentam um padrão de comportamento;

– O mecanismo de difusão não é somente o molecular;

– Ocorre difusão devido ao movimento desordenado das partículas – choques.

Page 29: Capítulo 6

Laminar x Turbulento

Page 30: Capítulo 6

Escoamento na camada limite

• Os regimes de escoamento laminar e turbulento podem ser caracterizados considerando-se a relação entre a força de inércia numa partícula fluida e a força viscosa agindo nessa partícula fluida.

• Essa relação é adimensional e é conhecida como Número de Reynolds (Re).

Page 31: Capítulo 6

Escoamento na camada limite

• O regime de escoamento depende de três parâmetros físicos:

• 1- Escala de comprimento do campo de escoamento: L

– Como por exemplo o comprimento da placa, o diâmetro de um duto, etc..

– Se essa escala de comprimento é suficientemente grande, o distúrbio de escoamento pode aumentar, tornando-o turbulento.

• 2- Escala de velocidade: U – Para uma velocidade suficientemente alta, o escoamento

pode ser turbulento.

Page 32: Capítulo 6

• 3- Viscosidade cinemática: v - razão entre a viscosidade dinâmica e a densidade:

• A viscosidade alta tende a amortecer as perturbações, dissipando sua energia, evitando o movimento desordenado.

– Para uma viscosidade cinemática relativamente pequena, o escoamento pode ser turbulento.

Page 33: Capítulo 6

Escoamento na camada limite

• A combinação dos parâmetros comprimento, velocidade e densidade referem-se à força inercial numa partícula fluida.

• A combinação dos parâmetros comprimento, velocidade e viscosidade referem-se à força viscosa agindo nesta partícula fluida.

• Estes parâmetros podem ser combinados em um único

parâmetro, conhecido como Número de Reynolds:

Page 34: Capítulo 6

Número de Reynolds

• Existe um valor crítico de Re acima do qual o escoamento será turbulento e abaixo do qual será laminar.

• Este valor é conhecido como número de Reynolds de transição ou crítico.

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Escoamento na camada limite

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Page 37: Capítulo 6

Escoamento na camada limite

• Na camada limite a pressão é constante ao longo da sua

espessura: Py=0 = Py=δ

• Na extremidade da camada limite o escoamento é não-viscoso e Equação de Bernoulli pode ser válida. Assim, a pressão Py=δ pode ser encontrada caso a velocidade U na região não-viscosa seja conhecida:

Page 38: Capítulo 6

Escoamento na camada limite

• A variação da pressão na direção do escoamento é conhecida caso a variação da velocidade U na direção x também seja conhecida.

• O termo dP/dx é chamado de gradiente de pressão do escoamento.

• Para o caso do escoamento próximo à superfície sólida, dU/dx = 0 e o gradiente de pressão é zero.

Page 39: Capítulo 6

Escoamento em regime permanente X transiente

• No escoamento em regime permanente não há alteração das propriedades da partícula ao longo do tempo.

– Logo, as quantidades de interesse no escoamento de um fluido (como por exemplo velocidade, pressão e densidade) são independentes do tempo.

• No escoamento em regime transiente as propriedades da partícula se alteram ao longo do tempo.

Page 40: Capítulo 6

Escoamento natural X forçado

• Natural: quando forças naturais (gravidade) movimentam o fluido e normalmente não há velocidade de movimento (U=0).

• Forçado: quando há uma fonte de energia externa que promove o movimento do fluido, havendo uma velocidade do fluido.

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Escoamento de um fluido - RESUMO

• Escoamento incompressível e compressível;

• Escoamento externo e interno;

• Escoamento laminar e turbulento;

• Escoamento viscoso e não-viscoso;

• Escoamento em regime permanente e transiente;

• Escoamento natural e forçado.

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Recr em placas planas

• Experimentos realizados em uma placa plana lisa indicaram que o valor crítico de Re, baseado na distância

ao longo da placa (a contar da borda do ataque) é

aproximadamente 5 x 105.

• Caso a superfície da placa seja rugosa, o valor de Recr

estará no intervalo 8 x 103 – 5 x 105.

Page 43: Capítulo 6

Escoamento externo

• A medida que um fluido escoa ao passar por uma placa plana, o atrito exerce seu efeito de duas maneiras:

• Uma é a aplicação direta de uma força de atrito (viscosa) causada pela tensão de cisalhamento atuando sobre esta placa ⇒ associado ao chamado arrasto viscoso ou de atrito.

• A outra está relacionada ao fato de os efeitos do atrito no fluido que escoa poderem alterar drasticamente o percurso do fluido em torno da placa plana. Estes efeitos causam uma queda de pressão irreversível na direção do escoamento (a pressão na parte posterior da placa é menor que na parte frontal) ⇒ associado ao arrasto de pressão ou de forma.

• O arrasto total sobre a fronteira do VC é a combinação do arrasto de atrito com o de pressão.

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Arrasto viscoso ou de atrito

• É o resultado do efeito da camada limite:

– É originário dos efeitos viscosos, associados à tensão de cisalhamento, atuantes nas paredes sólidas.

• A tensão de cisalhamento age no sentido de resistir ao movimento do fluido, ou seja, no sentido oposto a deslocamento no eixo x, e quando multiplicada pela área apropriada, resulta na força viscosa.

• Assim, esta força viscosa agirá SEMPRE no sentido de se opor ao movimento.

• Quando define-se o VC e a sua superfície coincide com a superfície sólida, surge uma reação à esta tensão sobre esta superfície sólida, na direção positiva do deslocamento no eixo x, e oposta à direção da força viscosa sobre o fluido.

• Essa força de reação é chamada de força de arrasto viscosa.

Page 45: Capítulo 6

Arrasto viscoso ou de atrito

• A tensão de cisalhamento é determinada pela viscosidade e pelo gradiente de velocidades.

• Devido as dificuldades de se determinar o gradiente de velocidades, pode-se determinar a tensão por meio do coeficiente de atrito de Fanno (Cf):

• Existem Cf tabelados para alguns objetos e para a camada limite laminar e a camada limite turbulenta.

• Muitas vezes, o Cf se obtém a partir da relação com o Re. Tais relações são tabeladas para diversos tipos de objetos.

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Arrasto viscoso ou de atrito

• A força de arrasto viscosa (Df) é determinada considerando que a força de arrasto de pressão é nula.

• Logo, Df é obtida pela multiplicação da tensão pela área do objeto:

• Existe uma expressão que permite determinar o arrasto de atrito para uma placa plana lisa tanto para a camada limite laminar quanto para a turbulenta. Esta expressão utiliza o coeficiente médio de atrito:

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Coeficientes de arrasto de atrito

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• Uma placa plana lisa tem comprimento L= 0,75m. A placa deve ser testada em ar e água, ambos com velocidade U=4,5 m/s. A temperatura do ar e da água é de 20 oC e a pressão igual a pressão atmosférica. Determine se o escoamento no final da placa é laminar ou turbulento para cada fluido e a velocidade do ar necessária para tornar os escoamentos semelhantes.

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U = 4,5 m/s

L = 0,75 m

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Laminar

Turbulento

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• Determine o arrasto, por unidade de largura, devido ao atrito (DF) na placa plana lisa descrita no exemplo anterior e a espessura da camada limite na extremidade final da placa quando for testada em ar e água.

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b

L

A= b x L

Cf = ?

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b

L

Ar

Água

Ar

Água

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Placa Plana possui 2 lados

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Page 59: Capítulo 6

Água

Água

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Troca-se L por xcr na fórmula do Re

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Page 66: Capítulo 6

0,75 – 0,1115

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Arrasto de Pressão

• Em grande parte das situações existe um gradiente de pressão na direção do escoamento do fluido.

• Conhecendo-se a área, haverá uma força de arrasto associado ao gradiente de pressão.

• O arrasto devido à pressão apresenta uma total dependência do formato do corpo, sendo por isso denominado também de arrasto de forma. Isso se dá, porque seu valor é atribuído de acordo com as distribuições de pressão ao longo da geometria submetida ao escoamento.

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Arrasto de Pressão

• O arrasto de pressão vai contribuir para a resistência total sofrida pelo fluido e resultará num fenômeno chamado de separação do escoamento ou deslocamento da camada limite.

• No descolamento existe um gradiente de pressão entre a região frontal de estagnação (alta pressão) e a região do descolamento (baixa pressão).

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Descolamento

Page 70: Capítulo 6

Separação do escoamento

• Nos bocais:

– A velocidade U do fluido está crescendo na direção do escoamento, dU/dx > 0;

– Isto significa que o gradiente de pressão na direção do escoamento é negativo, dP/dx <0;

– Assim a força de pressão resultante no fluido age de forma favorável, na direção do escoamento.

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Separação do escoamento

• Nos difusores:

– A velocidade U está decrescendo na direção do escoamento, dU/dx < 0;

– O gradiente de pressão é positivo, dP/dx > 0;

– E a resultante força de pressão age retardando o escoamento.

– Este gradiente de pressão é chamado de gradiente de pressão adverso. Isto quer dizer que a quantidade de movimento do fluido está decrescendo e o fluido próximo à superfície pode ser levado ao repouso numa distância qualquer a partir da parede (u=0, y>0).

– Quando isto ocorre, o escoamento se separa.

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Separação do escoamento

• Uma conseqüência da separação do escoamento é a formação de uma esteira oscilatória, região esta de baixa pressão.

• Na esteira o fluido movimenta-se em redemoinhos e de forma alternada.

• Esta separação representa uma perda de energia no fluido, reduzindo a eficiência do difusor.

• A existência da separação é função do número de Reynolds.

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Page 75: Capítulo 6

Arrasto total

• O arrasto total é soma do arrasto de atrito e de pressão:

• É determinado pelo coeficiente de arrasto, definido por:

• Este coeficiente apresenta-se definido para cada tipo de objeto.

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Vale para Cilindro – Fig 6.15 ; pág. 200

Para Esfera – Fig 6.15; pág. 199

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Page 82: Capítulo 6

Arrasto de pressão

• É obtido por aproximação a partir do arrasto total e do arrasto de atrito.

• O arrasto de atrito é calculado conhecendo-se a área da superfície do objeto e o número de Reynolds do escoamento e considerando o arrasto de pressão nulo.

• A diferença entre o arrasto total e o arrasto de atrito fornece o arrasto de pressão.

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Arrasto total em placas planas

• No caso do escoamento de um fluido ocorrer paralelo ao comprimento de uma placa plana, a contribuição do arrasto de pressão é nula pois somente os efeitos viscosos predominam. Logo, só há o arrasto de atrito.

• Quando o escoamento do fluido for normal à placa plana, o arrasto por unidade de largura refere-se apenas ao arrasto de pressão, pois a tensão de cisalhamento será normal ao escoamento. Logo não há arrasto de atrito.

Page 84: Capítulo 6

• Um letreiro quadrado de 3 m x 3 m está pregado no topo de um poste de 10 m de altura, que tem 0,3 m de diâmetro. Calcule o momento fletor aproximado ao qual a base deverá resistir para um vento com velocidade de 30 m/s.

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bp

b1

.

.

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bp

b1

.

.

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Projeção

bp

b1

.

.

Page 88: Capítulo 6

Força de sustentação

• Além da força de arrasto de pressão, que é a componente no eixo x do escoamento, existe uma força na componente no eixo y chamada de força de sustentação.

• Um exemplo desta força corresponde ao deslocamento em regime permanente de uma aeronave.

• Neste caso, a força de sustentação deve ser equilibrada pelo peso da aeronave.

Page 89: Capítulo 6

Força de arrasto

• A redução da força de arrasto é muito importante para o desenvolvimento de aviões, caminhões e automóveis mais econômicos.

• O arrasto total multiplicado pela velocidade de tráfego gera a potência necessária para vencer os efeitos viscosos e de pressão e equivale a uma parcela significativa da potência total que deve ser produzida pelo motor do veículo.

• Por isto, várias pesquisas vêm sendo desenvolvidas para determinar métodos de redução de arrasto para diferentes objetos em movimento.

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Page 91: Capítulo 6

a) U= 160km/h = 44,4m/s

Re= UL/v = 44,4 x 36 / 10,81 x 10-6 = 148 x 106

Tab 6.4: Elipsóide 4:1 ; d=9; L= 36

L/d=4 Cd=0,041

a)

Dt = 0,041 x 1,4518 x 44,2/2 x 3,14 x 92/4

Dt = 84N

c) U = 140km/h = 38,88 (Re na mesma faixa

do item “a”, portanto, mesmo Cd

Dt = 0,041 x 1,4518 x 38,88/2 x 3,14 x 92/4

Dt = 73,6 N

d) Potência = Força x velocidade

W = Dt x U

Para item a:

W = 84 x 44,4 = 3729,3 W

Para o item c :

W= 73,6 x 38,88 = 2561,56 W

.

.

.

Tabela A-8: dados ar a T= -30ºC

Page 92: Capítulo 6
Page 93: Capítulo 6
Page 94: Capítulo 6

Transferência de Calor

• Condução – É a energia que está sendo transferida através de uma substância (sólido ou fluido) em função do gradiente de temperatura dentro da própria substância. • Convecção – É a energia transferida entre um fluido e uma superfície sólida em função do movimento do fluido. Pode ser: Natural ou forçada. • Radiação – É a energia transferida por ondas eletromagnéticas.

Page 95: Capítulo 6

Variação de temperatura

Page 96: Capítulo 6

Escoamento Externo

Convecção Forçada

Convecção Natural

Cálculo do Re (Lam ou Turb)

Cálculo do Ra (Lam ou Turb)

Configuração Geométrica

Configuração Geométrica

Fórmula específica para o Cálculo do

Nu

Cálculo do h

Cálculo do Q

.

Condição de Contorno:

-Tp uniforme - Q uniforme

Condição de Contorno:

-Tp uniforme - Q uniforme

Page 97: Capítulo 6

Convecção forçada x natural

• Quando o movimento do fluido é gerado por um dispositivo externo ao sistema, a convecção é forçada.

• Caso contrário, é natural:

– Nesse caso, a transferência de calor em si garante a fonte necessária para realizar

o movimento.

– Essa força surge devido às diferenças de densidades quando se aquece o fluido.

– Normalmente não se verifica velocidade

do fluido (U=0).

Exemplo: Vento?

Page 98: Capítulo 6

Fluxo de Calor por Convecção

• Pode ser determinado por: Lei de resfriamento de Newton

Calor total transferido em [W]

Onde h = coeficiente de transferência de calor por convecção;

Tp= temperatura da superfície;

T∞ = temperatura do fluido fora da camada limite.

ou Fluxo de calor por unidade

de área [W/m2]

Page 99: Capítulo 6

h médio

• Desta forma, é definido um valor médio para h como:

Page 100: Capítulo 6

Cálculo de h

1 – Análise dimensional combinada com dados experimentais; 2 – Soluções matemáticas exatas das equações da camada-limite; 3 – Análises aproximadas das equações da camada-limite através de integração; 4 – Analogia entre transferência de calor e momento; 5 – Análise numérica.

* Todos os métodos possuem restrições

Page 101: Capítulo 6

Análise dimensional

Cálculo de h: Equações empíricas obtidas através dos dados experimentais com a ajuda da análise dimensional. Limitações: - Não fornece informações acerca da natureza do fenômeno; - Pouco preciso; - Necessidade de dados experimentais; - Necessidade de conhecer de antemão quais variáveis influenciam o fenômeno.

Vantagem:

- Ampla utilização através de simples procedimentos de rotina.

Page 102: Capítulo 6

Camada limite térmica

Page 103: Capítulo 6

Perfil de temperatura: aquecimento e resfriamento do fluido

Page 104: Capítulo 6

Camada limite térmica

• Caso a superfície sólida esteja a uma temperatura diferente da corrente livre de escoamento (fora da camada limite), uma camada limite térmica também será formada.

• Sua taxa de desenvolvimento e espessura são semelhantes aos da camada limite hidrodinâmica.

• A relação entre as camadas limite térmica e hidrodinâmica é indicada pelo número de Prandtl:

• Pr de vários fluidos está tabelado (Tabela A-8 e outras).

Onde ν é a viscosidade cinemática; α é a difusividade térmica e µ viscosidade dinâmica. k condutividade térmica

Page 105: Capítulo 6

Camada limite térmica

Placa Plana

3/1Pr026,1T

T

• Para escoamento na camada limite laminar: • Na região turbulenta:

Page 106: Capítulo 6

Relação entre h e T

• O coeficiente de transferência de calor local é proporcional à condutibilidade térmica do fluido e inversamente

proporcional à espessura da camada limite térmica.

Lei de Fourier

Page 107: Capítulo 6

Número de Nusselt

• O número de Nusselt é uma relação entre o gradiente de temperatura no fluido imediatamente em contato com a superfície e o gradiente de temperatura de referência (Tp-T∞)/L. É uma medida conveniente do coeficiente de transmissão de calor por convecção.

• Da definição de h e de camada limite térmica, pode-se escrever que:

Correlações para determinar o coef. de transf. de calor por convecção (h) são usualmente

expressas em termos do número de Nusselt local ou médio.

local

médio

Page 108: Capítulo 6

Número de Nusselt

• A forma exata da relação funcional vai depender da configuração geométrica da superfície, da natureza do escoamento e das condições de contorno térmicas na superfície.

• As condições de contorno térmicas usuais são:

– Temperatura uniforme na superfície;

– Fluxo de calor uniforme.

Page 109: Capítulo 6

Nu: Convecção Forçada Placa plana Isotérmica

Rex < 5x105

5x105< Rex<5x107

Page 110: Capítulo 6

Nu: Convecção Forçada Fluxo de Calor Uniforme

Page 111: Capítulo 6

• Um coletor solar de 3ft de largura e 10ft de comprimento é montado sobre um telhado. Ar, a uma temperatura de 60ºF escoa através da largura do coletor. O ar move-se na velocidade de 10mph e a superfície do coletor está na temperatura uniforme de 220ºF. Determine a taxa de transferência de calor da placa?

Page 112: Capítulo 6
Page 113: Capítulo 6

Analogia entre atrito e calor

• Quando Pr = 1, as camadas limite térmica e hidrodinâmica são idênticas, ou seja, existe uma semelhança entre a quantidade de movimento e de calor transferido.

• Pode haver uma relação simples entre o coef. de arrasto de atrito e coef. médio de transferência de calor em uma placa plana: Número de Stanton

Coef. De Arrasto

Page 114: Capítulo 6

Analogia entre atrito e calor • Para o intervalo 0,6 < Pr < 60: (aumento do intervalo de aplicação)

• Analogia de Chilton-Colburn – válida para: i) escoamento laminar numa placa plana e ii) escoamentos turbulentos sobre superfícies planas ou com curvaturas.

• Útil para calcular coef. transferência de calor em

superfícies rugosas.

Gráfico:

Figura 6.8

Cálculo de h através dessa relação.

Page 115: Capítulo 6

• Ar, a uma temperatura média de 30ºC, escoa sobre uma placa plana totalmente rugosa de 1m de comprimento

numa velocidade de 100m/s. Estime o coeficiente médio de transferência de calor por convecção.

Page 116: Capítulo 6

• Ar, a uma temperatura média de 30ºC, escoa sobre uma placa plana totalmente rugosa de 1m de comprimento

numa velocidade de 100m/s. Estime o coeficiente médio de transferência de calor por convecção.

Gráfico:

Figura 6.8

Para o intervalo 0,6 < Pr < 60

Dados do ar naTab. A-8

Page 117: Capítulo 6

U

Page 118: Capítulo 6

Temperatura da superfície não-uniforme

• Exemplo 6.9; pag 214 a 217

• Interessante para visualização do uso das fórmulas envolvendo “local” (em um ponto “x” da superfície) ao invés de “médio”, no caso do cálculo do “h” e da

forma que aumenta a complexidade da análise quando a temperatura da superfície não é

uniforme.

Page 119: Capítulo 6

Convecção natural

• Número de Grashof: Forças de empuxo / forças viscosas

• onde: g - aceleração da gravidade β - coeficiente de expansão volumétrica; v – viscosidade cinemática

para gás ideal β = 1/Tf; onde Tf = (Tp+T∞)/2 • Número de Rayleigh:

Pode ser visto como a razão de forças e de

flutuabilidade e (o produto de) difusividades térmica e dinâmica.

• Para a placa plana vertical, a transição do escoamento laminar para o turbulento ocorre a Rax 109

Page 120: Capítulo 6

Nu: Convecção Natural Placa Plana Isotérmica Vertical

Page 121: Capítulo 6

Nu: Convecção Natural Placa Plana Isotérmica Horizontal

A natureza do escoamento é instável em ambos os lados da placa

Page 122: Capítulo 6

Nu: Convecção Natural Placa plana com fluxo de calor uniforme

Page 123: Capítulo 6

Correlações para cilindros e esferas Escoamento Forçado

ReLc < 1 & 0,6 < Pr < 1000

Fio, cilindros e tubos:

Esferas:

Onde o comprimento característico Lc (Re e Nu) e Nu0 são dados na tabela 6-5:

Page 124: Capítulo 6

Correlações para cilindros e esferas Escoamento Forçado

1< ReLc < 105 & 0,6 < Pr < 1000

Escoamento Forçado: Número de Nusselt médio para outros objetos de

formas variadas com temperatura de parede uniforme:

• Onde o comprimento característico Lc

(Re e Nu) e Nu0 são dados na tabela 6-5:

Nulam: Eq 6.30

(Eq. 6.45)

(* São as mesmas fórmulas

da Placa Plana com

temperatura uniforme na

superfície)

Nutur: Eq 6.37

Page 125: Capítulo 6

Correlação para objetos de formas variadas – Convecção Natural

• Correlação geral para cálculo do coef. transf. Calor em convecção natural para objetos de formas variadas (válida para

regiões laminar e turbulenta):

• O comprimento característico LC (Ra e Nu) e Nu0 são dados na Tabela 6-6.

Page 126: Capítulo 6

Convecção Natural x Forçada • Para cada situação haverá uma correlação específica para Nu.

• Deve-se tomar cuidado ao se determinar os parâmetros de referência pois:

– Convecção forçada: propriedades físicas avaliadas na

temperatura do escoamento externo.

• Assim, Re, Pr e Nu têm seus parâmetros avaliados por Text (ou T∞)

– Convecção natural: propriedades físicas avaliadas na

temperatura da película (filme), que é uma média entre a T da

parede e a externa: Tf = (Tp+T∞)/2

• Assim, β, Gr e Ra têm suas propriedades avaliadas por Tf.

Usar Text para coletar dados na Tabela

Resumos

Usar Tf para coletar dados na Tabela

Page 127: Capítulo 6

Regime laminar x turbulento

• Quem irá definir se o escoamento em uma placa plana se encontra em uma ou outra região será o número de Reynolds

(convecção forçada) ou o número de Rayleigh (convecção natural):

– Para cada geometria há um valor de Reynolds e de Rayleigh diferente para definir essa transição.

• Para cada regime, laminar ou turbulento, haverá uma correlação específica para Nu.

• A partir do Nu calcula-se h e finalmente Q ou q”

Resumos

Page 128: Capítulo 6

Cálculo da taxa de transferência de calor

Resumos

Page 129: Capítulo 6

Escoamento Externo

Convecção Forçada

Convecção Natural

Cálculo do Re (Lam ou Turb)

Cálculo do Ra (Lam ou Turb)

Configuração Geométrica

Configuração Geométrica

Fórmula específica para o Cálculo do

Nu

Cálculo do h

Cálculo do Q

.

Condição de Contorno:

-Tp uniforme - Q uniforme

Condição de Contorno:

-Tp uniforme - Q uniforme

Page 130: Capítulo 6

Resumos

T: Temperatura Uniforme.

Q: Calor Uniforme.

Laminar

Turbulento

Page 131: Capítulo 6

Resumos

* Quente em cima, Frio em baixo.

** Frio em baixo, Quente em cima.

*

**

Page 132: Capítulo 6

Laminar

Turbulento

Resumos

Page 133: Capítulo 6

• A superfície das paredes de um fogão de cozinha encontram-se na temperatura de 37,5ºC enquanto que a temperatura do forno está a 200ºC. O fogão tem 0,75m de altura e suas

paredes tem 0,7m de largura. Se a temperatura do ar for de 17,5ºC calcule a quantidade de calor perdida pelas laterais

do fogão.

• Resolução pág 223 do livro

Page 134: Capítulo 6
Page 135: Capítulo 6

Grupos Adimensionais Resumos

Page 136: Capítulo 6

Transição:

5.103 < Re < 5.105

22

turlam NuNuNu

Expressão para valor médio

de Nu somente

válida se 0,5 < Pr < 2000

Transição de laminar para

turbulento ocorre a Rax 109

Rex < 5.105

5.105 < Rex < 107

Rax 109

Resumos

Propriedades avaliadas em T

Propriedades avaliadas em Tf

L = área/perímetro

Page 137: Capítulo 6

Quando Turbulento: Eq 6.37

Resumos

Page 138: Capítulo 6

Resumos

Page 139: Capítulo 6

Resumos

Page 140: Capítulo 6

• Exercício 2: Um lâmpada de 40W, de 10 cm de diâmetro, instalada externamente está exposta ao ar que está a 14oC e na velocidade de 5m/s. Foi observado que a temperatura de sua superfície mantém-se aproximadamente em 36oC. Estime a taxa de perda de calor por convecção do bulbo considerando que a lâmpada seja esférica.

Page 141: Capítulo 6

• Exercício 2: Um lâmpada de 40W, de 10 cm de diâmetro, instalada externamente está exposta ao ar que está a 14oC e na velocidade de 5m/s. Foi observado que a temperatura de sua superfície mantém-se aproximadamente em 36oC. Estime a taxa de perda de calor por convecção do bulbo considerando que a lâmpada seja esférica.

Page 142: Capítulo 6
Page 143: Capítulo 6
Page 144: Capítulo 6

• Exercício 5: Um condutor elétrico tem a forma de um cilindro com diâmetro D = 25 mm e comprimento igual a 1 m. Ele é posicionado na horizontal e a temperatura de sua superfície igual a 60oC, enquanto que o ar que o circunda tem temperatura de 20oC. Determine a potência em W dissipada pelo condutor no ambiente. Utilize a relação proposta onde a dimensão característica L é o próprio diâmetro D.

Page 145: Capítulo 6

• Exercício 3: Um condutor elétrico tem a forma de um cilindro com diâmetro D = 25 mm e comprimento igual a 1 m. Ele é posicionado na horizontal e a temperatura de sua superfície igual a 60oC, enquanto que o ar que o circunda tem temperatura de 20oC. Determine a potência em W dissipada pelo condutor no ambiente. Utilize a relação proposta onde a dimensão característica L é o próprio diâmetro D.

Page 146: Capítulo 6
Page 147: Capítulo 6

Exercícios propostos

6.18 ; 6.12 ; 6.24 ; 6.25 ; 6.34 ; 6.38 ; 6.39