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CARLOS DE OLIVEIRA CASA NA DUNA

Casa na duna

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CARLOS DE OLIVEIRA

CASA NA DUNA

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FICHA TÉCNICA

Autor: Carlos de Oliveira

Título: Casa na Duna

Editora: Assírio & Alvim

Ano de publicação: 2004

Ano da primeira publicação:1943

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BIOGRAFIA DO AUTOR

Carlos Alberto Serras de Oliveira nasceu no Brasil, filho de imigrantes portugueses, veio aos dois anos para Portugal. A família fixou-se em Cantanhede, mais precisamente na vila de Febres, onde o pai exercia medicina. Em 1933 muda-se para Coimbra, onde permanece durante quinze anos, a fim de prosseguir os estudos. Em 1941 ingressa na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde estabelece amizade com Joaquim Namorado, João Cochofel e Fernando Namora. Em 1947 licencia-se em Ciências Histórico-Filosóficas, instalando-se definitivamente em Lisboa. No ano seguinte, volta a Coimbra e à Gândara. Em 1949 casa-se com Ângela, jovem madeirense que conhecera nos bancos da Faculdade, sua companheira e futura colaboradora permanente. Publicou livros como :Casa na Duna (1943) , Uma Abelha na chuva (1953), Alcateia (1944), Pequenos Burgueses (1948).

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RESUMO DO LIVRO

A obra descreve a vida dos camponeses e as suas dificuldades

económicas, a miséria dos jornaleiros e a vida monótona dos

fidalgos. A narrativa centra-se em Mariano Paulo, proprietário de

uma quinta, em Corrocovo, situada no alto de uma duna. Não

querendo mecanizar a lavoura, a quinta não lhe é rentável. Esta

personagem tem, portanto, dificuldades em manter a propriedade

dos seus antepassados e em subsistir economicamente, o que o

leva a lançar-se em diversos negócios, mas sem sucesso. Na

sua luta desesperada pela salvação da quinta, Mariano não

conta com o filho, Hilário, um tipo

adoentado, ensimesmado, conflituoso, totalmente desinteressado

da sorte da quinta de Corrocovo. Este jovem acaba por morrer, e

a sua morte simboliza a degradação da família.

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CITAÇÕES FAVORITAS

-"Na gândara, há aldeolas ermas, esquecidas entre pinhais, no

fim do mundo. Nelas vivem homens semeando e

colhendo, quando o estio poupa as espigas e o inverno não

desaba em chuva e lama. Porque então são ramagens

torcidas, barrancos, solidão, naquelas terras pobres ”(pag7).

-A lagoa crescera um metro sobre o bunho e invadia, às

golfadas, os casebres de Corrocovo. Corrocovo era isto:

tocas sem lume, devassadas pelo temporal; crianças quase

mortas de frio; os campos alagados; o céu tão baixo que

parecia poisar na rama dos pinheiros; chuva

insistente, noite e dia" (pág. 19).