22
CIBERCULTURA Novas tecnologias, outras identidades, antigos poderes Teorias da Comunicação II - 2015/1

Cibercultura tecnologias, identidade e poder 2015 1

Embed Size (px)

Citation preview

1. CIBERCULTURANovas tecnologias, outras identidades, antigos poderes Teorias da Comunicao II - 2. DA HISTRIA DA INTERNET HISTRICOS DE INTERNET 3. A SOCIEDADE EM REDE Transformao da CULTURA MATERIAL (Castells, 1999, p.69) O que caracteriza a atual revoluo tecnolgica no a centralidade de conhecimentos e informao, mas a aplicao desses conhecimentos e dessa informao para a gerao de conhecimento e de dispositivos de processamento/comunicao da informao, em um ciclo de realimentao cumulativo entre a inovao e o seu uso [] a difuso da tecnologia amplifica seu poder de forma infinita, medida que os usurios apropriam-se dela e a redefinem. As novas tecnologias da informao no so simplesmente ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos 4. A SOCIEDADE EM REDE Lies da REVOLUO INDUSTRIAL (Castells, 1999, p.71) Foram, de fato, revolues no sentido de que um grande aumento repentino e inesperado de aplicaes tecnolgicas transformou os processos de produo e distribuio, criou uma enxurrada de novos produtos e mudou de maneira decisiva a localizao [e o tipo!] das riquezas e do poder no mundo, que, de repente, ficaram ao alcance dos pases e elites capazes de comandar o novo sistema tecnolgico. O lado escuro dessa aventura tecnolgica que ela estava irremediavelmente ligada a ambies imperialistas e conflitos interimperialistas [] a inovao tecnolgica no uma ocorrncia isolada. Ela reflete um determinado estgio de conhecimento; um ambiente institucional e industrial especfico; uma certa disponibilidade de talentos para definir um problema tcnico e resolv-lo; uma mentalidade econmica para dar a essa aplicao uma boa relao custo/benefcio; e uma rede de fabricantes e usurios capazes de comunicar suas experincias de modo cumulativo e aprender usando e fazendo (p.73) 5. [] a mquina a vapor ainda amplamente considerada a inveno mais requintada da Revoluo Industrial" (p.74) MOTOR 6. 1500 - imprensa de Gutenberg 1700 - motor a vapor 1800 - energia eltrica e combusto interna 1947 - transistor 1957 - CI (circuito integrado) (entre 1959 e 1962 o preo dos semicondutores cai 85%) 1o de Setembro 1969 - ARPANET 1969 - Dennis Ritchie inventa UNIX (s usado depois de 1983) 1971 - computador num chip 1978 - TCP/IP inventado 1990 - Tim Berners Lee, Robert Cailliau e equipe inventamWWW 2002 - chips de 0.18 mcron 2015 - iphone 6 (0.045 mcron - processador A8) 7. Eram cruzados tecnolgicos, convictos de que estavam modificando o mundo, como acabaram mesmo fazendo (p.86) & COMPUTER LIB: usar o poder dos computadores em benefcio prprio (p.88 - Ted Nelson, 1974) 8. [A identidade] definida historicamente, e no biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que no so unificadas ao redor de um eu coerente. Dentro de ns h identidades contraditrias, empurrando em diferentes direes, de tal que nossas identificaes esto continuamente deslocadas. Se sentimos que temos uma identidade unificada desde o nascimento at a morte apenas porque construmos uma cmoda histria sobre ns mesmos ou uma confortadora narrativa do eu. A identidade plenamente unificada. completa, segura e coerente uma fantasia. Ao invs disso, medida em que os sistemas de significao e representao cultural se multiplicam, somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possveis, com cada uma das quais poderamos nos identificar - ao menos temporariamente (HALL, 2011, P.13). EXPERINCIA DE VIDA SE TORNOU UMA EXPERINCIA NA PRESENA DA MDIA"(COULDRY, 2012) 9. A prpria ideia de originalidade, e a noo associada de que o inimigo da autenticidade pode ser a conformidade social, fora em ns a ideia de que a autenticidade ter de lutar contra regras impostas externamente (TAYLOR, 1991, p.63). [] no momento em que a sociedade no tem mais uma estrutura sagrada, uma vez que os arranjos sociais e os modos de ao no so mais baseado na ordem das coisas ou na vontade divina, em um certo sentido eles esto em disputa (TAYLOR, 2003, p.5). A CONSTRUO DA IDENTIDADE E AS NOVAS TECNOLOGIAS Sujeito Iluminista Sujeito Sociolgico Sujeito Ps-Moderno 10. A CONSTRUO DA IDENTIDADE E AS NOVAS TECNOLOGIAS (COULDRY, 2012). A crescente interface entre mdia (media) de pessoa-a- pessoa e o que antes se chamava mdia (media) de massa possivelmente a mudana mais radical acontecendo agora Conexo muda o espao da ao social (COULDRY, 2012). 11. m no apenas a transcender fronteiras em qualquer sen (MORLEY, 2006, p.239) Ns somos continuamente confrontados com alguma coisa maior do que nossos eus individuais (COULDRY, 2002) ode ser ganhada ou perdida. Ela tornou-se politizada. Esse pro (HALL, 2002, p.22) 12. Ping map de dispositivos conectados Internet "A distribuio dessas novas tecnologias frequentemente espelha as estruturas de poder estabelecidas, e os fluxos de trfego de internet tendem a seguir as rotas determinadas por formas prvias de comunicao" (MORLEY, 2002, p.202) 13. (a) nossas noes do que o bem e (b) nosso entendimento sobre ns mesmos, mas tambm (c) os tipos de narrativas que do sentido nossas vidas e (d) concepes de sociedade, por exemplo, concepes sobre o que ser um agente humano entre outros agentes humanos (TAYLOR, 1989, p.105) Acesso um dos fatores que mudam: 14. A propaganda corrente que se pretende mais sria, preciso reconhecer, ainda no sucumbiu de todo a esse falatrio barato, encontrando-se dominada por algo na verdade pior, que poderamos chamar de humanismo tecnolgico. De acordo com ela, as mquinas faro para a espcie o trabalho de formao poltica e espiritual que o convvio social e o esforo bem-intencionado no fizeram por si mesmos. Em pouco tempo, garantem-nos seus porta-vozes, os computadores em rede se transformaro em praas pblicas digitais e enciclopdias cibernticas (RDIGER, 2002, P.13) 15. LIBERDADE DE CONTEDO, CONTEDO DE LIBERDADE O americano geralmente fala em liberdade de expresso, no direito de dizer ou no dizer certas coisas [...]. O sovitico geralmente fala sobre acesso aos meios de expresso - Alexander Inkeles 16. WIENER, BRAUTIGAN E O NASCIMENTO DA CIBERNTICA Eu gosto de pensar (e o mais cedo possvel) em um prado ciberntico onde mamferos e computadores vivem juntos em mtua programao harmoniosa como gua pura tocando o cu claro Eu gosto de pensar (agora mesmo, por favor!) Em uma floresta ciberntica cheia de pinheiros e eletrnicos onde cervos passeiam tranquilamente passando por computadores como se eles fossem flores com floridos rodopiantes Eu gosto de pensar (e tem que ser!) em uma ecologia ciberntica onde estamos livres de nossos fardos e reunidos com a natureza, retornados a nossos mamferos irmos e irms, I like to think (and the sooner the better!) of a cybernetic meadow where mammals and computers live together in mutually programming harmony like pure water touching clear sky. I like to think (right now, please!) of a cybernetic forest filled with pines and electronics where deer stroll peacefully past computers as if they were flowers with spinning blossoms. I like to think (it has to be!) of a cybernetic ecology where we are free of our labors and joined back to nature, returned to our mammal brothers and sisters, and all watched over EQUILBRIO CONFLITO FEEDBACK 17. ALL WATCHED OVER All watched over by machines of loving grace - BBC Diretor: Adam Curtis (2011) Editado por Juliana Szabluk (http://www.facebook.com/jusza) 18. !! E-mail: [email protected] Twitter: @_PedroReis Facebook: http://www.facebook.com/pedro.h.r BIBLIOGRAFIA UTILIZADA CASTELLS, Manuel. A Era da Informao: Economia, Sociedade e Cultura - Vol. 1 - A Sociedade em Rede. Editora Paz e Terra, 1999. COULDRY, Nick. Media, Society, World - Social Theory and Digital Media Practice. Polity, 2012. HALL, Sturt. A identidade cultural na ps- modernidade. DP&A, 2011. MORLEY, David. Media, Modernity, Technology - The Geography of the New. Routledge, 2007. RDIGER, Francisco. Elementos para a crtica da cibercultura: sujeito, objeto e interao. Hacker Editores, 2002. TAYLOR, Charles. Sources of the Self. 1989. TAYLOR, Charles. Ethics of Authenticity, 1992. TAYLOR, Charles. The Malaise of Modernity, 1991. 19. TEXTOS TRABALHO 2 Texto Douglas Kellner, Guerra entre Teorias (In: A cultura da mdia, 2001). No xerx, prdio 8, pasta Teorias II ou: https://goo.gl/HthbMH (34 Mb) Texto Manuel Castells A Sociedade em Rede (captulo 1 - p.63-113). No xerox, prdio 8, pasta Teorias II ou: https://goo.gl/hkYhEf (28 Mb) Slides: www.slideshare.net/pedrohreis Dvidas? [email protected]