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C i ê n c i a P o l í t i c a rolegômenos à Ciência Política Prof. Me. Israel Serique

Ciência Política: Introdução

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Prolegômenos à Ciência Política

Prof. Me. Israel Serique

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c a A Ciência Política é:

A teoria e a prática da política e a descrição e análise dos sistemas políticos e do comportamento político.

A Ciência Política abrange:

Os diversos campos do conhecimento humano, com vistas a melhor entender os fatos, teorias, comportamentos e sistemas políticos.

A Ciência Política utiliza metodologias como:

Interpretacionaismo, estruturalismo, behaviorismo, racionalismo etcPesquisas em documentos históricos, registros oficiais etc.Artigos acadêmicos, pesquisas de campo, análise estatística etc.

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c a Prismas de análise da Ciência Política

Pelo Prisma filosófico, a Ciência Política estuda os fatos, as instituições e as ideias.

a. Considerando o passado: como foram ou deveria ter sido.b. Compreendendo o presente: como são ou devem ser.c. Projetando o futuro: como serão ou deverão ser.

Pelo prisma sociológico, a Ciência Política é a teoria do Estado, pois o Estado é fenômeno social por excelência.

Pelo prisma jurídico, é o estudo do Direito Político. Nisto, como diz Kelsen, o Estado pertence ao mundo do “dever ser”. A força coercitiva do Estado significa o grau de eficácia da regra do direito, ou seja, a norma jurídica. O Estado é a organização do poder

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Teses sobre o objeto de estudos da Ciência Política

a. A ciência Política é a ciência do EstadoDesde a Grécia a ação política é ligada ao Estado

b. A Ciência Política é a ciência do poderAs modalidades de exercício do poder, a concentração do poder

interessam à Ciência Política.A manifestação de poder define-se pela capacidade de “obrigar”

outros a aceitarem ou adotarem um determinado comportamento, valor etc.

c. A Ciência Política é a ciência do poder políticoA ciência Política estuda o poder gerado socialmente e politicamente

organizado e estruturado.

d. A ciência Política é a Ciência dos Sistemas Políticos

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d. A ciência Política é a Ciência dos Sistemas Políticos

Estuda o conjunto de interações através da qual se processa a distribuição autoritária de valores numa determinada sociedade.

Estuda as maneiras complexas e variáveis como os diversos sistemas procedem ao estabelecimento imperativo de valores.

Estuda o Estado e as suas relações com os grupos humanos, os agentes políticos internos que lutam pela conquista, aquisição e pelo exercício do poder, ou pelo menos de influenciá-lo, visando a satisfação dos seus interesses.

Estuda os agentes políticos internacionais que influenciam ou tentam influenciar o comportamento dos órgãos que no quadro de uma sociedade nacional exercem o poder político máximo.

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c a Utilidade da Ciência Política

A utilidade da Ciência Política baseia-se na existência de uma disciplina que consiga sistematizar os processos, movimentos e instituições políticas, isto é, os fenômenos políticos.

Ajuda, através dos seus instrumentos analíticos e teorias a uma melhor compreensão dos sistemas políticos e seu aperfeiçoamento.

Permite aos cidadãos mais esclarecidos intervir na legitimação do poder e participar de forma ativa na vida política dos Estados.

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c a Breve Histórico da Ciência Política: Pensadores

a. Aristóteles

Para este filósofo grego, a política deveria estudar a pólis , as suas estruturas e instituições (a sua constituição e conduta).

Ele é considerado o pai da Ciência Política, pois considerou a política a ciência “maior”.

Preocupava-se com um governo capaz de garantir o bem-estar geral (o bom governo).

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c a b. Maquiavel

No século XVI, Maquiavel se mostrou preocupado com a criação de um governo eficaz, que unisse e secularizasse a Itália.

Através de sua obra “O príncipe”, defende um príncipe ou dirigente de governo sem preocupações morais e éticas, um dirigente que não olha a sensibilidade para atingir seus fins.

A Política era, assim, a arte de governar, ou seja, uma técnica que permitia ao dirigente ou governante alcançar os fins independentes dos meios. Estes fins diziam respeito aquilo que era pessoal e não geral.

Em seus escritos, usou o método comparativo-histórico, fazendo comparação entre dirigentes da sua época e de épocas anteriores.

Introduziu e reforçou a importância do Estado e da Instituição Estatal.

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c a c. Jean Bodin

No século XVI, Bodin escreveu “República”. Obra que era uma sistematização e explicação dos fenômenos políticos.

Ele concede relevância à ideia de soberania do Estado.

Para este autor, soberania é um poder tal que não há igual na ordem interna (escola, família, igreja, empresa etc.) e nem reconhece superior na ordem externa (comunidade internacional).

Ele considera que o Estado está divido em ordem interna e ordem externa; e apenas considera um Estado soberano, se este for superior nestas duas dimensões.

O Rei não está sujeito a condições postas pelo povo; todo o poder do Estado pertence ao Rei e não pode ser partilhado com mais ninguém (clero, nobreza ou povo).

A soberania se manifesta, principalmente, pela constituição de um sistema de normas jurídicas capaz de estabelecer as pautas fundamentais do comportamento humano.

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c a d. Montesquieu

No século XVIII, Montesquieu, em pleno Iluminismo, difunde ideias políticas que têm por base a ação humana.

Este posicionamento surge como alternativa às ideias de Aristóteles, chamando a atenção para a “natureza das coisas” a partir de suas idiossincrasias, ou seja, pelo conjunto de ações e modo próprio de um determinado grupo social.

Deu importância à geografia do Estado e a geopolítica se tornou relevante na análise política.

O despotismo deveria ser afastado pois, na República o poder pertence ao povo ou à parcela esclarecida deste; na monarquia o poder pertence ao monarca, ao passo que no despotismo o poder pertence a um indivíduo, que governa sem honra e utiliza o terror e a violência como forma de governo.

Para não se cair no despotismo, Montesquieu idealiza a separação institucional do poder a fim de que este não caia na mão de uma só pessoa.

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c a e. Augusto Comte

No século XIX, surgiu Augusto Comte.

Reconhecido como sendo o pai do Positivismo. Uma doutrina filosófica, sociológica e política, surgida como desenvolvimento sociológico do iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial.

De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos. Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados as crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.

Este Positivismo propunha à existência humana valores completamente humanos, afastando radicalmente a Teologia e a Metafísica (embora incorporando-as em uma filosofia da história). Assim, o positivismo associa uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética humana radical.

Redigiu o Sistema de política positiva entre 1851 e 1854, no qual expôs algumas das principais consequências de sua concepção de mundo não-teológica e não-metafisica, propondo uma interpretação pura e plenamente humana para a sociedade e sugerindo soluções para os problemas sociais.

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c a g. Karl Marx

Marx (século XIX) introduziu uma nova perspectiva de abordagem dos fenômenos políticos e de poder, uma vez que fez uma análise do ponto de vista econômico e social.

Segundo Marx, o fenômeno político e uma consequencia das relações de produção, e o regime político era o reflexo da organização das forças produtivas.

As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política - conhecidas coletivamente como marxismo - afirmam que as sociedades humanas progridem através da luta de classes: um conflito entre a classe burguesa que controla a produção e um proletariado que fornece a mão de obra para a produção.

Ele chamou o capitalismo de "a ditadura da burguesia", acreditando que seja executada pelas classes ricas para seu próprio benefício, Marx previu que, assim como os sistemas socioeconômicos anteriores, o capitalismo produziria tensões internas que conduziriam à sua auto-destruição e substituição por um novo sistema: o socialismo.

Ele argumentou que uma sociedade socialista seria governada pela classe trabalhadora a qual ele chamou de "ditadura do proletariado", o "estado dos trabalhadores" ou "democracia dos trabalhadores"

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Profº Ms. Israel Serique dos Santos [Doutorando e Mestre em Ciências da Religião (PUC-Goiás); Licenciado em Pedagogia (UVA-Ceará) e História (UVA-Ceará)]; Bacharel em Teologia (FACETEN-Roraima); licenciando em Matemática (UNIFAN-Goiás).e-mail: [email protected]