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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
Departamento de Relações Públicas, Propaganda e TurismoPós-Graduação em Ciências da Comunicação
Área III: Interfaces Sociais da ComunicaçãoLinha de Pesquisa: Políticas e Estratégias de Comunicação
Disciplina: Recepção, Mídia e Persuasão
COGNIÇÃO E AFETIVIDADE,MEMÓRIA, PERCEPÇÃO E ATITUDE
• Prof. Leandro Leonardo Batista
• Discente: João de Deus Dias Neto
São Paulo
Novembro/2007
RESUMO
•Apresentar alguns conceitos co-relacionados, no estudo das atitudes geradas pela percepção das mensagens publicitárias.
•Estabelecer uma confirmação sobre a dependência ou independência dos sistemas cognitivo e afetivo.
•Informações sobre os sistemas atrelados às funções do lembrar, percepção e breve relato sobre a formação de atitudes e seus componentes clássicos: cognitivo, afetivo e comportamental.
PALAVRAS-CHAVE:Cognição - Afetividade - Memória - Percepção - Atitude
I - INTRODUÇÃOA percepção de mensagens ampliada para os efeitos das
mensagens -> atitudes -> dimensões cognitivas e afetivas, torna-se um desafio.
Parte I:• Conceituar cognição e afetividade. • Incitar o leitor a entender as dificuldades existentes
em trazer dados quantitativos às dimensões cognitivas.
• Métricas?• Accountability => responsabilidade por uma tarefa e
pelos seus resultados. Em outras palavras, "como foi feito" e o "qual o resultado".
Parte II:• Conectar conteúdos estudados com a dissertação
proposta.• Memória, percepção e atitude.
II - COGNIÇÃO E AFETIVIDADE2.1- Cognição
Alto grau de interdisciplinaridade: psicologia (especialmente através da psicologia cognitiva) lingüística, neurociência, inteligência artificial (em particular no ramo de redes neurais) e filosofia (especialmente a filosofia da mente e a filosofia da matemática, mas com aplicações na filosofia da ciência).
• Objetivo da Ciência Cognitiva: compreender a estrutura e o funcionamento da mente humana.
• Modularidade da mente: a mente não é um todo sem emendas, mas é, ao contrário, uma coleção de componentes mais ou menos especializados, entre os quais há fortes conexões.
Gestão do Conhecimento: Segundo SANTIAGO JÚNIOR (2004. pg.32, 33), apud NONAKA & TAKEUCHI:“[...] a dimensão cognitiva é constituída de crenças, valores, ideais, esquemas e modelos mentais que indivíduos têm de forma arraigada e que se admite como
verdadeiro; apesar de ser difícil de ser articulada. Essa dimensão do conhecimento tácito modela a forma como cada indivíduo percebe o mundo”.
Alguns conceitos de Cognição:
1. ato ou efeito de conhecer2. processo ou faculdade de adquirir um conhecimento
Uma coisa é certa: “A cognição é parte integrante do estudo da percepção”.
Psicologia:“Conjunto de unidades de saber da consciência que se baseiam em
experiências sensoriais, representações, pensamentos e lembranças.”
Funções Mentais:• Afeto, Cognição e Volição.
A capacidade do indivíduo, sobre a qual se baseia a conduta consciente, de se decidir por uma certa orientação ou certo tipo de conduta em função de motivações é o que chamamos de volição.
II - COGNIÇÃO E AFETIVIDADE2.2- Afetividade
Psicologia:“Sentimento ou emoção em diferentes graus de complexidade, como: amizade, amor, ira, paixão, etc. A manifestação da afetividade pode ser demonstrada por uma descarga emocional breve, violenta, disparada por impressões externas ou por representações.
Dimensão Afetiva:Aprendida nas relações que ele estabelece com as outras pessoas e que vão sendo construídas ao longo de sua história pessoal, inserida numa condição histórico-cultural específica.
Quando usamos nossas emoções nas diversas situações, utilizamos nossa memória, pensamento, imaginação, planejamento, conhecimento, linguagem, conceitos, significados, sentidos, percepções e atenção.
Influências da Dimensão Afetiva:
A dimensão afetiva é importante à medida que influencia, organiza ou determina cognições ou comportamentos avaliativos.
A partir do momento em que os indivíduos produzem uma avaliação do objeto de representação, ou de alguns de seus aspectos, pode-se dizer que uma dimensão afetiva é ativada, dentro de um raciocínio do tipo "isto me agrada" ou "isto não me agrada".
Segundo GIGLIO (2004):
Estudos já comprovaram o relacionamento positivo entre a imagem da empresa à avaliação favorável de suas propagandas e a intenção de compras (LAFFERTY et al. 2002; GOLDSMITH et al. 2000).
II - COGNIÇÃO E AFETIVIDADE2.3- Cognição versus Afetividade
• VICTORIA, SOARES e MORATORI (2005), mencionam:“O estudo da relação entre emoção e cognição é um assunto atual, apesar da
sua origem ter se iniciado por volta de 1884 com William James (1894/1994) que propunha que a experiência consciente seguia-se às
reações do corpo, as quais são reações mais ou menos automáticas aos estímulos do meio ambiente”.
Primeira Concepção: Sistemas Separados• sistema emocional distinto do cognitivo, que trataria a informação
afetiva e influenciaria um comportamento independentemente dos processos cognitivos.
• “o afeto e a cognição são sistemas separados e parcialmente independentes e (...) mesmo que em geral funcionem conjuntamente, o afeto poderia ser gerado sem um processo cognitivo anterior” (p. 259).
• A reação afetiva possui características que lhe assegura uma característica distintiva em relação à cognição.
Segunda Concepção:Único sistema para a emoção e cognição. Nesta ótica, a emoção constitui um fator no núcleo da cognição e do tratamento da informação.
Lazarus (1991) que, a partir dos resultados experimentais, salienta que uma avaliação cognitiva sempre precede qualquer reação afetiva e que aquela, não necessariamente, envolve um processo consciente.
Bower, (1981), a memória comporta uma rede de nodos relacionados, alguns deles constituídos de emoções.Cada nodo emocional é ligado a outro e, quando existe a ativação de um desses nodos emocionais, isso se difunde em uma parte da rede.
O priming representa um avanço na quantificação do processamento cognitivo e na representação da emoção. Umas das vantagens da sua utilização é o fato de ser uma medida automática, não envolvendo controle consciente, exigindo pouco ou nenhum esforço ou mesmo intenção do sujeito e ocorrendo relativamente rápido (RATCLIFF; MCKOON, 2001 e STERNBERG, 2000).
III_ MEMÓRIA, PERCEPÇÃO E ATITUDE
• Estudos sobre Geração de atitudes - > abordagens teóricas serão relevantes no processo de releitura.
RODRIGUES (2004, pg. 398), no estudo dos componentes das atitudes anuncia:
Para que se tenha uma atitude em relação a um objeto é necessário que se tenha alguma representação cognitiva deste objeto
(...) para que haja uma carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, faz-se mister que se tenha alguma representação cognitiva
deste mesmo objeto.
3.1 Memória
• CATANIA (1998, pg. 306), em sua obra Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição, nos ensina:A área tradicionalmente denominada aprendizagem verbal ocupa-se com o
que acontece quando aprendemos seqüências de palavras, combinações de palavras e contextos de palavras.
• De forma sintética, orienta-nos o autor, que o armazenamento implica em codificação (substituição e elaboração) e diferentes níveis de processamento. Em sua fala CATANIA (1998, pg. 331), simplifica:
Um episódio de lembrar é definido por três componentes: a aprendizagem inicial de um item, a passagem do tempo e então uma oportunidade para
recordar. (...) Diz-se que o armazenamento do item resulta da aprendizagem inicial, que determina como o item é retido ao longo do
tempo; um período de retenção é seguido pela oportunidade de recordar; o recordar o item é então chamado de recuperação do armazenamento. Diz-se que um item que for armazenado está disponível, mas somente
está acessível se puder ser recuperado [...].
Fase Pré-Psicológica doFenômeno Perceptivo
Estímulo Distante(ED) X
Ação emanada de “O” para “P”
CondiçõesMediadoras (M)
Condições ambientais influem na nitidez da transmissão de “X”
Expressões faciais e verbais de “O” devem ser observadas
Clareza na estrutura de “X” Estimulação sensorial
Estímulo Próximo (EP)
EP= f (ED x M)
Fase Psicológica doFenômeno Perceptivo
Processos Psicológicos (PrP)
Valores Atitudes Necessidades Interesses Tendencionalidades Estereótipos Disfunções Mentais Atribuição de Diferencial de
Causalidade
Percepto(Pt)
X tal como percebido por Pt
• 3.3- Atitude• Se o propósito da dissertação é investigar percepção e seus
efeitos, não há como deixar de investigar estímulos sensoriais e respectivas respostas. Estas respostas, em minha modesta concepção, são traduzidas por atitudes. Desta forma, a contribuição de RODRIGUES (2004, p.411) em Psicologia Social, é essencial:
• Atitude é uma organização duradoura de crenças e cognições em geral, dotada de carga afetiva pró ou contra um objeto social definido, que predispões a uma ação coerente com as cognições e afetos relativos a este objeto.
Existe uma infinidade de conceituações, de vários autores de diferentes correntes, sobre o que seria atitude. RODRIGUES (2004, pg.396), destaca:
“Um sistema duradouro de avaliações positivas e negativas, sentimentos emocionais, e tendências pró ou contra com respeito a um objeto
social” (Krech, Crutchfield e Ballachey, 1962).
• As principais conclusões são, de acordo com RODRIGUES (2004, pp.407-408):
[...] de que muitas vezes pode-se prever o comportamento através do conhecimento da atitude, sendo isto tão mais fácil
quanto mais simples for a situação considerada. Situações complexas, onde atitudes em relações a vários objetos
atitudinais, inclusive à própria situação, tornam mais difíceis as previsões de comportamento. As atitudes influem em
vários fenômenos psicológicos, tais como motivação, percepção e aprendizagem.
Por serem mais específicas que os valores, as atitudes sociais são em muito maior número que estes, e muita vez uma
mesma atitude exibida, por duas pessoas pode estar ancorada em valores diferentes para cada uma delas.
•
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As abordagens embora sejam limitadas, incita-nos a um vasto aprofundamento da pesquisa, tendo em vista temas tão complexos como co-relacionar cognição e afetividade, estudo da memória, entrar nos meandros da percepção e as variáveis que norteiam o estudo da atitude.
Há um emaranhado de conceitos fundamentais para o estudo, portanto, há que se tecer toda uma teia de relacionamentos e implicações que surgem, a todo momento, entre estas e outras variáveis, como atenção, resistência , persuasão e muitas outras.
Acredito que mesmo de forma sintética, foi possível estabelecer a imbricação entre os vários temas aqui abordados,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROWN, J. A. C. , 1963 – Técnicas de Persuasão, Zahar EditoresCATANIA A. C. , 1998 – Aprendizagem: comportamento,
linguagem e cognição, Editora Artmed.HARRISON, Albert A. , 1975 – A Psicologia como Ciência Social,
Editora CultrixRODRIGUES, S. A. , 2004 – Psicologia Social, Editora VozesSANTIAGO JR., JOSE RENATO SATIRO. Gestão do Conhecimento:
A Chave Para o Sucesso Empresarial Novatec Editora Ltda São Paulo 2004
STERNBERG, R. , 2000 – Psicologia Cognitiva, Editora Artmed.VICTORIA, Mara Sizino da Victoria, SOARES, Adriana Benevides &
MORATORI, Patrick Barbosa - A Influência de Estados Emocionais Positivos e Negativos no
Processamento Cognitivo - disponível em http:/pepsic.bvs-psi.org.br/pdf/ epp/v5n2/v5n2a04.pdf