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Interagir ou Desistir? Como lidar com o aluno disléxico na sala de aula. Dra. Ana Luiza Borba Psicóloga e Psicopedagoga

Como interagir com o aluno 2006

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Interagir ou Desistir?

Como lidar com o aluno disléxico na sala de aula.

Dra. Ana Luiza BorbaPsicóloga e Psicopedagoga

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O QUE A ESCOLA ESPERA DO ALUNO?

PRODUÇÃO

Para haver produção é preciso - Organização

* Neurológica - Estrutura cerebral preservada - Integração cerebral com várias

Organização outras áreas (auditiva, visual e motora)

* Emocional

* Social

- Atenção

- Concentração

- Compreensão

- Memória

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PRINCIPAIS SINTOMAS:

- Desempenho inconstante- Demora na aquisição da leitura e escrita- Lentidão nas tarefas de leitura e escrita, mas não nas orais- Escrita incorreta (troca, omissões, junções, aglutinações)- Dificuldade de associar o som à letra- Dificuldade com a rima- Dificuldade com aliteração- Discrepância entre as realizações acadêmicas – habilidades lingüísticas e o

potencial cognitivo- Dificuldade para organização seqüencial (letras do alfabeto, seqüência

numérica, os meses do ano, tabuada, e etc.- Dificuldade em organizar-se com o tempo / espaço / direção- Dificuldade em memorizar números de telefones, mensagens, fazer

anotações- Dificuldade em organizar suas tarefas

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SINAIS DE DISLEXIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

- Dificuldade em prestar atenção- Dificuldade para memorizar rimas e canções- Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem- Coordenação motora- Pode apresentar falta de interesse por livros- Dificuldade de montar quebra-cabeça (figura e fundo)

 

Essas características podem se apresentar de forma combinada ou isolada e ainda se combinarem de diferentes maneiras em cada disléxico.

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• Observar para agir (como é o vínculo que ele faz com a aprendizagem / com o objeto do conhecimento)

• Buscar informação e parcerias – família profissionais coordenadores /

orientadores

• Auxiliar nas tarefas diárias – organização da rotina material atividades propostas em sala

de aula cobrança diferenciada (ritmo)

• Avaliação formativa

• Como o grupo pode ajudar (cidadania)

• Conquistas / auto-estima

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COMO INTERAGIR

* Professor como mediador

* Trabalhar a autonomia intelectual – levar o aluno a se tornar capaz de pensar por si mesmo, considerando os fatores relevantes para decidir qual deve ser o melhor caminho de ação.

* Transformar a sala de aula num fórum de debates (exemplos: carta a um político, a novela “Romeu e Julieta”, convites das festas internas, tabuada do milhão, álbum de recordações, hora da piada)

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NAS DEMAIS FAIXAS ETÁRIAS

*      Havendo suspeita procurar mais informações (orientação, coordenação

e pais)

*      Dar aos alunos disléxicos, se possível, um resumo do curso na hora da

matrícula

*      Conversa individual com o aluno que tem dificuldade de aprendizagem;

*      Iniciar cada módulo com um esquema do que deverá ser dado naquele

período

*      Usar material de apoio

*      Procurar contextualizar o vocabulário

*      Anunciar o trabalho com antecedência

*      Dar modelos

*      Aulas de revisão

*      Autorizar o uso de tabuadas, rascunhos, dicionários e calculadoras

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Auto-regulação é a atividade mental que permite criar um sistema pessoal de aprendizagem. Quais as peças fundamentais: Co-avaliação

Avaliação mútua

Auto-avaliação

Avaliação Formativa Alternativa: Aula prática (aula de ciências)

Pesquisa / questionário

Trabalho em dupla / trio / grupo

Relatório

L.C. / classe

L.P. – leitura do livro

desenho / debate

ditado / cópia

postura

Fichas avaliativas

Portifólio de trabalho

Avaliação oral

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CUIDADOS AO AVALIAR

Antes de avaliar - retomar o conteúdo

Durante a avaliação – usar estratégias metacognitivas

Depois de avaliar – retomar as questões com índices mais elevados de erros

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• Avaliação - Rubem Alves

“Uma idéia a ser explorada:

Para educar bem-te-vi

preciso gostar de bem-te-vi,

respeitar seu gosto, não ter projeto

de transformá-lo em urubu.

Um bem-te-vi será sempre

um urubu de segunda categoria.”

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CONCLUSÃO

  Vínculo:

 - Com a família - Com o aluno

- Com a escola

  Muita, muita paciência!

Diagnóstico

“Fatos não deixam de existir porque são ignorados”.

Um diagnóstico correto, feito no momento adequado, logo que as dificuldades se fizerem presentes, é de grande valia tanto para o aluno, quanto para os seus pais, uma vez que, freqüentemente esclarece e, assim, liberta ambos da suspeita da deficiência intelectual, ou do rótulo de aluno preguiçoso, desatento, bagunceiro. Suspeitas essas, que podem traumatizar e baixar a auto-estima do aluno, assim como, paralisar os pais na busca de soluções adequadas.

O diagnóstico é importante para dirigir as técnicas mais adequadas para a reintegração do aluno, objetivando tornar mais eficaz o plano de tratamento.

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O relatório da Comissão Internacional da UNESCO, coloca 4 eixos fundamentais que devem nortear a educação

do século XXI.

* Aprender a aprender

* Aprender a fazer

* Aprender a conviver juntos

* Aprender a ser.

Porque educar só tem um sentido, que é instrumentalizar para ser feliz!!