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Comunicação política

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Page 1: Comunicação política

COMUNICAÇÃO POLÍTICAComunicação Organizacional

Marcelo Freire

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Os estudos recentes de comunicação pública têm embasado as principais diferenças entre comunicação pública, governamental e política. A propósito Jorge Duarte (2011, p.126), ao situá-la em um contexto mais amplo, deixa claras essas delimitações. “Comunicação governamental trata dos fluxos de informação e padrões de relacionamento envolvendo o executivo e a sociedade”. Quanto à comunicação política, essa “diz respeito ao discurso e à ação na conquista da opinião pública em relação a ideias ou atividades que tenham relação como poder”. Já “a comunicação pública se refere à interação e ao fluxo de informação vinculados a temas de interesse coletivo”.

RECAPITULAÇÃOCOMUNICAÇÃO PÚBLICA - CONCEITO

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MUDANÇAS NA ESFERA POLÍTICA

Há, em primeiro lugar, portanto, a constituição de um modelo social de esfera de visibilidade e de cognição coletivas profundamente vinculado à comunicação de massa, que pouco a pouco foi se tornando predominante em um grande número de sociedades. Mudada, então, a infra-estrutura da comunicação política, parece natural que tal alteração tenha incidido significativamente sobre o funcionamento da arte política e provocado alterações importantes nas habilidades que ela demanda e nas competências que solicita [WG].

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ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO NA ESFERA POLÍTICA 1) os agentes políticos (mesmo aqueles da sociedade civil)

passaram a atuar em grande parte para a esfera de visibilidade pública controlada pela comunicação, principalmente quando se deu o advento do predomínio da televisão, que exigiu da esfera política a formação de novas competências e habilidades de comunicação com efeitos consideráveis sobre as rotinas de atividades e sobre o sistema de valores tradicionais da esfera política;

2) as estratégias eleitorais em particular e as estratégias políticas em geral passaram a supor um ambiente de recepção da política centrada no consumo de imagens públicas. Com isso, os procedimentos de produção e circulação de imagens e de disputa pela imposição das imagens predominantes deslocam-se em direção ao centro da atividade estratégica da política (Gomes 1999; Newman 1999; Just e Crigler 2000; Nakajima 2001; Barnhurst e Steele 1997; Druckman 2003);

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ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO NA ESFERA POLÍTICA 3) cálculos de eficiência forçam, então, a esfera política a recorrer a

competências e a habilidades técnicas do marketing, da sondagem de opinião, das consultorias de imagem, das análises de opinião pública e das assessorias de comunicação (Scammell 1999; Novotny 2000; Esser, Reinemann e Fan 2000 e 2001; Plasser 2001; Farrell, Kolodny e Medvic 2002; Lilleker & Negrine 2002; Negrine & Lilleker 2002; Palmer 2002; Medvic 2003). O que gera efeitos de duas naturezas sobre a esfera política: de um lado, parte da energia dedicada às atividades tradicionais da política passou a ser empregada com a produção de uma comunicação política eficaz; de outro, formaram-se, no interior da esfera política, verdadeiras colônias de profissionais de comunicação e gestão política, cuja assimilação ao tecido político não se dá sem conflitos, rearranjos e rejeições;

4) o discurso político se reformata segundo a gramática do audiovisual, de acordo com as fórmulas de exibição e de narração próprias do universo da comunicação de massa e conforme as demanda de entretenimento própria da instância da clientela dos serviços industriais da comunicação e da cultura (Barney 2001).

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CONSEQUÊNCIAS DAS TRANSFORMAÇÕES NA ESFERA POLÍTICA 1) a mudança, real ou presumida, do alcance dos valores ideológicos no embate político e

na caracterização das posições em disputa;

2) a alegada perda contínua de importância de se apresentar idéias, discutir conceitos e expor e disputar programas políticos numa comunicação política que se dirige imediatamente a um público de massa cuja maior parte estaria interessada basicamente em entretenimento, curiosidades, espetáculos e competições;

3) a reiterada presunção de transfiguração dos valores públicos democráticos, por força dos mecanismos da comunicação de massa;

4) o campo político se torna cada vez mais profissional, técnico, científico e a comunicação política de massa supõe planejamento, previsão e controle. O que o agente político diz e faz e o modo como ele se apresenta precisa acompanhar um script profissionalmente estabelecido e orientado por cálculos de eficiência - há cada vez menos espaço para o amadorismo (Johnson 2001), para a precariedade da organização, para a improvisação e para a espontaneidade. Busca-se controlar o acaso e estabelecer previsões e providências. A sondagem, a pesquisa, a análise produzem o tempo todo saberes que permitem a antevisão e a intervenção do artifício com vistas ao sucesso político (Lewis 1999; Daschmann 2000; Medvic 2003). Até mesmo as agendas, isto é, o sistema das prioridades sociais que o público acredita serem as suas, podem ser conduzidas e controladas (McCombs et al. 1998; McCombs & Ghanem 2001);

5) por fim, a tão propalada crise da política de partidos (Zaller 1999; Sarti 2000; Ware 1988; Plasser 2001).

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MARKETING POLÍTICO

Shama (1976) define Marketing Politico como sendo "o processo pelo qual candidatos e ideias politicas sao dirigidas a eleitores a fim de satisfazer suas necessidades politicas e, dessa forma ganhar seu apoio

Para Lindon (1976), Marketing Político e "um conjunto de teorias e métodos de que se podem utilizar as organizações políticas e poderes públicos, ao problema de conquistar um numero suficiente de elei- mesmo tempo para definir seus objetivos e programas e para influenciar o comportamento de seus cidadões.

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DESDOBRAMENTOS

Vinculação Ideológica Enquadramento (percepção de atributos ao invés

de apenas pertinência)

Two Step Flow (efeito em dois tempos)