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Curso de direito administrativo diogo de figueiredo

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    "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e no mais lutando por dinheiro epoder, ento nossa sociedade poder enfim evoluir a um novo nvel."

  • Edies da obra

    1 edio 1970

    2 edio 1974

    3 edio 1974

    4 edio 1974

    5 edio 1976

    6 edio 1983

    7 edio 1989

    8 edio 1989

    9 edio 1990

    10 edio 1992

    11 edio 1996

    11 edio 1997 complemento

    11 edio 1998 2 tiragem

    11 edio 1999 3 tiragem

    12 edio 2001

    12 edio 2002 2 tiragem

    13 edio 2003

    14 edio 2005

    14 edio 2006 2 tiragem

    15 edio 2009

    15 edio 2010 2 tiragem

    16 edio 2014

  • A EDITORA FORENSE se responsabiliza pelos vcios do produto no que concerne suaedio (impresso e apresentao a fim de possibilitar ao consumidor bem manuse-lo e l-lo). Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danosou perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra.Todos os direitos reservados. Nos termos da Lei que resguarda os direitos autorais, proibida a reproduo total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrnicoou mecnico, inclusive atravs de processos xerogrficos, fotocpia e gravao, sempermisso por escrito do autor e do editor.

    Impresso no Brasil Printed in Brazil

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    Capa: Danilo Oliveira

    Produo Digital: Contentra

    1 edio 1970/1971 / 16 edio 2014

  • CIP Brasil. Catalogao na fonte.Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

    Moreira Neto, Diogo de Figueiredo

    Curso de direito administrativo: parte introdutria, parte geral e parte especial /Diogo de Figueiredo Moreira Neto. 16. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro : Forense, 2014.

    ISBN: 978-85-309-5371-3

    1. Direito administrativo. I. Ttulo.

  • Agradecimento especial ao meu revisor,RAFAEL VRAS DE FREITAS.

    Rara inteligncia e impressionante dedicao.

  • DEDICATRIAS

    A Cleinha, querida esposa, sabendo que esta dedicatria muito pouco, mas certo de que vocsentir em todo o livro a inspirao de sua presena e a minha imensa gratido por seu incentivo,leituras, sugestes e, muito, por sua pacincia durante as longas horas de trabalho.

    A Lus Diogo, Guilherme e Rodrigo, queridos lhos, e Felipe, Carolina, Karina, Maria Luiza,Maria Cristina e Miguel, queridos netos, para que meu carinho ternamente os acompanhe.

    A Lcia Elisa, in memoriam, nica lha, que me deixou o vazio que procuro completar comlembranas e saudades.

  • APRESENTAO

    H quatro dcadas, em 1969, este Curso foi concebido e redigido em sua verso originalsob a motivao de seis anos de experincia docente na Faculdade de Direito da, hoje,Universidade Candido Mendes, e sob a inspirao de quase dois anos de estudos e demeditao em Universidades europeias, vindo luz no ano seguinte, em 1970, inicialmentedividido em dois tomos: o Primeiro, com a Parte Introdutria e a Parte Geral, e o Segundo, coma Parte Especial. Em 1974, toda a obra foi fundida em nico volume, passando a apresentar,em seus vinte Captulos, os fundamentos da Disciplina, mantendo a sistemtica originria,que se mostrara sucientemente exvel, no correr desses anos, para expandir-se eacomodar satisfatoriamente os novos temas nas sucessivas edies, at esta, apresentada aseus antigos e novos leitores.

    s preocupaes iniciais, que me valia recolhendo experincia docente poca, naqual se mostrava o reprovvel apego do alunado ao uso das denominadas apostilas de aula,s quais dava preferncia como fonte principal, seno que nica, para os estudos debacharelado, ou, como tambm se observava naqueles anos, a inevitvel carncia de espaoacadmico para debate e crtica, em parte pelas escassas alternativas de livros-textos paraguiar os primeiros contatos com a disciplina, sucederam-me essas e outras inquietaesdidticas.

    Assim, na medida em que novas preocupaes foram se agregando, em tempos que oDireito Administrativo entrava em fase de grandes e cleres transformaes, durante asltimas dcadas do sculo passado, tanto em suas vertentes doutrinrias como na positiva ena jurisprudencial, o que ainda mais se veio a se acelerar, culminando com os impulsosrenovadores da exitosa experincia brasileira de reconstitucionalizao, em 1988, seguiu-se asua absoro pelo Direito Ptrio, notadamente graas ao precioso contributo jurisprudencialdo Supremo Tribunal Federal e ao uxo de tendncias renovadoras, ainda em curso,marcaram o advento do racionalismo e do positivismo novecentistas e o incio da paulatinademolio de velhos mitos, acumulados durante a modernidade, tais como o totalitarismo, aestatizao da vida social e a intoxicao das ideologias de planto, as quais, por quase umsculo de absurdo culto a mazelas de planto, minimizaram e entorpeceram a Cincia doDireito.

    Dessa forma que esta obra se inseriu, desde logo, entre as primeiras respostas doDireito Pblico brasileiro ao grande repto lanado comunidade acadmica com o adventoda nova Constituio, o que ocorreu na sua 7 edio, refundida e atualizada, editada logoem seguida promulgao da Carta, que bem reetia a renovao de prprio conceito de

  • Direito Administrativo, que ento emergia na linha traada pela ordem recm-inaugurada,substituindo o primado do Estado-administrador, pelo da pessoa do administrado.

    Contudo, essa permanente preocupao, com a magnca atualizao conceitual quehavia partido da viso do administrado-sdito para elevar-se do administrado-cidado, foimotivada e absorvida graas s constantes e profundas inuncias hauridas no contato comgrandes Mestres de elevada compreenso humanstica, que ponticaram durante o sculoXX, como, no Brasil, de FRANCISCO CAMPOS, na Filosoa do Direito, ainda nos bancos doDoutorado da ento Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil; deMARCELO CAETANO, em Portugal, em curso de especializao na Faculdade de Direito daUniversidade de Lisboa; de THEODOR MAUNZ, na Alemanha, em estgio no Instituto deDireito Pblico e Cincia Poltica da Universidade de Munique, e, a partir de 1971, deEDUARDO GARCA DE ENTERRA, jurista maior da latinidade, cuja amizade desde entoacalento ternamente, tornando-me participante assduo de seus celebrados Seminrios deCatedrticos de Direito Administrativo das quartas-feiras na Universidade Complutense deMadri e, no menos, do frutfero intercmbio que me proporcionou com a sua formidvelEscola de Catedrticos, nica na Espanha e provavelmente em toda a Europa, a cujas reuniesanuais venho comparecendo, por vezes em companhia de meu discpulo e alhado FBIOMEDINA OSRIO, doutorado da Casa, para desfrutar da companhia de tantos amigos quefizemos e, sempre, aprender um pouco mais.

    Desse modo, mantendo-se tradicional quanto ao mtodo, mas buscando sempre avanguarda quanto ao contedo, pois que preciso estar atento s sucessivas mutaes,inevitveis e necessrias em qualquer Cincia, este Curso alcana a sua dcima sexta ediomantendo, esquematicamente: em sua Parte Introdutria, a propedutica atualizada pelaincorporao dos enfoques cientcos da ps-modernidade, visando a oferecer umaorientao interdisciplinar, notadamente juspoltica, ao leitor; em sua Parte Geral,sistematizada em torno do conceito central da ao administrativa, consolidando as bases daDisciplina, e, ao cabo, em sua Parte Especial, a mais extensa, distribuda em dez Captulos,tratando os seus campos de atividade especcos, em resposta seguinte ordem metdicade questes quem age, como age e como se controla a juridicidade da ao administrativa doEstado, sempre com foco na experincia brasileira.

    Como qualquer obra didtica que pretenda manter-se em dia, foi-me imprescindvelvaler-me de toda a colaborao que me prestaram, em forma de sugestes, de crticas e depesquisas ao longo dessas dcadas no Brasil, tanto quanto foi importante a maturaoproporcionada por uma, a esta altura, j longa experincia acadmica, vivida no Brasil e noexterior, de modo que, como o tenho feito nas edies anteriores, cumpro de pblico o deverde gratido de, entre tantos que me ajudaram, estimularam e honraram com suas valiosascontribuies, declinar a nmina de colaboradores mais diretos, como a querida amigaLCIA LEFBVRE FISHER, Chefe da Biblioteca da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de

  • Janeiro; a dedicada KARIN THIELE QUEIROZ, Chefe do Setor de Atualizao Legislativa daEditora Forense, que desde muitos anos tm sido essenciais para a atualizao desta obra, squais se agregaram os queridos amigos VANICE LRIO DO VALLE, LEONARDO COELHORIBEIRO e, de modo muito especial, RAFAEL VRAS DE FREITAS, meu devotado ecuidadoso revisor nal desta edio, todos que dedicaram preciosas horas de seu tempo emleituras crticas, provendo preciosas sugestes para o aprimoramento da obra.

    Seja-me, assim, permitido destacar na gerao com a qual aprendi a melhor ensinar paracontinuar ensinando dois de meus queridos ex-assistentes, por muitos e inesquecveis anos,que perseveraram ativamente no cultivo de nossa Cincia: CLUDIO BRANDO DEOLIVEIRA, como Assistente na Faculdade de Direito da Universidade Candido Mendes,hoje eminente Desembargador do Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro, e meupranteado alhado de letras, MARCOS JURUENA VILLELA SOUTO, como dedicadoAssistente na Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, que deixou sua marcaluminosa em todas as instituies em que serviu ao Direito e Justia, notadamente em sualtima obra o Instituto de Direito Administrativo do Estado do Rio de Janeiro IDAERJ, criadajuntamente com o festejado jurista e Desembargador do Tribunal de Justia do Estado doRio de Janeiro, meu querido ex-aluno do bacharelado e sempre amigo JESS TORRESPEREIRA JNIOR, que desde a primeira hora contou com meu modesto mas entusiasmadoapoio.

    Mas a todos esses juristas renados que, com incansvel devotamento, muito deram desi para a minha felicidade pessoal e para o aperfeioamento deste livro, agregaram-se, emanos mais recentes, trazendo-me preciosos estmulos e incentivos, por todas as formas,mesmo imerecidas, como s as sabem dar os mais queridos amigos, os Procuradores deEstado e juristas FLVIO AMARAL GARCIA e HENRIQUE BASTOS ROCHA, meus colegas debanca de advocacia consultiva, que mantivemos com o nome que pereniza a presenaafetiva de nosso scio e fundador, MARCOS JURUENA VILLELA SOUTO, e, last but not theleast, esta extraordinria magistrada, jurista e mestra, a Desembargadora LEILA MARIACARRILO CAVALCANTE RIBEIRO MARIANO, que faz hoje Histria, ao honrar as tradiesdo Estado do Rio de Janeiro e de seu Tribunal de Justia, como a sua primeira Presidente.

    Agradecimentos no estariam rematados sem a evocao, como venho mantendo e queme to especialmente estimada na gerao com a qual aprendi a me preparar para continuaraprendendo das venerandas guras dos Mestres que me formaram no amor aoConhecimento e na devoo ao Direito e Justia, aos quais, reverenciando-os do fundo docorao, os represento a todos nas pessoas de meus ilustres prefaciadores, que, em suasapresentaes desta obra, se permitiram (como tantas vezes venho armando) expandir agenerosidade de seus espritos, acol do que a sua formao de cientistas por certo osaconselharia, deles estacando, com a devida vnia, por justia, o nome venerando dogrande homem e jurista exemplar, renovador do Direito Administrativo brasileiro em seu

  • tempo MIGUEL SEABRA FAGUNDES a quem rendo meu preito de imperecvel dbito esaudade.

    Diogo de Figueiredo Moreira Neto

  • PREFCIOSPREFCIO PRIMEIRA EDIO

    com a maior alegria que abrimos esta primeira obra de carter sistemtico do ProfessorDiogo de Figueiredo Moreira Neto. E, de sada, esta satisfao cresce sombra do casaro daPraa XV: o autor terou, aqui, e aqui s, o seu aprendizado didtico praticamente exclusivo.So a experincia e o dilogo temperados pelo reenvio incessante da crtica, entre o mestree o alunado que finalmente chegam sua forma exata, nas pginas que seguem.

    Tem razo o Professor Diogo de Figueiredo Moreira Neto de combater a apostila, e faz-lo, mais do que com brilho retrico, merc da verdadeira forma de transcendla. Ou seja, ade, em realidade, levar a organizao dos Cursos ao cuidado, clareza sistemtica, aotravamento interior em que se reconhece j um marco objetivo da sua prpria obra decientista social. Mas a fugir da limitao dos textos demasiadamente agarrados ao cotidianodas prelees, guardou o Professor Diogo de Figueiredo Moreira Neto a suacomunicabilidade: o escopo ntido da mensagem desimpedida do meandro verbal, ou dainterrogao, muitas vezes a esmo, da obra no radicalmente comprometida com atransmisso.

    , pois, uma simplicidade contida, e guardada como eco daquele dilogo a que uinestas pginas, mantendo o mesmo vio das aulas de Diogo de Figueiredo Moreira Neto. E ojusto empolgamento que desata nos seus alunos j o de uma voz vigorosa que, no quadrodo Direito Administrativo brasileiro, arranca para a contribuio original, toda delineada nopresente trabalho. Mais do que esteira da tradio dos epgonos do Direito Administrativobrasileiro, o autor inete, em cheio, para os rumos e as fontes em que bebeu diretamente da escola de Theodor Maunz, na Alemanha, e dos Queir e Gonalves Pereira, que hojedeixam sua marca to funda no novo Direito Administrativo portugus. de se ver como,inclusive, na delidade extrema e ao mesmo tempo atual sistemtica do tratado, Diogode Figueiredo Moreira Neto arma a sua obra em torno da noo de relao jurdico-administrativa, e a declina, em compasso certo e abrangente, em todas as gamas em queaquela categoria fundamental vai permitir uma crescente institucionalizao. No descuranunca dos eixos fundamentais e no sem razo que a sucesso de suas pginas evidencia apura tranquila de quem pode fazer do compndio, j, o reexo de uma organizaointelectual altamente integrada.

    Entendemos como esplndido o marco estratgico que escolheu para conseguirapresentar o repertrio categorial necessrio apreenso, no Direito Administrativo, dascompetncias fundamentais da ao do Estado no desenvolvimento. A sua despretenso

  • que , sobretudo, uma sutil lio de rigor e de um rico aparelho cultural que, na verdade,lograria Diogo de Figueiredo Moreira Neto resultar na sua lio clara e percutente. ela queagora se amplia, nos quadros da Faculdade de Direito Cndido Mendes, para toda uma novagerao de universitrios brasileiros despertados para a eminncia e a importncia da formaqui mais sensvel do Direito Pblico, na edicao das instituies de uma sociedade emmudana.

    Cndido Antnio Mendes de Almeida

  • PREFCIO SEGUNDA EDIO

    O pleno domnio da matria pelo autor, aliado ao impressionante poder de sntese e clareza da exposio, faz deste volume do Curso de Direito Administrativo, do ProfessorDiogo de Figueiredo Moreira Neto, um repositrio excelente pelas qualidades didticas e,ainda, pela contribuio que projeta, alm do mbito limitado de um curso, para a apreensoe soluo de problemas pelo administrador, pelo advogado, pelo juiz.

    O plano da obra permite-lhe abranger, em viso sistemtica, a relao indivduo-administrao, nos tantos aspectos sugeridos pela gama, sempre crescente, da presena doEstado no quotidiano das atividades do homem. Da relao de trabalho s de propriedade,com os condicionamentos peculiares ao mltiplo exerccio do poder de polcia, s de serviopblico, s que apanham o homem no que o autor denomina de ordenamento social.

    A trplice seriao sob que o emitente Professor estuda a Administrao diretacentralizada, direta descentralizada e indireta enseja-lhe recolher a contribuio pioneirado direito escrito a Lei n 200, de 25.02.1967 e igualmente lhe permite opor reservas asimplrias simplicaes com que se pretendem sujeitar os rebeldes fenmenos da dinmicaadministrativa geometria de regras escritas. o caso do conceito de autarquia, para o qualprefere os rumos da Lei n 4.717, de 29.06.1965.

    A preocupao de sntese com que se trata cada um dos assuntos no desdobramento daobra no exclui que nela se abranjam tantos aspectos, ainda os mais recentementeprojetados do campo do Direito Administrativo. Exemplicaria com a incluso, entre oselementos de exerccio da administrao indireta, das pessoas de interesse coletivo,destinatrias de delegaes atpicas.

    Mas, conquanto muitos outros aspectos merecessem ser assinalados no conjunto dotrabalho, a brevidade desta nota introdutria no nos abre ensejo para especic-los. Ocerto, no entanto, que completando, com este volume da parte especial, o Curso iniciadopela exposio da parte genrica, o autor, do mesmo passo que habilita os seus alunos comuma viso conjunta da matria que dele o objeto, pe ao alcance de advogados e juzesuma condensao bem formulada do Direito Administrativo brasileiro.

    M. Seabra Fagundes

  • PREFCIO S TERCEIRA E QUARTA EDIES

    De formao um tanto recente, com razes que se aprofundam ao longo do sculo XIX,o Direito Administrativo foi em larga parte fruto do Estado liberal e da correspondenteconcepo de Estado de direito. A extraordinria e progressiva importncia com que avultaessa disciplina no mbito da Cincia Jurdica no se explica seno em funo da crise que seabateu sobre o Estado, to poderosa e transformadora que, agigantando o poder daautoridade e contraindo a liberdade do indivduo, produziu novos conceitos, geradores deuma normatividade cujo mago entrou a residir no social.

    Desde o advento do Estado social, tende a administrao a inserir-se nas esferaseconmicas da sociedade, de preferncia s esferas jurdicas como acontecera na poca doliberalismo. A perda do espao de autonomia existencial do indivduo, acompanhada daconsequente massicao da sociedade, ps assim o homem, em algumas formas sociais, nadependncia absoluta do Estado tecnocrtico e intervencionista, cujos laos opressivossomente a ordem jurdica poder desatar. Quanto mais se precisa do Estado de direito,como tbua de salvao das liberdades humanas, mais parece que ele se distancia nohorizonte ideolgico do sculo XX.

    Ontem, na transposta idade liberal, tudo era cmodo e sem complicao: a sociedade eo Estado constituam duas ordens apartadas e distintas, de fronteiras facilmentereconhecveis, onde todo o lado trgico resultava to somente de uma igualdadeconsagrada na regio jurdica, mas recusada no plano social.

    A politizao da sociedade, que ainda agora prossegue, desfez, porm, a iluso deconservar essa fronteira: Estado e sociedade hoje se encaixam numa reciprocidadeinextricvel. O Estado social, que exprime a sociedade politizada e devassada pelointervencionismo estatal, aloja um surpreendente paradoxo: o Estado onde se governacada vez menos e se administra cada vez mais. Em outras palavras, o Direito Administrativoe o Direito Constitucional exprimem, contemporaneamente, um quadro de tensesmltiplas entre o Estado social e o Estado de direito.

    Um bom administrativista percebe as presses sociais que se acumulam sobre o poderpblico numa idade de massas multiplicadoras de exigncias e necessariamente revisora deconceitos peculiares a um Direito Administrativo que se move em meio a incertezas eperplexidades doutrinrias.

    Com efeito, dos ramos do Direito Pblico o Direito Administrativo dos que mais deperto sentem o abalo de uma convivncia prxima da ordem social e por isso mesmo aqueleque, na variao e no alargamento de seus conceitos, mais reete a vizinhana ou

  • intimidade com o Estado social: um direito exposto, por conseguinte, a problemas materiaisde segurana existencial cujo imediatismo o cidado percebe a cada passo numaconexidade direta e indeclinvel que nas sociedades menos desenvolvidas o atormentam anveis de impacincia e desespero.

    So problemas concretos e assoberbantes, tais como os da execuo de uma poltica domeio ambiente, da energia, dos transportes, das reas metropolitanas, da melhoria dosservios pblicos, enm, problemas no raro de um ineditismo postulador da improvisaode regras e solues jurdicas, cuja delicadeza se patenteia na eventual ocorrncia de lesoaos direitos da pessoa humana, acarretada por uma inadvertida e sufocante dilatao dospoderes do Estado.

    Estado administrador por excelncia ou repartidor e distribuidor, produziu ele um novoDireito Administrativo colocado precipuamente na grande faixa de interveno econmicada sociedade; um Direito Administrativo dotado, primeira vista, de neutralidade polticaaparente, mas que, em verdade, traduz o angustiante desequilbrio entre o Estado social e oEstado de direito. Preso a esferas tericas, o Estado de direito se identica com o DireitoConstitucional, de tradio clssica; j o Direito Administrativo, ao contrrio, traduz atransparente realidade do Estado social, pelo contato direto e imediato que estabelece entreo indivduo e as prestaes concretas do ordenamento estatal, indispensveis satisfao denecessidades existenciais mnimas e inarredveis.

    A sociedade democrtica no indiferente, porm, contradio que divorciou oEstado social do Estado de direito nem poder concorrer para agrad-la, at que tomeconsequncias ruinosas ou irremediveis, mutiladoras daquela herana liberal de direitos aque se prende um patrimnio de liberdade, cuja perda engolfaria a vida na tristeza dasolido totalitria.

    Ocorrem essas breves e sumrias reexes ao termos a honra de prefaciar um livrodidtico do quilate deste que sai da lavra do Professor Diogo de Figueiredo Moreira Neto,um publicista dotado de excepcionais predicados de cultura, com a viso larga e aberta aosproblemas mais relevantes de nossa poca.

    De formao germnica, seria de temer, base de um encanecido preconceito, que aspginas do esplndido manual entregue s mos acadmicas trouxessem a erudiopedante e indigesta de alguns cultores das letras jurdicas alems. Tal acontece sempre quea supercialidade e carncia de conceitos costumam inchar textos com citaesimpertinentes, apregoadoras de uma pseudocultura, a que falta alicerce cientfico.

    Apesar de que as nascentes de sua formao assentam na familiaridade dos melhoresjuristas da Alemanha, de um Lorenz von Stein ou de um Otto von Gierke, fez-se todavia oProfessor Moreira Neto exemplar de clareza expositiva, ao transmitir, com amenidadepeculiar aos pensadores latinos, os conceitos fundamentais do Direito Administrativo.

  • Aliando ao slido da doutrina o brilho de certas qualidades elucidativas da invulgaraceitao que seu compndio obteve no meio universitrio deste Pas, o Professor Diogo deFigueiredo Moreira Neto no relutou em tratar assuntos difceis com singeleza, como fazemos Mestres, pois matrias graves s com razes claras se inculcam, e as que melhor sedeclaram sempre so as mais elegantes; poucos as sabem dizer com clareza, porque aelegncia nunca foi de muitos. Era a lio do autor da Summa Poltica, o Bispo Conde deCoimbra, conrmada agora nas pginas excelentemente didticas do livro do ProfessorDiogo de Figueiredo Moreira Neto, um jurista da elegncia e da clareza.

    Paulo Bonavides

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    BIBLIOGRAFIA DO AUTOR

    77 Obras publicadas

    Como AUTOR (21 obras)

    Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 1 edio em 1970, ora em 16edio.Tribunais Administrativos para o Controle do Poder Pblico na Repblica Federativa doBrasil (tese de docncia). Rio de Janeiro: Borsoi, 1971.Introduo ao Direito Ecolgico e ao Direito Urbanstico. Rio de Janeiro: Forense, 1975,2 edio em 1977.Contencioso Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 1977.O Homem e a Poltica Atitudes do ponto de vista do poder. Rio de Janeiro: Forense,1987.Ordem Econmica e Desenvolvimento na Constituio de 1988. Rio de Janeiro: APEC,1989.Legitimidade e Discricionariedade (1 Prmio da Ordem dos Advogados do Brasil). Riode Janeiro: Forense, 1989, 2 edio em 1991, 3 edio em 1998 e 4 edio em2001.O Regime Jurdico nico dos Servidores Civis. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1990; 2edio em 1991.Constituio e Reviso Temas de Direito Poltico e Constitucional. Rio de Janeiro:Forense, 1991.Direito da Participao Poltica. Rio de Janeiro: Renovar, 1992 (esgotado).Teoria do Poder. So Paulo: Revista dos Tribunais, 1993 (esgotado).Sociedade, Estado e Administrao Pblica Prospectivas Visando aoRealinhamento Constitucional Brasileiro. Rio de Janeiro: Topbooks, 1995, obraprefaciada por Roberto Campos (esgotado).Reforma Administrativa. Notas sobre a Emenda Constitucional n 19, de 4 de junho de1998. Rio de Janeiro: Renovar, 1999, obra prefaciada por Caio Tcito.O Sistema Judicirio Brasileiro e a Reforma do Estado. So Paulo: Celso Bastos, 1999.Mutaes do Direito Administrativo. Rio de Janeiro, Renovar, 2000, 3 edio, 2007.Consideraes sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Rio de Janeiro: Renovar, julho2001.Direito Regulatrio. Rio de Janeiro: Renovar, 2003.

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    O Novo Tribunal de Contas rgo Protetor dos Direitos Fundamentais. BeloHorizonte: Frum, 2003.Mutaes do Direito Pblico (Direito Poltico, Constitucional e Administrativo). Rio deJaneiro: Renovar, 2006.Quatro Paradigmas do Direito Administrativo Ps-Moderno. Legitimidade Finalidade Eficincia Resultados. Belo Horizonte: Frum, 2008.Poder, Direito e Estado. O Direito Administrativo em Tempos de Globalizao. BeloHorizonte: Editora Frum, 2011.

    Como COAUTOR EM OBRAS COLETIVAS (52 obras)

    O Municpio e o Direito Urbano. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de AdministraoMunicipal IBAM, 1974.Direito Administrativo da Ordem Pblica. Rio de Janeiro: Forense, 1 edio, 1986; 2edio, 1987.Constituio Brasileira 1988 (Interpretaes). Rio de Janeiro: Forense Universitria,1988.Constituio de 1988 O Avano do Retrocesso. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1990.A Reengenharia do Estado Brasileiro. So Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.Direito Administrativo na Dcada de 90. Estudos Jurdicos em Homenagem aoProfessor Jos Cretella Jnior. So Paulo: Revista dos Tribunais, 1997.Estudos em Homenagem ao Professor Caio Tcito. Rio de Janeiro: Ed. Renovar, 1997.Desafios do Sculo XXI. So Paulo: Editora Pioneira e Academia Internacional de Direitoe Economia, 1997.O Estado do Futuro. Coordenado por Ives Gandra da Silva Martins. So Paulo: EditoraPioneira, 1998.Dez Anos de Constituio. Uma Anlise. Coordenao do Instituto Brasileiro de DireitoConstitucional IBDC, So Paulo: Editor Celso Bastos, 1998.tica no Direito e na Economia. So Paulo, Pioneira e Desafios do Sculo XXI. Pioneira eAcademia Internacional de Direito e Economia, 1999.Teto Remuneratrio do Servidor Pblico. Emenda Constitucional n 19. RevistaTemtica da ASAERS, Porto Alegre, ano 1, n 1, 1999.Curso de Direito do Trabalho. (Parte V). Coordenao de Gustavo Adolpho Vogel Neto.Rio de Janeiro: Forense, 2000.Miguel Reale. Estudos em Homenagem a seus 90 Anos. Coordenador Urbano Zilles.Porto Alegre: Edipucrs, 2000.Reforma Trabalhista. Coordenador Ney Prado. So Paulo: LTR, 2001.

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    Deficientes Fsicos. Coletnea coordenada por Maria Paula Teperino. Rio de Janeiro:Forense, 2001.Direito Empresarial Pblico. Coordenao de Marcos Juruena Villela Souto e Carla C.Marshall. Rio de Janeiro, Lmen Juris, 2002.O Novo Tribunal de Contas rgo protetor dos direitos fundamentais. Obra coletivacom Alfredo Jos de Souza, Flvio Regis Xavier de Moura e Castro, Srgio Ferraz eValmir Campelo. Belo Horizonte: Frum, 2003.O Direito Brasileiro e os Desafios da Economia Globalizada. Coordenao de ArnoldoWald, Ives Gandra da Silva Martins e Ney Prado. So Paulo: Edio da AcademiaInternacional de Direito e Economia, 2003.Obra em Homenagem a Paulo Neves Carvalho, Coordenao do Professor Pedro Paulode Almeida Dutra. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.Estudos em Homenagem a Almiro do Couto e Silva. Coordenao de HumbertoBergmann vila. Porto Alegre: Editora Malheiros 2004.Direito Pblico. Estudos em homenagem a Adlson Abreu Dallari. Coordenador: LuizGuilherme Costa Wagner Jnior. Belo Horizonte, Del Rey, 2004Reforma da Previdncia. Organizada por Paulo Modesto. Belo Horizonte, Frum eIDPB, 2004.Direito Administrativo. Direito em Foco. Coordenao de Valter Shuenquener deArajo. Rio de Janeiro: Impetus, 2005.Direito e Poder. Estudos em Homenagem a Nelson Saldanha. Coordenao de HelenoTaveira Trres. Barueri, So Paulo: Ed. Manole, 2005.Princpios Constitucionais Fundamentais Obra em Homenagem ao Professor IvesGandra das Silva Martins. Coordenao de Carlos Mrio da Silva Velloso, RobertoRosas e Antonio Carlos Cintra do Amaral. So Paulo: Lex, 2005.El Derecho Administrativo Iberoamericano. Coordenao de Santiago Gonzlez-VarasIbez. Vol 9. Granada (Espanha): INAP, 2005.Civilisations and Public Law. Civilisations et Droit Public. Volume LXXIX da EuropeanPublic Law Series, Bibliothque de Droit Public Europen. Londres: Esperia Publications Ltd.,2005.Direito Constitucional Brasileiro. Coordenadoras: Regina Quaresma e Maria Lcia dePaula Oliveira. Rio de Janeiro: Forense, 2006.Direitos Fundamentais. Estudos em homenagem ao Professor Ricardo Lobo Torres.Coordenadores: Daniel Sarmento e Flavio Galdino. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.Direito Administrativo Brasil-Argentina. Estudos em Homenagem a Agustn Gordillo.Coordenador: Farlei Martins Riccio de Oliveira. Belo Horizonte: Del Rey, 2007.La Contratacin Pblica. Coordenao de Juan Carlos Cassagne (Universidade de

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    Buenos Aires) e Enrique Rivero Ysern (Universidade de Salamanca). Buenos Aires:Hammurabi, 2007.Polticas Pblicas Possibilidades e Limites. Coordenadores Cristiana Fortini, Jlio Csardos Santos Esteves e Maria Tereza Fonseca Dias. Belo Horizonte: Frum, 2008.Lies de Direito Constitucional em homenagem ao Professor Jorge Miranda.Coordenadoras: Maria Elizabeth Guimares Teixeira Rocha e Samantha Ribeiro MeyerPelug. Rio de Janeiro: Forense, 2008.Direito Administrativo e seus novos paradigmas. Coordenado por Alexandre SantosArago e Floriano de Azevedo Marques Filho. Belo Horizonte: Frum, 2008.Coletnea de Estudos Jurdicos Bicentenrio da Justia Militar no Brasil.Coordenao de Maria Elizabeth Guimares Teixeira Rocha. Braslia, DF: Edio doSuperior Tribunal Militar, 2009.Estudos em Homenagem a Francisco Mauro Dias. Coordenado por Marcos JuruenaVillela Souto. Rio de Janeiro: Liber Juris, 2009Estudo em Homenagem a Marcos Juruena Villela Souto. Coordenado por CelsoRodrigues. Rio de Janeiro, Liber Juris, 2009.Neoconstitucionalismo. Coordenado por Farlei Martins Riccio de Oliveira. Rio de Janeiro.Forense, 2009.Advocacia de Estado e Defensoria Pblica Funes Pblicas Essenciais Justia.Organizao de Andr da Silva Ordacgy e Guilherme Jos Purvin de Figueiredo.Coordenaao Geral do Instituto Brasileiro de Advocacia Pblica. Curitiba: Letra da Lei,2009.Tratado de Direito Constitucional, Organizado por Gilmar Ferreira Mendes, IvesGandra Martins e Carlos Valder do Nascimento. So Paulo: Editora Saraiva, 2010.Estudos em Homenagem Professora Jacqueline Morand-Deviller. Coordenao deOdete Medauar. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.Estudos em Homenagem ao Professor Doutor Jorge Miranda, por ocasio de suajubilao. Coordenao de Marcelo Rebelo de Souza, Fausto de Quadros e Paulo Otero.Lisboa: Instituto de Cincia Jurdico-Polticas, 2012.Dicionrio de Filosofia Poltica. Coodenador: Vicente de Paulo Barretto. So Leopoldo:Editora Unisinos, 2010.O Novo Direito Administrativo, Ambiental e Urbanstico. Estudos em homenagem aJacqueline Morand-Deviller. Coordenadoras: Claudia Lima Marques, Odete Medauar eSolange Teles da Silva. S. Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.Dicionrio de Princpios Jurdicos. Coordenao de Ricardo Lobo Torres, EduardoTakemi Kataoka e Flvio Galdino. Rio de Janeiro: Ed. Campus Jurdico. 2010.Galo Cantou. Coordenador: Paulo Rabello de Castro. Rio de Janeiro: Instituto Atlntico

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    e Editora Record, 2011.Derecho Administrativo en Iberoamerica. Panorama General del DerechoAdministrativo en Brasil. Madri: Instituto Nacional de Administracin Pblica INAP,2005; 2 edio em 2012.Direito Administrativo e Democracia Econmica. Coordenadoras: Daniela Bandeira deFreitas e Vanice Regina Lrio do Valle. Belo Horizonte: Editora Frum e IDAERJ, 2012.Procedimiento Administrativo. Tomo II Aspectos Generales del ProcedimientoAdministrativo El Procedimiento en el Derecho Comparado. Diretores: Hector PozoGowland, David Halpern, Oscar Aguilar Valdez, Armando N. Canosa. Buenos Aires: Ed.La Ley, 2013.Parcerias Pblico-Privadas de Medicamentos (PDPS). Coordenador Srgio de Regina.Belo Horizonte: Editora Frum, 2013.Direito Pblico em Evoluo. Coordenadores: Fernando Dias Menezes de Almeida,Floriano de Azevedo Marques Neto, Luiz Felipe Hadlich Miguel e Vitor Rhein Schirato.Belo Horizonte: Editora Forum, 2013.

    Como COORDENADOR (2 obras)

    Direito Poltico. Coletnea de ensaios da Revista de Direito da Associao dosProcuradores do Novo Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: APERJ e Lmen Juris,2000, vol. VI.Uma Avaliao das Tendncias Contemporneas do Direito Administrativo UnaEvaluacin de las Tendencias Contemporaneas del Derecho Administrativo EmHomenagem a Eduardo Garca de Enterra. Edio bilngue, Rio de Janeiro: Renovar,2003.

    Como HOMENAGEADO (2 obras)

    Direito Administrativo Estudos em Homenagem a Diogo de Figueiredo Moreira Neto.Coordenado por Fbio Medina Osrio e Marcos Juruena Villela Souto. Rio de Janeiro:Lumen Juris, 2006.Advocacia do Estado Questes constitucionais para a construo de um Estado deJustia. Coordenado por Jefferson Cars Guedes e Luciane Moessa de Souza. BeloHorizonte: Editora Frum, 2009.

    Nota da Editora: o Acordo Ortogrfico foi aplicado integralmente nesta obra.

  • SUMRIO

    ndice dos quadros esquemticos

    I PARTE INTRODUTRIA

    Captulo IO estado e a ordem jurdica

    1. O Estado e seus elementos constitutivos2. Organizao poltica e jurdica3. Interesses, direitos e Direito4. Ordem jurdica5. Os conflitos de interesses e o Direito Pblico6. O Estado e o Direito

    Captulo IIORGANIZAO E FUNES DO ESTADO

    7. Poderes do Estado8. rgos e funes9. Anlise das funes do Estado

    9.1. Funo normativa9.2. Funo jurisdicional9.3. Funo administrativa9.4. Funo poltica

    10. Distribuio de funes entre os rgos do Estado no Direito Constitucional brasileiro10.1. Funo normativa10.2. Funo jurisdicional10.3. Funo administrativa10.4. Funes de fiscalizao, controle, zeladoria, provocao e defesa

    11. Delegao de funes11.1. Delegao de funes de Poder a Poder11.2. Delegao de funes de rgo a rgo, dentro do mesmo Poder11.3. Delegao de funes de uma unidade federada a outra11.4. Delegao de funes a particulares

  • 11.5. Deslegalizao

    Captulo IIISISTEMA FEDERATIVO BRASILEIRO

    12. Soberania e autonomia13. Federao14. Integrao administrativa: o federalismo brasileiro

    II PARTE GERAL

    Captulo IVO DIREITO ADMINISTRATIVO

    15. Conceito de direito administrativo15.1. Grupo de conceitos limitativos15.2. Grupo de conceitos ampliativos15.3. O conceito

    16. Taxinomia do direito administrativo16.1. Relaes com as demais disciplinas jurdicas16.2. Relaes com disciplinas no jurdicas

    17. Evoluo histrica e indicaes bibliogrficas do direito administrativo17.1. Frana17.2. Alemanha17.3. Itlia17.4. Espanha17.5. Portugal17.6. Inglaterra17.7. Estados unidos17.8. ustria17.9. Sua17.10. Grcia17.11. Blgica17.12. Argentina17.13. Cuba17.14. Mxico17.15. Peru17.16. Chile

  • 17.17. Colmbia17.18. Bolvia17.19. Uruguai17.20. Venezuela17.21. Japo17.22. Equador17.23. Brasil

    18. Fontes do Direito Administrativo18.1. Fontes organizadas

    18.1.1. A norma jurdica18.1.2. A Constituio18.1.3. A norma legal18.1.4. A doutrina18.1.5. A jurisprudncia

    18.2. Fontes inorganizadas18.2.1. O costume18.2.2. A praxe administrativa

    18.3. O constitucionalismo contemporneo e o Direito Administrativo

    Captulo VPRINCPIOS INFORMATIVOS E INTERPRETATIVOS

    19. Principiologia jurdica19.1. Conceito de princpios19.2. Eficcia dos princpios19.3. Hierarquizao e classificao dos princpios19.4. Aplicao dos princpios jurdicos

    20. Principiologia do direito administrativo20.1. Princpios fundamentais

    20.1.1. Princpio da segurana jurdica20.1.2. Princpio republicano20.1.3. Princpio democrtico20.1.4. Princpio da cidadania20.1.5. Princpio da dignidade da pessoa humana20.1.6. Princpio da participao

    20.2. Princpios gerais do Direito20.2.1. Princpio da juridicidade20.2.2. Princpio da legalidade20.2.3. Princpio da legitimidade

  • 20.2.4. Princpio da igualdade20.2.5. Princpio da publicidade20.2.6. Princpio da realidade20.2.7. Princpio da responsabilidade20.2.8. Princpio da responsividade20.2.9. Princpio da sindicabilidade20.2.10. Princpio da sancionabilidade20.2.11. Princpio da ponderao

    20.3. Princpios gerais do Direito Pblico20.3.1. Princpio da subsidiariedade20.3.2. Princpio da presuno de validade20.3.3. Princpio da indisponibilidade do interesse pblico20.3.4. Princpio do devido processo da lei20.3.5. Princpio da motivao20.3.6. Princpio do contraditrio20.3.7. Princpio da descentralizao

    20.4. Princpios gerais do Direito Administrativo20.4.1. Princpio da finalidade20.4.2. Princpio da impessoalidade20.4.3. Princpio da moralidade administrativa20.4.4. Princpio da discricionariedade20.4.5. Princpio da consensualidade20.4.6. Princpio da razoabilidade20.4.7. Princpio da proporcionalidade20.4.8. Princpio da executoriedade20.4.9. Princpio da continuidade20.4.10. Princpio da especialidade20.4.11. Princpio hierrquico20.4.12. Princpio monocrtico20.4.13. Princpio do colegiado20.4.14. Princpio disciplinar20.4.15. Princpio da eficincia20.4.16. Princpio da economicidade20.4.17. Princpio da autotutela20.4.18. Princpio da boa administrao20.4.19. Princpio da coerncia administrativa

    20.5. Princpios setoriais do Direito Administrativo21. Interpretao no Direito Administrativo

  • 21.1. Tcnica de interpretao21.2. Tcnica de integrao

    Captulo VIADMINISTRAO PBLICA

    22. Conceito de Administrao Pblica23. Administrao Pblica e Poltica24. Administrao Pblica e Direito

    24.1. Vinculao lei24.2. Vinculao ao Direito

    25. Classificao das atividades administrativas Pblicas segundo a natureza dosinteresses

    25.1. Administrao Pblica extroversa e introversa25.2. Administrao Pblica extroversa

    25.2.1. A polcia25.2.2. Os servios pblicos25.2.3. O ordenamento econmico25.2.4. O ordenamento social25.2.5. O fomento pblico

    25.3. Administrao Pblica introversa26. Gesto e descentralizao da administrao dos interesses pblicos

    26.1. A descentralizao territorial26.2. A descentralizao funcional26.3. A descentralizao hierrquica26.4. A descentralizao por delegao26.5. A descentralizao setorial26.6. A descentralizao social

    27. Funes administrativas do Estado28. Classificao da execuo administrativa dos interesses pblicos

    28.1. Execuo direta da administrao pblica dos interesses pblicos28.2. Execuo indireta da administrao pblica dos interesses pblicos28.3. Execuo da administrao privada dos interesses pblicos

    29. A administrao pblica e o Estado contemporneo

    Captulo VIICONSTITUIO DA RELAO JURDICA ADMINISTRATIVA

    30. Generalidades sobre a relao jurdica administrativa

  • 30.1. Efeitos jurdicos da manifestao de vontade30.2. Relaes jurdicas

    Seo IO Ato Administrativo

    31. O conceito de ato administrativo32. Elementos constitutivos do ato administrativo

    32.1. Competncia32.2. Finalidade32.3. Forma32.4. Motivo32.5. Objeto

    33. Caractersticas do ato administrativo33.1. Imperatividade33.2. Existncia33.3. Validade33.4. Eficcia33.5. Exequibilidade33.6. Executoriedade33.7. Efetividade33.8. Relatividade

    34. Classificaes do ato administrativo34.1. Critrio da natureza da relao34.2. Critrio da competncia34.3. Critrio da formao da vontade da Administrao34.4. Critrio da existncia34.5. Critrio da validade34.6. Critrio da eficcia34.7. Critrio da exequibilidade34.8. Critrio da executoriedade34.9. Critrio da originalidade do objeto34.10. Critrio da articulao do objeto34.11. Critrio relacional do objeto34.12. Critrio da extenso dos efeitos34.13. Critrio da retratabilidade34.14. Critrio da durao dos efeitos34.15. Critrio da forma34.16. Critrio misto dos efeitos visados e da forma

  • 34.16.1. Atos administrativos normativos34.16.2. Atos administrativos ordinatrios34.16.3. Atos administrativos negociais34.16.4. Atos administrativos enunciativos34.16.5. Atos administrativos punitivos

    35. Processo administrativo

    Seo IIContrato Administrativo

    36. Conceito de contrato administrativo36.1. Conceituao36.2. Legislao

    37. Elementos constitutivos do contrato administrativo37.1. Competncia37.2. Finalidade37.3. Forma37.4. Motivo37.5. Objeto37.6. Capacidade37.7. Consenso

    38. Caractersticas do contrato administrativo38.1. Imperatividade38.2. Existncia38.3. Validade38.4. Eficcia38.5. Exequibilidade38.6. Executoriedade38.7. Bilateralidade38.8. Comutatividade38.9. Onerosidade38.10. Instabilidade38.11. Pessoalidade

    39. Os contratos administrativos na legislao39.1. Generalidades39.2. Contratos administrativos em espcie39.3. Acordos39.4. Prescries financeiras sobre contratos celebrados pela Administrao

  • 39.5. Execuo de fato39.6. Observaes finais sobre os contratos Administrativos

    Seo IIILicitaes

    40. Conceito de licitao41. Princpios setoriais da licitao42. As licitaes no direito positivo

    42.1. Modalidades licitatrias42.2. Afastamento da licitao42.3. Habilitao42.4. Processo e julgamento42.5. Inabilitao, desclassificao, revogao e anulao42.6. O Regime Diferenciado de Contrataes Pblicas rdc

    Seo IVAto Administrativo Complexo

    43. Conceito de ato administrativo complexo44. Elementos e caractersticas do ato administrativo complexo

    44.1. Elementos do ato administrativo complexo44.2. Caractersticas do ato administrativo complexo

    45. Atos administrativos complexos em espcie45.1. Convnio45.2. Consrcio45.3. Acordo de programa45.4. Contrato de gesto

    45.4.1. Contrato de gesto constitucional45.4.2. Contratos de gesto infraconstitucionais

    45.5. Contrato de gesto de organizaes sociais45.6. Termo de parceria de organizaes da sociedade civil de interesse pblico45.7. Acordo substitutivo

    Captulo VIIIDESCONSTITUIO DA RELAO JURDICA ADMINISTRATIVA

    46. Generalidades sobre a juridicidade da ao administrativa46.1. Ilegalidade46.2. Ilegitimidade

  • 46.3. Ilicitude46.4. Sntese

    Seo IDesfazimento do Ato Administrativo

    47. Espcies de desfazimento do ato administrativo48. Nulidade do ato administrativo

    48.1. Nulidade por defeito de competncia48.1.1. Usurpao de competncia48.1.2. Abuso de competncia48.1.3. Invaso de competncia

    48.2. Nulidade por defeito de finalidade48.3. Nulidade por defeito de forma48.4. Nulidade por defeito de motivo48.5. Nulidade por defeito de objeto

    49. Anulao do ato administrativo50. Desfazimento do ato administrativo por motivos de mrito51. Revogao do ato administrativo

    Seo IIDesfazimento do Contrato Administrativo

    52. Tipos de desfazimento do contrato administrativo52.1. Desfazimento fundado na lei: anulao52.2. Desfazimento fundado no interesse pblico: denncia52.3. Desfazimentos fundados nas clusulas do contrato: resciso e reverso52.4. Desfazimentos fundados na ulterior vontade das partes: distrato e renncia

    Seo IIIDesfazimento do Ato Administrativo Complexo

    53. Tipos de desfazimento do ato administrativo complexo53.1. Desfazimento fundado na lei: anulao53.2. Desfazimento fundado no interesse pblico: denncia53.3. Desfazimento fundado nas clusulas do ato complexo: resciso53.4. Desfazimento por ulterior vontade das partes: distrato53.5. Peculiaridades dos contratos de gesto e termos de parceria

    Captulo IX

  • APERFEIOAMENTO DA RELAO JURDICA ADMINISTRATIVA COM DEFEITO DELEGALIDADE SANATRIA

    54. O instituto da sanatria55. Atos sanatrios: ratificao, reforma e converso

    55.1. Ratificao55.2. Reforma55.3. Converso

    56. Fato sanatrio: prescrio56.1. Prescrio e decadncia

    Captulo XCONTROLE DE JURIDICIDADE

    57. Princpio da juridicidade57.1. Conceituao57.2. Atuao

    58. Sistemas de controle de juridicidade58.1. rgos de controle judicial

    58.1.1. rgos judicantes da Administrao58.1.2. rgos judicantes do Judicirio58.1.3. rgos judicantes especializados do Judicirio

    58.2. Objeto do controle59. Classificaes do controle de juridicidade da atividade administrativa

    59.1. Critrio da competncia59.2. Critrio da finalidade59.3. Critrio da forma

    59.3.1. Controle da juridicidade objetiva59.3.2. Controle da juridicidade subjetiva

    59.4. Critrio do motivo59.5. Critrio do objeto

    59.5.1. Controle de fiscalizao59.5.2. Controle de promoo59.5.3. Controle de correo

    60. Controle administrativo Autocontrole61. Controle parlamentar

    61.1. Controle parlamentar de correo61.1.1. Controle parlamentar de correo pelo Congresso Nacional

  • 61.1.2. Controle parlamentar de correo pela Cmara dos Deputados61.1.3. Controle parlamentar de correo pelo Senado Federal61.1.4. Controle de correo exercido pelo Tribunal de Contas, no desempenho

    de sua competncia constitucional independente de controle externofinanceiro-oramentrio

    61.2. Controle parlamentar de fiscalizao61.2.1. Controle de fiscalizao pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas

    Casas61.2.2. Controle parlamentar de fiscalizao pelas Casas Legislativas

    separadamente ou por qualquer de suas Comisses61.2.3. Controle parlamentar de fiscalizao pela Cmara dos Deputados

    61.3. Controle constitucional autnomo de fiscalizao atravs do Tribunal de Contas62. Controle judicirio

    62.1. Natureza do controle judicial62.2. Competncia para o controle judicial

    63. Restries ao controle judicirio63.1. Restries quanto matria63.2. Restries quanto amplitude do controle63.3. Restries quanto oportunidade do pronunciamento63.4. Restries quanto extenso do pronunciamento

    III PARTE ESPECIAL

    Captulo XIENTES ADMINISTRATIVOS

    64. Sujeitos da relao jurdica administrativa65. Personificao de direito pblico interno

    65.1. Interesse pblico65.2. Vontade estatal65.3. Nveis de personificao dos entes administrativos65.4. rgos administrativos despersonalizados anmalos

    Seo IAdministrao Direta

    66. Administrao direta federal A Unio67. Administrao direta dos Estados68. Administrao direta do Distrito Federal

  • 69. Administrao direta dos municpios69.1. Poderes municipais pr-constitudos69.2. A competncia supletiva municipal69.3. Organizao e controle

    70. Administrao direta dos territrios71. Administrao direta do estado do Rio de Janeiro

    Seo IIAdministrao Indireta

    72. Administrao indireta por pessoas de direito pblico As autarquias73. Classificao das autarquias

    73.1. Critrio do campo de atuao administrativa73.2. Critrio das peculiaridades de seu regime

    73.2.1. Autarquias ordinrias73.2.2. Autarquias especiais73.2.3. Autarquias territoriais73.2.4. Autarquias fundacionais73.2.5. Autarquias corporativas73.2.6. Autarquias consorciais

    73.3. Critrio do modo de atuao73.3.1. Autarquias reguladoras73.3.2. Autarquias executivas73.3.3. Autarquias corporativas profissionais

    74. Controle autrquico74.1. Controle poltico74.2. Controle administrativo74.3. Controle financeiro74.4. Controles de juridicidade especficos

    75. Administrao indireta por pessoas de direito privado Entidades paraestatais76. Espcies de paraestatais integrantes da administrao indireta

    76.1. Empresas pblicas76.2. Sociedades de economia mista76.3. Subsidirias de empresas pblicas e sociedades de economia mista76.4. Fundaes pblicas76.5. Notas complementares sobre as empresas estatais76.6. Diferenas entre as empresas pblicas e as sociedades de economia mista

  • Seo IIIAdministrao Associada

    77. Administrao associada Conceito e espcies78. Administrao associada paraestatal

    78.1. Servios sociais autnomos78.2. Administrao associada paraestatal estadual e municipal

    79. Administrao associada extraestatal80. Entes associados de parceria

    80.1. Entes associados em parceria por ajuste contratual80.1.1. A concesso de servios pblicos e de uso de bens pblicos80.1.2. A parceria pblico-privada80.1.3. A permisso de servios pblicos e de uso de bens pblicos80.1.4. O arrendamento de instalaes porturias80.1.5. O arrendamento operacional80.1.6. A franquia pblica80.1.7. A gerncia privada de entes pblicos80.1.8. A compra de bilheterias80.1.9. O contrato pblico de risco

    80.2. Entes associados em parceria por ato administrativo80.2.1. Autorizao de servios pblicos80.2.2. Autorizao porturia80.2.3. Permisso de uso de bem pblico80.2.4. Credenciamento80.2.5. Reconhecimento

    81. Entes associados de colaborao81.1. Organizaes sociais81.2. Organizaes da sociedade civil de interesse pblico81.3. Fundaes de apoio a instituies oficiais de ensino superior81.4. Fundaes de previdncia privada81.5. Outras entidades de colaborao

    Captulo XIISERVIDORES PBLICOS

    82. Conceitos e regimes de servidores pblicos82.1. Servidores pblicos lato sensu82.2. Pessoal82.3. Militares

  • 82.4. Empregados pblicos da Administrao Direta e Indireta82.5. Agentes pblicos82.6. Regimes jurdicos82.7. Servidores pblicos de fato

    Seo IRegime Estatutrio Civil

    83. Relao jurdica administrativa da funo pblica83.1. Teorias bilaterais da funo pblica83.2. Teorias unilaterais da funo pblica

    84. Institutos bsicos dos estatutos de servidores pblicos84.1. Institutos estatutrios doutrinrios

    84.1.1. Servidor pblico84.1.2. Funo pblica84.1.3. Cargo pblico84.1.4. Classe84.1.5. Carreira84.1.6. Grupo ocupacional84.1.7. Quadro84.1.8. Lotao

    84.2. Institutos estatutrios constitucionais84.2.1. Normas organizativas84.2.2. Normas de ingresso e desempenho84.2.3. Normas relativas aos estipndios84.2.4. Normas relativas ao afastamento84.2.5. Normas de garantia

    85. Provimento no servio pblico85.1. Nomeao85.2. Promoo85.3. Ascenso85.4. Transferncia85.5. Substituio85.6. Readmisso85.7. Reintegrao85.8. Aproveitamento85.9. Reverso85.10. Readaptao85.11. Transformao e reclassificao

  • 85.12. Reconduo86. Desprovimento no servio pblico

    86.1. Exonerao86.2. Demisso86.3. Aposentadoria86.4. Falecimento

    87. Direitos dos servidores pblicos87.1. Direito funo pblica87.2. Direito ao exerccio87.3. Direitos que se fundam no exerccio87.4. Direitos ao amparo social e dignidade do status

    88. Espcies remuneratrias89. Deveres dos servidores pblicos

    89.1. Deveres internos89.1.1. Lealdade89.1.2. Obedincia89.1.3. Assiduidade89.1.4. Dedicao ao servio89.1.5. Sigilo89.1.6. Residncia89.1.7. Urbanidade89.1.8. Probidade

    89.2. Deveres externos89.2.1. Boa conduta89.2.2. Sujeio aos impedimentos funcionais89.2.3. Proibio de intermediao

    90. Responsabilidade dos servidores pblicos90.1. Responsabilidade administrativa90.2. Responsabilidade civil90.3. Responsabilidade criminal

    91. Responsabilizao dos servidores pblicos91.1. Meios internos

    91.1.1. Processo administrativo disciplinar91.1.2. Processos disciplinares sumrios91.1.3. Representao administrativa sobre improbidade

    91.2. Meios externos91.2.1. Processo civil ordinrio

  • 91.2.2. Processo preparatrio de sequestro91.2.3. Processo de perdimento de bens91.2.4. Processo penal comum91.2.5. Processo parlamentar de crime de responsabilidade91.2.6. Processo penal de crime de responsabilidade91.2.7. Petio contra ilegalidade ou abuso de poder91.2.8. Processo de responsabilidade penal nos casos de abuso de autoridade

    Seo IIRegime Estatutrio Militar

    92. Generalidades do regime estatutrio militar92.1. Estatuto das corporaes militares92.2. Patentes militares92.3. Proibio absoluta de acumular92.4. Proibio de sindicalizao e de greve92.5. Proibio de filiao a partidos polticos92.6. Habeas corpus92.7. Proventos e penses92.8. Teto remuneratrio, vedao de vinculao ou equiparao de quaisquer

    espcies remuneratrias, inacumulabilidade de acrscimos pecunirios para finsde concesso de acrscimos ulteriores e irredutibilidade remuneratria

    92.9. Direitos sociais93. Organizao militar

    93.1. Fundamentos da organizao militar93.2. Peculiaridades do regime estatutrio militar

    93.2.1. Atividade e inatividade93.2.2. Ingresso e egresso

    Seo IIIRegime de Natureza Administrativa Contratual e Temporrio

    94. Contratados por tempo determinado

    Seo IVRegime de Natureza Trabalhista

    95. Contratados trabalhistas

    Captulo XIIIDOMNIO PBLICO

  • Seo IDomnio do Estado

    96. Conceitos bsicos sobre o domnio do Estado e os regimes jurdicos de bens96.1. Domnio eminente e soberania96.2. Propriedade96.3. Fundamentos do regime geral de bens96.4. Domnio pblico patrimonial96.5. Res nullius

    97. Manifestao do domnio eminente98. Bens pblicos e suas classificaes

    98.1. Princpio da indisponibilidade dos bens pblicos98.2. Classificaes dos bens pblicos

    98.2.1. Classificao quanto titularidade98.2.2. Classificao quanto utilizao98.2.3. Classificao quanto destinao original98.2.4. Classificao quanto disponibilidade98.2.5. Classificao quanto natureza fsica

    99. Afetao, desafetao e alienao de bens pblicos99.1. Afetao e desafetao de bens pblicos99.2. Alienao de bens pblicos99.3. Modalidades de alienao de bens pblicos

    99.3.1. Formas contratuais99.3.2. Formas no contratuais

    100. Utilizao de bens pblicos por particulares100.1. Utilizao comum100.2. Utilizao especial

    100.2.1. Reconhecimento100.2.2. Licena100.2.3. Autorizao

    100.3. Utilizao privativa100.3.1. Modalidades unilaterais100.3.2. Modalidades contratuais100.3.3. Modalidades complexas

    Seo IIDomnio Terrestre

    101. Terras pblicas

  • 102. Terras da Unio102.1. Terras devolutas da Unio102.2. Ilhas da Unio102.3. Terrenos de marinha102.4. Praias102.5. Terrenos marginais102.6. Terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios

    103. Outros bens do domnio terrestre da Unio103.1. Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econmica exclusiva103.2. Os potenciais de energia hidrulica e os recursos minerais, inclusive os do

    subsolo103.3. As cavidades naturais subterrneas e os stios arqueolgicos e pr-histricos103.4. A faixa de fronteira103.5. As terras necessrias s vias federais de comunicao

    104. Domnio terrestre dos Estados

    Seo IIIDomnio Hdrico

    105. Regime das guas105.1. Partilha hdrica105.2. Competncia hdrica

    106. Classificao do domnio hdrico e situao das guas106.1. Classificaes do domnio hdrico106.2. Situao das guas

    106.2.1. guas externas106.2.2. guas internas

    107. Domnio e uso das guas internas107.1. guas pblicas107.2. guas comuns107.3. guas particulares107.4. guas pluviais e subterrneas

    108. lveo abandonado e derivao

    Seo IVDomnio Areo

    109. Regime da ocupao do espao areo110. Regime da navegao area e aeroespacial

  • Captulo XIVO DOMNIO PRIVADO E O ESTADO

    111. Interveno na propriedade e interveno econmica112. A propriedade privada e o estado113. Classificao dos instrumentos jurdicos da interveno do Estado na propriedade e

    atividades privadas113.1. Quanto ao motivo113.2. Quanto extenso sobre o objeto113.3. Quanto abrangncia113.4. Quanto onerosidade113.5. Quanto durao113.6. Quanto ao exerccio113.7. Quanto executoriedade113.8. Quanto ao grau de sacrifcio imposto

    114. Institutos de interveno administrativa ordinatria na propriedade e nas atividadesprivadas em espcie

    114.1. Ocupao temporria114.2. Requisio114.3. Limitao administrativa114.4. Servido administrativa114.5. Tombamento114.6. Desapropriao

    114.6.1. Natureza jurdica114.6.2. Espcies114.6.3. Formas114.6.4. Declarao expropriatria114.6.5. Objeto da desapropriao114.6.6. Indenizao114.6.7. Tredestinao114.6.8. Desapropriao indireta114.6.9. Desapropriao por zonas114.6.10. Desapropriao de imvel rural, por interesse social, para fins de

    reforma agrria115. Institutos de interveno administrativa sancionatria sobre a propriedade e as

    atividades privadas em espcie115.1. Conceito115.2. Espcies de atos administrativos de interveno sancionatria

  • 115.2.1. Multa115.2.2. Interdio115.2.3. Destruio de coisas115.2.4. Confisco ou perda de bens

    116. Confronto e deslinde prtico entre institutos afins de interveno na propriedade enas atividades privadas

    116.1. Extremando a ocupao temporria116.2. Extremando a requisio116.3. Extremando a limitao administrativa116.4. Extremando a servido administrativa116.5. Extremando o tombamento116.6. Extremando a desapropriao116.7. Extremando os institutos da interveno administrativa sancionatria

    Captulo XVPOLCIA

    117. Conceito

    Seo IPolcia Administrativa

    118. Conceito e classificao da polcia administrativa119. Atuao da polcia administrativa

    119.1. Ordem de polcia119.2. Consentimento de polcia119.3. Fiscalizao de polcia119.4. Sano de polcia

    120. Campos de atuao da polcia administrativa120.1. Segurana120.2. Salubridade120.3. Decoro120.4. Esttica

    121. Setores de atuao da polcia administrativa121.1. Polcia de costumes121.2. Polcia da comunicao121.3. Polcia sanitria121.4. Polcia de viao121.5. Polcia do comrcio e da indstria

  • 121.6. Polcia das profisses121.7. Polcia ambiental121.8. Polcia de estrangeiros121.9. Polcia edilcia

    Seo IIDireito Administrativo da Segurana

    122. Conceitos de ordem pblica e de segurana pblica122.1. A ordem122.2. A segurana122.3. Fatores de insegurana122.4. Direito administrativo da segurana

    123. Segurana externa, segurana interna e segurana pblica123.1. Segurana externa e interna123.2. Segurana pblica123.3. Preveno e represso

    124. Preveno e represso na segurana externa125. Preveno e represso na segurana interna

    125.1. Segurana interna e articulaes de seus setores125.2. Polcia administrativa de segurana pblica125.3. Represso policial na segurana pblica

    126. Represso poltica na segurana interna127. Represso judiciria na segurana interna128. Represso militar na segurana interna129. Instrumentos jurdicos da represso poltico-militar

    129.1. Instrumentos polticos da represso militar129.1.1. O estado de defesa129.1.2. O estado de stio129.1.3. A interveno federal

    129.2. Instrumentos poltico-administrativos da represso militar129.2.1. Mobilizao129.2.2. Requisio militar129.2.3. Servio militar

    Captulo XVISERVIOS PBLICOS

    130. Conceito de servios pblicos

  • 131. Os princpios informativos especficos dos servios pblicos131.1. Princpio da generalidade131.2. Princpio da continuidade131.3. Princpio da regularidade131.4. Princpio da eficincia131.5. Princpio da atualidade131.6. Princpio da segurana131.7. Princpio da cortesia131.8. Princpio da modicidade

    132. Competncia para a execuo de servios pblicos133. Partilha constitucional da competncia instituidora

    133.1. Servios pblicos federais133.2. Servios pblicos estaduais133.3. Servios pblicos municipais

    134. Formas de prestao dos servios pblicos134.1. Prestao direta134.2. Prestao indireta

    134.2.1. Prestao autrquica134.2.2. Prestao paraestatal134.2.3. Prestao contratual134.2.4. Prestao complexa134.2.5. Prestao unilateral

    135. Concesso de servios pblicos135.1. Histrico135.2. Natureza135.3. Caractersticas135.4. Clusulas contratuais135.5. Princpios constitucionais setoriais atinentes concesso de servios pblicos

    135.5.1. Princpio da licitao135.5.2. Princpio da contratao135.5.3. Princpio da participao dos usurios135.5.4. Princpio da tarifa poltica135.5.5. Princpio do servio adequado

    135.6. A tarifa135.7. A retomada do servio pblico concedido135.7.1. Reverso

    135.7.2. Anulao135.7.3. Encampao

  • 135.7.4. Caducidade135.7.5. Resciso135.7.6. Distrato135.7.7. Renncia135.7.8. Desfazimento por fora maior

    135.8. Agncias reguladoras de servios pblicos136. Permisso de servios pblicos137. Execuo de obras pblicas integradas

    Captulo XVIIORDENAMENTO ECONMICO

    138. Conceito e classificao138.1. Princpios gerais da ordem econmica138.2. Conceito de ordenamento econmico138.3. Modalidades de atuao

    Seo IRegimes Especiais de Bens

    139. Regime dos recursos minerais139.1. Sistemas de riquezas minerais139.2. Sistemas adotados no brasil139.3. Institutos bsicos do Direito da Minerao

    139.3.1. Conceitos tcnicos139.3.2. Pesquisa mineral139.3.3. Explorao e seus regimes especficos139.3.4. Minas139.3.5. Direito do proprietrio do terreno139.3.6. Empresas de minerao

    140. Regime dos potenciais de energia hidrulica140.1. Regime livre140.2. Regime de autorizao140.3. Regime de concesso140.4. Regime paraestatal

    141. Regime das florestas141.1. Competncia141.2. Regime de preservao e explorao florestal141.3. Polcia florestal

  • 141.4. Poltica florestal141.5. Gesto de florestas pblicas

    142. Regime da caa143. Regime da pesca144. Regime administrativo da propriedade intelectual145. Restries de natureza econmica a estrangeiros

    Seo IIOrdenamento Financeiro

    146. Conceito de ordenamento financeiro147. Regime monetrio e creditcio

    147.1. Instituies financeiras147.2. Fiscalizao e sano

    148. Regime de capitais149. Regime dos seguros privados

    149.1. Regime geral149.2. Regimes especiais de seguros

    Seo IIIInterveno Econmica

    150. Conceito e classificao tipolgica da interveno econmica150.1. Conceito de interveno econmica150.2. Classificao dos instrumentos de interveno econmica150.3. Interveno regulatria

    150.3.1. Regulao dos investimentos de capital estrangeiro e de remessa delucros

    150.3.2. Ordenao do transporte areo, aqutico e terrestre150.3.3. Regulao restritiva da propriedade de empresa jornalstica e de

    radiodifuso sonora ou de som e imagens150.3.4. Regulao restritiva de participao de pessoa jurdica no capital social

    de empresa jornalstica ou de radiodifuso150.3.5. Regulao da venda e revenda de combustveis de petrleo, lcool

    carburante e outros combustveis derivados de matrias-primasrenovveis

    150.3.6. Regulao da produo e comrcio de material blico150.4. Interveno concorrencial150.5. Interveno monopolista

  • 150.5.1. Petrleo150.5.2. Minrios nucleares

    150.6. Interveno sancionatria150.6.1. Represso ao abuso do poder econmico150.6.2. Responsabilidade da empresa por atos praticados contra a ordem

    econmica e financeira e contra a economia popular150.6.3. Parcelamento ou edificao compulsrios de solo urbano no edificado,

    subutilizado ou no utilizado150.6.4. Aplicao metafiscal do imposto sobre propriedade predial e territorial

    urbana150.6.5. Desapropriao de solo urbano no edificado, subutilizado ou no

    utilizado, em carter sancionatrio e corretivo150.6.6. Desapropriao de imvel rural que no esteja cumprindo a sua funo

    social150.6.7. Defesa do consumidor

    Captulo XVIIIORDENAMENTO SOCIAL

    151. Conceito e classificao do ordenamento social151.1. Ordem social151.2. Conceito administrativo de funo de ordenamento social

    Seo IO Homem Direito Administrativo Social

    152. Ordenamento social da educao e do ensino152.1. Competncia152.2. Princpios constitucionais do ensino152.3. Sistema infraconstitucional

    153. Ordenamento social do trabalho153.1. Noes gerais sobre o Direito Administrativo do Trabalho153.2. Contedo e competncia legislativa153.3. Instituies administrativas do trabalho153.4. Competncia administrativa federal

    154. Ordenamento da seguridade social155. Ordenamento social da sade156. Ordenamento da previdncia social157. Ordenamento da assistncia social

  • 158. Ordenamento social do ndio

    Seo IIO Ambiente Direito Administrativo Ambiental

    159. O ambiente e o Direito160. Ecologia e Direito Ecolgico161. Atividades de ordenamento social do meio ambiente162. Urbanismo e Direito Urbanstico163. Disposio e uso do solo

    163.1. Zoneamento163.2. Parcelamento: loteamento e desmembramento

    163.2.1. Loteamento163.2.2. Desmembramento

    164. Projetos urbansticos e edificaes164.1. Projetos urbansticos164.2. Limitaes edilcias

    164.2.1. Limitaes de proteo ao domnio pblico164.2.2. Limitaes de segurana164.2.3. Limitaes de higiene e salubridade164.2.4. Limitaes de esttica164.2.5. Limitaes de funcionalidade urbana

    164.3. Licena urbanstica164.4. Demolies

    Captulo XIXFOMENTO PBLICO

    165. Generalidades, conceito e classificao do fomento pblico165.1. Acesso ao progresso individual e coletivo165.2. Conceito de fomento pblico

    Seo IPlanejamento Estatal

    166. O planejamento para o desenvolvimento166.1. Breve histrico do planejamento de Estado166.2. Planejamento de Estado no Brasil

    167. Desenvolvimento regional

  • 168. Atividade econmica suplementar do Estado iniciativa privada168.1. Generalidades sobre a suplementaridade setorial168.2. As empresas estatais168.3. Desestatizao e privatizao

    Seo IIFomento Social O Homem

    169. O homem e o fomento pblico social170. Fomento pblico social da educao, da pesquisa e da informao171. Fomento pblico social do trabalho

    171.1. Setor industrial171.2. Setor comercial171.3. Setor rural

    172. Fomento pblico social da cultura, do lazer, dos desportos e do turismo172.1. Fomento cultural172.2. Fomento do turismo

    173. Fomento pblico social ambiental174. Fomento pblico social rural e reforma agrria

    Seo IIIFomento Econmico A Empresa

    175. Fomento pblico econmico e a empresa175.1. A empresa175.2. Fomento cooperativo175.3. Fomento s empresas de pequeno porte

    176. Fomento pblico de atividades econmicas primrias176.1. Fomento agropecurio176.2. Fomento da pesca176.3. Fomento da produo mineral

    177. Fomento pblico cientfico e tecnolgico178. Fomento pblico financeiro e creditcio

    178.1. Sistemas de financiamento pblico178.2. Sistemas de financiamento pblico de projetos integrados

    Seo IVFomento Institucional

  • 179. Setor pblico no estatal179.1. Desmonopolizao do Poder179.2. Despolitizao de interesses pblicos179.3. Pluralizao de interesses179.4. Entes intermdios

    180. Fomento pblico administrao associada180.1. Organizaes sociais180.2. Organizaes da sociedade civil de interesse pblico

    Captulo XXCONTROLE DA ADMINISTRO PBLICA

    181. Generalidades sobre o controle da administrao pblica181.1. O interesse pblico181.2. Expresso poltica do interesse pblico e legitimidade181.3. Expresso jurdica do interesse pblico e legalidade

    182. Generalidades sobre os controles de legitimidade e de legalidade182.1. Controle de legitimidade182.2. Controle de legalidade182.3. Os campos de atuao do controle

    Seo IO Controle Administrativo

    183. Conceito de controle administrativo183.1. Controle administrativo de legitimidade183.2. Controle administrativo de legalidade183.3. O controle como funo administrativa

    184. Atuao e instrumentos do controle administrativo184.1. Modalidades de atuao do controle administrativo184.2. Instrumentos para atuao do controle administrativo

    184.2.1. Direito de petio184.2.2. Reclamao relativa prestao dos servios pblicos184.2.3. Recursos em processos administrativos

    185. Autocontrole contbil, financeiro, oramentrio, operacional e patrimonial interno186. O controle pelo processo administrativo

    Seo IIO Controle Parlamentar

  • 187. Conceito de controle parlamentar188. Modalidades de controle parlamentar

    188.1. Controle parlamentar direto preventivo por plenrios legislativos188.2. Controle parlamentar direto repressivo por plenrios legislativos188.3. Controle parlamentar direto preventivo pelas comisses congressuais188.4. Controle parlamentar indireto preventivo e repressivo

    189. Controle contbil, financeiro, oramentrio, operacional e patrimonial externo

    Seo IIIO Controle Judicirio

    190. Contencioso administrativo material190.1. Injuridicidade objetiva e injuridicidade subjetiva190.2. O julgamento da matria contenciosa administrativa

    191. Escala de juridicidade191.1. Sistema normativo positivo brasileiro191.2. A inconstitucionalidade191.3. Nveis e solues de controle infraconstitucional

    191.3.1. A ilegalidade191.3.2. A irregulamentaridade

    192. Solues corretivas do controle judicirio193. O Estado em juzo

    193.1. Designao em juzo193.2. Foro193.3. Representao193.4. Prova193.5. Prazos193.6. Duplo grau de jurisdio193.7. Despesas judiciais193.8. Precatrio193.9. Prescrio193.10. Outras peculiaridades processuais e no processuais

    194. Responsabilidade patrimonial do Estado e de prestadores de servios pblicos194.1. Histrico e teorias sobre a responsabilidade patrimonial do Estado

    194.1.1. Primeira fase: da irresponsabilidade194.1.2. Segunda fase: da responsabilidade civilstica194.1.3. Terceira fase: da responsabilidade publicstica194.2. Regime constitucional da responsabilidade patrimonial do Estado

  • 194.2.1. Danos causados por agentes pblicos194.2.2. Direito de regresso

    194.3. Danos causados por abuso de autoridade194.4. Danos causados por ato legislativo194.5. Danos causados por ato judicirio

    Seo IVOs Meios de Controle Judicirio

    195. Generalidades sobre o controle judicirio196. Meios inespecficos de controle judicirio

    196.1. Meios ordinrios196.1.1. Ao ordinria196.1.2. Ao penal

    196.2. Meios especiais196.2.1. Interditos possessrios196.2.2. Ao de nunciao de obra nova196.2.3. Ao de consignao em pagamento

    197. Meios especficos de controle judicirio de provocao do Estado197.1. Execuo fiscal197.2. Ao de desapropriao197.3. Ao de interveno de defesa econmica197.4. Ao discriminatria de terras devolutas197.5. Ao de dissoluo de sociedades ilcitas197.6. Ao de renda e indenizao por trabalhos de pesquisa mineral

    198. Meios especficos de controle judicirio de provocao do administrado198.1. Habeas corpus198.2. Mandado de segurana

    198.2.1. Histrico198.2.2. Objeto198.2.3. Motivo198.2.4. Parte ativa198.2.5. Parte passiva198.2.6. Medida liminar198.2.7. Defesa198.2.8. Direito lquido e certo198.2.9. Ilegalidade ou abuso de poder198.2.10. Procedimento198.2.11. Coisa julgada

  • 198.3. Mandado de segurana coletivo198.4. Ao popular

    198.4.1. Sujeito ativo198.4.2. Sujeito passivo198.4.3. Ato lesivo198.4.4. Valores tutelados198.4.5. Procedimento198.4.6. Sentena

    198.5. Habeas data198.6. Mandado de injuno198.7. Ao penal privada subsidiria nos crimes de ao pblica

    199. Meios especficos de controle judicirio de provocao comum do Estado e dosadministrados

    199.1. Ao direta de inconstitucionalidade199.2. Ao declaratria de constitucionalidade199.3. Conflito de atribuies199.4. Ao civil pblica199.5. Reclamao para preservao de competncia e garantia da autoridade de

    decises do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justia199.6. Arguio de descumprimento de preceito fundamental de competncia

    exclusiva do Supremo Tribunal Federal199.7. Reclamao contra ato administrativo ou deciso judicial que contrariar

    smula aplicvel ou que indevidamente a aplicar199.8. Ao de improbidade administrativa

    200. Execuo de sentena contra a administrao

    ndice onomstico

    ndice alfabtico-remissivo

  • NDICE DOS QUADROS ESQUEMTICOS

    Quadro I Composio de Conflitos

    Quadro II Relaes Jurdicas

    Quadro III Expresses do Poder Estatal

    Quadro IV Transferncia de Funes

    Quadro V Integrao Administrativa no Federalismo Brasileiro

    Quadro VI Evoluo do Conceito de Direito Administrativo

    Quadro VII Taxinomia do Direito Administrativo

    Quadro VIII Classificaes dos Princpios Jurdicos

    Quadro X Interesse Pblico

    Quadro XI Descentralizao da Administrao dos Interesses Pblicos

    Quadro XII Execuo da Administrao dos Interesses Pblicos

    Quadro XIII Fenomenologia do Direito Administrativo

    Quadro XIV Desconstituio da Relao Jurdica Administrativa

    Quadro XV Sanatria

    Quadro XVI Classificao do Controle de Juridicidade

    Quadro XVII Controle de Juridicidade

    Quadro XVIII Entes Administrativos

    Quadro XIX Pessoal Pblico

    Quadro XX Domnio Pblico

    Quadro XXI Utilizao dos Bens Pblicos por Particulares

    Quadro XXII Interveno na Propriedade Privada

    Quadro XXIII Atuao da Polcia Administrativa

    Quadro XXIV Polcia Administrativa

    Quadro XXV Formas de Prestao de Servios Pblicos

    Quadro XXVI Ordenamento Econmico

    Quadro XXVII Ordenamento Social

    Quadro XXVIII Fomento Pblico

    Quadro XXIX Controle Judicirio

  • CAPTULO I

    O ESTADO E A ORDEM JURDICA

    1. O ESTADO E SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

    As sociedades, para exercerem e para garantirem sua autodeterminao, organizam-sepoltica e juridicamente em certo territrio, instituindo o Estado.

    No conceito clssico, essas sociedades se individualizavam sociologicamente comonaes, de modo que o Estado no seria apenas um instrumento por elas criado, mas a prpriatransgurao da nacionalidade, entendido, assim, como a nao poltica e juridicamenteorganizada.

    A ideia de nao, porm, como um grupo social com atributos tnicos ou culturaiscomuns, uida e vaga, como to bem captou a pena elegante de Ernest Renan, umanao uma alma, um princpio espiritual, de modo que em sua compreenso combinam-se lembranas, costumes, vicissitudes, glrias, lngua, passado e aspiraes comuns, todosesses aspectos, como liames culturais que do unidade e propsito a um grupo humano, masque no se prestam a uma caracterizao jurdica.

    Assim que o elemento da nacionalidade tornou-se dispensvel formulao doconceito de Estado, ainda porque, multiplicam-se os Estados conformados por vrias naesque se renem por convenincia poltica, econmica ou social ou, mesmo, nada mais queperpetuando uma tradio histrica.

    Nessa evoluo, do mesmo modo a ideia de soberania, originariamente concebida comoautodeterminao juspoltica plena, um atributo dos soberanos, deixa de ser relevante para aorganizao poltica de muitos desses grupos nacionais, que passam a se satisfazer,realisticamente, com o gozo de uma razovel autonomia, que lhes garanta, mnima esimultaneamente, a identidade e a segurana, associando-se, para isso, a vrios outrosgrupos e de vrios modos, como sucede em inmeros modelos de Estado contemporneoscomplexos e de conglomerados estatais.

    Todavia, em ambos os conceitos de Estado, tanto no antigo, quanto no novo, h sempretrs elementos em destaque: o humano (a sociedade), o institucional (a organizao poltico-jurdica) e o geogrfico (o territrio).

    Quanto soberania, que era apontada como um quarto elemento do conceito clssicode Estado, no mais essencial, mas, como sugerido por Georg Jellinek, atua como umatributo especco do poder estatal, que lhe proporciona a insubmisso de sua ordem jurdicaa qualquer outra.

  • 2. ORGANIZAO POLTICA E JURDICA

    A organizao juspoltica, apresentada como elemento essencial existncia do Estado,compreende um conceito dplice, estrutura e funcionamento, muito semelhana com umcorpo fsico, que, para atingir suas nalidades, desenvolve funes especcas e, paradesempenh-las, gera rgos especializados.

    Observa-se que, desde a rudimentar vida comunitria, por que passam os grupos sociaisprimitivos, s mais complexas formas de sociedades polticas contemporneas, essas funes eesses rgos vo lentamente desenvolvendo certos padres de regularidade.Originariamente, esses padres surgiram como fruto da reiterao espontnea decomportamentos reputados como de comprovada ecincia social, levando a cristalizarem-se, alguns deles, como normas costumeiras, consensualmente acatadas pelo grupo. Aos poucos,na medida em que essas sociedades evoluem, aqueles padres normativos recebemimpositividade, por parte do poder poltico institudo, dando origem a normas jurdicas,distinguindo-se as destinadas ao funcionamento e as destinadas estruturao da vida dogrupo.

    A esse sistema integrado de normas desenvolvidas na sociedade, d-se o nome de ordemjurdica, conceituada, assim, como um modelo abstrato de condutas interpessoais destinadoa reger harmonicamente as relaes sociais, imposto com a nalidade de manter a unidade ea permanncia do grupo (segurana) e proporcionar-lhe o mximo de eficincia na vidaassociativa (progresso).

    Para isso, a organizao jurdica se articula sobre certos princpios, destinados a conferiressa desejada harmonia e dar sentido ordem social e ordem poltica que instituem, paraconformar as traves mestras de uma ordem jurdica.

    comum, por isso, em uma primeira e ainda limitada aproximao para desenvolver umconceito de Direito Administrativo, aqui tomado em relao ao Estado, conot-lo,principalmente, s suas regras de funcionamento, como um administrador de interesses geraisda sociedade, que lhe so cometidos pela atribuio e partilha de competncias denidaspor sua arquitetura constitucional, lanando, com isso, as vigas mestras de sua estruturao.

    Esta viso, ainda que muito esquemtica e simplicada, til como um primeiro eamplo enfoque sobre o Direito Administrativo, no contexto do Estado e de sua ordemjurdica, que se seguir ampliado e enriquecido sob uma perspectiva integral do DireitoPblico.

    3. INTERESSES, DIREITOS E DIREITO

    A convivncia numa sociedade civilizada seria impossvel sem um mnimo de seguranade seus membros de que certo ncleo fundamental de interesses individuais ser invariavelmente

  • respeitado e protegido.Portanto, ao Estado, como a organizao juspoltica da sociedade, cabe declarar quais so

    esses interesses, que devem ser por ele assegurados, uma vez que, para o desempenho destamisso, ele veio a se tornar historicamente o centro da mais signicativa concentrao depoder institucionalizado, constituindo-se como um Poder Pblico e, desse modo, atuandocomo fonte de direito.

    Como se pode observar, nem todos os interesses dos indivduos, em determinadasociedade, recebem tutela na ordem jurdica instituda, de modo que remanesce umainnidade de interesses simples, ao lado dos politicamente selecionados para sereminstitucionalizados como interesses juridicamente protegidos.

    Por muito tempo, os interesses protegidos e, portanto, os respectivos direitos seclassicavam apenas sob o critrio de sua relevncia em face do prprio Estado: eram assim,apenas, privados ou pblicos.

    A pluralizao dos interesses na vida contempornea levou a reclassic-los em novascategorias, em ateno a critrios mais recentes, como a transindividualidade, a divisibilidade ea solidariedade, que passaram a ter grande importncia prtica nas sociedadescontemporneas, dando surgimento a novas categorias, como as dos interesses e direitosindividuais, dos interesses e direitos individuais homogneos, dos interesses e direitos coletivos e dosinteresses e direitos difusos, entre outras mais, que incessantemente se desdobram e seidentificam no curso do processo civilizatrio.

    Assim, interesses ou direitos individuais so aqueles que dizem respeito a cada pessoa, fsicaou jurdica, singularmente considerada. Interesses ou direitos individuais homogneos so, osque afetos a cada pessoa singularmente considerada, repetem-se e se tornam comuns emcerto grupo, que se liga e se identica pela mesma relao de fato, que os tornam direitosopcionalmente solidrios ou divisveis em seu exerccio. Interesses ou direitos coletivos sovariedades ditas transindividuais (ou metaindividuais), porque sua titularidade se entende aum grupo determinado de pessoas, ligado por uma relao que, solidarizando-as, os tornamindivisveis em seu exerccio. Interesses e direitos difusos tambm so transindividuais, porquesua titularidade se estende a um nmero indeterminado de pessoas, envolvendo toda asociedade ou segmentos dela, tendo em comum, como liame, que os solidariza, umacircunstncia de fato juridicamente relevante, sendo tambm indivisveis em seu exerccio todos esses interesses que materializam os denominados direitos fundamentais de terceiragerao esto, hodiernamente, consagrados no art. 81 da Lei n. 8.078/1990 (Cdigo deDefesa do Consumidor).

    Mas os prprios interesses pblicos tambm se distinguiram em subcategorias deimportncia prtica, como a que parte da diferenciao entre interesses pblicos primrios, quedizem respeito sociedade, e os interesses pblicos secundrios, que se referem ao prprio

  • Estado, enquanto pessoa moral qual se imputam direitos e deveres, valendo observar queos interesses pblicos secundrios s so legtimos quando forem instrumentais para oatingimento dos primrios.

    Finalmente, para encerrar essas consideraes vestibulares, tenha-se em mente aclssica conceituao geral de Direito, formulada por Rudolf von Ihering, como complexo dascondies existenciais da sociedade asseguradas pelo Poder Pblico, da qual se pode partir comsegurana para integr-la aos demais elementos conceptuais at aqui examinados.

    A primeira ideia, contida na expresso o complexo, est a indicar a existncia do que sepode chamar de uma nomografia, ou seja, uma coleo de normas, que evolui para tornar-seum sistema de normas.

    A seguir, das condies existenciais, contm a armao de que o Direito, como tcnicade convivncia social, pressuposto da prpria sobrevivncia das organizaes sociais.

    Por da sociedade, entende-se a referncia feita a um grupo humano sucientementecoeso para desenvolver autonomamente uma unidade de propsitos e de atuar em funodeles.

    Por m, identica-se na expresso asseguradas pelo Poder Pblico, a introduo dodistintivo elemento jurdico da coero com o sentido de mando, de poder, de supremacia,em suma, de imperium que est na prpria essncia do Estado, como seu legtimomonopolista nas sociedades juspoliticamente organizadas.

    Este conceito, uma vez agregado ao de organizao poltica, assim se sintetiza: Direito ocomplexo das condies existenciais de uma organizao poltica. Nele esto compreendidas tantoas relaes basicamente de coordenao, que se travam no plano da sociedade, como asrelaes basicamente de subordinao, que se estabelecem entre ela e o Poder Pblico, bemcomo as relaes, tanto de coordenao como de subordinao, que se travam internamente,na prpria estrutura e funcionamento do aparelho instrumental do Estado.

    Em se considerando a relao meramente pragmtica entre ambos os conceitos, chega-se concluso de que a nalidade formal, imediata e instrumental do Direito , reexamente, ade criar e manter a organizao poltica que o sustente, ou seja, a de criar e manter o prprioEstado, como condio essencial para alcanar a sua nalidade material, mediata e finalstica,que a imposio dos valores convivenciais que o inspiram.

    Deduz-se, assim, que, no sentido instrumental, o Direito uma elaborada tcnica socialmilenarmente desenvolvida para a manuteno de estruturas sociais estveis, de modo agarantir a satisfao dos interesses dos membros de uma sociedade, e, na mesma linha, oEstado, a sua mxima expresso formal, ao qual se cometem poderes para proteg-los, bemcomo para promover e acautelar determinados interesses comuns, denidos como interessespblicos, a cargo de rgos e por meio de processos prprios.

    Fcil observar-se que a ideia de Poder e, aqui mais precisamente, a de Poder Pblico

  • a que se apresenta com um relevo mais ntido, na base dos conceitos oferecidos. Umaexpresso que, no sentido orgnico, ou subjetivo, sinnima de governo, e no sentidofuncional, ou objetivo, indica a prpria coero de que vem caracteristicamente dotado.

    Em sntese, pode-se conceituar o Poder Pblico como o complexo de rgos e funes,caracterizado pela coero, destinado a assegurar uma ordem jurdica, em certa organizao polticaconsiderada.

    Ao destacar, novamente, as expresses rgo e funo, ganham maior profundidadeessas noes propeduticas, de modo a identicar no rgo uma parte atuante de um corpoou de um sistema, e, na funo, a atividade por ele desenvolvida.

    Ora, como j se tem adiantado, o Direito Administrativo disciplina de naturezapredominantemente funcional, no que se extrema, desde logo, do ramo do Direito Pblicoque lhe est mais prximo, o do Direito Constitucional, em que releva a nalidadepredominantemente estrutural e ntica de suas normas.

    No caso da estruturao do prprio Estado, como sistema policntrico e poliorgnico, asfunes nele se multiplicam e se descentralizam, na medida em que lhe so cometidas asmais diversas atribuies constitucionais, em processo que tende a constituir cada vez maisum sistema polifuncional.

    Segue-se o exame mais detido, de como se apresenta o complexo institucional, orgnico efuncional caracterstico das sociedades civilizadas, identificado como ordem jurdica.

    4. ORDEM JURDICA

    Como exposto, em suas trajetrias histricas, as sociedades, no importa por queprocessos, elegem determinados fins comuns a serem por elas alcanados, para este efeitoordenando-se institucionalmente com a criao de organizaes polticas de todo gnero,destacadamente formalizadas como Estados ou como associaes de Estados.

    A o Estado, como organizao juspoltica contempornea dominante, resultado demilenar evoluo, voltada a atingir os ns para os quais foi criado, so atribudos poderes, quedimanam da sociedade que os gera, de modo que, nele concentrados e por ele aplicados,possam prover duas bsicas modalidades de funes: as de natureza teleolgica, destinadas aprosseguir os ns sociais cometidos ao Estado, e as de natureza metodolgica, que visam aassegurar a situao de ordem e de equilbrio, na qual se torna possvel a convivnciaprodutiva entre as variadssimas manifestaes de poder que passam a ser nele coexistentes.

    Para o desempenho dessas duas funes bsicas, o Estado desenvolve atividadesjurdicas, que so assim designadas porque so vinculadamente desempenhadas a umconjunto de normas de obrigatria observncia: a ordem jurdica, conceito aqui tomado emseu sentido mais amplo, abrangendo todo tipo de princpios, e regras, inclusive, em ltima

  • anlise, os atos que os concretizam.A doutrina contempornea insiste, ademais, que o Direito no se reduz ao complexo de

    normas jurdicas, ou seja, a uma simples nomologia, ampliando essa viso, dita normativa, como reconhecimento de que a norma vem a ser, ao mesmo tempo, produto e parte operante deum conceito maior, a de instituio jurdica, que lhe d vida infundindo-lhe o poder cogente,nisso consistindo o que se denomina de viso institucional do Direito.

    Dito de outro modo, a ordem jurdica de um Estado no se limita nem se esgota nacoleo das normas de direito positivo, embora seja um sistema central de referncia, poisnela ainda se integram: (1) os princpios gerais e especiais do Direito e de seus ramos; (2) ospreceitos ou regras, oriundos de fontes jurdicas secundrias, institucionais ou costumeirasdotadas de eccia, tais como as normas setoriais de todo gnero, como as admitidas, asreconhecidas, as recepcionadas e as deslegalizadas, (3) os costumes e (4) a moral, tanto ageral, como a prpria de grupos diferenciados.

    Resulta da ordem jurdica, considerada assim em sua plenitude e tomada agora em seuduplo aspecto, normativo e concreto, o estabelecimento de uma condio de segurana e deequilbrio da sociedade na qual, teoricamente, torna-se possvel harmonizar todos os interesses quenela coexistem, produzindo uma situao genericamente definida como a ordem social.

    Esta submisso se obtm tanto no aspecto esttico e tradicional do Direito, que vem a sero da preveno e composio dos conitos de interesses, como no aspecto dinmico e devanguarda, que o do condicionamento socioeconmico desses inte