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Curso de direito_do_trabalho_-_amauri_mascaro_-_2011

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  3. 3. Membro da Academia Brasileira de Letras Jurdicas. Presidente Honorrio da Academia Nacional de Direito do Trabalho. Membro da Academia Paulista de Direito. Professor Titular e Professor Emrito da Faculdade de Direito da Universidade de So Paulo. Membro da Academia Ibero-americana de Direito do Trabalho e da Segurana Social. Ex-Secretrio-Geral da Sociedade Ibero-americana de Direito do Trabalho e Seguridade Social. Juiz do Trabalho aposentado. Amauri mascaro nascimento HISTRIA E TEORIA GERAL DO DIREITO DO TRABALHO RELAES INDIVIDUAIS E COLETIVAS DO TRABALHO 26 edio 2011 CDT-0001-0028.indd 3 4/2/2011 09:20:17
  4. 4. ISBN 978-85-02-11879-9 Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Nascimento, Amauri Mascaro Curso de direito do trabalho : histria e teoria geral do direito do trabalho : relaes individuais e coletivas do trabalho / Amauri Mascaro Nascimento. 26. ed. So Paulo : Saraiva, 2011. Bibliografia. 1. Direito do trabalho 2. Direito do trabalho - Brasil. I. Ttulo. 11-01246 CDU-34 : 331 ndice para catlogo sistemtico: 1. Direito do trabalho 34 : 331 Diretor editorial Antonio Luiz de Toledo Pinto Diretor de produo editorial Luiz Roberto Curia Gerente de produo editorial Lgia Alves Editor Jnatas Junqueira de Mello Assistente editorial Sirlene Miranda de Sales Assistente de produo editorial Clarissa Boraschi Maria Preparao de originaisMaria Izabel Barreiros Bitencourt Bressan Raquel Modolo de Nardo Arte e diagramao Cristina Aparecida Agudo de Freitas Reviso de provasRita de Cssia Queiroz Gorgati Wilson Imoto Servios editoriaisAna Paula Mazzoco Vinicius Asevedo Vieira Capa Gislaine Ribeiro Produo grfica Marli Rampim Impresso Acabamento Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prvia autorizao da Editora Saraiva. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal. Dvidas? Acesse www.saraivajur.com.br Data de fechamento da edio: 26-1-2011 Filiais AMAZONAS/RONDNIA/RORAIMA/ACRE Rua Costa Azevedo, 56 Centro Fone: (92) 3633-4227 Fax: (92) 3633-4782 Manaus BAHIA/SERGIPE Rua Agripino Drea, 23 Brotas Fone: (71) 3381-5854 / 3381-5895 Fax: (71) 3381-0959 Salvador BAURU (SO PAULO) Rua Monsenhor Claro, 2-55/2-57 Centro Fone: (14) 3234-5643 Fax: (14) 3234-7401 Bauru CEAR/PIAU/MARANHO Av. Filomeno Gomes, 670 Jacarecanga Fone: (85) 3238-2323 / 3238-1384 Fax: (85) 3238-1331 Fortaleza DISTRITO FEDERAL SIA/SUL Trecho 2 Lote 850 Setor de Indstria e Abastecimento Fone: (61) 3344-2920 / 3344-2951 Fax: (61) 3344-1709 Braslia GOIS/TOCANTINS Av. Independncia, 5330 Setor Aeroporto Fone: (62) 3225-2882 / 3212-2806 Fax: (62) 3224-3016 Goinia MATO GROSSO DO SUL/MATO GROSSO Rua 14 de Julho, 3148 Centro Fone: (67) 3382-3682 Fax: (67) 3382-0112 Campo Grande MINAS GERAIS Rua Alm Paraba, 449 Lagoinha Fone: (31) 3429-8300 Fax: (31) 3429-8310 Belo Horizonte PAR/AMAP Travessa Apinags, 186 Batista Campos Fone: (91) 3222-9034 / 3224-9038 Fax: (91) 3241-0499 Belm PARAN/SANTA CATARINA Rua Conselheiro Laurindo, 2895 Prado Velho Fone/Fax: (41) 3332-4894 Curitiba PERNAMBUCO/PARABA/R. G. DO NORTE/ALAGOAS Rua Corredor do Bispo, 185 Boa Vista Fone: (81) 3421-4246 Fax: (81) 3421-4510 Recife RIBEIRO PRETO (SO PAULO) Av. Francisco Junqueira, 1255 Centro Fone: (16) 3610-5843 Fax: (16) 3610-8284 Ribeiro Preto RIO DE JANEIRO/ESPRITO SANTO Rua Visconde de Santa Isabel, 113 a 119 Vila Isabel Fone: (21) 2577-9494 Fax: (21) 2577-8867 / 2577-9565 Rio de Janeiro RIO GRANDE DO SUL Av. A. J. Renner, 231 Farrapos Fone/Fax: (51) 3371-4001 / 3371-1467 / 3371-1567 Porto Alegre SO PAULO Av. Antrtica, 92 Barra Funda Fone: PABX (11) 3616-3666 So Paulo Rua Henrique Schaumann, 270, Cerqueira Csar So Paulo SP CEP 05413-909 PABX: (11) 3613 3000 SACJUR: 0800 055 7688 De 2 a 6, das 8:30 s 19:30 [email protected] Acesse: www.saraivajur.com.br 111.472.026.001 CDT-0001-0028.indd 4 4/2/2011 09:20:17
  5. 5. 5 ndice geral Captulo I HISTRIA DO DIREITO DO TRABALHO E O DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL 1 Histria do direito do trabalho clssico 1. Noes introdutrias.......................................................... 31 2. A questo social................................................................. 33 3. O nascimento da grande indstria e o desenvolvimento da cincia................................................................................. 34 4. O aparecimento do proletariado........................................ 35 5. A mo de obra para a nova indstria................................. 37 6. A indignidade das condies de trabalho subordinado..... 38 7. O pensamento econmico.................................................. 44 8. O liberalismo...................................................................... 46 9. O liberalismo e os contratos.............................................. 48 10.O liberalismo e as corporaes de ofcio........................... 50 11.O movimento sindical........................................................ 52 12.O intervencionismo............................................................ 53 13.Legislao industrial, institucionalizao e justia social. 55 14.As ideias jurdico-polticas................................................ 61 2o O perodo recente 1.Transformaes no mundo das relaes de trabalho......... 69 CDT-0001-0028.indd 5 4/2/2011 09:20:17
  6. 6. 6 2. Desemprego, direito do trabalho e terceiro setor............... 70 3. Globalizao econmica, avano tecnolgico e direito do trabalho............................................................................... 73 4. Efeitos da globalizao....................................................... 76 5. A Lei Biagi da Itlia (2003), a Lei do Trabalho Autnomo da Espanha (2007) e a Lei da China (2008)...................... 79 6. O Estado do Bem-Estar Social........................................... 84 7. A crise de 2009................................................................... 86 3o O Brasil e o direito do trabalho clssico 1. As greves e o anarquismo................................................... 88 2. Positivismo e liberalismo................................................... 91 3. A doutrina........................................................................... 94 4. Primeiras leis: sindicalismo, proteo aos menores e loca- o de servios.................................................................... 96 5. A poltica trabalhista e os decretos por profisses............. 98 6. As bases do direito coletivo................................................ 99 7. A Consolidao das Leis do Trabalho (CLT)..................... 102 8. Os efeitos da poltica econmica de 1964.......................... 105 4o O Brasil e o direito do trabalho recente 1. A Constituio Federal de 1988......................................... 107 2. A modernizao do modelo brasileiro............................... 109 3. As novas leis....................................................................... 111 4. O Governo Lula.................................................................. 114 5. A dimenso garantstica da legislao............................... 116 6. O abrandamento do garantismo.......................................... 117 7. O significado da nova legislao........................................ 119 Captulo II Internacionalizao do direito do trabalho e seus impactos no direito brasileiro 5o Internacionalizao do direito do trabalho 1. Prdromos do direito internacional.................................... 125 2. Relaes internacionais de trabalho................................... 127 CDT-0001-0028.indd 6 4/2/2011 09:20:17
  7. 7. 7 3. Organizaes internacionais de trabalho............................ 128 4. Princpios, pactos e normas programticas e imperativas internacionais de trabalho................................................... 129 6o Organizao Internacional do Trabalho (OIT) 1. O Tratado de Versalhes....................................................... 132 2. Convenes internacionais da OIT..................................... 135 3. Tratados internacionais entre os Estados........................... 139 4. Tratado de Itaipu................................................................. 143 7o Direito comunitrio 1. Comunidade Econmica do Carvo e do Ao (1951)........ 149 2. Unio Europeia................................................................... 151 3. Transformaes do trabalho e futuro do direito do tra- balho na Europa.................................................................. 159 8o Mercosul Mercado Comum do Sul 1. Estrutura.............................................................................. 163 2. Circulao de trabalhadores............................................... 167 3. A compatibilizao do direito do trabalho nos blocos eco- nmicos............................................................................... 174 4. Declaraes internacionais................................................. 179 5. O impacto das normas internacionais do trabalho no Brasil.. 187 9o Direito internacional privado 1. Conflito de normas no espao............................................ 198 2. Brasileiro transferido para o estrangeiro............................ 199 3. Administradores.................................................................. 200 4. Equiparao constitucional entre estrangeiros e brasileiros. 201 5. Necessidade do visto.......................................................... 202 Captulo III Classificao sociojurdica do trabalho profissional 10. Classificao sociolgica e classificao jurdica 1. Classificao sociolgica.................................................... 205 CDT-0001-0028.indd 7 4/2/2011 09:20:17
  8. 8. 8 2. Classificao sociojurdica................................................. 208 11. O trabalho subordinado e suas modificaes 1. O trabalho subordinado...................................................... 211 2. O rompimento da concepo binria autonomia-subordi- nao................................................................................... 213 3. A construo da concepo tricotmica autonomia-subor- dinao-parassubordinao................................................. 215 12. Tipos especiais de trabalho 1. Trabalho profissional.......................................................... 219 2. Trabalho religioso............................................................... 220 3. Trabalho familiar................................................................ 225 4. O problema do trabalho desportivo.................................... 228 5. Trabalho no profissional: trabalho voluntrio e trabalho assistencial.......................................................................... 236 Captulo IV O ordenamento jurdico trabalhista 13. Ordenamento jurdico e norma jurdica 1. A questo conceitual.......................................................... 241 2. A concepo normativista de ordenamento....................... 242 3. A concepo jusnaturalista do ordenamento...................... 243 4. A concepo sociojurdica de ordenamento....................... 244 14. A problemtica epistemolgica do direito do trabalho 1. Conceito de direito............................................................. 249 2. Conceito de justia............................................................. 256 3. A concepo heterotutelar do trabalhador.......................... 258 4. A concepo autotutelar do direito do trabalho................. 262 5. A concepo econmica da flexibilizao do direito do trabalho............................................................................... 266 6. Garantia, desregulamentao, flexibilizao e rerregulamen- tao.................................................................................... 277 7. O direito do trabalho como direito fundamental................ 279 8. Os sistemas jurdicos e o direito do trabalho..................... 279 CDT-0001-0028.indd 8 4/2/2011 09:20:17
  9. 9. 9 15. A evoluo da denominao 1. Legislao industrial........................................................... 283 2. Direito operrio.................................................................. 284 3. Direito corporativo............................................................. 284 4. Direito social...................................................................... 285 5. Direito do trabalho.............................................................. 287 6. Do direito operrio para o direito dos trabalhos................ 288 16. De direito dos empregados para direito do trabalho 1. Definies subjetivistas...................................................... 290 2. Definies objetivistas........................................................ 292 3. Definies mistas................................................................ 294 4. Direito do trabalho no sentido subjetivo e objetivo........... 294 5. O conceito contemporneo de direito do trabalho............. 295 6. Nossa definio de direito do trabalho............................... 303 17. Direito do trabalho e outras cincias 1. Direito do trabalho e economia: o econmico e o social... 307 2. Direito do trabalho e sociologia: os fenmenos sociais e as normas......................................................................... 310 3. Direito do trabalho e medicina do trabalho: a sade do trabalhador.......................................................................... 311 4. Direito do trabalho e filosofia do trabalho: o conceito de trabalho............................................................................... 312 5. Direito do trabalho e psicologia do trabalho: os fenme- nos internos da pessoa que trabalha................................... 315 18. Direito do trabalho e outros ramos do direito 1. Relaes com o direito internacional: as instituies internacionais e o trabalhador nacional e estrangeiro.......... 317 2. Relaes com o direito constitucional: subordinao do direito do trabalho Constituio...................................... 319 3. Relaes com o direito administrativo: a Administrao Pblica do Trabalho............................................................ 324 4. Relaes com o direito processual: a aplicao e a in- terpretao do direito do trabalho...................................... 327 CDT-0001-0028.indd 9 4/2/2011 09:20:17
  10. 10. 10 5. Relaes com o direito civil: da locao de servios para os contratos de trabalho...................................................... 332 6. Relaes com o direito empresarial: a atividade econ- mica organizada.................................................................. 340 7. Relaes com o direito fiscal: o exerccio do poder tribut- rio do Estado....................................................................... 342 8. Relaes com o direito penal: direito penal do trabalho.... 343 19. Autonomia do direito do trabalho: do direito civil para um direito especial 1. Autonomia legislativa......................................................... 346 2. Autonomia doutrinria........................................................ 347 3. Autonomia didtica............................................................ 348 4. Autonomia jurisdicional..................................................... 349 5. A autonomia do direito do trabalho segundo Maria do Ro- srio Palma Ramalho.......................................................... 349 20. Enquadramento do direito do trabalho 1. Noes introdutrias........................................................... 351 2. Direito pblico.................................................................... 353 3. Direito privado.................................................................... 355 4. Direito misto....................................................................... 355 5. Direito unitrio................................................................... 355 6. Direito social...................................................................... 356 7. O privatismo do direito do trabalho................................... 356 21. A tutela trabalhista alm da relao de emprego 1. O mbito pessoal do direito individual do trabalho: teoria restritiva.............................................................................. 360 2. mbito pessoal do direito individual do trabalho: teoria ampliativa........................................................................... 362 3. O alargamento das fronteiras.............................................. 363 22. Direito do trabalho e direito de previdncia social 1. Teoria dualista.................................................................... 365 2. Teoria monista.................................................................... 367 3. Discusso do problema....................................................... 368 CDT-0001-0028.indd 10 4/2/2011 09:20:17
  11. 11. 11 4. Contrato de trabalho e contrato de previdncia privada complementar..................................................................... 369 23. Setores do direito do trabalho 1. Propostas dos doutrinadores............................................... 371 2. Direito individual do trabalho............................................ 372 3. Direito coletivo do trabalho................................................ 372 4. Direito pblico do trabalho................................................ 375 5. Direito tutelar do trabalho.................................................. 375 Captulo V A norma jurdica trabalhista 24. A elaborao da norma jurdica 1. A elaborao da norma jurdica........................................ 377 2. Os centros de positivao................................................... 378 3. O pluralismo do direito do trabalho................................... 379 25. A elaborao pelo Estado 1. A elaborao pelo Poder Legislativo.................................. 380 2. A elaborao pelo Poder Judicirio.................................... 381 3. A elaborao pelo Poder Executivo................................... 382 26. A elaborao pela autonomia dos particulares 1. As negociaes coletivas.................................................... 384 2. As negociaes individuais................................................ 386 3. A importncia da autonomia coletiva dos particulares...... 386 27. A elaborao consuetudinria 1. Fontes consuetudinrias...................................................... 391 2. Absoro do costume pela lei e pela jurisprudncia.......... 394 3. Diferena entre costume e outras normas.......................... 395 Captulo VI Tipos de normas 28. Leis constitucionais CDT-0001-0028.indd 11 4/2/2011 09:20:17
  12. 12. 12 1. A subordinao do direito do trabalho ao direito constitu- cional.................................................................................. 399 2. Constituio do Mxico (1917).......................................... 401 3. Constituio de Weimar (1919).......................................... 402 4. Carta del Lavoro (1927).................................................. 404 5. Aplicao da lei constitucional.......................................... 406 6. Tipos de constitucionalismo social..................................... 408 7. Constituies dos Estados do Mercosul............................. 408 8. Contedo das leis constitucionais...................................... 409 29. Leis infraconstitucionais 1. Competncia para legislar.................................................. 414 2. Simetria, assimetria e a autorizao do art. 22, pargrafo nico, da Constituio........................................................ 415 3. As bases da nossa legislao.............................................. 418 4. A questo da inderrogabilidade da lei trabalhista.............. 418 5. As leis trabalhistas como leis de ordem pblica social...... 421 6. Classificao das leis.......................................................... 423 30. Outras normas 1. Decretos, medidas provisrias, leis delegadas, portarias e regulamentos....................................................................... 429 2. Sentenas coletivas e individuais....................................... 432 3. Convenes coletivas e acordos coletivos.......................... 433 4. Regulamentos de empresa.................................................. 434 5. Usos e costumes................................................................. 437 6. Convenes internacionais................................................. 443 7. Tratados internacionais....................................................... 443 8. Diretivas comunitrias........................................................ 448 31. Princpios do direito do trabalho 1. Os princpios no direito...................................................... 450 2. Os princpios no direito do trabalho................................... 454 3. A compreenso dos princpios do direito do trabalho na poca contempornea......................................................... 457 4. O princpio da valorizao da dignidade do trabalhador... 462 5. Os princpios do direito do trabalho brasileiro.................. 466 CDT-0001-0028.indd 12 4/2/2011 09:20:18
  13. 13. 13 6. Princpios gerais do direito do trabalho............................. 467 7. As presunes jurdicas...................................................... 469 8. Princpios e funes do direito do trabalho........................ 470 9. Princpios de alguns sistemas jurdicos.............................. 471 10.A tenso dogmtica do direito do trabalho........................ 472 11.O princpio da proporcionalidade....................................... 474 Captulo VII Interpretao, integrao e aplicao da norma jurdica 32. Noes propeduticas 1. A unidade do processo de concretizao da norma........... 479 2. As fases do processo integrado.......................................... 481 3. O literalismo....................................................................... 482 4. A funo da interpretao sistemtica................................ 483 5. A integrao........................................................................ 484 6. Aplicao............................................................................ 484 7. As transformaes na ideia da interpretao...................... 484 33. Evoluo da interpretao 1. A interpretao do direito comum e a Escola Exeg- tica...................................................................................... 487 2. A interpretao do direito comum e a Escola Hist- rica...................................................................................... 489 3. A interpretao do direito comum e a Escola do Di- reito Livre........................................................................... 490 4. O concretismo interpretativo.............................................. 492 5. As tcnicas de interpretao do direito comum................. 493 6. O pensamento dos juslaboralistas sobre o problema......... 494 7. A jurisprudncia de valores e o direito do trabalho........... 502 8. O juiz como intrprete do direito....................................... 504 9. O psicologismo jurdico..................................................... 507 10.Direito e linguagem............................................................ 509 11.Interpretao unitria, diversificada e interpretao dos contratos individuais........................................................... 511 CDT-0001-0028.indd 13 4/2/2011 09:20:18
  14. 14. 14 34. Meios de integrao 1. Analogia.............................................................................. 513 2. Equidade............................................................................. 514 35. A hierarquia dinmica das normas 1. Fundamentos para a discusso da questo......................... 516 2. Critrios de hierarquia........................................................ 521 3. Critrios para determinao da norma favorvel............... 525 4. Os fundamentos do princpio da hierarquia dinmica....... 526 5. Vigncia das convenes e acordos coletivos.................... 527 36. A lei no espao 1. Introduo........................................................................... 528 2. Os estudos no direito do trabalho....................................... 529 3. Contratos entre nacionais cumpridos em outros pases..... 531 4. Contratos entre nacionais e estrangeiros............................ 534 5. Empresas de grupos estrangeiros no Brasil........................ 535 6. Martimos e aeronautas...................................................... 535 7. A extraterritorialidade........................................................ 536 8. STST n. 207........................................................................ 536 9. Transferncia de brasileiros................................................ 537 37. A lei no tempo 1. Introduo........................................................................... 538 2. Teoria do efeito imediato.................................................... 540 3. Efeito imediato e retroatividade......................................... 541 Captulo VIII Teoria dos contratos de trabalho 38. O gnero contratual 1. Contratos de trabalho.......................................................... 545 2. Caractersticas de todo contrato de trabalho da pessoa f- sica...................................................................................... 547 3. A contratualizao nas relaes de trabalho...................... 548 4. As novas ideias sobre contrato........................................... 552 CDT-0001-0028.indd 14 4/2/2011 09:20:18
  15. 15. 15 39. Enquadramento do contrato 1. Subordinao, parassubordinao e autonomia................. 556 2. Colaborao, coordenao e continuidade......................... 562 3. Subordinao como trabalho tpico.................................... 564 4. Reconstruo doutrinria da teoria da subordinao......... 567 5. Descontinuidade ou continuidade...................................... 574 40. A funo social do contrato 1. Funo social do contrato como atenuao do pacta sunt servanda.............................................................................. 576 2. A maior liberdade do juiz................................................... 579 41. O problema da natureza jurdica do vnculo entre empregado e empregador 1. A teoria contratualista........................................................ 580 2. A teoria anticontratualista.................................................. 595 3. Contrato e relao de emprego........................................... 601 4. O vnculo entre empregado e empregador como relao jurdica do tipo contratual.................................................. 603 5. O vnculo entre empregado e empregador como situao.. 605 6. O vnculo entre empregado e empregador como contrato pessoal-organizacional.................................................... 608 7. O problema da invalidade, nulidade, anulabilidade, proibi- es e seus efeitos.............................................................. 610 8. Dirigismo contratual e decadncia da autonomia da von- tade...................................................................................... 619 9. O significado do princpio da liberdade de trabalho.......... 621 10.O princpio da continuidade dos contratos......................... 621 11.As tcnicas de conservao do contrato............................. 634 12.Subcontratao.................................................................... 631 13.Classificao dos contratos de trabalho no sentido amplo... 639 Captulo IX Contrato de emprego: sujeitos e formao do contrato 42. Do empregado CDT-0001-0028.indd 15 4/2/2011 09:20:18
  16. 16. 16 1. Definio............................................................................. 643 2. Capacidade.......................................................................... 661 3. Cargos e funes................................................................ 664 43. Do empregador 1. Definio............................................................................. 668 2. Tipos de empregadores....................................................... 670 3. A empresa como principal figura de empregador.............. 671 4. O scio e a empresa............................................................ 672 5. Grupos de empresas no direito empresarial....................... 677 6. Sociedades coligadas no direito civil................................. 681 7. Os grupos na Lei de Sociedades Annimas....................... 683 8. Grupos de empresas no direito do trabalho........................ 683 9. Consrcio de empregadores............................................... 689 10.Sociedade de prestao de servios intelectuais................ 692 11.O empregador e seu poder de organizao, poder de con- trole e poder disciplinar...................................................... 694 12.Participao do trabalhador na gesto................................ 697 13.Participao do trabalhador nos lucros............................... 700 14.Participao do trabalhador no capital............................... 703 15.A microempresa.................................................................. 708 44. Formao do contrato 1. Modos de formao............................................................ 714 2. Pressupostos....................................................................... 715 3. Encontro de interesses........................................................ 717 4. Forma do contrato.............................................................. 718 5. Pr-contrato........................................................................ 718 6. Treinamento........................................................................ 719 7. Responsabilidade pr-contratual........................................ 720 8. O local do trabalho............................................................. 720 Captulo X Contedo do contrato de emprego 45. Contedo ajustado e contedo heteroimposto CDT-0001-0028.indd 16 4/2/2011 09:20:18
  17. 17. 17 1. Contedo ajustado.............................................................. 723 2. Principais obrigaes impostas por lei............................... 725 46. Direitos de personalidade 1. Os avanos do direito do trabalho...................................... 726 2. Igualdade e no discriminao........................................... 732 3. Proteo moral................................................................. 754 4. Intimidade e privacidade.................................................... 761 5. Informtica.......................................................................... 762 6. Imagem............................................................................... 763 7. Liberdade de pensamento................................................... 764 8. Liberdade de modo de vida................................................ 765 47. Direito ao descanso e ao lazer 1. A importncia do direito ao descanso................................ 767 2. Conceito de jornada de trabalho......................................... 769 3. Fundamentos da limitao.................................................. 771 4. Classificao....................................................................... 773 5. Sobreaviso.......................................................................... 774 6. Horas extras e horas noturnas............................................. 776 7. Intervalos de descanso........................................................ 782 8. Controle do tempo de servio............................................ 784 9. nus da prova do tempo de servio................................... 787 10.Poltica de reduo do tempo de servio............................ 787 48. Descanso semanal remunerado e nos feriados 1. Origens................................................................................ 790 2. Desenvolvimento da legislao.......................................... 792 3. Sistema legal....................................................................... 792 49. Frias 1. Definio e natureza........................................................... 798 2. Antecedentes histricos...................................................... 800 3. Classificao....................................................................... 802 4. Efeitos da suspenso do trabalho....................................... 802 5. Efeitos da extino do contrato de trabalho....................... 804 6. Regras de durao, de remunerao e de prescrio.......... 809 CDT-0001-0028.indd 17 4/2/2011 09:20:18
  18. 18. 18 7. Frias coletivas................................................................... 810 50. Salrio 1. Fundamentos....................................................................... 812 2. Pagamentos vinculados ao salrio...................................... 815 3. Pagamentos desvinculados do salrio................................ 818 4. Equiparao salarial............................................................ 819 5. Salrio mnimo................................................................... 829 6. Outros aspectos................................................................... 832 51. A proteo da vida, sade e integridade fsica 1. Preservao do meio ambiente........................................... 843 2. Conceito de meio ambiente do trabalho............................. 846 3. Medicina e segurana do trabalho...................................... 847 4. Normas jurdicas................................................................. 848 52. Fundo de Garantia do Tempo de Servio 1. Causas, natureza jurdica e mbito de aplicao......... 855 2. Outros aspectos................................................................... 857 Captulo XI Tipos de contratos de emprego 53. Contrato comum de emprego a tempo pleno e durao indeterminada 1. Aspectos do desenvolvimento na histria.......................... 863 2. Caractersticas..................................................................... 867 3. Definio............................................................................. 869 4. Sujeitos............................................................................... 870 5. Causa e objeto.................................................................... 873 6. Consentimento.................................................................... 874 7. Provas da relao de emprego............................................ 875 8. Renncia, cesso e novao de crditos trabalhistas......... 878 54. Contratos especiais de emprego 1. Introduo........................................................................... 882 CDT-0001-0028.indd 18 4/2/2011 09:20:18
  19. 19. 19 55. Contrato de experincia 1. Natureza do tempo de experincia..................................... 884 2. O tempo de experincia como contrato.............................. 885 3. O tempo de experincia como fase do contrato definitivo. 888 4. Repetio da experincia.................................................... 888 56. Contrato de emprego do menor 1. Antecedentes histricos...................................................... 890 2. Principais Convenes da Organizao Internacional do Trabalho (OIT)................................................................... 893 3. A discusso sobre os tipos de trabalho lcito..................... 896 4. Organizaes de proteo ao trabalho do menor............... 902 5. O menor empregado........................................................... 902 57. Contrato de emprego da mulher 1. Antecedentes histricos...................................................... 908 2. Direito protetor e direito promocional............................... 909 3. Formao do contrato......................................................... 910 4. Salrio................................................................................. 911 5. Jornada de trabalho............................................................. 912 6. Sade e segurana.............................................................. 913 7. Maternidade........................................................................ 914 8. Resciso do contrato........................................................... 919 58. Contrato de emprego rural 1. Antecedentes legislativos e normas de trabalho................. 920 2. Sujeitos do contrato de trabalho......................................... 921 3. Contratos de trabalho.......................................................... 922 4. Direitos peculiares.............................................................. 923 5. Direitos comuns.................................................................. 923 6. Prescrio............................................................................ 924 7. Moradia............................................................................... 924 8. Jurisprudncia..................................................................... 925 9. A realidade dos fatos sociais.............................................. 926 10.A poltica das Constituies brasileiras............................. 927 11. Conceito legal de trabalho anlogo ao escravo.................. 929 CDT-0001-0028.indd 19 4/2/2011 09:20:18
  20. 20. 20 59. Contrato de emprego domstico 1. Definio............................................................................. 939 2. Normas de trabalho............................................................ 939 3. A Lei de 2006..................................................................... 941 60. Contrato do servidor pblico de direito privado 1. Regime estatutrio.............................................................. 942 2. Regime da Consolidao das Leis do Trabalho................. 944 61. Contrato do advogado 1. O advogado empregado...................................................... 945 62. Contrato de vendedor empregado 1. Vendedor empregado.......................................................... 950 63. Contratos de profisses regulamentadas 1. Profisses regulamentadas.................................................. 953 Captulo XII Contratos de formao profissional 64. Conceito e tipologia 1. Conceito.............................................................................. 959 2. Natureza dos contratos de formao profissional.............. 960 3. Importncia da formao profissional................................ 961 4. Outras observaes............................................................. 964 65. Contrato de aprendizagem 1. Aprendiz com vnculo de emprego.................................... 966 2. Aprendiz sem vnculo de emprego..................................... 969 66. Contrato de estgio 1. Aspectos gerais................................................................... 971 2. Novas regras da Lei n. 11.788/2008................................... 972 CDT-0001-0028.indd 20 4/2/2011 09:20:18
  21. 21. 21 Captulo XIII Contratos flexveis de trabalho 67. Aspectos introdutrios 1. Justificao.......................................................................... 979 2. A experincia contempornea de outros pases................. 981 68. Contrato a prazo 1. O prazo da durao da relao de emprego....................... 988 2. Origens................................................................................ 988 3. A experincia estrangeira................................................... 989 4. Questes jurdicas............................................................... 992 69. Contrato por obra certa 1. Natureza.............................................................................. 998 2. Origens................................................................................ 998 3. Durao do contrato........................................................... 999 4. Experincia estrangeira......................................................1001 5. Doutrina brasileira..............................................................1003 6. Trmino do contrato...........................................................1004 7. Implicaes do fundo de garantia do tempo de servio.....1005 8. Resciso antes do fim da obra............................................1006 70. Contrato de trabalho a distncia ou teletrabalho 1. Conceito..............................................................................1010 2. Avaliao............................................................................1012 71. Contrato de emprego a tempo parcial 1. Justificao..........................................................................1014 2. Conceito..............................................................................1014 3. Forma do contrato..............................................................1015 4. Regime de frias.................................................................1015 72. Contrato de trabalho temporrio 1. Conceito..............................................................................1016 CDT-0001-0028.indd 21 4/2/2011 09:20:18
  22. 22. 22 2. Diferena de outros contratos.............................................1016 3. Outras observaes.............................................................1018 Captulo XIV Contratos de trabalho diversos dos contratos de emprego 73. Contrato de trabalho autnomo 1. As transformaes contemporneas...................................1025 2. A profisso autnoma.........................................................1026 3. O autnomo na Espanha.....................................................1027 4. O autnomo economicamente dependente.........................1027 5. A opinio de Palomeque sobre a lei espanhola..................1028 6. O autnomo e a lei do Brasil..............................................1032 7. O advogado autnomo........................................................1036 8. O advogado associado........................................................1036 9. O representante comercial autnomo.................................1036 10.O transportador rodovirio de cargas autnomo................1039 11.Outros contratos..................................................................1040 74. Contrato de trabalho eventual 1. Conceito..............................................................................1042 2. Teorias................................................................................1043 3. Atividades nas quais o trabalho eventual frequente........1043 4. Transformao do eventual em empregado........................1044 5. A construo da doutrina....................................................1044 6. Inaplicabilidade da CLT.....................................................1047 7. Outros aspectos...................................................................1048 75. Contrato de trabalho avulso 1. Conceito..............................................................................1050 2. Tipos de avulsos.................................................................1050 3. A Lei dos Porturios...........................................................1051 4. Lei do avulso e dos movimentadores de mercadorias em geral....................................................................................1053 5. Outras observaes.............................................................1055 CDT-0001-0028.indd 22 4/2/2011 09:20:18
  23. 23. 23 76. Contrato de previdncia privada complementar 1. Tipos de previdncia complementar...................................1060 2. Desvinculao do contrato de emprego.............................1061 3. Instituies legitimadas......................................................1064 4. Portabilidade.......................................................................1064 5. Natureza acessria..............................................................1065 6. Fatores de desequilbrio......................................................1067 7. Caractersticas.....................................................................1070 8. Planos fechados..................................................................1073 9. Suporte legal.......................................................................1074 10.Plano de previdncia como regulamento da empresa........1076 11.Reviso do plano................................................................1077 12.A questo sob o prisma do direito adquirido.....................1078 13.Competncia jurisdicional..................................................1085 77. Contrato associativo das cooperativas 1. Natureza jurdica das cooperativas.....................................1086 2. Cooperativas de trabalho....................................................1087 3. Cooperativismo...................................................................1091 4. Estrutura legal da cooperativa............................................1091 5. Vnculo entre cooperativa e cooperado..............................1092 6. O problema da fraude.........................................................1092 78. Contrato de empreitada 1. Conceito..............................................................................1094 2. Fundamento legal...............................................................1094 3. Discusso na doutrina.........................................................1095 4. Estrutura legal.....................................................................1096 5. Empreiteiro operrio ou artfice.........................................1096 6. Direitos do empreiteiro..................................................1097 7. Empreiteiro e dono da obra............................................1098 Captulo XV Dinmica da relao de emprego 79. Alterao da relao de emprego CDT-0001-0028.indd 23 4/2/2011 09:20:18
  24. 24. 24 1. A vida da relao de emprego............................................1101 2. Alteraes subjetivas..........................................................1103 3. Sucesso de empresas.........................................................1103 4. Mudana na propriedade da empresa.................................1106 5. Efeitos.................................................................................1110 6. Sucesso e recuperao ou falncia de empresas...............1112 7. Alterao na estrutura jurdica...........................................1112 8. Significado de condies de trabalho e clusulas contra- tuais.....................................................................................1113 9. O pacta sunt servanda........................................................1114 10.O jus variandi.....................................................................1115 11.A questo da transferncia do empregado para outra loca- lidade..................................................................................1118 12.Suspenso do contrato de trabalho.....................................1120 13.Tipos de suspenses...........................................................1122 Captulo XVI Extino da relao de emprego 80. Extino por iniciativa do empregado 1. Pedido de demisso............................................................1129 2. A aposentadoria e a extino do contrato..........................1130 3. Complementao de aposentadoria....................................1139 81. Extino por iniciativa do empregador, de ambas as partes ou decorrente de ato ou fato de terceiro 1. Dispensa do empregado......................................................1141 2. Dispensa indireta................................................................1141 3. Extino por iniciativa de ambos.......................................1142 4. Extino decorrente de ato de terceiro ou fato...................1142 82. Dispensas individuais 1. Definio.............................................................................1143 2. Concepo clssica.............................................................1144 3. Natureza, forma e reconsiderao .....................................1148 4. A fragilidade do sistema brasileiro....................................1153 CDT-0001-0028.indd 24 4/2/2011 09:20:19
  25. 25. 25 5. Disciplina jurdica da dispensa...........................................1154 6. Estabilidade no emprego....................................................1156 7. Aviso prvio........................................................................1162 8. Indenizao.........................................................................1169 9. Homologao dos pagamentos na resciso do contrato.....1173 10.Falncia e recuperao de empresas...................................1176 83. Dispensas coletivas 1. Conceito..............................................................................1178 2. Os padres internacionais: a Conveno n. 158 da OIT....1178 3. Dispensas coletivas e proteo contra arbitrariedade.........1188 4. O direito brasileiro, a crise econmica e o problema da obrigatoriedade da negociao prvia s demisses..........1194 5. O direito estrangeiro...........................................................1200 6. Alternativas para as dispensas coletivas.............................1205 84. Justa causa do empregado 1. Definio.............................................................................1210 2. Sistemas de justa causa......................................................1218 3. Figuras de justa causa.........................................................1219 4. Efeitos da justa causa.........................................................1221 85. Justa causa do empregador 1. Definio de dispensa indireta e sua configurao............1222 2. Figuras de justa causa.........................................................1223 3. Efeitos da dispensa indireta................................................1223 4. Problemas jurdicos sobre a dispensa indireta...................1224 Captulo XVII Relaes coletivas de trabalho 86. A jurisdicizao das relaes coletivas de trabalho e o direito sindical 1. Fontes do direito sindical...................................................1229 2. O direito sindical nas Constituies...................................1236 3. Fases do direito brasileiro..................................................1244 4. O anarcossindicalismo........................................................1244 CDT-0001-0028.indd 25 4/2/2011 09:20:19
  26. 26. 26 5. O intervencionismo............................................................1245 6. O sindicalismo autnomo...................................................1247 7. Avanos do nosso sistema legal.........................................1250 87. Definio, enquadramento, diviso e contedo do direito sindical 1. Definio.............................................................................1252 2. Enquadramento...................................................................1253 3. Diviso................................................................................1255 4. Contedo.............................................................................1256 88. Caractersticas da organizao sindical na Amrica Latina: da interveno autonomia 89. Definio e fundamentos das relaes coletivas 1. Definio.............................................................................1261 2. Relaes coletivas e relaes individuais...........................1263 3. Interesses difusos, coletivos e individuais homogneos....1265 4. Classificao das relaes coletivas de trabalho................1266 5. Fundamentos jurdicos........................................................1267 6. Pluralismo jurdico.............................................................1268 7. Interesse coletivo................................................................1269 8. Autonomia privada.............................................................1270 9. Liberdade sindical..............................................................1271 10.A representatividade sindical.............................................1274 90. Sistemas de organizao sindical 1. Unidade, unicidade e pluralidade sindical.........................1277 2. Sindicalismo de direito pblico e de direito privado.........1283 3. Base sociolgica do grupo..................................................1284 4. Outros critrios de organizao..........................................1287 91. Sindicalismo internacional 1. A Organizao Internacional do Trabalho (OIT)...............1293 2. Outras entidades.................................................................1299 92. A estrutura do sindicato 1. Definio de sindicato........................................................1300 CDT-0001-0028.indd 26 4/2/2011 09:20:19
  27. 27. 27 2. Natureza jurdica................................................................1302 3. rgos do sindicato............................................................1303 4. Participao nos rgos do Estado.....................................1304 5. Funes do sindicato..........................................................1304 6. Assembleias sindicais.........................................................1307 7. Sindicalizao de funcionrios pblicos............................1308 8. Formao de sindicatos......................................................1309 9. Registro de sindicatos.........................................................1313 10.Centrais sindicais e outros rgos de segundo grau ..........1323 11.Estabilidade do dirigente sindical......................................1325 93. Ideologias sindicais 1. Sindicalismo estrangeiro....................................................1334 2. Sindicalismo brasileiro.......................................................1336 94. Organizao dos trabalhadores na empresa 1. Origens histricas...............................................................1338 2. Conceito e natureza............................................................1339 3. Fundamentos.......................................................................1340 4. Direito internacional...........................................................1342 5. Modelos..............................................................................1343 6. Eleies, proporcionalidade de representantes, reunies, assembleias e legitimao processual................................1344 7. Primeiras experincias no Brasil........................................1346 95. Conflitos coletivos de trabalho 1. Natureza e conceito............................................................1348 2. Classificao.......................................................................1361 96. A greve e o direito 1. Antecedentes histricos......................................................1363 2. Direito estrangeiro..............................................................1365 3. Definio de greve e fundamentos.....................................1366 4. Modalidades........................................................................1369 5. Direito brasileiro.................................................................1370 6. Alteraes da Lei n. 7.783, de 1989...................................1376 CDT-0001-0028.indd 27 4/2/2011 09:20:19
  28. 28. 28 97. Lockout 1. Definio e aspectos gerais................................................1377 98. Convenes coletivas de trabalho 1. Denominao......................................................................1379 2. Organizao Internacional do Trabalho.............................1381 3. Direito estrangeiro..............................................................1381 4. Natureza jurdica e definio..............................................1382 5. Modalidades........................................................................1387 6. Relaes com o contrato individual de trabalho................1388 7. Relaes com a lei..............................................................1392 8. O contrato coletivo de trabalho..........................................1393 9. Aplicao dos instrumentos coletivos................................1398 10.Autonomia e negociaes coletivas na Amrica Latina.....1399 11.Pactos sociais......................................................................1406 99. Formas de composio dos conflitos coletivos 1. Autocomposio e heterocomposio................................1412 2. O sistema brasileiro............................................................1413 3. Mediao............................................................................1414 4. Arbitragem..........................................................................1415 5. Jurisdio............................................................................1418 Captulo XVIII Comisses de conciliao prvia 100. Aspectos introdutrios 1. Modalidades de conciliao...............................................1423 2. Direito comparado..............................................................1424 101. A legislao vigente 1. O sistema do Brasil............................................................1429 2. Principais problemas jurdicos...........................................1433 Bibliografia ................................................................................... 1437 CDT-0001-0028.indd 28 4/2/2011 09:20:19
  29. 29. Captulo I Histria do direito do trabalho e o direito do trabalho no Brasil CDT-0029-1022.indd 29 3/2/2011 17:19:35
  30. 30. CDT-0029-1022.indd 30 3/2/2011 17:19:35
  31. 31. 31 1 Histria do direito do trabalho clssico Sumrio: 1. Noes introdutrias. 2. A questo social. 3. O nas- cimento da grande indstria e o desenvolvimento da cincia. 4. O aparecimento do proletariado. 5. A mo de obra para a nova inds- tria. 6. A indignidade das condies de trabalho subordinado. 7. O pensamento econmico. 8. O liberalismo. 9. O liberalismo e os contratos. 10. O liberalismo e as corporaes de ofcio. 11. O movimento sindical. 12. O intervencionismo. 13. Legislao in- dustrial, institucionalizao e justia social. 14. As ideias jurdico- -polticas. 1. Noes introdutrias Comearei com a noo de direito do Prof. Miguel Reale1 . O direito no um fenmeno esttico. dinmico. Desenvolve- -se no movimento de um processo que obedece a uma forma especial de dialtica na qual se implicam, sem que se fundam, os polos de que se compe. Esses polos mantm-se irredutveis. Conservam-se em suas normais dimenses, mas correlacionam-se. De um lado os fatos que ocorrem na vida social, portanto a dimenso ftica do direito. De outro, os valores que presidem a evoluo das ideias, portanto a di- menso axiolgica do direito. Fatos e valores exigem-se mutuamente, envolvendo-se num procedimento de intensa atividade que d origem formao das estruturas normativas, portanto a terceira dimenso do direito. 1. Lies preliminares de direito, So Paulo, Saraiva, 1980. CDT-0029-1022.indd 31 3/2/2011 17:19:35
  32. 32. 32 Na gnese da norma jurdica est presente a energia dos fatos e valores que se atuam reciprocamente, pressionando uns sobre outros, pondo-se a norma jurdica como a sntese integrante que se expressa como resultado dessa tenso. A formao histrica do direito do trabalho no se afasta dessa regra. Ao contrrio, confirma. O direito do trabalho surgiu como consequncia da questo social que foi precedida pela Revoluo Industrial do sculo XVIII e da reao humanista que se props a garantir ou preservar a dignidade do ser humano ocupado no trabalho das indstrias, que, com o desenvolvimento da cincia, deram nova fisionomia ao processo de produo de bens na Europa e em outros continentes. A necessidade de dotar a ordem jurdica de uma disci- plina para reger as relaes individuais e coletivas de trabalho cresceu no envolvimento das coisas novas e das ideias novas, como pas- samos a mostrar. Da por diante expandiu-se pelo mundo industrializado com muita velocidade. A sua trajetria contada pelos historiadores em perodos. Existem diversos critrios de periodizaes. Um deles o crono- lgico: de fins de 1800 a 1917 o perodo inicial; de 1917 a 1927 o perodo da constitucionalizao; de 1927 a 1945 o perodo ps-corpo- rativista; de 1945 a 1970 o perodo ps-corporativista; de 1970 aos nossos o perodo de flexibilizao. Outro critrio divide a histria se- gundo os fatos marcantes: Revoluo Industrial do sculo XVIII e a questo social; o pensamento liberal; o intervencionismo do Estado; as primeiras leis; a construo dogmtica; a concepo heterotutelar do trabalhador; a concepo econmica da flexibilizao; as transfor- maes no mundo do trabalho; o direito do trabalho ps-moderno ou contemporneo. Nossa opinio no sentido de conectar as duas formas de perio- dizar o direito do trabalho porque ambas na verdade se completam. Diferem histria do trabalho e histria do direito do trabalho. Os objetos so diversos. Na histria do trabalho a infraestrutura social e o modo como o trabalho, nos diferentes sistemas de produo de bens e prestao de servios, desenvolveu-se. Na histria do direi- to do trabalho objeto a superestrutura normativa e o fim, o conheci- CDT-0029-1022.indd 32 3/2/2011 17:19:35
  33. 33. 33 mento e a aplicao das normas em cada perodo, as causas que as determinaram e os valores sob os quais as normatizaes se deram. 2. A questo social A expresso questo social no havia sido formulada antes do sculo XIX. Os efeitos do capitalismo e das condies da infraestru- tura social se fizeram sentir com muita intensidade com a Revoluo Industrial. Destaque-se o empobrecimento dos trabalhadores, inclusive dos artesos, a insuficincia competitiva da indstria que florescia, os impactos sobre a agricultura, os novos mtodos de produo em diver- sos pases e as oscilaes de preo. A famlia viu-se atingida pela mobilizao da mo de obra feminina e dos menores pelas fbricas. Os desnveis entre classes sociais fizeram-se sentir de tal modo que o pensamento humano no relutou em afirmar a existncia de uma sria perturbao ou problema social. Da por que Utz intenta delimitar a questo social nos seguintes termos: 1) deve tratar-se de uma perturbao do corpo social; 2) me- diante essa perturbao resultam prejuzos a um ou diversos grupos sociais; 3) no se trata de um fenmeno individual e transitrio, mas coletivo e prolongado de irrealizao do bem comum; 4) definida como o problema ou a procura das causas das perturbaes que difi- cultam a realizao do justo social na totalidade da sociedade e igual- mente o esforo para encontrar os meios para superar essas causas. Messner a define como o problema das causas profundas do fracasso da ordem social na realizao dos seus fins e o dos meios para combat-lo2 . 2. Sobre a questo social, veja-se Ludgero Jasper, Manual de filosofia, 1932; A. Sampaio Dria, A questo social, 1922; Arthur Fridolin Utz, tica social, 1964; Johannes Messner, tica social, poltica y econmica a la luz del derecho natural, 1967; Cabanellas, Tratado de derecho laboral, 1949; De Ferrari, Derecho del trabajo, 1968; Arenal, La cuestin social, 1924; Csar Augusto, La verdadera cuestin social, 1931; Gumersindo de Azcrate, El pro- blema social, 1946; Bores y Ledo, Algunos aspectos de la cuestin social, 1903; Camarines, Aspecto jurdico del problema social, 1894; Lejas y Mndez, La cuestin obrera, 1903; Car- bonero, La cuestin social y las escuelas socialistas, 1903; Mspero, La cuestin social, 1919; Gonzles Revilla, La cuestin social y la fraternidad humana, 1897; Waldeck-Rousseau, Cuestiones sociales, 1903; Wuarin, Une vue densemble de la question sociale, 1896. CDT-0029-1022.indd 33 3/2/2011 17:19:35
  34. 34. 34 3. O nascimento da grande indstria e o desenvolvimento da cincia Entre as conquistas da Revoluo Industrial do sculo XVIII, a utilizao das foras motrizes distintas da fora muscular do homem e dos animais foi um dos acontecimentos de maior destaque, porque permitiu a evoluo do maquinismo. Dizem os historiadores que a primeira mquina a vapor saiu das fbricas de Soho, em 1775, desti- nando-se a uma mina de carvo. Depois, outra mquina foi feita para mover altos-fornos, em Broseley. Assim, a produo mecnica do movimento punha-se em substituio produo hidrulica. As suas aplicaes subsequentes foram muitas, servindo para o abastecimento de guas de Paris, para as empresas industriais da Inglaterra, para as atividades dos moinhos, para a indstria cermica e, tambm, para a indstria de tecelagem. Na Inglaterra, em 1800, podiam-se contar 11 mquinas a vapor em Birmingham, 20 em Leeds e 32 em Manchester. O advento da mquina a vapor permitiu a instalao de uma in- dstria onde houvesse carvo, e a Inglaterra foi especialmente favore- cida. A indstria txtil-algodoeira instalou-se no condado de Lancaster, perto de Liverpool, e das suas necessidades surgiram inventos como a flying-shuttle (lanadeira volante), de John Kay, em 1733 a mquina de fiar, patenteada em 1738 por John Watt e Lewis Paul, a mule-jenny, de Samuel Crompton, uma modalidade de mquina de fiar, e o tear mecnico de Edmund Cartwright, em 1784. Para que se avalie o significado desses fatos em relao ao nosso problema, basta dizer que todos eles modificaram as condies traba- lhistas. Antes da flying-shuttle os teceles no podiam fabricar deter- minadas peas sem o concurso de dois ou mais colegas; a mquina de fiar permitiu que uma operao, feita antes por um homem com um torno, passasse a ser executada mais depressa e por uma srie de fusos; a mule-jenny precipitou a decadncia do domestic system trabalho domstico , e o tear mecnico, no obstante a resistncia dos teares manuais, tambm atraiu o homem para a fbrica. Merece destaque a transformao da Inglaterra em pas metalrgico, passando de impor- tador de lingotes dos pases blticos a produtor, com fundio base de coque e fabricao de ferro, surgindo um novo processo industrial. CDT-0029-1022.indd 34 3/2/2011 17:19:35
  35. 35. 35 A publicao, em 1840, de um tratado de Liebig sobre A qumica aplicada fisiologia vegetal e agricultura abriu caminho para pro- gressos nas indstrias qumicas, em setores muito diversificados. A fabricao do ao foi outro passo importante, mesmo porque, junto das indstrias de base, outras se estabeleceram. evidente que de tais circunstncias resultariam, entre outras coisas, a diviso do trabalho e a especializao. As novas formas de produo trariam, posteriormente, a necessidade de outros mtodos de racionalizao do trabalho, como, por exemplo, o taylorismo. Mais tarde, nesse ritmo de progresso tcnico, veio a eletricidade, provocando, a partir de 1880, necessidades maiores de adaptao das condies de trabalho. O progresso do maquinismo foi acompanhado do desenvolvimen- to da concentrao. Os ofcios mecnicos se aperfeioaram. A eletri- cidade foi utilizada como fonte de energia ao lado do vapor. O empre- go da mquina, que era generalizado, trouxe problemas desconhecidos, principalmente pelos riscos de acidente que comportava. A preveno e a reparao de acidentes, a proteo de certas pessoas (mulheres e menores), constituam uma parte importante da regulamentao do trabalho. De outro lado, o maquinismo modificava as condies de emprego da mo de obra. Suas possibilidades tcnicas davam ao em- presrio, no muito exigente quanto qualidade dos assalariados, possibilidades de interromper essa aprendizagem, substituindo o tra- balhador especializado por uma mo de obra no qualificada e o tra- balho dos adultos pelo das mulheres e menores. 4. O aparecimento do proletariado Segundo Georges Lefranc3 , o termo proletrio designava, em Roma, os cidados da classe mais baixa. Saint-Simon utiliza a expres- so no sentido moderno pela primeira vez. O proletrio deu bons frutos na ordem tcnica e no processo de produo. 3. Histoire du travail et des travailleurs, 1957, p. 251. CDT-0029-1022.indd 35 3/2/2011 17:19:35
  36. 36. 36 Todavia, as condies de vida em que se encontrou em nada re- comendam a humanidade. So numerosas as obras que o atestam, e muitos so os pensado- res que se voltaram contra a marginalizao do proletariado; entre outros, Grando, em 1824, em Le visiteur du pauvre e, em 1839, em De la bienfaisance publique; e Bigot de Morogue, que em 1832 escre- veu De la misre des ouvriers e, em 1834, Du pauprisme. Eugne Buret, em 1840, publica De la nature de la misre, de son existence, de ses effets, de ses causes et de linsuffisance des moyens propres en affranchir les socits. Villerm, em 1840, escreve o Tableau de ltat moral et physique des ouvriers travaillant dans les manufactures de coton, de laine et de soie. Os ttulos dessas obras so suficiente- mente sugestivos para retratar a realidade a que se referem. Proletrio um trabalhador que presta servios em jornadas que variam de 14 a 16 horas, no tem oportunidades de desenvolvimento intelectual, habita em condies subumanas, em geral nas adjacncias do prprio local da atividade, tem prole numerosa e ganha salrio em troca disso tudo. Para Bugarola4 , caracteriza-se pelo seguinte: a) Falta de plenitude psquica, porque a educao e a vida social tm como fim essencial a conservao e o desenvolvimento da pessoa humana em todas as suas dimenses. A condio proletria, de uma maneira habitual, no alcanou estes fins e chegou a resultados con- trrios: desumanizao e despersonalizao. O proletrio no um ser acabado, seno um ser diminudo. O estudo das diversas dimenses da pessoa verifica amplamente esta afirmao de todos os observado- res do proletariado. Registra-se no proletrio uma instabilidade psico- lgica. um desajustado, sem patrimnio, sem casa, sem cidade, s vezes longe da Ptria. dependente e passivo. So outras pessoas que dizem e escolhem o lugar que vai ocupar. O trabalho dirio recebido como necessidade vital e familiar. medida que se afasta da especia- lizao profissional, aumenta a passividade do seu trabalho. Esta pas- 4. Sociologa y teologa de la tcnica, Madrid, Biblioteca de Autores Cristianos, 1957, p. 375. CDT-0029-1022.indd 36 3/2/2011 17:19:35
  37. 37. 37 sividade impregna a conscincia individual e acaba por amortecer e ainda por matar toda resistncia interior. b) Complexo de alma proletria, sentindo os efeitos de uma de- sigualdade, uma necessidade de libertao, da por que pode, a qualquer momento, ter uma atitude hostil, at violenta, de protesto viril, tornan- do-se agressivo contra a autoridade e o ideal de fraternidade. c) Sentimento de solidariedade universal, pela necessidade que tem de encontrar o seu semelhante, tambm proletrio, numa nsia de justia, unidos que esto no mesmo processo de massificao: nenhu- ma outra classe conhece como o proletrio a imerso na massa. Sua educao, menos profunda, faz mais difcil ao obreiro a conservao da sua personalidade ao meio da massa. Sabe-se, por experincia uni- versal, quo facilmente a psicologia de massa seduz. De fato, a massa revelou-se para os obreiros um fator poderoso de embrutecimento, de imoralidade e de propagao de erros. 5. A mo de obra para a nova indstria A mo de obra para a nova indstria procedia primordialmente do campo. Na Inglaterra, desde o sculo XVI, havia desemprego rural, e a mobilidade do trabalhador, do campo para a cidade, foi estimulada pelos aparentes atrativos da indstria que se desenvolvia. De 1760 a 1830 precipitou-se uma sucesso contnua migratria, das mais diversas pro- cedncias, de distintas localidades que no estavam preparadas para receber essa massa humana. Nisso, os mineiros foram uma vanguarda. As estimativas so de que, at o ano de 1900, cinco milhes de homens trabalhavam para conquistar as riquezas ocultas da terra, assim distribudos: 900.000 na Gr-Bretanha, 500.000 na Alemanha, quase outro tanto nos Estados Unidos, 300.000 na Frana, 230.000 na Rssia e ustria-Hungria, 160.000 na Blgica e ndia, 120.000 no Japo e 100.000 no sul da frica. Constituam uma frente exposta ao problema trabalhista e, por tal razo, propcia para o desenvolvimento de asso- ciaes, caixas de socorro e outras iniciativas destinadas desde logo a fazer reivindicaes. Nas minas trabalharam, nos anos que antecederam Primeira Guerra, figuras como John Lewis, nos Estados Unidos, Mauric Thorez, CDT-0029-1022.indd 37 3/2/2011 17:19:35
  38. 38. 38 no Pas-de-Calais, Nikita Kruschev, na Ucrnia, Aneurin Bevan, no Pas de Gales. Os grupos de residncias dos mineiros, na Inglaterra, eram for- mados prximos dos locais de trabalho, via de regra com alguma uniformidade, caracterizados pela presena constante da poeira de carvo e a inexistncia das condies mnimas de higiene, fato que contribuiu, entre os mineiros, para a formao de uma conscincia comum do seu destino obscuro. A conquista do subsolo os expunha a perigos maiores de incndios, exploses, intoxicao de gases, inun- daes e desmoronamentos e, entre eles, era grande o nmero de vti- mas. Com as exploses, muitos ficavam sepultados nas galerias. Sur- giram molstias profissionais com maior intensidade, como a tubercu- lose, anemia, asma etc. Fenmenos semelhantes, embora no to sensveis, verificaram-se na indstria metalrgica em geral, no ramo da tecelagem e em diversas outras atividades que se formavam, conduzindo o trabalhador a uma situao comum de total desproteo. Por outro lado, a concentrao nas capitais mais os distanciava de outra parcela da populao, em virtude da gritante diferena de vida e de trabalho. No meio dessas realidades que deve ser procurada a origem do proletariado. Com a fbrica est correspondentemente formada a aglomerao maior das massas operrias. Ela no s o local onde se assentar. mais ainda: o ponto de convergncia dessa mesma pluralidade de in- divduos, unidos por um mesmo processo de ideais, sujeitos a um mesmo ordenamento, subordinados a um mesmo homem, com as mesmas obrigaes e os mesmos direitos. H como que um denomi- nador comum, que identifica as personalidades, de um modo brutal, expelindo ou cancelando as notas individuais de cada uma ou as suas caractersticas essenciais, como observa Gentil Mendona. 6. A indignidade das condies de trabalho subordinado A imposio de condies de trabalho pelo empregador, a exi- gncia de excessivas jornadas de trabalho, a explorao das mulheres e menores, que eram a mo de obra mais barata, os acidentes com os trabalhadores no desempenho das suas atividades e a insegurana CDT-0029-1022.indd 38 3/2/2011 17:19:35
  39. 39. 39 quanto ao futuro e aos momentos nos quais fisicamente no tivessem condies de trabalhar foram as constantes da nova era no meio pro- letrio, s quais podem-se acrescentar tambm os baixos salrios. Se o patro estabelecia as condies de trabalho a serem cumpri- das pelos empregados, porque, principalmente, no havia um direito regulamentando o problema. Mario de la Cueva observa que o contra- to de trabalho podia resultar do livre acordo das partes, mas, na reali- dade, era o patro quem fixava as normas; e, como jamais existiu contrato escrito, o empregador podia dar por terminada a relao de emprego sua vontade ou modific-la ao seu arbtrio. A pretenso do empresariado, de melhorar a vida, tambm determinou essa atitude. s vezes eram impostos contratos verbais a longo prazo, at mesmo vitalcios; portanto, uma servido velada, praticada especialmente em minas nas quais se temia pela falta de mo de obra. o que acontecia na indstria escocesa, na qual os trabalhadores eram comprados ou vendidos com os filhos, tanto assim que se fizeram necessrios os decretos parlamentares de 1774 e 1799 suprimindo a servido vitalcia dos mineiros escoceses. O trabalho das mulheres e menores foi bastante utilizado sem maiores precaues. Na Inglaterra, os menores eram oferecidos aos distritos industrializados, em troca de alimentao, fato muito comum nas atividades algodoeiras de Lancashire. Alis, as prprias parquias unidade administrativa civil inglesa, subdiviso territorial do con- dado criada pela denominada Lei dos Pobres encarregavam-se, oficialmente, de organizar esse trfico, de tal modo que os menores se tornaram fonte de riqueza nacional. Houve verdadeiros contratos de compra e venda de menores, estabelecidos entre industriais e adminis- tradores de impostos dos pobres, fato relatado pelo historiador Claude Fohlen5 , que assim se expressa: Se lhes afirmava seriamente, do modo mais positivo e mais solene, que iriam transformar-se todos, desde o momento do seu ingresso na fbrica, em damas e cavalheiros, assegu- rando-lhes que comeriam roastbeef e plum-pudding, que poderiam montar os cavalos de seus amos, que teriam relgios de prata e os bolsos sempre cheios, e no eram os empregadores ou seus subalternos 5. Historia general del trabajo, Ed. Grijalbo. CDT-0029-1022.indd 39 3/2/2011 17:19:35
  40. 40. 40 os autores de to infame engano, seno os prprios funcionrios das parquias. No srdido intercmbio, tal parquia podia especificar que o industrial teria que aceitar, no lote de menores, os idiotas, em pro- poro de um para cada vinte. O industrial de algodo Samuel Oldknow contratou, em 1796, com uma parquia a aquisio de um lote de 70 menores, mesmo contra a vontade dos pais. Yarranton tinha, a seu servio, 200 meninas que fiavam em absoluto silncio e eram aoitadas se trabalhavam mal ou demasiado lentamente. Daniel Defoe pregava que no havia nenhum ser humano de mais de quatro anos que no podia ganhar a vida trabalhando. Se os menores no cumpriam as suas obrigaes na fbrica, os vigilantes aplicavam-lhes brutalidades, o que no era geral, mas, de certo modo, tinha alguma aprovao dos costu- mes contemporneos. Em certa fbrica, a cisterna de gua pluvial era fechada chave. Foi instaurada uma comisso para apurar fatos dessa natureza, conforme o relato de Claude Fohlen6 , cujas perguntas e respostas, feitas ao pai de duas menores, transcritas em sua obra, so as seguintes: 1. Pergunta: A que horas vo as menores fbrica? Resposta: Duran- te seis semanas foram s trs horas da manh e voltaram s dez horas da noite. 2. Pergunta: Quais os intervalos concedidos, durante as de- zenove horas, para descansar ou comer? Resposta: Quinze minutos para o desjejum, meia hora para o almoo e quinze minutos para beber. 3. Pergunta: Tinha muita dificuldade para despertar suas filhas? Res- posta: Sim, a princpio tnhamos que sacudi-las para despert-las e se levantarem, bem como vestirem-se antes de ir ao trabalho. 4. Pergun- ta: Quanto tempo dormiam? Resposta: Nunca se deitavam antes das 11 horas, depois de lhes dar algo que comer e, ento, minha mulher passava toda a noite em viglia ante o temor de no despert-las na hora certa. 5. Pergunta: A que horas eram despertadas? Resposta: Ge- ralmente, minha mulher e eu nos levantvamos s duas horas da manh para vesti-las. 6. Pergunta: Ento, somente tinham quatro horas de repouso? Resposta: Escassamente quatro. 7. Pergunta: Quanto tempo durou essa situao? Resposta: Umas seis semanas. 8. Pergunta: Tra- balhavam desde as seis horas da manh at s oito e meia da noite? 6. Historia, cit., p. 38. CDT-0029-1022.indd 40 3/2/2011 17:19:35
  41. 41. 41 Resposta: Sim, isso. 9. Pergunta: As menores estavam cansadas com esse regime? Resposta: Sim, muito. Mais de uma vez ficaram adorme- cidas com a boca aberta. Era preciso sacudi-las para que comessem. 10. Pergunta: Suas filhas sofreram acidentes? Resposta: Sim, a maior, a primeira vez que foi trabalhar, prendeu o dedo numa engrenagem e esteve cinco semanas no hospital de Leeds. 11. Pergunta: Recebeu o salrio durante esse tempo? Resposta: No, desde o momento do aci- dente cessou o salrio. 12. Pergunta: Suas filhas foram remuneradas? Resposta: Sim, ambas. 13. Pergunta: Qual era o salrio em semana normal? Resposta: Trs shillings por semana cada uma. 14. Pergunta: E quando faziam horas suplementares? Resposta: Trs shillings e sete pence e meio. O trabalho dos menores cercava-se de ms condies sanitrias. Nas oficinas no havia higiene e eram organizadas casas de aprendi- zagem, raras, todavia, com dormitrios comuns para meninos e meninas. A situao das mulheres no era diferente. Em fins do sculo XVIII trabalhavam em minas, fbricas meta lrgicas e fbricas de cermica. A tecelagem, no entanto, passou a absorv-las em maior escala. No estabelecimento Dollfus-Mieg, em Mulhouse, havia 100 homens, 40 menores e 340 mulheres, proporo considerada normal na indstria txtil. Na mesma poca, na fbrica de porcelanas de Gien, a quinta parte dos efetivos era feminina. Em Creu- sot havia algumas mulheres que trabalhavam nas escavaes de carvo, mais precisamente 250, de um efetivo de 10.000 pessoas. Paralelamente, o sweating system sistema do suor , ou seja, trabalho prestado em domiclio no ramo da tecelagem, do calado e da indumentria, com remunerao por unidade de obra, era bastante difundido. Em Londres, por volta de 1830, cerca de metade do trabalho do ramo de indumentria era realizado por mulheres. Contribuiu muito para esse estado de coisas o emprego cada vez maior da mquina de coser, inventada por Thimonnier em 1830, e que foi usada com xito em Paris e pouco depois aperfeioada nos Estados Unidos por Elias Howe. Essa mquina no necessitava de qualquer energia muscular e permitia a uma mulher fazer o trabalho para o qual antes eram neces- CDT-0029-1022.indd 41 3/2/2011 17:19:35
  42. 42. 42 srias 6 ou 7. Assim, em NovaYork, Boston e Filadlfia, a mo de obra disponvel, procedente de imigraes recentes, foi absorvida por esse tipo de atividade, em condies no muito recomendveis, a ponto de justificar a seguinte crtica do jornal The New York Tribune, em 1854: O modo em que vivem essas mulheres, a promiscuidade, a falta de higiene em seus alojamentos, a impossibilidade para elas de lograr a menor distrao, de adquirir a mais remota cultura intelectual e, ainda, de educar os seus filhos, pode ser facilmente imaginada; mas podemos assegurar aos nossos leitores que seria preciso uma imaginao singu- larmente desperta para conceber a trgica realidade. Tambm na Rssia, depois de 1820, o sweating system foi prati- cado; nos governos de Kostroma, Rizan e Kaluga, proliferaram os trabalhadores que prestavam esse tipo de servio em casa, a classe dos kustarni, trs vezes mais numerosos que os operrios de fbricas du- rante o governo de Vladimir. Como a retribuio se fazia por unidade de obra produzida, as jornadas de trabalho nunca eram inferiores a 15 ou 16 horas dirias, fenmeno comum em toda parte, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Frana, na Alemanha e na Rssia. Reconhea- -se, no entanto, que no cabe Revoluo Industrial a iniciativa da utilizao da mo de obra feminina. As mulheres sempre trabalharam. A fbrica e os novos sistemas apenas intensificaram a sua participao no mercado de trabalho, que aumentou muito. As cifras nem sempre so exatas, porm, segundo Alain Tourai- ne e Bernard Mottez7 , a Primeira Guerra Mundial precipitou o mo- vimento de penetrao da mulher nas oficinas. Em 1900, na Gr- -Bretanha, todavia, no ultrapassaram a proporo de 10% do efetivo dos empregados e, pouco antes da guerra, passaram a constituir 1/4. Com a guerra, 200.000 mulheres ingressaram nas oficinas; em 1911, foram 185.000; em 1931, 580.000; em 1951, 1.200.000, mais da metade do efetivo. Na Frana, em 1954, 48,3% dos empregados do setor secundrio e 52,5% do setor tercirio eram mulheres, somando 26% da fora do trabalho subordinado. Nos Estados Unidos, passaram de 3,7 a 27%. 7. Histoire gnrale du travail, v. 4, p. 83. CDT-0029-1022.indd 42 3/2/2011 17:19:36
  43. 43. 43 A liberdade de fixar a durao diria do trabalho no tinha restri- es. Os empregadores tomavam a iniciativa de, segundo os prprios interesses, estabelecer o nmero de horas de trabalho que cabia aos empregados cumprir. No havia distino entre adultos, menores e mulheres ou mesmo entre tipos de atividades, penosas ou no. At a inveno do lampio de gs, devida a William Murdock, em 1792, trabalhava-se enquanto a luz o permitisse. Em Etrria, na fbrica de Wedgewood, de 25 de maro at 29 de setembro, a campai nha tocava s 5h45min, iniciando-se o trabalho s 6 horas. No restan- te do ano, a campainha tocava 15 minutos antes do amanhecer. O mnimo dirio era de 12 horas. Arkwright tinha fama de patro liberal porque no exigia mais que 12 horas, quando a mdia era de 14 horas dirias. Com a iluminao artificial, houve uma tendncia de aumento da jornada de trabalho. Vrios estabelecimentos passaram, ento, a fun- cionar no perodo noturno. Na verdade, o excesso de trabalho no era novidade que pudesse ser atribuda ao nascimento da grande indstria porque, mesmo antes, j se verificava na atividade artesanal. Porm, certo que houve um endurecimento dessas condies. Na metade do sculo XIX, na Frana, trabalhavam-se 12 horas nas provncias e 11 horas em Paris, com variaes segundo o ramo de produo. Nas minas de Loire, segundo Georges Duveau, os mineiros passavam 12 horas dirias no fundo e cumpriam 10 horas de trabalho efetivo. Havia jornadas de 14 e 15 horas nas fbricas de alfinetes. As tecelagens exigiam 14 ou 15 horas, se o trabalho era em domiclio, e 12 horas, na prpria fbrica. Em Beuf, durante o inverno, de 30 de novembro a 30 de maro, a jornada comeava s 7 e terminava s 21 horas, com intervalo de 1 hora para almoo, das 11 s 12 horas, e 1 hora para o jantar, das 16 s 17 horas. De 1 de abril a 31 de agosto, a jornada ia das 5h30 min. s 19h30 min. De 1 de setembro a 31 de outubro, das 6 s 20 horas. Em Lille, no ano de 1864, numa fiao de linho situada em Descamps-Mahieu, os obreiros trabalhavam sem in- terrupo desde 5 at 19h30 min. Nas minas e metalurgias, o trabalho noturno generalizava-se. Nas minas de carvo de Commentry, a extrao desenvolvia-se das 4 at s 16 horas e, durante as 12 horas restantes, CDT-0029-1022.indd 43 3/2/2011 17:19:36
  44. 44. 44 praticava-se o course au remblai, ou seja, a terraplenagem das cavida- des deixadas pelo carvo. A precariedade das condies de trabalho durante o desenvolvi- mento do processo industrial, sem revelar totalmente os riscos que poderia oferecer sade e integridade fsica do trabalhador, assumiu s vezes aspectos graves. No s os acidentes se sucederam, mas tam- bm as enfermidades tpicas ou agravadas pelo ambiente profissional. Mineiros e metalrgicos, principalmente, foram os mais atingidos. Durante o perodo de inatividade, o operrio no percebia salrio e, desse modo, passou a sentir a insegurana em que se encontrava, pois no havia leis que o amparassem, e o empregador, salvo raras excees, no tinha interesse em que essas leis existissem. No fcil saber com preciso a situao salarial dos trabalhado- res logo aps a Revoluo Industrial, porque h uma insuficincia de documentos e tambm no se pode com segurana fazer uma correta interpretao sem conhecer a evoluo dos preos e as necessidades de vida. No entanto, de um modo geral, os historiadores afirmam que os salrios eram baixos, tanto assim que algumas medidas governa- mentais, como levantamentos e pesquisas, foram reclamadas. Foi o que aconteceu na Alemanha e na Inglaterra. Os salrios, sempre insuficien- tes, nas indstrias eram mais elevados que na agricultura, e os homens ganhavam mais que as mulheres e os menores. 7. O pensamento econmico O pensamento econmico v o trabalho como um dos fatores da produo. Diversas so as doutrinas econmicas, como passamos a enume- rar, num resumo. Na Europa, de 1450 a 1750, floresceu o mercantilismo, que for- mulou o conceito de riqueza essencialmente com base no ouro e na prata, da uma poltica econmica de acumulao desses metais precio sos, admitido certo intervencionismo moderado do Estado, como fator de desenvolvimento. Uma das fases do mercantilismo denominada a fase industrial. A indstria devia desenvolver-se para atrair maior quantidade de metais. Multiplicaram-se as corporaes de ofcio, CDT-0029-1022.indd 44 3/2/2011 17:19:36
  45. 45. 45 conferindo-se-lhes privilgios, prerrogativas e monoplios. A Frana experimentou progressos no setor industrial, especialmente em face do estmulo de Colbert. O mercantilista Montchrtien (1575-1621), reco- nhecendo a importncia da indstria e do comrcio, publica, em 1615, o primeiro tratado sobre o assunto, Economia poltica, defendendo, tambm, a liberdade de trabalho. A Escola Fisiocrtica surge em 1750 como reao contra o mer- cantilismo e apresenta uma nova concepo de ordem social e econ- mica, insurgindo-se contra o excessivo protecionismo e a regulamen- tao detalhada e exaltando o princpio de uma ordem natural e espon- tnea, na qual todos, com base no direito natural, tm o direito de li- vremente trabalhar e produzir, bem como dispor dos produtos do seu trabalho. Os fisiocratas dividiram a sociedade em trs classes: os que trabalham na terra, os proprietrios e a indstria e o comrcio. O lema fisiocrtico, laisser faire, laisser passer, iria repercutir no pensamento poltico e influir, grandemente, no desencadeamento da questo social. Os principais escritores fisiocratas foram Quesnay (1694-1774), Con- dillac (1715-1780), Gournay (1727-1759), Turgot (1727-1781), a quem coube a iniciativa de extinguir as corporaes de ofcio por entender que constituam um empecilho ao livre desenvolvimento da indstria e do comrcio etc. A Escola Clssica Liberal tem como representante Adam Smith (1723-1790), autor de Riqueza das naes, e que considera o trabalho como a atividade humana aplicada produo, medida e fundamento do valor. Intenta uma diviso do trabalho, reputando-a fonte da pros- peridade geral. Sustenta que, no estado primitivo da sociedade, ao trabalhador pertencia o produto manufaturado e que depois o operrio passaria a dividir com o capital o produto do seu trabalho. Esboa a teoria salarial do wage fund, segundo a qual o salrio depende de uma proporo entre o capital e o nmero de operrios, sujeito lei da oferta e da procura. Tambm Escola Liberal Inglesa pertencem Mal- thus (1776-1834), Ricardo (1772-1823), que desenvolve a teoria da renda e do salrio natural, assim considerando o que permite ao ope- rrio o indispensvel para viver, uma vez que se o operrio tivesse vida luxuosa aumentaria a sua famlia, cre