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Resumo sobre Deadlocks.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
RONILDO OLIVEIRA DA SILVA
THÁRSIS SALATHIEL DE SOUZA VIANA
SISTEMAS OPERACIONAIS:
DEADLOCKS
QUIXADÁ
2014
SUMÁRIO
RECURSOS ........................................................................................................................ 3
RECURSOS PREEMPTÍVEIS E NÃO PREEMPTÍVEIS...................................................... 3
INTRODUÇÃO AOS DEADLOCKS ..................................................................................... 4
CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA DE IMPASSE DE RECURSO.................................... 4
MODELAGEM DE IMPASSES ............................................................................................ 4
ALGORITMO DO AVESTRUZ ............................................................................................. 6
DETECÇÃO E RECUPERAÇÃO DE DEADLOCKS ............................................................ 6
DETECÇÃO DE DEADLOCKS ......................................................................................... 6
RECUPERAÇÃO DE DEADLOCKS ................................................................................. 8
EVITANDO DEADLOCKS ................................................................................................... 8
ALGORITMO DO BANQUEIRO PARA UM RECURSO ................................................... 8
ALGORITMO DO BANQUEIRO PARA N RECURSOS .................................................... 9
PREVENÇÃO DE DEADLOCKS ....................................................................................... 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 11
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RECURSOS
Sistemas operacionais possuem vários tipos de resursos, cada um deles
apropriados para ser utilizado apenas por um processo de cada vez. Recursos comuns a
nós usuários, podem incluir impressoras, plotters, discos, fitas… Já de um modo mais
interno ao sistema, encontramos, tabelas internas de sistema, estados de um programa,
referências, flags, etc. Caso mais de um processo utilizar a mesma impressora,
presenciaremos um deadlock ou impasse. Essa situação inerentemente ocasiona num
sistema, estados corrompidos. Objetivanso evitar tais problemas, um sistema operacional
deve ser suficientemente capaz de trazer garantias exclusivas e temporárias ao processo
a certos recursos computacionais.
“ Em resumo, um recurso é aìgo que pode ser, usado por somente um único processo
em um dado instante de tempo” (TANENBAUM, 2008, p 118).
RECURSOS PREEMPTÍVEIS E NÃO PREEMPTÍVEIS
Há dois tpos de recursos:
Preemptíveis: É um recurso que pode ser retirado do processo proprietário sem
prejuízos, ou seja, um recurso já usado que possa servir outro processo.
o Exemplo: uma parte alocada de memória;
Não preemptíveis: Se manifesta na situação do recurso preemptível, ele não pode
ser tomado por outro processo em estado de uso.
o Exemplo: um processo de gravação de disco óptico.
Em geral, deadlocks envolvem recursos não-preemptíveis. Em casos que envolvem
recursos preemptíveis, podem ser resolvidas realocando recursos de um processo para
outro.
Tais processos, obedecem uma sequencia lógica de aquisição de recursos:
Requisitar o recurso. Todo processo deve requisitá-lo antes de utilizá-lo, caso a
resposta seja negativa, o mesmo deve continuar (loop).
Usar o recurso. Dentro da garantia de que o processo não será intenrrompido por
tentativa de utilização por outro processo.
Liberar o recurso.
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INTRODUÇÃO AOS DEADLOCKS
Deadlock pode ser definido como: “Um conjunto de processos estará em situação
de impasse (deadlock) se todo processo pertencente ao conjunto estiver esperando por
um evento que somente outro processo desse mesmo conjunto poderá fazer acontecer”
(TANENBAUM, 2008, p 118). Assim um processo espera o outro e nenhum será
executado. Nos exemplos a seguir considere o sistema como possuindo apenas um único
thread e com preempção desativada.
A maioria dos deadlocks aconteceu quando determinado processo A necessita de
um recurso R mais o recurso R esta sendo usando por um processo B, levando a uma
situação de impasse. Esse tipo de impasse e conhecido como impasse de recursos.
Quando o processo B requer um recurso que o processo A esta usando e só irá liberar
quando conseguir posse do recurso R, temos um impasse circular onde nenhum dos
processos será executado assim a CPU ficará ansiosa.
CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA DE IMPASSE DE RECURSO
1. Exclusão mútua: Um processo pode ter capacidade alocar um determinado recurso
só para si, assim bloqueando o recurso.
2. Posse e espera: Um processo mesmo com um recurso alocado pode solicitar
novos recursos.
3. Não preempção: Um processo não tem a capacidade de interromper outro para
alocar o recurso que estava sendo usado.
4. Espera circular: Um processo pode usar um recurso e tentar alocar outro que esta
sendo usado por outro processo que por sua vez tenta alocar o recurso do
primeiro.
Essas quatros condições foram mostradas por Coffman et al. (1971). E elas devem existir
em conjunto para que o impasse de recurso possa acontecer.
MODELAGEM DE IMPASSES
Se em um determinado sistema ocorresse as seguintes situações:
1. A requisita R
2. B requisita S
3. C requisita T
4. A requisita S
5
5. B requisita T
6. C requisita R
Onde de A, B e C são processos e R, S e T são recursos.
Como saber se está havendo impasse? Para visualizar a ocorrência de impasses
Holt (1972) mostrou que era possível desenhar esse sistema em forma de diagramas a
fim de facilitar a visualização de impasses.
Um exemplo pode ser visualizado na figura 6.3(a) onde o circulo A representa um
processo e o quadrado R um recurso. A seta saindo do recurso em direção ao processo
significa que o processo já esta de posse daquele recurso. O inverso, a seta saindo do
recurso em direção ao processo [Figura 6.3 (b)], indica que o processo B esta esperando
pelo recurso R. Na figura 6.3 (c) vemos como a visualização de impasses se torna mais
fácil. Assim o exemplo inicial pode ser melhor visualizado na figura abaixo. È possível
notar que essa sequencia irá gerar um impasse.
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ALGORITMO DO AVESTRUZ
Deadlocks podem ser tratados, porém fica uma dúvida, se a implementação
corretiva/preventiva traz custo/benefício. Geralmente, esses artifícios utilizados na
detecção e tratamento de situações de impasse produzem uma carga de processamento
muito grande, às vezes, ocasionando danos mais severos que o próprio deadlock, além
de ser uma manobra de alto custo sendo, necessário, ignorar tal evento.
É aí que se “utiliza” do algoritmo do avestruz.
A estratégia mais simples para tratamento, porém não muito eficiente do deadlock,
conhecida como Algoritmo do Avestruz, é simplesmente ignorar a situação ocorrente.
Grande parte dos sistemas operacionais (Unix e Windows), defendem que a
frequência de ocorrência deste tipo de evento é baixa demais para que seja necessário
sobrecarregar a CPU com códigos extras de tratamento, e que, ocasionalmente, é
tolerável reiniciar o sistema como uma ação corretiva.
DETECÇÃO E RECUPERAÇÃO DE DEADLOCKS
Uma técnica usada para o tratamento de deadlocks, é simplesmente deixar com
que os deadlocks ocorram. Desta forma só será necessário detecta-los e recupera-los.
DETECÇÃO DE DEADLOCKS
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Considere um sistema em que:
1. O processo A possui o recurso R e requisita o recurso S.
2. O processo B nada possui, mas requisita o recurso T.
3. O processo C nada possui, mas requisita o recurso S.
4. O processo D possui o recurso U e requisita os recursos S e T.
5. O processo E possui o recurso T e requisita o recurso V.
6. O processo F possui o recurso W e requisita o recurso S.
7. O processo G possui o recurso V e requisita o recurso U.
Como saber se neste caso esta havendo um impasse? E se estiver como saber quais
processos estão evolvidos?
Para visualizar melhor podemos usar o grafo de recursos, disponível na figura 6.5.
Visualmente é muito fácil perceber que essa situação resultar um impasse, pois
observando a figura 6.5(a) é possível notar um circulo, destacado na figura 6.5(b). Assim,
tudo que precisamos é de algum algoritmo que detecte esses círculos. Um algoritmo
simples é proposto abaixo:
1. Para cada nó - N no grafo - execute os cinco passos seguintes, usando N como nó
inicial.
2. Inicialize L como uma lista vazia e assinale todos os arcos como desmarcados.
3. Insira o nó atual no final da lista L e verifique se o nó agora aparece em L duas
vezes. Em caso afirmativo, o grafo contém um ciclo (assinalado em L) e o algoritmo
termina.
4. A partir do referido nó, verifique se existe algum arco de saída desmarcado. Em
caso afirmativo, vá para o passo 5; do contrário, vá para o passo 6.
5. Escolha aleatoriamente um arco de saída desmarcado e marque-o. Então siga
esse arco para obter o novo nó atual e vá para o passo 3.
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6. Se esse nó for o inicial, o grafo não conterá ciclo algum e algoritmo terminará.
Senão, o final foi alcançado. Remova-o e volte para o nó anterior - isto é, aquele
que era atual antes desse -, marque-o como atual e vá para o passo 3.
RECUPERAÇÃO DE DEADLOCKS
Agora que o deadlock já foi detectado, o que fazer em seguida? È necessário
recuperar o sistema e coloca-lo novamente em uma situação sem deadlocks. Para isso
existem três técnicas:
1. Recuperação por meio de preempção: Neste caso o processo tem a capacidade de
retirar um determinado recurso de outro processo. Essa tecnica resolveria o
problema para determinados casos em que o recurso pode ser desalocado sem
causar grandes danos, mas isso depende muito da natureza do processo que está
usando aquele recurso.
2. Recuperação por meio de retrocesso: Essa técnica consiste em salvar de tempos
em tempos os processos em arquivos, como um backup. Caso algum deadlock
ocorra o sistema ira procurar por um “backup” do processo que está causando o
deadlock e ira substituir o processo pelo seu “backup”. Assim o processo volta a
um estado em que não havia deadlocks.
3. Recuperação por meio da eliminação de processos: A maneira mais simples de se
evitar um deadlock é simplemente matando o processo que esta causando o
deadlock. É notável que essa não é a melhor opção pois muitos processos quando
“mortos” perdem todas suas informações.
EVITANDO DEADLOCKS
ALGORITMO DO BANQUEIRO PARA UM RECURSO
Um algoritmo de escalonamento que pode evitar deadlocks, desenvolvido por
Dijkstra (1965), é conhecido como algoritmo do banqueiro e constitui uma extensão do
algoritmo de detecção de deadlocks. O algoritmo citado é modelado da seguinte maneira:
um banqueiro de uma pequena cidade pode negociar com um grupo de clientes para os
quais ele libera linhas de crédito. O que o algoritmo faz é verificar se a liberação de uma
requisição é capaz de levar a um estado inseguro. Em caso positivo, a requisição será
negada. Se a liberação de uma requisição levar a um estado seguro, ela será atendida.
Na Figura 6.11(a) vemos quatro clientes, A, B, C e D. A cada um deles foi alocado certo
número de unidades de crédito. O banqueiro sabe que nem todos os clientes Precisam
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imediatamente de todas as suas unidades de crédito, de modo que ele tem em caixa
somente dez unidades de crédito para servi-los, em vez de 22 unidades. (Nessa analogia,
os clientes são os processos, as unidades de crédito são, digamos, unidades de fita, e o
banqueiro é o sistema operacional).
ALGORITMO DO BANQUEIRO PARA N RECURSOS
Na Figura 6.12 vemos duas matrizes. A primeira, do lado esquerdo, mostra quanto de cada recurso está atualmente alocado para cada um dos cinco processos. A matriz do lado direito mostra de quantos recursos cada processo ainda precisa para completar sua execução. Como no caso de um único tipo de recurso, os processos devem declarar antes da execução todos os recursos de que vão precisar, para que o sistema possa a cada instante calcular a matriz do lado direito.
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Os três vetores à direita da figura mostram, respectivamente, os recursos
existentes, E, os recursos alocados, P, e os recursos disponíveis, A. E revela que o
sistema tem seis unidades de fita, três plotters, quatro impressoras e duas unidades de
CD-ROM. Desses recursos, cinco acionadores de fita, três plotters, duas impressoras e
duas unidades de CD-ROM se encontram alocados. Esse fato pode ser observado
somando-se as quatro colunas de recursos da matriz do lado esquerdo. O vetor de
recursos disponíveis é simplesmente a diferença entre aquilo que o sistema tem e aquilo
que está atualmente em uso pelos processos.
PREVENÇÃO DE DEADLOCKS
Evitar deadlocks é algo praticamente impossível, pois o sistema teria que saber
sobre ações futuras dos processos. Então para evitar os deadlocks temos que voltar as
quatro condições criadas por Coffman et al. (1971). Como todas as condições precisam
ser verdadeiras para que haja impasse de recurso, basta “quebrar” uma condição que os
deadlocks seriam evitados.
1. Atacando a condição de exclusão mutua: Essa condição diz respeito a um
determinado processo poder alocar certo recurso só para si. Para atacar essa
condição podemos usar uma técnica chamada Spooling. Assim se dois processos
precisam de uma impressora, por exemplo, eles jogam suas saias no spool e a
impressora imprime todo spool. Essa técnica pode da errada caso o spool fique
cheio antes do processo terminar de colocar sua saída.
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2. Atacando a condição de posse e espera: Um processo em condição de posse e
espera já possui um recurso e deseja alocar outro. Uma forma de atacar isso seria
ter pose de uma lista de todos os recursos que o processo vai usar. Mas essa
técnica é ineficaz e praticamente impossível, pois nem mesmo o processo sabe
quais os recursos que ele ira usar. Alem disso um determinado processo poderia
precisar de certo recurso por apenas alguns segundos, mesmo assim o processo
só usa esse recurso no final de sua execução que pode demorar muito tempo.
Assim o recurso ficaria muito tempo inutilizável.
3. Atacando a condição de não preempção: A condição de não preempção garante
que nenhum processo ira “tomar” recursos de outros. Uma forma simples de atacar
essa condição e ativando a preempção. Esse caminho é visivelmente ineficiente
pois alguns recursos, como um impressora, não podem simplesmente parar o que
estão fazendo e começar a fazer outra coisa.
4. Atacando a condição de espera circular: A espera circular e o caso em que
determinado processo espera um recurso enquanto está de posse de outro. Para
atacar essa condição uma técnica aceitável seria enumerar os recursos assim
determinado processo só poderia acessar recursos em uma ordem numérica. O
único problema e encontrar uma ordem numérica que satisfaça todos os
processos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TANENBAUM, Andrew S. Sistemas Operacionais Modernos. 2. Ed. Prentice Hall
(Pearson), 2003.