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Apresentação no SELIN (Seminários Linguísticos) da UFC (Universidade Federal do Ceará). Trata-se de uma prévia de 75% de minha pesquisa de doutorado.
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Desenvolvimento oral e escrito em língua inglesa por professores de inglês em formação
à distância
Professor João Tobias Lima Sales(UECE/UFC)
“For us, students in distance education, technology has opened a window of opportunity. In this context it is providing a revolution, forming students, teachers upgrading, while the interaction among all expands out of the classroom and covers the country and the world.(…)”
(M.L. Aluna do curso de Letras/Inglês do Instituto UFC Virtual)
• O que motiva a pesquisa• O contexto social de Beberibe • O contexto social dos alunos à distância• O curso de Letras/Inglês à distância da
UFC/UAB
Pesquisas, habilidades linguísticas e Tecnologia
• Habilidade auditiva• Jones (2003), Hoven (1999): utilidade de
recursos computacionais na compreensão de palavras-chave e manutenção do fluxo da informação;
• Verdugo e Belmonte (2007): utilidade de ferramentas da Internet para aperfeiçoar a habilidade auditiva
• Habilidade auditiva:• Grgurovic e Hegelheimer (2007), Winke, Gass
e Sydorenko (2010): uso de legendas e transcrições colaborando para o desenvolvimento da habilidade auditiva.
Pesquisas, habilidades linguísticas e Tecnologia
• Habilidade Oral• Ehsani e Knodt (1998): potencialidades e
limitações da tecnologia no reconhecimento de voz no ensino de idiomas mediado por computador.
• Kötter et al (1999): aplicabilidade de ferramentas síncronas de áudio e e-mail na promoção da fluência de aprendizes de idiomas pela Internet.
Pesquisas, habilidades linguísticas e Tecnologia
• Habilidade Oral:• Payne e Whitney (2002): O desenvolvimento da
proficiência oral em L2 considerando aspectos como output, memória ativa, e interlíngua.
• Wang (2004): O Netmeeting como promotor da interação oral e visual;
• Volle (2005): Aquisição da habilidade oral considerando articulação, acurácia e fluência.
Pesquisas, habilidades linguísticas e Tecnologia
• Habilidade Oral:• Yanguas (2010): estudo comparativo entre as
conversas face-a-face e mediadas por computador.
Pesquisas, habilidades linguísticas e Tecnologia
• Habilidade leitora:• Lomicka (1998): efeito do uso de softwares
para a compreensão da leitura.• Murphy (2007): aperfeiçoamento da
compreensão leitora atrelado ao uso de materiais online.
• Nie et al (2011): influência dos e-books na aprendizagem de alunos à distância.
Pesquisas, habilidades linguísticas e Tecnologia
• Habilidade escrita:• Sotillo (2010): estudo das funções discursivas e a
complexidade sintática em comunicações síncronas e assíncronas na produção de aprendizes de inglês como L2.
• Weasenforth (2001): influência do e-mail no aperfeiçoamento da habilidade escrita.
• Wolf e Manalo (2004): comparação de textos escritos a mão e textos escritos no processador de textos (provas do TOEFL).
Pesquisas, habilidades linguísticas e Tecnologia
• Kol e Schcolnik (2008): avaliação da escrita de alunos em fóruns de discussão.
• Elola e Oskoz (2010): a escrita colaborativa como promotora de desenvolvimento de LE.
• Riodan e Murray (2010): interação entre alunos, professores e mediadores destacando assuntos como interatividade e reflexão.
Pesquisas, habilidades linguísticas e Tecnologia
Metodologiaa) Natureza e objetivos da pesquisa:
Pesquisa em Linguística Aplicada, com vieses descritivos e aplicativos e procedimentos metodológicos de natureza quali-quantitativa.
b) Participantes da pesquisa:
Professores de inglês em formação – alunos dos cursos de Letras da UFC, noturno (Fortaleza) e semipresencial (Beberibe)
c) Procedimento de coleta, instrumentos e análise de dados:
Geração (coleta) de dados:Atividade Período
Questionário socioeconômico e educacional 1º, 2º, 3º e 4º semestres do curso de Letras
Teste TOEFL 1º semestre do curso de Letras
Tarefas orais e escrita 2º e 3º semestres do curso de Letras
Teste TOEFL 4º semestre do curso de Letras
Metodologia
Análise dos dados:
Atividade Questionário socioeconômico e educacional
Finalidade
Identificação do participante;
Percepção da influência da tecnologia e do uso da LE no cotidiano do participante;
Conhecimento sobre o nível e procedência do aluno pesquisado.
Análise
Tabulados e quantificados em cada semestre;
Utilizados como evidência dos fatores externos que influenciam a aprendizagem de LE (Stern, 1991);
Comparados quando houver alteração nas práticas de uso da língua e convivência com a tecnologia pelos participantes.
MetodologiaAnálise dos dados
Atividade Teste TOEFL
Finalidade
Identificar o nível de proficiência em que o aluno ingressa nos cursos de Letras pesquisados;
Identificar o nível de proficiência em que se encontrarão os participantes após 4 semestres.
Análise
Escore máximo do TOEFL iBT é 120 pontos (30 pontos para cada habilidade)
Compreensão Leitora e Auditiva (pontuação máxima equivale à quantidade máxima de acertos);Produção Escrita e Oral (0 a 5 escores convertidos para escala de 0 a 30 pontos) / 3 corretores
ANOVA (significância das diferenças entre as modalidades e das diferenças entre os testes iniciais e finais dos dois grupos estudados)
MetodologiaAnálise dos dados
Atividade Tarefas orais e escrita
FinalidadeDescrever o nível de desenvolvimento na língua alvo em termos de acurácia, fluência e complexidade no decorrer dos quatro semestres pesquisados.
Análise
Acurácia: a) porcentagem das orações produzidas livres de erros; b) número de erros lexicais dividido pelo número total de palavras usadas na produção.
Complexidade: a) quantidade de orações separadas dividida por quantidade de unidades de análise (AS-units); b) número de palavras diferentes dividido pelo número de palavras totais da produção.
Fluência: a) duração das pausas feitas em um tempo de produção; b) quantidade de palavras ditas por tempo de produção.
Análises1) Questionário Socioeconômico e Educacional
Perfil Socioeconômico e Educacional do Grupo de FortalezaPerfil Socioeconômico e Educacional do Grupo Presencial (Fortaleza)
1º semestre 2º semestre 3º semestreAcesso domiciliar à Internet 7 7 7Acesso domiciliar à TV paga 4 5 5
Ensino Médio Graduado Pós-GraduadoNível de Instrução 5 2
Perfil Socioeconômico e Educacional do Grupo de BeberibePerfil Socioeconômico e Educacional do Grupo Semipresencial (Beberibe)
1º semestre 2º semestre 3º semestreAcesso domiciliar à Internet 5 6 6Acesso domiciliar à TV paga - - -
Ensino Médio Graduado Pós-GraduadoNível de Instrução 5 1
Análises1) Questionário Socioeconômico e Educacional
Aprendizagem e Hábitos de Língua Inglesa do Grupo de Fortaleza
Aprendizagem e Hábitos de Língua Inglesa do Grupo de Presencial (Fortaleza)
Semestre 1
Semestre 2 Semestre 3
Comunica-se com falante nativo de LI
1 1 1
Ouve música em inglês
7 7 7
Lê em inglês 4 6 6
NenhumEnsino Fundamental e Médio
Ensino Médio
Curso de idiomas <3 semestres
Curso de idiomas de 3 a 6 semestres
Curso de idiomas completo
Estudo de inglês antes do Curso de Letras 3 4 2 3 2
Análises1) Questionário Socioeconômico e Educacional
Aprendizagem e Hábitos de Língua Inglesa do Grupo de Beberibe
Aprendizagem e Hábitos de Língua Inglesa do Grupo de Semipresencial (Beberibe)
Semestre 1
Semestre 2 Semestre 3
Comunica-se com falante nativo de LI
1 0 0
Ouve música em inglês
3 6 5
Lê em inglês 4 4 4
NenhumEnsino Fundamental e Médio
Ensino Médio
Curso de idiomas <3 semestres
Curso de idiomas de 3 a 6 semestres
Curso de idiomas completo
Estudo de inglês antes do Curso de Letras 5 5 3 0 1
Análises2) Teste de Proficiência TOEFL iBT (Primeira Aplicação)
Turma de BeberibeParticipante Listening Reading Writing Speaking Total(Beb1) 4,4 2,3 4,0 1,0 11,7(Beb2) 5,3 8,4 0,0 1,0 14,7(Beb3) 8,8 6,1 8,0 3,0 25,9(Beb4) 3,5 3,8 0,0 2,0 9,3(Beb5) 8,8 9,2 4,0 2,0 24,0(Beb6) 5,3 5,4 0,0 2,0 12,7Média do Grupo 6,02 5,87 2,67 1,84 16,39
Médias dos alunos de Beberibe na primeira prova do TOEFL iBT
Médias dos alunos de Fortaleza na primeira prova do TOEFL iBTTurma de FortalezaParticipante Listening Reading Writing Speaking Total(Fort1) 6,2 7,7 7,0 6,0 26,9(Fort2) 8,0 7,0 17,0 5,0 37,0(Fort3) 15,9 13,9 8,0 14,0 51,8(Fort4) 13,3 7,7 0,0 4,0 25,0(Fort5) 0,0 3,1 0,0 2,0 5,1(Fort6) 1,8 3,1 0,0 1,0 5,9(Fort7) 3,5 10,8 0,0 4,0 18,3Média do Grupo 6,96 7,62 4,58 4,86 24,29
Análises3) Desenvolvimento da escrita (Acurácia e Complexidade)
Gráficos dos resultados escritos gerais dos participantes de Beberibe
Análises3) Desenvolvimento da escrita (Acurácia e Complexidade)
Gráficos dos resultados escritos gerais dos participantes de Beberibe
Análises3) Desenvolvimento da escrita (Acurácia e Complexidade)
Gráficos dos resultados escritos gerais dos participantes de Fortaleza
Análises3) Desenvolvimento da escrita (Acurácia e Complexidade)
Gráficos dos resultados escritos gerais dos participantes de Fortaleza
Análises2) Desenvolvimento da oralidade (Fluência, Acurácia e Complexidade)
Médias de fluência por tarefa dos participantes de Beberibe
Análises2) Desenvolvimento da oralidade (Fluência, Acurácia e Complexidade)
Médias de acurácia oracional e lexical por tarefa oral dos participantes de Beberibe
Análises2) Desenvolvimento da oralidade (Fluência, Acurácia e Complexidade)
Médias de complexidade oracional e lexical por tarefa oral dos participantes de Beberibe
Análises3) Desenvolvimento da oralidade (Fluência, Acurácia e Complexidade)
Médias de fluência por tarefa dos participantes de Fortaleza
Análises3) Desenvolvimento da oralidade (Fluência, Acurácia e Complexidade)
Médias de acurácia oracional e lexical por tarefa oral dos participantes de Fortaleza
Análises3) Desenvolvimento da oralidade (Fluência, Acurácia e Complexidade)
Médias de complexidade oracional e lexical por tarefa oral dos participantes de Fortaleza
Análises3) Comparação dos Desempenhos Escritos (Acurácia e Complexidade)
Análises3) Comparação dos Desempenhos Orais (Fluência, Acurácia e Complexidade)
Análises3) Comparação dos Desempenhos Orais (Fluência, Acurácia e Complexidade)
ConclusõesHipótese 1:
Houve desenvolvimento oral para os participantes de ambos os grupos, confirmando nossa hipótese. Os participantes do grupo presencial e do grupo semipresencial desenvolveram seus índices de fluência (passaram a falar mais palavras em um intervalo menor de tempo), de acurácia lexical e oracional (passaram a produzir mais palavras e orações livres de erros), e de complexidade oracional (passaram a produzir um discurso oral sintaticamente mais complexo). Apenas no quesito complexidade lexical observamos que os houve uma involução dos índices apresentados da segunda para a terceira coleta, mas se compararmos os índices da primeira e da terceira coleta, podemos afirmar que houve desenvolvimento nesse quesito.
ConclusõesHipótese 2:
A habilidade de produção escrita também apresentou desenvolvimento, o que confirma nossa hipótese. Os alunos passaram a produzir mais orações corretas, com mais palavras corretas, e passaram a escrever textos sintaticamente mais complexos. Contudo, seguindo a mesma tendência das produções orais, os participantes de ambos os grupos demonstraram diminuição nos índices de complexidade lexical se considerarmos a diferença entre a terceira e a segunda coletas. Ainda coerente com o resultado dos testes orais, houve desenvolvimento em complexidade lexical se a primeira e a terceira coleta de dados forem comparadas.
ConclusõesHipótese 3:
Essa hipótese tem sido parcialmente confirmada. Em relação às produções escritas, considerando a diferença entre a terceira e a segunda etapa de tarefas, o grupo de Beberibe tem apresentado índices de desenvolvimento superior ao de Fortaleza apenas em complexidade lexical escrita, quesito em que esse grupo decresceu menos que o da capital. Mas se levarmos em conta a diferença entre a terceira e a primeira etapa de tarefas, o grupo de Beberibe passa a demonstrar uma maior tendência de desenvolvimento que o grupo de Fortaleza. Assim, podemos afirmar temporariamente, que o grupo de alunos semipresenciais desenvolve sua escrita, mas não a ponto de ser considerada superior ao grupo presencial.
ConclusõesHipótese 3:
Em relação à oralidade o grupo presencial tem superado todos os resultados se compararmos os índices obtidos na diferença entre a terceira e a primeira etapa de tarefas. Contudo, ao comparar os índices obtidos entre a terceira e a primeira tarefa o grupo de semipresencial apresenta índices de desenvolvimento maior que o presencial em fluência, acurácia lexical e complexidade oracional. Assim, não podemos afirmar completamente que o os índices de desenvolvimento oral dos futuros professores graduandos em Letras na modalidade à distância são inferiores que os índices dos futuros professores graduandos em Letras na modalidade presencial.
ConclusõesHipótese 4:Até o momento, os resultados obtidos apontam para uma tendência de desenvolvimento maior no grupo presencial, mas os resultados do grupo semipresencial têm evidenciado que eles se desenvolvem em um ritmo similar. Uma das questões que podem ser levantadas a partir desse estudo e, a partir da resposta a esse quarto questionamento, é sobre o ponto de partida de cada grupo. O grupo presencial partiu de resultados mais expressivos que o grupo semipresencial (principalmente na oralidade, pois na escrita quatro de seus participantes se negaram a fazer as primeiras tarefas). Os índices iniciais, ao serem comparados com os finais, podem sugerir que os participantes já estejam iniciando, mesmo que precocemente, um processo de fossilização do idioma. A idade dos participantes está bastante desnivelada em relação à idade ideal do aluno ingressante no Ensino Superior. Essa característica já pode ser percebida nos índices de complexidade lexical escrita, em que os alunos de ambos os grupos apresentaram involução nos resultados da segunda para a terceira etapa de tarefas, evidenciando que eles estão utilizando menos palavras diferentes para cumprir uma tarefa cuja resposta está ficando mais complexa sintaticamente. Portanto, devido ao caráter mais iniciante dos alunos do grupo do Ensino à Distância, pode ser que haja mais espaço para desenvolvimento entre eles, mas esse fenômeno ainda pode ser alterado com a próxima etapa de coleta de dados.