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Didática no ensino superior Aula 4 Eniel do Espírito Santo

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Didática no ensino superior

Aula 4Eniel do Espírito Santo

Técnicas de ensino: estratégias facilitadoras para o ensino e aprendizagem

Técnicas de ensino

As técnicas de ensino variam de acordo com as disciplinas, com o ritmo dos grupos, com os interesses dos estudantes, com as condições estruturais do curso, com os conhecimentos prévios dos alunos, com o valor atribuído pelo professor a cada aspecto de sua área de conhecimento.

Técnicas de ensinoAula expositiva dialogada

• Excelente técnica para abordar conteúdos factuais, conceituais;• Deve ser dialógica: estimular o pensamento crítico do estudante

por meio do diálogo, favorecendo o intercâmbio de saberes e experiências;

• O professor toma como ponto de partida a experiência do aluno com o tema a ser desenvolvida na aula;

• Sempre que possível utilize o layout das cadeiras em círculo ou semicírculo, pois promovem o diálogo.

Técnicas de ensinoEstudo dirigido• Tarefa orientada a ser realizada pelo estudante

individualmente ou em grupo;• Desenvolve no estudante habilidades e hábitos de trabalho

independente e criativo, sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades, vencer dificuldades e desenvolver métodos próprios de aprendizagem (aprender a aprender);

• Deve conter instruções claras e questões ou perguntas enunciadas com clareza e precisão, correspondendo aos conteúdos da disciplina. A orientação do estudo deve ser realizada preferencialmente de forma escrita.

Técnicas de ensinoTrabalho em grupo• O trabalho em grupo propicia o aprendizado de conteúdos não

só conceituais e factuais como também conteúdos atitudinais (respeito às opiniões distintas, tolerância com o diferente, etc.);

• A formação dos grupos seja pensada de acordo com os objetivos traçados pelo professor;

• Os grupos podem formados para atividade de uma aula, para uma tarefa que pode levar mais de uma aula ou pode ser mais fixa, como por exemplo, ao longo do semestre.

Técnicas de ensinoPhilips 66• O objetivo é verificar o nível de conhecimento prévio da turma

sobre um determinado assunto, constituindo-se numa avaliação diagnóstica;

• A turma é dividida em grupos de 6 pessoas, variando com o número de estudantes em sala. O grupo deve debater um assunto em 6 minutos para apresentar suas conclusões;

• serve como um disparador, um motivador para a introdução de um tema a ser estudado. Para o professor fornece uma avaliação mapeando-se o nível dos conhecimentos prévios.

Técnicas de ensinoGrupo de verbalização (GV) e grupo de observação (GO)

• Uma parte da classe forma um círculo central (GV) para discutir um tema, enquanto os demais formam um círculo em volta, para observar (GO);

• O GO deve observar, se os conceitos estão corretos, se os colegas estão sabendo relacionar conteúdos anteriores com novos, se todos estão participando, se fogem que foi pedido etc;

• Depois, os alunos do (GO) relatam suas observações e dá-se um debate na turma. Pode-se extrair conclusões relativas à definições de conceitos, à posturas, à desvio da pauta ou objetivo da tarefa etc.

Técnicas de ensinoRoda de perguntas

• Consiste na formação de uma roda no centro da sala. Um tema é dado e todos terão que formular perguntas sobre ele e respondê-las assim que perguntados;• O primeiro estudante formula uma pergunta para o colega à

sua direita que deverá respondê-la e formular outra em sequência para o outro colega, sucessivamente, até chegar novamente ao primeiro que iniciou a roda, respondendo a última pergunta elaborada. • Ao final, o professor faz considerações sobre o que observou.

Técnicas de ensinoRoda de perguntas

• Favorece a construção de habilidades como saber tanto responder imediatamente algo que foi perguntado como formular uma questão corretamente;

• Possibilita ao professor verificar se os estudantes compreenderam corretamente o conteúdo.

Técnicas de ensinoTribunal

• Turma deve ser organizada tal qual um tribunal, em que os estudantes serão jurados, advogados de defesa, promotores, juiz;

• O réu deverá ser um tema polêmico a ser acusado e defendido pelos estudantes. Fica mais interessante quando os alunos que concordam com o tema devem ataca-lo e vice-versa

Técnicas de ensinoTribunal

• A postura das pessoas diante do problema deve ser analisada.

• Isso possibilita a construção de uma habilidade muitas vezes necessária no mundo do trabalho.

Técnicas de ensinoTempestade cerebral (Brainstorming)

• Serve como disparador do tema e, como no Philip 66, fornece subsídio para uma avaliação diagnóstica do nível de conhecimento prévio sobre um assunto novo:• Dado o tema, os alunos deverão dizer aquilo que lhes vêm à

mente, sem preocupação de censura de ideias; • Estas são anotadas na lousa e em seguida os pontos surgidos

são separados em relevantes e irrelevantes, por exemplo.

Técnicas de ensinoTempestade cerebral (Brainstorming)

• A medida e quem o docente explana sobre o conteúdo, os pontos surgidos no Brainstorming podem ser validados ou não pelo grupo, à luz das novas informações fornecidas.

Técnicas de ensinoSeminários• Estudantes devem saber realizar uma pesquisa

acadêmica, pois consiste na apresentação dos seus resultados;

• Os temas a serem pesquisados, formas de apresentação, recursos e tempo devem ser especificados;

• Uma disciplina planejada somente com a realização de seminários não é recomendável, uma vez que seminário é uma das técnicas possíveis.

Técnicas de ensinoEstudo de caso

• Estudo de caso propicia que os estudantes resolvam situações-problema, estabeleçam pontos de relação com a realidade, percebam o conteúdo contextualizado e possam fazer a aplicação daquilo que aprenderam;

• Os estudos de caso devem ser sugeridos ao longo das aulas, como também ao final do curso;

• O objetivo do professor e a qualidade do conteúdo do caso influenciarão na escolha.

Referências

FGV. Projeto político pedagógico para os cursos de Graduação. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

SVINICKI, Marilla; MCKEACHIE, Wilbert J. Dicas de Ensino. Estratégias, Pesquisa e Teoria para Professores Universitários. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

FimDr. Eniel do Espírito SantoDidática no Ensino Superior