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230 d.C. a 530 d.C.
Em 230 d.C.: Agere per formulas é substituído pelo Cognitio
oficial.
Em 530 d.C.: Justiniano encarrega Triboniano de elaborar
os Digesta seu Pandectae.
230 d.C. a 530 d.C.
Localização Temporal: 230 d.C a 530 d.C
No aspecto político: Passagem do Principado(27 a.C. a 284 d.C.) para o Dominado (284 d.C a 565 d.C.).
Características: Involução, Confusão, Decadência e Vulgarização do Direito Romano.
Enquadramento Histórico
Etapas
1ª Etapa – de 230 d.C a 395 d.C.
2ª Etapa – de 395 d.C. a 530 d.C.
Acentua-se a decadência do Direito Romano, que já era visível na Época Clássica Tardia.
Empobrecimento do estilo tradicional.
Perda de rigor e precisão do Ius clássico.
1ª Etapa
Ao discurso jurídico técnico sucedeu o discurso retórico sentimentalista.
A Iuris prudentia (Jurisprudência) perdeu a sua função criadora dando agora lugar a Escola (destacando-se entre elas a escola de Beirute e Constantinopla).
A jurisprudência perde uma significativa importância, na medida em que os juristas passam a fazer uma interpretação de acordo com o que o imperador pretende. Surge assim a chamada jurisprudência burocrática.
A extensão da cidadania levou á formação de muitosjuristas sem o conhecimento sólido do Direito. Sem capacidade para entender a literatura jurídica da Época Clássica, o iurisprudentia volta-se para o estudo de obras que traziam o Direito Romano simplificado e sistematizado tornando-o menos rígido.
Jurisprudência
É distinta entre o Império do Ocidente e do Império do Oriente.
2ª Etapa
No Ocidente, esta Época durou apenas até 476, altura em que cai o Império Romano.
Decadência do ensino do Direito.
Os homens do Direito não recebem uma formação especializada.
Dá-se a Vulgarização do Direito Romano.
No Ocidente
“Uma tendência cultural ou categoria estilística que dá maior importância aos elementos práticos e populares, desprezando acções teóricas e complexas.” (Wieacker).
Fruto da simplificação e corrupção do Direito Romano clássico.
Direito Romano Vulgar
Naturalista – conceitos naturais juridicamente não elaborados (levam a uma desconstrução jurídica).
Funcional – a burocratização levou a novos conceitos e construções cuja flutuação e finalidade eram prejudiciais.
Emocional – apela a um discurso retórico sentimentalista muitas vezes oposto ao pensamento jurídico técnico.
Características do Direito Romano Vulgar
No Oriente, pelo contrário, houve uma reacção contra a Vulgarização do Direito Romano, esta reacção chama-se Classicismo.
Classicismo - é a tendência intelectual destinada a valorizar e a imitar o Clássico.
No Oriente
Na reacção Classicista, destacaram-se as escolas especializadas de Direito, nomeadamente a de Beirute, a de Alexandria e a de Constantinopla, aqui floresceu a cultura académica e a conservação da antiga jurisprudência Romana.
Além de tentar imitar o clássico, a cultura jurídica procurou ainda sublimar a tecnologia e certas construções jurídicas informando-as de certos princípios e de ideias filosóficas Gregas, atitude conhecida por Helenização.
No Oriente
Trabalho em grupo desenvolvido por Flávia Machado, João e Neusa Pena em Novembro de 2009 no âmbito da cadeira de História do Direito I, leccionada pelo Prof. Doutor Rui Marcos e pelo Dr. Luís Gomes na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - Lisboa, Portugal.
Fonte Bibliográfica principal: Direito Romano, Sebastião Cruz, Ed. Coimbra.