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PUB PUB Crise penhora casas às famílias Acidente em carrossel na Feira das Mercês SOCIEDADE. Duas mulheres ficaram feridas após terem sido projectadas de um equipamento de diversão na tradicional feira. Associação de equipamentos de diversão defende necessidade de formação dos profissionais do sector. Concelho, 4 Assaltos violentos SOCIEDADE. Os empresários de Sintra estão preocupados com a vaga de assaltos violentos no concelho. Crimes com armas e falta de polícias nas ruas despertam sentimentos de insegurança. Concelho, 6 Sintrense CENTENÁRIO. Sintrense comemora o 100.º aniversário Apesar da crise financeira que atravessa, a sua história é marcada por páginas de glória. Em 1911 um grupo de jovens da escola José Domingos Morais deu início ao clube mais antigo do concelho. Desporto, 10 VER pág. 7 CONCELHO, 5

Edição 32

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Crise penhora casas às famílias

Acidente em carrossel na Feira das MercêsSOCIEDADE. Duas mulheres ficaram feridas após terem sido projectadas de um equipamento de diversão na tradicional feira. Associação de equipamentos de diversão defende necessidade de formação dos profissionais do sector. Concelho, 4

Assaltos violentosSOCIEDADE. Os empresários de Sintra estão preocupados com a vaga de assaltos violentos no concelho. Crimes com armas e falta de polícias nas ruas despertam sentimentos de insegurança. Concelho, 6

SintrenseCEntEnárIO. Sintrense comemora o 100.º aniversário Apesar da crise financeira que atravessa, a sua história é marcada por páginas de glória. Em 1911 um grupo de jovens da escola José Domingos Morais deu início ao clube mais antigo do concelho. Desporto, 10 VEr pág. 7

COnCElhO, 5

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2 Correio de Sintra 21 de Outubro de 2011 A abrir

O novo comandante da Base Aérea nº. 1, Mário Branco, tomou posse a 19 de Outubro, numa altura em que o Governo anunciou cortes substanciais no orçamento do ministério

da Defesa. Essa medida vai traduzir-se na redução de horas de voo e de pessoal. Esta é uma medida que acompanha a realidade do país, em que todos nós somos obrigados a repensar a nossa forma de vida. É caso para dizer que a crise toca a todos.

Os lugares de estacionamento para pessoas fisicamente incapacitadas servem precisamente para possibilitar o acesso aos locais às pessoas com deficiência. No

entanto, a falta de civismo de alguns condutores impede que muitas vezes essas pessoas possam estacionar nos locais para elas reservados. E é precisamente junto aos centros comerciais que estas situações mais acontecem. Neste caso, junto ao Retail Park.

Salta à vista...

De repente acordámos para a verdadeira realidade do País. Enquanto a

crise ia tocando só a alguns socioeconomicamente mais vulneráveis e para outros não passava de uns meros ruídos de fundo, agora todos, ou melhor, quase todos, sentimo-nos não só tocados mas profundamente mergulhados nela. As medidas de austeridade apresentadas pelo primeiro-ministro no contexto do Orçamento do Estado para 2012 são as mais agressivas e de que há memória na já semi-madura democracia portuguesa. Nada será como outrora e nada ficará como antes. Esperam-nos pelo menos dois longos e amargos anos. O sacrifício que os portugueses terão que fazer é gigantesco. Os cortes nos ordenados da função pública, nas pensões e reformas, as reduções em sede de IRS - quer em termos de saúde quer educação - a diminuição das comparticipações nos medicamentos e na saúde em geral, o aumento do custo de vida tais como o aumento nos transportes, da electricidade, da água, da alimentação e de outros bens devido aos ajustamentos de IVA. Estas medidas vão obrigar os portugueses a fazerem contas como nunca antes se fizeram e a ter que optar.A optar entre os bens considerados supérfluos - porque se pode viver sem eles - e entre aqueles dos quais a própria existência depende. Tudo isto se vai traduzir numa quebra de consumo sem precedentes e logo no encerramento de muitas empresas. Consequentemente o desemprego vai aumentar. Optar entre ir ao supermercado ou pagar a prestação do carro, optar entre poder alimentar as suas famílias ou pagar a prestação das suas casas. Optar entre sobreviver

ou honrar os seus compromissos. E a opção é mais que óbvia. E o crédito mal parado vai continuar a aumentar para valores inimagináveis, as penhoras vão ser inevitáveis e a uma crise económica/financeira somar-se-á uma gravíssima crise social. Tomando como exemplo um relatório dos Juízes do Juízo de Execução da Grande Lisboa Noroeste (relativo aos anos de 2003 até Março deste ano), o valor global dos créditos bancários em cobrança, sem contabilizar os respectivos juros, é superior a dois mil milhões de euros, encontrando-se pendentes 62.747 processos de execução. E a tendência será piorar. Muito. Dormimos durante alguns anos um sono idílico, pensando que os empregos eram para a vida, amparados numa legislação laboral enganadora, gastando hoje o que ganharíamos amanhã, com o beneplácito dos sucessivos governos que em surdina se iam endividando “cá dentro e lá fora” criando a ilusão de um país economicamente saudável. E tudo isto ao som de um ensurdecedor ruído bancário que corroborava e alimentava essa ilusão. Governos que nunca tiveram uma política virada para o mercado de arrendamento, permitindo o crédito fácil para aquisição de habitação, numa solução que se tornou catastrófica. E fomos seguindo assim, embalados. E de repente acordaram-nos. E disseram-nos: bem-vindos ao mundo real! Alguém é isento de culpa? JOAQUIM JOSÉ REIS

editorialDo sonho mauao verdadeiro pesadelo.

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4 Correio de Sintra 21 de Outubro de 2011

SOCIEDADE. Duas mulheres foram projectadas de um equipamento de diversão que estava a trabalhar na Feira das Mercês. As mulheres sofreram ferimentos ligeiros e o equipamento foi devidamente encerrado até serem apuradas as causas do acidente.

Na noite de sábado, dia 15, “uma cadeira de carrossel desprendeu-se e projectou

duas mulheres”, uma de 18 anos e outra de 35, disse ao Correio de Sintra fonte da PSP. As duas mulheres sofreram ferimentos ligeiros e foram assistidas no local pelo INEM, tendo sido transportadas de seguida para o Hospital São Francisco Xavier e Ama-dora-Sintra. Fonte da organização da Feira das Mercês disse ao Correio de Sintra que o equipamento vai estar encerrado até serem apuradas as causas do acidente. A 240.ª edição da feira, viu o policiamento reforçado, depois de nos anos anteriores vários desacatos entre jovens terem motivado intervenção policial. Desde o início da edição deste ano, três pessoas foram feridas com uma arma branca num incidente que a PSP retratou como uma “desordem”. Depois do inci-dente que envolveu as duas mulheres,

a Associação para o Desenvolvi-mento das Actividades em Portugal de Circos, Divertimentos e Espectáculos (ADAPCDE) alertou para a falta de for-mação da maior parte dos operadores e instaladores de equipamentos de diversão, situação que pode por em

causa a segurança. No entanto, o pre-sidente da associação, Mário Loureiro, adiantou desconhecer se terá sido esta a causa do acidente. “Diria que 99,9 por cento não tem formação. São mais de 300 pessoas envolvidas e a maior parte não tem formação. Isto põe em

causa a segurança dos equipamentos”, disse o presidente da associação. O responsável adiantou que são os pró-prios “empresários e os empregados” que montam os equipamentos, quando deveriam ser pessoas capacitadas e com qualificação profissional para fazer esta instalação, cumprindo todas as normas de segurança.“Como ninguém fiscaliza isto, ninguém cumpre”, disse, adiantando que estas “falhas” podem gerar situações em que “as segura-doras se podem recusar a pagar indem-nizações em caso de acidentes”. O res-ponsável defendeu ainda a necessi-dade de uma “fiscalização” por parte da administração directa do Estado, nome-adamente da ASAE, de forma a que os empresários da área sejam forçados a cumprir as regras. O presidente da asso-ciação defendeu ainda maior regula-mentação do sector, apontando críticas às entidades de inspecção de que todos os equipamentos têm que ser alvo anu-almente. “As duas entidades de ins-pecção não têm grande experiência com equipamentos de diversão. Eles não desenvolvem nem desenham os equipamentos, não os conhecem e não estão por dentro dos seus pro-blemas. Fora do país isto é tudo feito por engenheiros especializados, cá não”, disse. JR

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Acidente em carrossel provoca dois feridos

Equipamento de diversão encerrado até averiguação das causas do acidente.

JR

Concelho

Suspeitas de fogo posto na UlgueiraSOCIEDADE. Os bombeiros e os moradores de Azóia e Ulgueira, junto ao Cabo da Roca, suspeitam que o incêndio que deflagrou na madrugada de 12 de Outubro, nestas localidades, possa ter origem criminosa. O fogo chegou a aproximar-se de habitações que se encontram numa das encostas.

O incêndio que deflagrou às 06:40 entrou em fase de res-caldo cerca de duas horas

depois, mas a hora a que deflagrou levantou suspeitas à população e aos bombeiros de serviço que acorreram ao local.

Em declarações ao Correio de Sintra, o comandante dos bombeiros de Colares, Luís Recto, disse que, dada a hora a que deflagrou o fogo, as causas poderão estar relacionadas com mão criminosa.

O responsável chegou a temer que o incêndio que deflagrou na zona do Parque Natural Sintra-Cascais pudesse ter consequências maiores. “Quando soaram as sirenes, olhámos lá de baixo [em Colares] e estava ainda uma neblina, parecendo que o fogo era muito maior do que foi. Estão algumas casas espalhadas aqui pela

encosta e o incêndio esteve muito próximo delas”, disse.

Alguns populares disseram ao Cor-reio de Sintra ter temido pelas habita-ções que se encontram no local onde deflagrou o incêndio e adiantaram desconfiar também de fogo posto.

“Isto só pode ter sido provocado por alguém. Àquela hora é impos-sível que o calor tivesse provocado o incêndio”, disse Rui Fontes, morador na localidade de Azóia. Segundo Mania Albertina Santos, a sua casa nunca esteve em risco, uma vez que se encontra ainda a grande distância do local. Ainda assim, chegou a temer maiores consequências. “Aqui o pro-blema era se houvesse mais vento e o incêndio chegasse à aldeia. É muito estranho que um incêndio comece àquelas horas. Ainda era de noite”, disse.

No centro de comando das ope-rações, o segundo comandante dos bombeiros de Almoçageme, Vítor Matos, disse ao Correio de Sintra que no local estiveram mais de 100 homens apoiados por 30 viaturas de várias corporações, entre elas Almo-çageme, Colares, Estoril e Agualva-Cacém. REDACÇÃO

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521 de Outubro de 2011

Crise penhora casas às famíliasSOCIEDADE. João P. era um caso típico de classe média. Empresário, com um salário que rondava os quatro mil euros, viu nos sucessivos créditos a solução para adiar os efeitos da crise. Depois do encerramento da empresa que demorou anos a consolidar no mercado, a expropriação da residência onde vivia com a família fechou o capítulo iniciado com o acesso fácil ao crédito.

Aos 40 anos recusa-se a dar o rosto à história. Hoje, vive separado da família e os filhos

deixaram a escola privada. Estes são alguns dos casos que surgem à porta de várias juntas de freguesia de Sintra, cujos presidentes estão preo-cupados com o acentuar da crise. Os autarcas garantem que não têm con-dições para ajudar a encontrar solu-ções de realojamento para todas estas situações.

Segundo Fátima Campos, autarca de Monte Abraão, as dificuldades económicas são cada vez mais sen-tidas na sua freguesia. “Antigamente vinham cá de seis em seis meses pes-soas que já não conseguiam pagar as suas casas penhoradas pelos bancos. Agora temos pelo menos dois casos por mês”, disse ao Correio de Sintra.

Segundo o presidente da Junta do Cacém, José Faustino, a penhora de casas nesta freguesia está a atingir números bastante elevados, compa-rativamente a outros anos. “Tenho sentido muito esse aumento porque os funcionários de execução vêm cá publicar os editais. Este ano tem sido fora do normal”, disse. José Faus-tino adiantou que os efeitos da crise se fazem sentir ao nível dos atendi-mentos, uma vez que há um aumento do pedido de respostas ao nível de alimentação e medicamentos. “As juntas são a primeira porta a que as pessoas recorrem e na eventualidade de perda de receitas é importante que as entidades não se esqueçam que as juntas fazem um papel impor-tante de estabilização social”, subli-nhou.

Filipe Santos, autarca de Rio de Mouro, adiantou que todos os dias recebe editais do tribunal relativos a despejos e penhoras de habita-ções e de lojas. O autarca lamenta que neste período de crise, a Segu-rança Social apenas disponha de uma técnica para trabalhar esta fre-guesia onde moram cerca de 50 mil pessoas, trinta por cento delas com baixos rendimentos.

Segundo Pedro Matias, presidente da Junta de Massamá, este ano houve um grande aumento de casos de penhoras de habitações. Em 2011 já foram “penhoradas 91 casas” até ao presente, enquanto que, em 2010,

atingiu as 60. “Temos ainda um dado novo que não tivemos o ano passado. Recebemos editais do tribunal rela-tivos a 17 processos de insolvências de pessoa singular ou colectiva. Estes são os sinais da crise”, adiantou.

De acordo com dados fornecidos pela juíz presidente do Tribunal de Comarca da Grande Lisboa Noro-este (que engloba os juízos de Sintra, Amadora e Mafra), de Janeiro até Junho deste ano foram feitas 883 dili-gências públicas de execução. Este número é substancialmente supe-rior ao de 2010, em que foram rea-lizadas 988 diligências públicas de execução ao longo dos doze meses. A responsável estima que noventa por cento destes números corresponde à venda de imóveis.

Segundo um relatório dos Juízes do Juízo de Execução da Grande Lisboa Noroeste, de Março de 2011, relati-vamente ao valor dos créditos bancá-rios em cobrança, sem incluír juros, o valor global dos processos a correr neste tribunal ascende aos dois mil milhões de euros. Este valor remonta a 2003 até ao presente ano.

Neste tribunal encontram-se pen-dentes 62.747 processos de exe-cução: 4462 entrados antes de 15 de Setembro de 2003 (regime legal anterior à existência de agentes de execução), 28.519 entrados entre 15 de Setembro de 2003 e 30 de Março de 2009 (regime legal intermédio já com agentes de execução) e 32.659 entrados após 30 de Março de 2009 (regime legal em vigor).

JOAQUIM REIS

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Em 2011 há um aumento de imóveis à venda em leilões imobiliários.

JR

AVISO N.º 01/2011

CÃES E GATOS

O REGISTO É OBRIGATORIO

A Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, está a promover uma campanha junto dos proprietários de cães e gatos, com vista a manter actualizado o ficheiro dos animais registados que por falta de renovação da licença, se desconhece, se foi ou não abatido, se mudou ou não de residência e de proprietário. Em função da recolha destas informações, procederemos em conformidade, tendo sempre presente a aplicação das coimas estipuladas na respectiva Lei. Os proprietários de canídeos e/ou gatídeos encontram-se obrigados a efectuar o registo dos respectivos animais de acordo com o disposto no Regulamento de Registo, Classificação e Licenciamento de Cães e Gatos aprovado pela Portaria nº 421/2004, de 24 de Abril.

A falta de registo de canídeos consubstancia a prática de contra – ordenação prevista e punida pelo nº 2 do artº 14º do Decreto – Lei nº 314/2003, de 17 de Dezembro, com coima graduada entre um mínimo de EUR 50,00 (cinquenta euros) e um máximo de EUR 3.740,00 (três mil setecentos e quarenta euros) ou EUR 44.890,00 (quarenta e quatro mil oitocentos e noventa euros) consoante o agente seja pessoa singular ou colectiva.

Os proprietários de canídeos e/ou gatídeos devem, igualmente, obter a respectiva licença de detenção, posse e circulação (Licença de Registo e Licenciamento) em conformidade com o disposto na Portaria nº 421/2004, de 24 de Abril.

A falta de licença de Registo e Licenciamento constitui uma infracção ao disposto no nº 1 do artº 2º da Portaria nº 421/2004, de 24 de Abril e consubstancia a prática de contra – ordenação prevista e punida pela al. a) do nº 1 do artº 14º do Decreto – Lei nº 314/2003, de 17 de Dezembro, com coima graduada entre um mínimo de EUR 25,00 (vinte e cinco euros) e um máximo de EUR 3.740,00 (três mil setecentos e quarenta euros) ou EUR 44.890,00 (quarenta e quatro mil oitocentos e noventa euros) consoante o agente seja pessoa singular ou colectiva.

Perante os registos existentes na Junta, vão os donos dos animais com as licenças em atraso, ser notificados para actualizarem de forma voluntária à sua actualização. A manter-se esta situação de incumprimento, a coima pode chegar aos 3.740,00€ e 44.890,00€ se o agente for pessoa singular ou colectiva, respectivamente. Mem Martins, 06 de Outubro de 2011

Manuel dos Santos do Cabo Presidente

Rua Domingos Saraiva, n.º6 A 2725-286 Mem Martins *** Tel.: 21 922 94 50 * Fax: 21 922 94 59* [email protected]

AVISO N.º 01/2011

CÃES E GATOS

O REGISTO É OBRIGATORIO

A Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, está a promover uma campanha junto dos proprietários de cães e gatos, com vista a manter actualizado o ficheiro dos animais registados que por falta de renovação da licença, se desconhece, se foi ou não abatido, se mudou ou não de residência e de proprietário. Em função da recolha destas informações, procederemos em conformidade, tendo sempre presente a aplicação das coimas estipuladas na respectiva Lei. Os proprietários de canídeos e/ou gatídeos encontram-se obrigados a efectuar o registo dos respectivos animais de acordo com o disposto no Regulamento de Registo, Classificação e Licenciamento de Cães e Gatos aprovado pela Portaria nº 421/2004, de 24 de Abril.

A falta de registo de canídeos consubstancia a prática de contra – ordenação prevista e punida pelo nº 2 do artº 14º do Decreto – Lei nº 314/2003, de 17 de Dezembro, com coima graduada entre um mínimo de EUR 50,00 (cinquenta euros) e um máximo de EUR 3.740,00 (três mil setecentos e quarenta euros) ou EUR 44.890,00 (quarenta e quatro mil oitocentos e noventa euros) consoante o agente seja pessoa singular ou colectiva.

Os proprietários de canídeos e/ou gatídeos devem, igualmente, obter a respectiva licença de detenção, posse e circulação (Licença de Registo e Licenciamento) em conformidade com o disposto na Portaria nº 421/2004, de 24 de Abril.

A falta de licença de Registo e Licenciamento constitui uma infracção ao disposto no nº 1 do artº 2º da Portaria nº 421/2004, de 24 de Abril e consubstancia a prática de contra – ordenação prevista e punida pela al. a) do nº 1 do artº 14º do Decreto – Lei nº 314/2003, de 17 de Dezembro, com coima graduada entre um mínimo de EUR 25,00 (vinte e cinco euros) e um máximo de EUR 3.740,00 (três mil setecentos e quarenta euros) ou EUR 44.890,00 (quarenta e quatro mil oitocentos e noventa euros) consoante o agente seja pessoa singular ou colectiva.

Perante os registos existentes na Junta, vão os donos dos animais com as licenças em atraso, ser notificados para actualizarem de forma voluntária à sua actualização. A manter-se esta situação de incumprimento, a coima pode chegar aos 3.740,00€ e 44.890,00€ se o agente for pessoa singular ou colectiva, respectivamente. Mem Martins, 06 de Outubro de 2011

Manuel dos Santos do Cabo Presidente

Rua Domingos Saraiva, n.º6 A 2725-286 Mem Martins *** Tel.: 21 922 94 50 * Fax: 21 922 94 59* [email protected]

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6 Correio de Sintra 21 de Outubro de 2011 Concelho

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JR

Empresários preocupados com assaltos violentos

Uma ourivesaria foi assaltada em Outubro na Avenida Miguel Bombarda, em Queluz,

CUltUrA. A Associação Empresarial de Sintra (AESintra) está preocupada com a “vaga de assaltos violentos” no concelho. Os empresários consideram que o crime e a falta de polícias nas ruas despertam sentimentos de insegurança que prejudicam os comerciantes.

Dois assaltos violentos a ouri-vesarias no concelho - uma na Avenida dos Bons Amigos,

em Agualva, a 14 de Outubro, e outra na Avenida Miguel Bombarda, em Queluz, no dia 6 – aumentaram o sentimento de insegurança dos empresários. O presidente da associação empresarial, Manuel do Cabo, disse ao Correio de Sintra que a “vaga de assaltos violentos” tem prejudicado os comerciantes do concelho, uma vez que despertam sentimentos de insegurança nas pes-soas que, assim, evitam frequentar o comércio local. “Todos os dias sucedem assaltos no concelho de Sintra, cada vez com maior violência. Isso tem-nos preo-cupado, porque os polícias são poucos e o sentimento de insegurança tem-nos prejudicado”, disse.

Segundo Manuel do Cabo, citando dados do Observatório de Segurança, em Sintra existe um polícia por 16 mil habitantes, número que considera escasso dada a realidade sócio-econó-mica da população que reside neste município. “Em zonas como o Cacém, Queluz ou Belas quase não se vê polí-cias na rua. Há várias unidades mal equipadas em termos de viaturas, muitas estão encostadas sem andar, e a polícia acaba por não ter meios para fazer as rondas”, adiantou. Manuel do Cabo acrescentou que a presença de mais polícias nas ruas teria um efeito atenuante no crime, ajudando “as pes-soas a sentirem-se mais seguras”. Uma ourivesaria na Avenida Miguel Bom-barda foi assaltada por dois homens armados que dispararam um tiro de inti-midação, prendendo de seguida os pro-prietários do estabelecimento na casa de banho. Em Agualva, na principal artéria da freguesia, outra ourivesaria foi assaltada por três homens armados e encapuzados. Em Setembro, uma pastelaria em Fitares, Rio de Mouro, foi assaltada por três homens armados e encapuzados, que conseguiram levar todo o dinheiro do fim-de-semana, cerca de cinco mil euros. REDACÇÃO

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721 de Outubro de 2011 Correio de SintraPUB

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8 Correio de Sintra 21 de Outubro de 2011

Os Bombeiros Voluntários de Queluz assinalam este mês o 90º. Aniversário. No âmbito das

comemorações realizou-se no passado dia 2 de Outubro, no Parque Urbano Felício Loureiro, junto ao rio Jamor uma demonstração de técnicas de salva-mento. As comemorações tiveram início às 9h com o hastear da bandeira no edifício sede da Associação, seguidas da abertura da exposição de veículos antigos, alguns com mais de trinta anos.

A 5 de Outubro, uma missa na Igreja de Monte Abraão, seguida de uma rumaria ao cemitério e a inauguração de uma exposição de trabalhos decora-tivos, alusiva aos bombeiros, executada pelos alunos e professores das escolas da cidade de Queluz, foram as activi-dades que assinalaram a data. Dois dias depois, decorreu uma palestra sobre o escritor português José Saramago e no dia 8, pelas 17h, um concerto do Grupo Coral de Queluz. A 9 teve lugar o desfile de fanfarras. A 15 e16 decor-reram os fóruns Movimento Associa-tivo Popular e Problemas da População Sénior. No último dia de celebrações, a 23 de Outubro, os bombeiros inauguram uma viatura cuja compra apenas foi pos-sível com os fundos europeus do QREN e entregam os certificados aos volun-

tários que no Verão passado entraram na corporação. Segundo o presidente da direcção da Associação dos bom-beiros de Queluz, Ramiro Ramos, aos noventa anos a corporação atravessa dificuldades. A primeira prende-se com a parte financeira resultante das altera-ções ao financiamento do transporte de doentes. “É um serviço bastante impor-tante e tem sido complicado porque tem havido uma redução de verbas substan-cial. As situações que não são conside-radas de urgência não nos são pagas”, garante. A falta de voluntários é outra das dificuldades que a corporação de Queluz enfrenta. “Estamos com difi-culdades em arranjar voluntários. O Governo está a cortar uma série de incentivos e isto quebra a motivação das pessoas que antes tinham possibilidade de ir ao médico gratuitamente. Agora estão a cortar nisso numa altura em que precisamos de ajudar e de nos motivar. Está a ser difícil”, disse. O presidente da associação apelou ainda aos moradores da cidade de Queluz para que se façam sócios dos bombeiros. “Precisamos de associados. É triste uma cidade com 100 mil habitantes e só termos oito mil. Precisamos da ajuda de todos para dar resposta a todos os pedidos que nós temos”, disse.

Bombeiros de Queluz precisam de voluntários

Concelho

JR

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921 de Outubro de 2011 Correio de Sintra

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10 Correio de Sintra 21 de Outubro de 2011

Sintrense: Cem anos a marcar históriaFUtEBOl. O primeiro jogo de futebol em Sintra remonta a 1908, quando um grupo de operários de Lisboa se encontrava na vila a restaurar o então Palácio Real. Ocupavam as horas livres a trocar passes com uma bola, despertando o interesse dos jovens que nessa altura moravam na vila. Daí até à fundação do Sport União Sintrense passaram três anos.

Da curiosidade ao entusiasmo por este jogo, as primeiras partidas de futebol não tar-

daram a aparecer no Bairro da Este-fânia, junto a uma praça de touros, onde hoje se encontra o Mercado Muni-cipal. O futebol facilmente acolheu vários admiradores e a 7 de Outubro de 1911, um grupo de jovens da escola José Domingos Morais criaram o clube que é hoje o mais antigo do con-celho. Com as dificuldades da Primeira Guerra Mundial, o prazer de jogar à bola mantinha os jovens unidos, ten-tando manter viva a instituição des-portiva através das novidades trazidas por outras equipas de Lisboa. Passado o período de guerra, o crescimento do futebol foi notório. O clube começou a entrar em competições com o Sintra Futebol Clube (que se extinguiu alguns anos depois) e o São Pedro Futebol Clube (actualmente Sociedade União 1.º Dezembro), criando assim uma viva riva-lidade que durou até 1930.

Os renhidos e entusiásticos embates entre as equipas no largo do Palácio de Seteais arrastavam multidões que se divertiam e que muitas vezes se envol-viam em pancadaria na defesa das cores das suas equipas. É o chamado período do futebol “de baliza às costas”, pois os jogadores percorriam as ruas de Sintra equipados, levando consigo as balizas. Estamos em 1930. Esta fase foi decisiva para a consolidação do futebol em Sintra, mercê de um crescente con-

tacto com os clubes de Lisboa e dos arredores, possibilitando assim o cres-cimento e valorização do clube, dos seus jogadores e dos seus fundadores. Nesse ano, o clube conseguiu também o parque de jogos na Portela. Este feito constituiu uma das suas maiores vitó-rias, em tempos conturbados e de difí-ceis condições financeiras. Em 1932, o Sintrense filiou-se na Associação de

Futebol de Lisboa, começando assim a participar nos primeiros campeonatos de Promoção de Lisboa. Ganharam maior estrutura e solidez como insti-tuição desportiva. O Sintrense criou sec-ções de diferentes modalidades, nomea-damente o ténis de mesa, o basquetebol, o voleibol, a ginástica, o judo, o xadrez e a pesca desportiva. A história do clube faz-se de páginas de glória e fazendo do

futebol a modalidade-mãe, o Sintrense lutou para conquistar títulos. Em 1955 ganhou o Campeonato Regional da 1.ª Divisão de Lisboa. Três épocas mais tarde, o clube esteve prestes a con-quistar o acesso à 2.ª Divisão Nacional.

A diferença de um golo fez com que fosse o Sacavenense a subir. Os adeptos esperaram até 1964 para ver a sua equipa na tão desejada 2.ª divisão. Contudo, com o profissionalismo no futebol e as suas consequentes exigên-cias, o clube não conseguiu acompa-nhar esta evolução, quedando-se num patamar mais modesto, entre a 2.ª divisão B e a 3.ª divisão. Também na década de 60, o clube criou uma escola primária na velha sede e viu passar ali muitas gerações, distinguindo-se Jorge Sampaio, antigo presidente da Repú-blica.

A actual direcção, presidida por Victor Coelho, garante que herdou das antigas direcções dificuldades económico-financeiras, que pretende resolver nos próximos anos. Segundo Víctor Coelho, com um orçamento de cerca de 50 mil euros por época, as dificuldades em diminuir o passivo do clube não é tarefa fácil. “É impossível pensar em voos mais altos, tanto a nível das nossas infra-estruturas como a nível desportivo. No entanto, pretendemos alcançar boas classificações no futebol”, disse o diri-gente ao Correio de Sintra. Depois de cem anos de prática de desporto, o Sin-trense foi condecorado com a medalha de ouro de mérito da Câmara Municipal de Sintra, a medalha de prata de mérito do Governo Civil de Lisboa e a medalha de mérito desportivo do Estado por-tuguês. É também membro honorário da Ordem de Instrução pública (Grão-Mestre das Ordens Portuguesas), sócio honorário do Atlético Pêro Pinheiro e do Hockey Clube de Sintra.

Alexandre Oliveira Pereira

A primeira equipa do Sintrense data de 1911.

Desporto

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O actual plantel para a época 2011/2012.

DR

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1121 de Outubro de 2011

FUtEBOl. O 1.º Dezembro foi afastado da Taça de Portugal, no passado dia 15, frente ao Sporting de Braga, por três bolas a uma. A equipa de São Pedro não resistiu ao futebol dos minhotos, apesar de vender cara a derrota.

O triunfo da equipa liderada por João Jardim não foi fácil. Os jogadores do 1.º Dezembro

acreditaram numa possível vitória, e difi-cultaram ao máximo a vida dos braca-renses. Deixando uma boa imagem no campo, a equipa de São Pedro não con-seguiu, no entanto, bater os minhotos na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Numa partida muito disputada nas alas, foi a equipa visitante que inaugurou o marcador, ao minuto 19, por Leandro Salino. Seguiu-se o golo de honra dos sintrenses, numa jogada imediata (minuto 20), por Ricardo Gomes. A res-posta dos bracarenses não tardou, e, ao minuto 24, Hélder Barbosa assinou

o segundo tento da equipa minhota. Na segunda parte, Carlão acabou com a esperança do 1.º Dezembro, ao marcar o terceiro e último golo do Braga.

Alberto Lopes, treinador do 1.º Dezembro, declarou ao Correio de Sintra que a vitória foi “justa mas demasiada pesada”. “O jogo foi interessante. Conhe-cíamos a qualidade do Braga e conse-guimos dar luta. Criámos boas situações de golo que pudessem equilibrar o resul-tado. Dentro das nossas limitações, ten-támos fazer um jogo equilibrado para proporcionar um bom espectáculo”, disse o técnico. Para Fernando Cunha, presidente do clube, a equipa “dignificou, mais uma vez, o concelho, a freguesia e o futebol de Sintra”. “O 1.º Dezembro debateu-se bem, mas o Braga soube aproveitar as oportunidades. Talvez um resultado com a margem mínima fosse mais justo”, sublinhou o dirigente, acres-centando que não ocorreram grandes incidentes durante a partida. AOP

Campeão prepara Dakar DESPOrtO. O campeão do mundo de todo-o-terreno, Hélder Rodrigues, está em Marrocos, até o próximo dia 22, a disputar o Rallye Oilibya Maroc 2011. O piloto encara esta prova como uma preparação para o Dakar 2012, onde pretende melhorar o 3.º lugar alcançado este ano.

“Estou em Marrocos para dar o meu melhor e apostado em lutar pela vitória. Nas corridas do Campeonato do Mundo queria conquistar o título e tive de, for-çosamente, fazer alguma gestão, em especial no Egipto. Agora o objectivo é vencer e encarar esta corrida como uma importante preparação para o Dakar 2012”, disse em comunicado o piloto de Almargem do Bispo, Hélder Rodrigues.

A prova marroquina, que finda no pró-ximo dia 22, é disputada em seis dias, num percurso de 2120 quilómetros, dos quais 1520 são cronometrados. A 1.ª etapa realiza-se entre Ouarzazate e Zagora e as três seguintes têm a par-tida e a chegada programadas perto do acampamento instalado em Zagora.

Para a 5.ª etapa, os pilotos regressam a Ouarzazate para, no último dia, disputar o Desert Grand Prix.

A vitória alcançada no Rali dos Faraós, no Egipto, no passado dia 8, consolidou a confiança do piloto para disputar o Dakar 2012. Em comunicado, após se ter sagrado campeão do mundo de todo-o-terreno, na categoria Cross Country Rallies World ChampionShip, Hélder Rodrigues sublinhou que este triunfo “representa um trabalho de vários anos”, em que passou “muitas horas na moto, muitas horas no ginásio, muitas horas na mecânica da moto”.”Vim para esta prova para lutar por levar um título mundial para Portugal, mas para isso tinha de cumprir estas seis etapas e evitar problemas. Felizmente que correu tudo bem. Tenho trabalhado muito para atingir um patamar de topo na modali-dade e este título é um justo prémio. Agora a nova meta é conseguir melhorar a minha classificação no Dakar”, que se vai realizar na América do Sul, no pró-ximo ano. AOP

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1.º Dezembro não resiste

Apesar das diversas tentativas para obter uma credencial que facultasse a entrada do Correio de Sintra no campo do Pêro Pinheiro, nunca o clube manifestou intenção de possibilitar a entrada do nosso jornalista. Apesar de ter tentado obter a credencial que capacitava a entrada do nosso jornal no campo para a cobertura do jogo da Taça de Portugal, com vários dias de antecedência, essa entrada acabaria por ser negada. Após insistência da nossa parte, o responsável do clube pela emissão das credenciais apenas respondeu, a menos de 24horas do jogo, que o Pêro Pinheiro não tinha capacidade para receber tal número de jornalistas já inscritos. Apesar de outros jornais regionais apenas terem solicitado a entrada um dia antes do jogo. Lamentamos esta tomada de posição para com um jornal regional, que foi assim impedido de fazer a cobertura de um jogo em que o clube da casa defrontou os actuais campeões nacionais. O director de informação estranha esta posição por parte de um clube com o qual o Correio de Sintra, ao longo de ano e meio de existência, sempre manteve relações cordiais, tendo realizado até várias peças jornalísticas. Quem perde são os sintrenses, uma vez que o jornal não pode realizar o seu trabalho. Lamentamos ainda a falta de respeito com o qual o nosso jornal foi tratado neste processo.

nota da redacção

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12 Correio de Sintra 21 de Outubro de 2011PUB

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rEFEr e comerciantes chegaram a acordo

SOCIEDADE. A REFER vai abrir um circuito pedonal junto às obras da estação ferroviária de Agualva-Cacém até final de Novembro, disse ao Correio de Sintra o porta-voz da Comissão de Utentes da Linha de Sintra. A empresa pública vai assim de encontro às pretensões dos comerciantes da zona, que se queixam de prejuízos de milhares de euros.

As duas comissões de utiliza-dores da linha e comerciantes estiveram reunidos com respon-

sáveis da REFER a 6 de Outubro, reu-nião em que a empresa se predispôs a avançar com a abertura de um caminho de entradas e saídas na Rua Afonso de Albuquerque. Outra das promessas passa pela abertura do trânsito entre a Avenida D. Nuno Álvares Pereira e o Largo da Estação, embora com condicio-nalismos inerentes das obras. A REFER informou ainda as duas comissões que vai envidar esforços no sentido de fina-lizar a modernização da Linha de Sintra

até Março de 2012 e que os atrasos nas obras não se devem a atrasos nos paga-mentos à empresa à qual foi adjudicada a obra – a EDIFER. Segundo Rui Ramos, porta-voz da Comissão de Utentes da Linha de Sintra, apesar das promessas os comerciantes e os utilizadores da linha continuam preocupados. “Pas-samos todos os dias na obra e estão lá poucos trabalhadores. Deviam reforçar pessoal para que obra acabe o mais rápido possível”, disse.

As duas reuniões já reuniram com o presidente da autarquia de Sintra, o social-democrata Fernando Seara, e solicitaram audições aos vários partidos políticos representados na Assembleia da República.

A finalização das obras de moderni-zação da Linha de Sintra – em que se insere a estação de Agualva-Cacém – estavam previstas para Agosto de 2011. Os comerciantes do local contestam os atrasos nas obras e exigem ser ressar-cidos pelos prejuízos que já ascendem

a vários milhares de euros. Os comer-ciantes dizem já ter despedido vários funcionários, para tentar manter a via-bilidade dos negócios que foram afec-tados fortemente pela diminuição de clientes. A 20 de Outubro, a Comissão de Utentes da Linha de Sintra entregou uma petição com 1250 assinaturas no Ministério da Economia, a exigir a con-clusão das obras da estação.

A 14 de Setembro, os comerciantes do largo da estação protestaram contra os atrasos nas obras e queixaram-se de quebras de facturação a rondar os 60 por cento.

“Estamos aqui enclausurados e não aguentamos mais esta pressão. São prejuízos incalculáveis, várias empresas já fecharam desde o início das obras. Fora os despedimentos que já houveram até esta data”, disse na altura ao Correio de Sintra, Helena Rebelo, proprietária de um café, que já encerrou dois espaços naquele local.

REDACÇÃO

PUBAgualva - Cacém

Ourivesaria assaltadaUma ourivesaria em Agualva foi assaltada na tarde de 14 de Outubro por dois ho-mens encapuzados e armados com uma caçadeira. Segundo fonte da PSP, o assalto terá ocorrido por volta das 16h na Avenida dos Bons Amigos, a principal artéria da ci-dade Agualva-Cacém. “Dois homens ameaçaram os funcionários da ourivesaria e fugiram numa viatura, que será um Opel ou um Toyota, em direcção ao Alto do Colaride”, adiantou.Os homens entraram na ourivesaria Dia-mante e em cinco minutos levaram todo o ouro das vitrinas e do cofre, desconhecen-do-se até ao momento o valor do roubo. Uma idosa que se encontrava no estab-elecimento teve que receber assistência médica.

Encerramento da SAPAO PCP de Sintra criticou o encerramento da empresa do Cacém, a Sapa II Perfis, SA, que provocou o despedimento colectivo de uma centena de trabalhadores. Segundo os co-munistas, o Governo nada fez para impedir o encerramento da empresa. “Dão seguimen-to ao ataque aos direitos dos trabalhadores, patrocinam os despedimentos e apoiam os encerramentos criminosos e desumanos de importantes empresas produtivas, agra-vando a já desastrosa política de direita, de favorecimento do grande capital e dos patrões, afundando o país num atoleiro de desastre”, refere o PCP em comunicado.O PCP adianta que o ”programa de agressão da troika, executado pela política de direita do Governo PSD/CDS, acompanhada pelo PS, acrescenta todos os dias centenas e centenas de trabalhadores aos números colossais do desemprego, corta apoios so-ciais, aumenta o preço dos transportes e bens essenciais, aumenta as taxas modera-doras, reduz médicos e restringe o acesso à saúde”.“Inferniza a vida de milhões de portugueses, deixa na pobreza mais de 2 milhões e afunda a economia do país. En-quanto isso, os grandes grupos económicos e financeiros vêem engordar os seus lucros, dia para dia, pelo aumento da exploração de quem lhes produz a riqueza – os trabal-hadores”, refere o documento.

Breves

NM

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14 Correio de Sintra 21 de Outubro de 2011

Opinião

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Queluz - BelasMoradores indignados com barulhoSOCIEDADE. Os moradores da Praceta General Aviador Humberto da Cruz, em Queluz, estão indignados com a presença de duas tabernas no local. Alegam que os dois estabelecimentos encerram várias horas depois do permitido por lei e queixam-se do barulho a “altas horas da noite”.

Os dois estabelecimentos têm horário de funcionamento até à meia-noite mas, segundo

os moradores do local e a PSP adian-taram ao Correio de Sintra, muitas vezes encerram várias horas depois, por vezes às três e quatro da manhã. Os mora-dores dizem que o “barulho” os impede de descansar e acusam a autarquia de Sintra de não responder às neces-sidades de quem mora na Praceta General Aviador Humberto da Cruz.

Morador nesta praceta junto à Ave-nida Miguel Bombarda, José Cappelli, disse ao Correio de Sintra que os clientes das duas tabernas se concentram junto aos estabelecimentos, fazendo “muito barulho”. O morador queixa-se que “estas pessoas não respeitam o sos-sego dos outros” e denuncia actos de “sexo” e acusa os clientes dos estabele-cimentos de fazerem “as necessidades na rua”. José Cappelli disse já ter feito várias denúncias às autoridades - PSP, Câmara de Sintra, Junta de Freguesia,

ASAE e Polícia Municipal – mas queixa-se que nunca obteve respostas que levassem à resolução do problema.

Outro morador, que solicitou anoni-mato por medo de represálias, disse ao Correio de Sintra que “é impossível viver” junto aos estabelecimentos e que a PSP é chamada diariamente ao local.

Contactada pelo Correio de Sintra, fonte da PSP confirmou que esta autori-dade policial se desloca ali diariamente, uma vez que os estabelecimentos raramente encerram às horas a que deveriam encerrar. “Vamos lá pratica-mente todos os dias, mas por vezes, se estamos numa outra ocorrência só che-gamos lá mais tarde e eles vão deixando os estabelecimentos abertos”, disse.

Segundo esta fonte, a PSP já informou a autarquia de Sintra da necessidade de alterar o horário de funcionamento das duas tabernas, de forma a que, da meia-noite passem a encerrar às 22h.

Fonte da Divisão de Licenciamento das Actividades Económicas e Gestão de Mercados da autarquia de Sintra garante que este processo está a ser analisado pelos serviços. A mesma fonte adiantou que um dos estabelecimentos está a funcionar sem horário de funcio-namento correctamente emitido pelos serviços. “Dentro em breve haverá res-postas em relação a este assunto”, sublinhou. REDACÇÃO

Moradores contestam encerramento tardio de dois estabelecimentos.

Fotografia captada pelos moradores da praceta às 1h30.

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Está na ordem do dia, para além do vio-lentíssimo Orçamento do Estado para 2012, a reorganização administrativa do país, designadamente ao nível das Fre-guesias. Antes de prosseguir faço uma pequena declaração de interesses – sou, desde 1997, autarca numa Freguesia do Município de Sintra. Posto isto, caro leitor, entendo estar em condições de, sobre esta matéria, partilhar consigo uma pequena reflexão. Infelizmente a discussão sobre este assunto de extrema relevância e com implicações directas no nível de serviços que o Estado presta às populações, está reduzida a duas ideias acessórias muito longe daquilo que seria expectável dada a importância do assunto. Por um lado dis-cute-se porque razão acaba a Freguesia A e não a B e se se funde a C com a D e por aí adiante e por outro a possibilidade, ou não, de alguns dos actuais presidente de junta, que já atingiram o limite de man-datos, se poderem recandidatar, por força de uma alteração superveniente de cir-cunstâncias. Esta discussão reduzida a interesses próprios e de circunstância não serve os interesses das populações nem contribui, muito pelo contrário, para o prestígio do serviço público e das autar-quias locais. A forma como este debate está a ser conduzido é a prova provada que muito tem de ser alterado. Entendo que estamos perante um momento histó-rico que pode e deve servir para o reforço das Freguesias. Temos de ser capazes de construir o edifício das fundações para o telhado. Importa em primeiro lugar definir

qual o papel que o Estado entende que as Freguesias devem prosseguir e dentro desse quadro dotá-las de um regime de atribuições e competências coerente para o desempenho dessas funções. Não é admissível que as Freguesias estejam, por força de lei, “reféns” financeiramente da respectiva Câmara Municipal. Digo isto por um motivo simples sem os actuais

protocolos de delegação de competên-cias da Câmara Municipal de Sintra nas Freguesia e respectivo envelope finan-ceiro, nenhuma delas seria financeira-mente sustentável, limitar-se-iam a emitir atestados, a licenciar canídeos e pouco mais. Posto isto, entendo que a reorga-nização administrativa deve ser acompa-nhada de uma qualificação técnica das freguesias que passa, necessariamente, pelo reforço das atribuições e compe-tências e de meios de financeiros que acompanhem esse reforço. A partir daqui podemos passar à restante discussão. Fazer uma reforma administrativa desta envergadura no século XXI não pode ser feita com base em pressupostos e ideias do Século XIX. hugo Frederico – Autarca Queluz

reorganizaçãodas Freguesias

“Estamos perante um momento histórico que pode e deve servir para o reforço das freguesias.

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Jotinhas, maçons e Opus Dei… Homem de obras bem visíveis na sua

passagem por primeiro-ministro, tantos elefantes brancos, elefantes azuis, ele-fantes cor-de-rosa, betão e mais betão, para depois mais tarde, com a sua cara tão bela e martelada e a sua maneira sempre peculiar de falar, sopa de massas bem gastas ao abrigo de comboios carre-gados de dinheiro da Europa, saudoso… Vem-nos dizer em palavras mansas, eu bem tinha avisado.

Lá vamos seguindo os passos desta Troika sempre regada a quimioterapia. Qui-mioterapia, para quem não sabe, é uma terapia que visa tirar do corpo todas as maleitas, embora a sua componente quí-mica também vá matando o que há de bom. Ora, a veia do nosso Portugal está intuída deste veneno que vai matando fun-cionários públicos, deixando impávidos e serenos os nossos sempre respeitáveis e impecáveis ricos. Ainda bem que assim é, pois nas palavras do sempre ‘jota’ Passos Coelho, ou é assim ou era o caos.

Boa viagem sem regresso a todos os jovens de canudo e sem canudo que estão a ir embora deste ânus da europa. Lá está, esta quimioterapia está a expulsar os indi-

víduos errados, cá ficamos com os joti-nhas, os maçons, a Opus Dei e outros lob-bies que sempre serão um orgulho para o nosso Portugal.

Para finalizar uma pergunta que se bate na minha cabeça sempre ao sexto shot de vodka: Como é que se estimula a eco-nomia, baixando o consumo?…. Tomé, serve aí mais uma rodada de shots aqui para a malta.

Vasco Duartehomens da luta - Falâncio

tribunatribuna

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