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harlissoncarvalho
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Vídeo – Egito – 47 min
Os egípcios descendiam de inúmeros povos da África e da costa do Mediterrâneo. Repare que as feições desta escultura revelam que ela era descendentes dos negros africanos
Localização Nordeste da África- (fazendo fronteira ao Norte com o
Mar Mediterrâneo, ao Sul com o Sudão, a Oeste com a Líbia e a Oeste com a Faixa de Gaza e o Mar Vermelho) , em uma região conhecida no passado como Crescente Fértil.
Território predominantemente desértico. Apenas 5% do solo é utilizado para a agricultura.
Hoje as terras estão concentradas nas mãos de grandes proprietários, que produzem algodão para o comércio exterior.
Nos tempos dos faraós o Egito era um celeiro de grãos, graças ao Rio Nilo, o mais longo do planeta com 6.671 km de extensão, que depois da época das cheias deixa uma camada de húmus, que torna o solo muito fértil.
O Egito é uma dádiva do Nilo, Heródoto
O deserto até que tinha uma vantagem: ajudava a defender os egípcios.
Durante séculos, nenhum povo estrangeiro teve coragem de atravessar aquelas centenas de quilômetros de areia, debaixo do sol tórrido, para invadir o Egito.
O Egito foi governado por reis chamados faraós.
Houve 270 faraós e apenas 4 deles eram mulheres.
As terras pertenciam ao faraó ou aos templos religiosos.
O faraó era o deus vivo, adorado e reverenciado. Na foto, estátua de Tutmés III, no Museu Egípcio do Cairo.
Formação do estado no Egito antigo Nomos: conjuntos de aldeias governadas pelos nomarcas, nome dado aos chefes mais poderosos.
Com o tempo, as disputas entre os nomarcas por poder e terras geraram guerras e alianças entre eles.
Alguns deles, ao vencerem os demais, tornavam-se reis, passando a controlar vários “nomos”.
Surgiram então no Egito reinos que foram ficando cada vez maiores, até resumirem a dois: o Alto Egito (no vale do Nilo) e o Baixo Egito (no Delta do Nilo).
Por volta do ano 3200 a.C., o rei Menés, do Alto Egito (no vale do Nilo), conquistou o Baixo Egito (no delta do Nilo), unificando os dois reinos.
Menés tornou-se então o primeiro faraó (nome que se dava ao rei entre os egípcios) e o fundador da primeira dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma mesma família).
A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da unificação, o soberano do Alto EgitoAlto Egito utilizava a coroa brancacoroa branca; a coroa vermelha era usada no Baixo Egito. Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o faraó, a coroa tornou-se dupla: vermelha e branca, simbolizando a união dos dois reinos. Ao comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.
A periodização da história A periodização da história egípciaegípcia
Antigo Império (3200 – 2300 a.C.): Durante a maior parte deste longo período, os faraós conseguiram impor sua autoridade ao reino e, auxiliados por seus funcionários, coordenaram a construção de grandes obras públicas, entre elas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Médio Império(2000 – 158 a.C.): Neste período os egípcios expandiram seu território em direção ao Sul, conquistando a Núbia, região rica em minerais, entre os quais o ouro.
Apesar da prosperidade material, o reino continuou envolvido em guerras e revoltas internas que o enfraqueceram.
Isso encorajou os hicsos, povo originário da Ásia Central, a atravessarem o deserto e invadir o Egito, conquistando-o.
A vitória dos hicsos deveu-se ao uso de cavalos e carros de combate, desconhecidos pelos egípcios. O domínio dos hicsos em território egípcio durou mais de 150 anos.
Novo Império(1580 – 525 a.C.): Este período inicia-se com a expulsão dos hicsos. Amósis IV, o líder militar da luta contra o invasor, inaugurou uma nova dinastia.
Por volta de 1250 a.C., os hebreus, sob a liderança de Moisés, conseguiram fugir do Egito.
Amósis IV implantou o monoteísmo, mas após a sua morte Tutancâmon restabeleceu o politeísmo.
As conquista militares foram retomadas com Ramsés II, que derrotou os povos asiáticos, como os hititas.
Em 662 a.C. os assírios invadiram o Egito. Psamético I expulsou os assírios e tornou-se faraó. Em 525 a.C. ao persas dominaram o Egito. Por 2500 anos o Egito foi província do Império
Persa, território ocupado por macedônios, romanos, árabes, turcos e ingleses.
Instauou-se no Egito uma dinastia de origem macedônica, chamada ptolomaica ou lágida, à qual pertenceu Cleópatra.
O filho de Cleópatra com o imperador romano Júlio César foi o último rei Ptolomaico.
Depois desse período a região caiu sob o domínio romano e, mais tarde, árabe, que introduziram elementos culturais cristãos e muçulmanos, respectivamente.
Busto de Cleópatra
Religião Politeísta e
Antropozoomórfica; Acreditavam em
vários deuses; Acreditavam em vida
após a morte = mumificação.
Processo da mumificação
O livro dos mortosUm rolo de papiro com rituais funerários que era posto no
sarcófago do faraó morto, para ajudá-lo no trajeto até o Reino de Osíris sem cair nas armadilhas do além...
Embarcação feita de papiro muito utilizada pelos pescadores egípcios. Embarcação feita de papiro muito utilizada pelos pescadores egípcios.
A máscara mortuária de Tutankhamon, o faraó menino.
Dimensões: Altura: 54 cmLargura: 39.3 cmPeso: 11 quilos
Sarcófago para as vísceras de do faraó menino e sua arca
Busto (em alabastro), bracelete e diadema de Tutankhamon)
Múmia de Tutankhamon e a reconstrução de
seu rosto.
Sarcófagos São como caixões, geralmente
estilizados e reproduzindo as feições do falecido.Os mais famosos são provavelmente os do rei-menino Tutankhamon, cujo túmulo foidescoberto intacto no Vale dos Reis, 1922.
A múmia de Tutankhamon foi encerrada em nada menos do que 3 sarcófagos deouro maciço incrustado com pedras preciosas, pesando toneladas.
Além dos sarcófagos, a múmia está protegida por uma máscara mortuária, muitas vezes modelada em ouro, também representando o rei.
Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.
Esta elegante barca, decorada com pedras preciosas e folhas de ouro, encontrada na tumba de Tutankhamon.
Economia Era baseada principalmente na agricultura que era realizada,
principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó
para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
Dedicavam-se também à criação de bois, asnos, patos e cabritos. Praticavam também a mineração de ouro, pedras preciosas e cobre, este último muito usado nas trocas comerciais com outros povos.
O comércio era feito à base de trocas, mas limitava-se ao pequeno comércio e à permutação de artigos de luxo com o exterior.
Pintura egípcia mostrando vários tipos de trabalhos realizados
Hierarquia socialFaraó
Sacerdotes
Nobres
Escribas
Soldados
Mercadores e artesãos
Operários e camponeses
Escravos
Escribas traçavam os complicados caracteres da escrita, os hieróglifos. Graças à sua cultura, transformavam-se em magistrados, inspetores, fiscais e coletores de impostos, sendo considerados os olhos e ouvidos do faraó.
Mercadores e artesãosTrabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália, da Síria, da Núbia.
SacerdotesTinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administrava as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também os sábios do Egito, guardadores do segredos das ciências e dos mistérios religiosos com seus inúmeros deuses.
Operários e camponesesMaior parte da população. Os trabalhos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas terras eram do governo. As enchentes, os trabalhos de irrigação, semeadura, colheita, armazenamento dos grãos originavam trabalhos pesados e mal remunerados. O pagamento geralmente era feito com uma pequena parte dos produtos colhidos e apenas o suficiente para sobreviverem.
EscravosGeralmente estrangeiros prisioneiros de guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplo. Soldados
Defendiam o reino e auxiliavam na manutenção de paz. Eram respeitados pelo faraó e pela sociedade. Tinham direito a vários benefícios, o que lhes garantia prestigio e riquezas.
Faraó
Filho de Amon-Rá, o deus-sol, e encarnação de Hórus, o deus-falcão. Toda felicidade dependia do faraó, que comandava o exército, distribuía justiça e organizava as atividades econômicas. Possuía várias mulheres, mas só a primeira podia usar o título de rainha.
NobresPossuíam extensos domínios e levavam vida luxuosa. A dignidade sacerdotal era hereditária, sendo estes membros da mais elevada camada social. Administravam os bens ofertados aos deuses e também recebiam grandes propriedades. O mais importante de todos era o profeta de Amon.
A escrita Permitiu a divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos. Existiam três formas de escrita: - A hierática (do grego “sagrada”) era usada para escrever sobre o
papiro; - a demótica (do grego “popular”) era um aperfeiçoamento da
hierática; - a hieroglífica (do grego “sinais sagrados”) mais complexa e formada
por desenhos e símbolos, eram utilizadas nos monumentos, continham sinais representando sons e desenhos representando ideias.
As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores.
Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita:.............................
Hieróglifos - considerados a escrita sagrada;
Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes;
Demótica - a escrita popular.
Conjunto dos sinais hieráticos – Escrita demótica
Hieróglifos
Jean François Champollion decifrou os hieróglifos a partir da Pedra Roseta (um grande bloco de granito) “encontrada” pelos soldados de Napoleão Bonaparte em 1822.
O legado egípcio Destacam-se na astronomia, criando o calendário
lunar; Na Arquitetura, construindo palácios, pirâmides e
templos; Na Matemática, lançando os fundamentos da
Geometria. Desenvolvem a escrita hieróglifa.
ArquiteturaAs características gerais da arquitetura egípcia são:
Solidez e durabilidade; Sentimento de eternidade; Aspecto misterioso e impenetrável.
Templo de Ramsés II
As pirâmides do deserto de Gizé - Quéops, Quéfren e Miquerinos - são as mais famosas.
Queóps
Miquerinos
Quéfren
Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren.
Os monumentos mais expressivos são os túmulos e os templos.
Os túmulos são divididos em três categorias:- Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; - Mastaba - túmulo para a nobreza; e - Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Mastaba Hipogeu
Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.
Esfinges com cabeça de carneiro - entrada de templo de Carnac
Colunas do templo de Carnac
Colunas do templo de Luxor
Nos templos - as colunas: conforme seu capitel: - Palmiforme - flores de palmeira; - Papiriforme - flores de papiro; - Lotiforme - flor de lótus.
Obeliscos
EsculturaCaracterísticas: São predominantemente religiosas. Atingiu o seu desenvolvimento máximo com os sarcófagos,
esculpidos em pedra ou madeira. Procuravam reproduzir com fidelidade as feições dos
mortos, a fim de facilitar o trabalho da alma na busca do seu corpo.
Nas esculturas de sarcófagos predominavam a”frontalidade”, a “verticalidade” e a “simetria”
Raramente as figuras fugiam à postura “Hierática”; quando expressavam algum movimento, apresentavam a perna esquerda em posição de avanço.
Pretendeu obter a eternização do homem.
Os baixos-relevos recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções.
Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.
Faraós
Amuleto e estatueta feminina
PinturaCaracterísticas: Ignorância da profundidade; Colorido a tinta lisa, sem claro-
escuro e sem indicação do relevo;
Lei da Frontalidade; As figuras masculinas são
pintadas em vermelho e as femininas em ocre;
O tamanho das pessoas representadas varia de acordo com sua posição social. Ex:.o faraó é representado bem maior que sua esposa, vindo, em seguida o sacerdote, o escriba, os soldados e o povo.
Murais da tumba da rainha Nefertari
Tumba de Sennefer, em Luxor - Pintura de meninas na tumba de Menna
Nefertari jogando Senet - NEFERTITE ofertando a deusa ISIS.
Literatura A literatura produzida pelos egípcios foi fixada em várias materiais,
como ostracas (pequenos pedaços de pedra) e em papiro. Exemplos: As inscrições funerárias das pirâmides são hinos aos deuses e
revelam rituais de oferendas. Biografias - recordam a participação do defunto em acontecimentos
históricos. Lamentações - O diálogo de um homem com sua Ba ("alma") - é um
debate sobre o suicídio; A literatura religiosa compreende numerosos hinos ao rei e a várias
divindades Dos textos funerários destaca-se, o Livro dos mortos. Relatos históricos privados e reais, instruções, histórias e tratados
científicos.
Egito Hoje
Nome: República Árabe do Egito
Regime de Governo: Presidencialista (eleição por voto popular)
Capital: Cidade do Cairo
Língua: Árabe (oficial), inglês, francês
Religião: 94% islâmica (principalmente sunita), 6% católicos coptas
Grupos Étnicos: Egípcios, beduínos e berberes 99%, gregos, núbios, armênios, outros europeus (principalmente italianos e franceses) 1%
Clima: Desértico, quente, seco no verão e moderado no inverno
Rio Principal: Nilo (entre 2 desertos)
População 76.117.421 habitantes (Julho/2004)(maior população do mundo árabe)
Expectativa de Vida: 70,71 anos
Índice de Analfabetismo: 42,3 % (em 2003)
Atividades Principais: Turismo e agricultura
Importantes Fontes de Renda
- Pedágio cobrado pela passagem dos navios no Canal de Suez- Turismo
Vegetação:Principalmente no Delta: papiros, plátano, alfarrobeira, ciprestes, olmo, mimosa; uvas, diversos tipos de vegetais e flores como flôr de lotus, jasmim e rosas.
Riquezas Naturais: Petróleo, gás natural, ferro, fosfato, manganês, cromo, zinco, chumbo, amianto, pedra calcária, gipsita.