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http://webensino.egc.ufsc.br 07/06/22 • Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento: o que são e como têm sido tratadas no EGC/UFSC Roberto Pacheco ([email protected])

Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

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Este slide apresenta o Programa de PG em Engenharia e Gestão do Conhecimento da UFSC (EGC/UFSC), enquanto origem, abordagem científica do conhecimento e exemplos de projetos de pesquisa

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Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento: o que são e como têm sido

tratadas no EGC/UFSC

Roberto Pacheco ([email protected])

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Agenda

1.Sobre o EGC/UFSC• Origem e Objetivos

2.Contexto científico do EGC• Sobre GC• Sobre Conhecimento• Sobre Processos da GC• Sobre Inter-relação entre EC, GC e MC

3.Metodologia de SGC4.Cases

• Exemplos de Projetos e pesquisas

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1. Sobre o EGC/UFSC

Contexto, Objetivos e Estrutura

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•Origem•Programa de Pós-Graduação em

Engenharia e Gestão do Conhecimento - EGC

•Criado em 2004 (CAInter CAPES)•Docentes de 10 Deptos ligados a 7

centros da UFSC• Setembro de 2008: criação do DEGC na UFSC

1.1. EGC/UFSC: Origem

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•Objetivo do EGC/UFSC•Pesquisa, formação e inovação em explicitação, gestão e difusão de conhecimento organizacional e social.

1.2. EGC/UFSC: Objetivos

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2. Contexto Científico do EGC

Conhecimento, GC e contextos científicos

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1.1. EGC/UFSC: Contexto científico

Espaço Sem ânticogram ática,linguagem , padrõessem ânticos

Com unidade / O rganizaçãopapéis, lógica de relações, processos

M ecanism os deCom unicaçãoInfraestruturaAtores

cgd

cgd

cgdcgd

O EGC dedica-se à pesquisa, concepção, desenvolvimento e aplicação de SGCs para apoio ao ciclo de atividades e macro-processos intensivos em conhecimento (entendido como fator gerador de valor).

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Gerir

GESTÃO DO CONHECIMENTO

Exp

lici

tar

ENGENHARIA DO CONHECIMENTO

Dis

sem

inar

MÍDIA DO CONHECIMENTO

Conhecimento

Codificar

MemorizarArmazenar

Criar

Adquirir

Compartilhar

TransferirUtilizarReutilizar

Distribuir

O Espaço Semântico das Pesquisas do EGC

Aprender

EC + GC

GC + MC

EC + MC

1

2

3

4

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PráticaPráticaTeoriaTeoria

ProcessoProcesso

ConteúdoConteúdo

Organizações de aprendizagem

Gestão do conhecimento

Aprendizagem organizacional

Conhecimento organizacional

EASTERBY-SMITH, Mark; LYLES, Marjorie. Introduction: Watersheds of organizational learning and knowledge management. In: EASTERBY-SMITH; LYLES, Marjorie (eds). Handbook of Organizational Learning and Knowledge Management. Malden: Blackwell, p.1-15, 2005.

Como uma organizaçãoaprende? Como uma organização

deve aprender?

Contextualização

STEIL, A. 2007

Como é o conhecimento nasorganizações?

Como disseminar e incrementar o conhecimento nas organizações?

1960’s 1988

1998...1995

Page 10: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

EASTERBY-SMITH, Mark; LYLES, Marjorie. Introduction: Watersheds of organizational learning and knowledge management. In: EASTERBY-SMITH; LYLES, Marjorie (eds). Handbook of Organizational Learning and Knowledge Management. Malden: Blackwell, p.1-15, 2005.

Contextualização

STEIL, A. 2007

Trabalhos clássicos

Aprendizagem organizacional (AO) e

Gestão do conhecimento (GC)

- John Dewey - Polany - Penrose - Hayek

Trabalhos que popularizam

Aprendizagem organizacional

Edição especial do periódico Organization

Science, de 1991

Organizações de

aprendizagem

Senge

Conhecimento organizacional

Ikujiro Nonaka

Gestão do conhecimento

A ser identificado.

Trabalhos de fundação

Aprendizagem organizacional

- Cyert e March - Cangelosi e Dill - Argyris e Schön - Hedberg - Shrivastra - Daft e Weick - Fiol & Lyles

Organizações de

aprendizagem

Senge

Conhecimento organizacional

- Nelson e Winter (1982) - Duas edições do Journal of Management Studies (início da década de 90). - Blackler (1995)

Gestão do conhecimento

Davenport e Prusak (1998)

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DEFINIÇÕES DE GC

Survey nas abordagens de Gestão do Conhecimento quanto a processos e definições de

conhecimentopor Andrea Valeria Steil - 2007(to be published)

Page 12: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

STEIL, A. 2007

19 Definições para GC

Page 13: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

SUB-SISTEMAS DA GC

Das 19 definições compiladas de GC, foram identificados 17 diferentes descritores para os subsistemas ou preocupações da GC.

1. Criação 8

2. Acesso 1

3. Reutilização 2

4. Captura 4

5. Utilização 2

6. Armazenamento 2

7. Distribuição 1

8. Compartilhamento 4

9. Aplicação 1

10. Aquisição 1

11. Coleta 2

12. Retenção 2

13. Transferência 1

14. Uso 2

15. Transformação 1

16. Formalização 1

17. Comunicação 1

Subsistemas da GC e sua freqüência nas definições selecionadasSTEIL, A. 2007

Page 14: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

Subsistemas/processos compilados Freqüência

1. Criação 8

2. Compartilhamento, transferência 5

3. Armazenamento, captura, acesso, coleta, retenção, transformação, formalização.

13

4. Comunicação, distribuição 2

5. Aquisição 1

6. Utilização, aplicação, uso 5

7. Reutilização 2

Agregação dos subsistemas de GC

STEIL, A. 2007

Sugestão: Agregação de Descritores da GC

Page 15: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

1. Criação do conhecimento (I):

O conhecimento é criado e desenvolvido por meio da aprendizagem. Criar conhecimento significa aprender (DUSYA; CROSSAN, 2005)

Criação é uma combinação de materiais. Novo conhecimento é criado em um certo estágio do processo de integração ou fusão de conhecimento diferente (SHIMEMURA; NAKAMORI, 2002).

O processo de criação do conhecimento pode ocorrer por meio da organização de conhecimento anterior em novas formas, da combinação de informações relevantes, ou mesmo de insigths acerca da aplicação de conhecimento existente em novos contextos (CALHOUN; STARBUCK, 2005).

Axioma subjacente: quem cria conhecimento é o ser humano.

STEIL, A. 2007

Page 16: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

1. Criação do conhecimento (II):

A geração de novo conhecimento diz respeito aos esforços de uma organização para adquirir ou criar novo conhecimento. Isto pode ocorrer de várias formas (PEARLSON & SAUNDERS, 2006):

Pesquisa e desenvolvimento (desenvolver conhecimento internamente);

Adaptação (usar conhecimento existente de forma diferente);

Compra ou aluguel (obter conhecimento de outra fonte);

Resolução de problemas compartilhada (geração de conhecimento por meio da “fusão” de diferentes perspectivas);

Comunidades de prática (obter conhecimento por meio de redes informais).

Novas idéias, insights, processos e novas formas de pensamento que surgem a partir de uma situação particular de resolução de problemas” (SOO, 1999).

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

Page 17: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

2. Compartilhamento do conhecimento (I)

Compartilhamento exitoso do conhecimento envolve processos de aprendizagem estendidos e não um simples processo de comunicação (CUMMINGS, 2003, p. 1).

Compartilhar conhecimento envolve o processo de fazer com que uma pessoa acompanhe o pensamento de outra. Envolve, também, a utilização de insights para auxiliar outras pessoas a compreenderem a situação em que ela está envolvida de uma forma mais clara (McDERMOTT, 1999).

Axioma subjacente: quem compartilha conhecimento é o ser humano.

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

Page 18: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

A literatura identifica 5 contextos primários que afetam implementações exitosas de compartilhamento do conhecimento (CUMMINGS, 2003, p. 1):

a relação entre a fonte e o recipiente,

a forma e a localização do conhecimento,

a predisposição para aprender do recipiente,

a capacidade de compartilhar conhecimento da fonte e

o ambiente mais amplo no qual o compartilhamento ocorre.

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

2. Compartilhamento do conhecimento (II)

Page 19: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

3a. Armazenamento do conhecimento:

Diz respeito à representação do conhecimento existente de modo que ele possa ser acessado e transferido. Atividade de capturar conhecimento existente e colocá-lo em repositórios de forma estruturada (MILTON et al., 2006).

Altos níveis de codificação são encontrados em sistemas de computador e em fórmulas matemáticas (SKIRME, 2006).

Axioma subjacente: conhecimento existe para além da mente humana

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

É a Engenharia do Conhecimento que define essas formas, incluindo

Ontologias

Page 20: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

3b. Memória organizacional

Sistema capaz de armazenar determinados elementos percebidos, experimentados ou vividos além da duração da situação atual, de forma tal que possam recuperar-se em situações futuras (Lehner e Maier, 2000, apud Sasieta).

Axioma subjacente: conhecimento existe para além da mente humana

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

Page 21: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

4. Distribuição do conhecimentoAxioma subjacente: conhecimento existe para além da mente humana

Diz respeito ao processo de manter disponível o conhecimento para acesso fácil e rápido por aqueles que deles necessitam na organização ou em sua cadeia produtiva.

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

Page 22: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

5. Aquisição do conhecimentoAxioma subjacente: conhecimento existe para além da mente humana

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

Para a EC a Aquisição ou Elucidação de Conhecimento consiste em obter os dados necessários à modelagem do conhecimento (Schreiber et. al, 2002)

Processo por meio do qual se acessa conhecimento existente.

Pessoas e organizações adquirem informação e conhecimento por meio de sistemas informacionais ou redes sociais (CALHOUN; STARBUCK, 2005).

Page 23: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

6. Utilização do conhecimento

Diz respeito à efetiva integração do conhecimento por pessoas e organizações em sua prática diária. É o resultado da compreensão e da aplicação do conhecimento.

Está relacionada à diminuição do knowing-doing gap.

A vantagem competitiva advém do fato de ser capaz de fazer algo que os outros não conseguem. Qualquer pessoa pode ler um livro ou ir a um seminário: o segredo está em colocar o conhecimento adquirido em ação organizacional (PFEFFER; SUTTON, 2000)

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

Page 24: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

7. Reutilização do conhecimento

Diz respeito à utilização de um conhecimento já gerado no escopo da organização, com o objetivo de evitar a “reinvenção da roda” e valorizar a experiência anterior da organização.

STEIL, A. 2007

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

Page 25: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

O que é Codificação de Conhecimento?

“...é a representação de conhecimento tal que esse possa ser acessado por cada membro de uma organização”

Nohr, Holger. 1999. http://www.iuk.hdm-stuttgart.de/nohr/publ/KWN.pdf

DEFINIÇÕES SUBSISTEMAS DA GC

Representação de conhecimentoEx: ontologias

Visibilidade ao conhecimentoEx: produção de sínteses textuais

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DEFINIÇÕES E REFLEXÕES DEFINIÇÕES E REFLEXÕES SOBRE CONHECIMENTOSOBRE CONHECIMENTO

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1.1. EGC/UFSC: Epistemologia do Conhecimento

Venzin, M.; Krogh, G. and Roos, J. Future Research into Knowledge Manegement, In Knowing in Firms”, org. Von Krogh and Dirk Kleine, 1998.

Por que conhecimento é importante, que bases epistemológicas existem e quais são as respectivas visões de conhecimento e suas aplicações?

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1.1. EGC/UFSC: Epistemologia do Conhecimento

Aplicação. Como o conceito de conhecimento têm sido aplicado em gestão estratégica? A explosão de GC tem gerado resultados contraditórios e dificultado a distinção entre ciência e consultoria.

Venzin, M.; Krogh, G. and Roos, J. Future Research into Knowledge Manegement, In Knowing in Firms”, org. Von Krogh and Dirk Kleine, 1998.

Questão. Por que pesquisar conhecimento em um contexto estratégico? Por que gestão estratégica organizacional deve se preocupar com conhecimento?

Aparência. Quais são os diversos adjetivos e definições assumidos para conhecimento? Os autores reconhecem três epistemologias que têm fundamentado as abordagens.

Epistemologia. Quais são as raízes epistemológicas da teoria escolhida para tratar conhecimento? As diferentes definições e formas do conceito de conhecimento estão associadas às epistemologias.

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1.1. EGC/UFSC: Epistemologia do Conhecimento

Venzin, M.; Krogh, G. and Roos, J. Future Research into Knowledge Manegement, In Knowing in Firms”, org. Von Krogh and Dirk Kleine, 1998.

Cognitivistas A identificação, a coleção e a disseminação de informação são principais atividades de desenvolvimento de conhecimento.

Herbert Simon. Noam Chomsky, Marvin Minsky,

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1.1. EGC/UFSC: Epistemologia do Conhecimento

Venzin, M.; Krogh, G. and Roos, J. Future Research into Knowledge Manegement, In Knowing in Firms”, org. Von Krogh and Dirk Kleine, 1998.

ConexionistasConhecimento está nas conexões e, portanto, deve-se dar ênfase às auto-organização de fluxo disperso de informação

Zander e Bruce Kogut

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1.1. EGC/UFSC: Epistemologia do Conhecimento

Venzin, M.; Krogh, G. and Roos, J. Future Research into Knowledge Manegement, In Knowing in Firms”, org. Von Krogh and Dirk Kleine, 1998.

Autopoético. A maior responsabilidade está na interpretação e não nos processos de coletar informação.

Maturana e Varela. Nonaka e Takeuchi

Page 33: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

A grande maioria das definições de conhecimento compiladas indica que conhecimento é algo inerentemente humano, “está na cabeça das pessoas”. Conhecimento formalizado = informação.

Information transformed in understanding and into capability for effective action or a combination of instincts, ideas, rules, and procedures that guide actions and decisions.

KEMP ET AL., 2000.

Knowledge is experience. Everything else is information.Einstein (apud ZELENY; FaME, 2002)

Information is a symbolic description of action. Knowledge is the action itself, more precisely – its purposeful coordination. There is a clear difference between bread-making cookbook and baking bread. Baking bread and milking cows is not information but knowledge itself. Knowing the cookbook by heart is not knowledge, but only “knowledge” of information. The difference is fundamental.

(ZELENY; FaME, 2002)

Conhecimento na literatura: Predominância autopoética

STEIL, A. 2007

Page 34: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

“Unlike data, knowledge is created invisibly in the human brain, and only the right organizational climate can persuade people to create, reveal, share and use knowledge”.

Davenport et al. (1998)

“ Knowledge can be defined as an abstract entity consciously or unconsciously created by an individual through an interpretation of information sets that have been acquired through experience and the consideration of that experience, thus providing its owner with a mental and/or physical skill within a given “art””.

Definição com base na ciência da cognição.(ALBINO; GARAVELLI; SCHIUMA, 2001, P. 414))

"knowledge as the human expertise stored in a person’s mind, gained through experience, and interaction with the person’s environment."

Sunasee and Sewery, 2002. - wikipedia

Conhecimento pode ser definido como a “capacidade de agir”. Conhecimento é um processo: é dinâmico, pessoal e absolutamente distinto da informação, que é uma mídia para a comunicação explícita. Quando tratamos das características do conhecimento, devemos ter em mente o termo Competência Individual (ou humana) pode ser entendido como o seu sinônimo mais adequado. Como se concluiu que é o conhecimento é uma faculdade humana, a meta e a obrigação das empresas com a GC, então, é nutrir, alavancar e motivar as pessoas a compartilharem a sua capacidade de agir: a GC se transforma em uma tarefa da organização inteira. Isso é o que eu chamo de Estratégia Baseada no Conhecimento.

Karl-Erik Sveiby, 2001 apud BATISTA et al., 2005

STEIL, A. 2007

Conhecimento na literatura...

Page 35: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

Em literatura recente da área de aprendizagem organizacional, identificaram-se autores que admitem que o CONHECIMENTO PODE

ESTAR IMERSO EM REPOSITÓRIOS NÃO HUMANOS:

Quando a aprendizagem individual e de grupo se tornam institucionalizadas, a aprendizagem organizacional ocorre e o conhecimento se insere em repositórios não humanos, como rotinas, sistemas, estruturas, cultura e estratégia (DUSYA;

CROSSAN, 2005).

Conhecimento (e AO) no EGC...

STEIL, A. 2007

Page 36: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

Nossa Abordagem no EGC

Assim, para o EGC o conhecimento é focado enquanto elemento componente de processos de geração de valor, tanto com lócus na mente humana quanto incorporado a um artefato capaz de atuar nesses processos.

Page 37: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

Engenharia + Gestão do Conhecimento

(Schreiber. et al, 2002)

EC é uma atividade construtiva e colaborativa em que a MODELAGEM é o aspecto central

Conhecimento que nos interessa não é o que sabemos e sim o que fazemos (intrínseco em processos).

Há conhecimento que é um ativo chave para as organizações, mas de natureza tácita e privada, que pode ser explicitado (quando implícito)

Page 38: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

Headlines EC para GC

(Schreiber. et al, 2002)

EC é uma Metodologia que tem como produto principal sistemas de conhecimento

GC é, assim, uma área que se beneficia tanto dos Sistemas do Conhecimento como da própria Metodologia da EC:

A EC identifica áreas de possível aplicação para a GC

A EC destaca áreas gargalos de conhecimento

Page 39: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

Headlines EC para GC

(Schreiber. et al, 2002)

O processo de Modelagem da EC tem ênfase conceitual em atividades intensivas em conhecimento e isso facilita o processo de elucidar as tarefas de interesse estratégico à GC.

EC produziu muitas estruturas recorrentes de trabalho centrado no conhecimento.

Com isso, há uma variedade de BIBLIOTECAS DE MODELOS DE TAREFAS, COMPONENTES DE SOFTWARE.

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3. Metodologia de Projetos de SGC Organizacionais

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• Dimensões estruturantes• A GC organizacional deve

contemplar três dimensões:• Processos: organizam tarefas e

atividades da organização;• Pessoas: congregam as

competências (incluindo o conhecimento - principal fator de geração de valor organizacional); e

• Tecnologia: deve servir aos processos e às pessoas

Pessoas

Tecnolog

ia

Pro

cess

os

3.1. EGC/UFSC: Nossa Abordagem à GC

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• Estratégia Organizacional• Sistemas, métodos e

diretrizes da GC devem apoiar, de forma sistêmica, a estratégia da organização.

Pessoas

Tecnolog

ia

Pro

cess

os

Estratég

ia

3.1. EGC/UFSC: Nossa Abordagem à GC

Page 43: Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC

http://webensino.egc.ufsc.br • 10/04/23 • P

essoas

Tecnolog

ia

Pro

cess

os

Conhecimento

Aprendizagem

Inovaçã

o

Comunic

ação

Estratég

ia

• Diretrizes Organizacionais• A GC deve apoiar diretrizes

organizacionais, tais como• Inovação: políticas e procedimentos

de criação e melhoramento de processos, produtos e serviços;

• Aprendizagem: diretrizes de capacitação e criação de conhecimento; e

• Comunicação: procedimentos e tecnologias de comunicação organizacional.

• Fatores de impacto à GC• Conhecimentos implícitos e

explícitos da organização;• Cultura organizacional;• Infra-estrutura e política de

planejamento e gestão da tecnologia

3.1. EGC/UFSC: Nossa Abordagem à GC

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• O que são SGC?• Sistemas de Gestão do

Conhecimento são sistemas técnico-sociais projetados para apoiar o fluxo de explicitação, disseminação e gestão do conhecimento organizacional.

3.2. EGC/UFSC: Nossa Visão sobre SGC

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Para que devem ser desenvolvidos?Para garantir à organização meios de promover a criação, explicitação, codificação, comunicação, disseminação, retenção e transferência de conhecimento estratégico, interno e externo.

3.2. EGC/UFSC: Nossa Visão sobre SGC

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• Como devem ser desenvolvidos?• Estratégicos. Em sintonia com o plano estratégico

organizacional

• Contexto-orientados. Orientados às estratégias prioritárias da organização (e.g., inovação, qualidade, etc.)

• Integrados à cultura. Respeitando e melhorando a cultura organizacional (e.g., aprendizagem, liderança, etc.)

• Sistêmicos. Devem contemplar as três dimensões da GC: processos, pessoas e tecnologia

• Antropocêntricos. Devem determinar a tecnologia e as soluções de sistemas de conhecimento necessárias (e não o contrário, quando a tecnologia que define o SGC)

3.2. EGC/UFSC: Nossa Visão sobre SGC

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3.3. Metodologia de Desenvolvimento de SGCs

Schreiber, G. et al. Knowledge Engineering and Management: the CommonKADS Methodology. MIT Press, Cambridge, Massachusetts, 2002.

Modelo deProjeto

Modelo deProjeto

Modelo deConhecimento

Modelo deConhecimento

Modelo deComunicaçãoModelo de

Comunicação

Modelo deTarefa

Modelo deTarefa

Modelo deAgente

Modelo deAgente

Modelo deOrganizaçãoModelo de

Organização

Con

texto

Con

ceito

Arte

fato

Contexto + Conceito

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3.3. Metodologia de Desenvolvimento de SGC

Modelo de Organização

Modelo de Tarefa

Modelo de Agente

Modelode

Comunicação

Modelo

de

Conhecimento

Modelode

Projeto

Especificaçõesexigidas para as funções de interação entre os agentes deconhecimento

Tarefasintensivas

emconheciment

o

Modela o conhecimento e a inferência (raciocínio)

presente nas tarefas

A partir da missão e da estratégia da organização,

procura identificar oportunidades de SBC, os processos associados e os

agentes responsáveis

Contexto Conceito Artefato

Schreiber, G. et al., 2002.

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• Principais Diretrizes do EGC• Para tal, o projeto de um SGC deve ser iniciado com:

1. Identificação de problemas e oportunidades (ver detalhes);2. Decisão sobre as soluções e sobre a sua viabilidade (

ver detalhes);3. Identificação de oportunidades de melhoria das tarefas

(sobretudo, tarefas intensivas em conhecimento) (ver detalhes);4. Planejamento para as necessidades de mudanças

organizacionais (ver detalhes).5. Modelagem do conhecimento6. Projeto do SGC (nas dimensões pessoas-processos-

tecnologia)

3.4. Diretrizes EGC para projetos organizacionais

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4. Cases

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4.1 Exemplo de projeto

• Portal Inovação (MCT). • Mapas de

conhecimento e Redes Sociais e Comunidades de Prática do Sistema de Inovação do Brasil.

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4.2 Exemplo de projeto

• ontoKEM • Framework para

construção e documentação de ontologias.

• Combina diferentes metodologias de construção de ontologia (101, On-to-knowledge e Methontology).

• Gera OWL e é compatível com Protégé

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4.3 Exemplo de pesquisa de doutorado

• Projeção das informações colocadas em textos científicos e relatórios em imagens médicas, com base no processamento textual e no uso da ontologia FMA (Foundation Model of Anatomy)

Sasieta, 2008

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Muito Obrigado!

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Anexo 1Detalhamento da Metodologia CommonKADS

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Contexto organizacional:

Modelo de Organização:

Dá suporte a análise das principais características organizacionais da empresa, a fim de identificar as problemas e as oportunidades para a implementação de um SGC, estabelecer sua viabilidade e acessar o impacto na organização, das ações de conhecimento pretendidas.

Metodologia CommonKADS: Modelo da Organização

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Contexto organizacional:

Modelo de Tarefa: Tarefa é o que deve ser realizado; Tarefas são sub-partes relevantes de um

processo (é um micro-processo); O modelo de tarefa analisa o layout da tarefa

global, suas entradas, saídas, pré-condições e critérios de performance, bem como recursos e competências necessárias para a sua execução.

Metodologia CommonKADS: Modelo de Tarefa

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Contexto organizacional:

Modelo de Agentes Agentes são os executores de uma tarefa; Um agente pode ser humano, um sistema de

informação ou qualquer outra entidade capaz de realizar uma tarefa;

O modelo de agente descreve as características dos agentes, em particular suas competências, autoridades e restrições para agir;

Além disso, relaciona os links de comunicação entre agentes necessários para executar uma tarefa.

Metodologia CommonKADS: Modelo de Agentes

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Conceito

Modelo de Conhecimento

O propósito do modelo de conhecimento é explicar em detalhes os tipos e estruturas de conhecimento utilizados para realizar uma tarefa;

Permite uma descrição independente da implementação do perfil dos diferentes componentes de conhecimento na resolução de problemas, de forma que seja compreensível por seres humanos;

Isso torna o modelo de conhecimento importante veículo para comunicação com especialistas e usuários sobre os aspectos da resolução do problema de um SGC, durante o seu desenvolvimento e a sua implementação.

Metodologia CommonKADS: Modelo de Conhecimento

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Conceito

Modelo de Comunicação Considerando que muitos agentes podem

estar envolvidos em uma única tarefa, é importante modelar a transação de comunicações entre os agentes envolvidos;

Isso é feito pelo modelo de comunicação, de forma independente da implementação ou do conceito, como ocorre no modelo de conhecimento.

Metodologia CommonKADS: Modelo de Comunicação

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Juntos, os modelos de organização, da tarefa e do agente analisam o ambiente organizacional e os fatores críticos de sucesso (FCS) de um SGC a ser implementado na organização;

Os modelos de conhecimento e de comunicação produzem uma descrição conceitual das funções de resolução de problema, os dados que são tratados e gerados por um SGC;

Metodologia CommonKADS: Contexto + Conceito

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Artefato

Modelo de Projeto Os modelos anteriores podem ser vistos como

constituintes dos requisitos de especificação de um SGC, dividido em diferentes aspectos;

Com base nesses requisitos, o modelo de projeto fornece a especificação técnica e funcional do SGC em termos de arquitetura, plataforma de implementação, módulos de software, representações e mecanismos computacionais, necessários para implementar as funções descritas nos modelos de comunicação e conhecimento;

Metodologia CommonKADS: Modelo de Projeto

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Artefato

Modelo de Projeto O modelo de projeto converte esses dois modelos em

uma especificação técnica e funcional que é a base para a implementação de um software;

Não é necessário que todos os modelos sejam construídos. Isso dependerá dos objetivos do projeto e das experiências adquiridas quando se executa o projeto;

Assim, uma escolha adequada deverá ser feita pelo gerente de projeto;

Metodologia CommonKADS: Modelo de Projeto

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Artefato

Modelo de Projeto

Um projeto completo de um SGC concebido em CommonKADS produz três tipos de produtos:

1) Documentos do modelo CommonKADS;

2) Informações sobre a gestão do projeto;

3) Software do SGC.

Schreiber, G. et al. Knowledge Engineering and Management: the CommonKADS Methodology. MIT Press, Cambridge, Massachusetts, 2002.

Metodologia CommonKADS: Modelo de Projeto

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Anexo 2Possibilidades de Ações na Organização

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1) Identificação de problemas e oportunidades:

Identificar na Organização áreas que possam ser consideradas promissoras para a implementação de um SGC.

São promissoras porque podem agregar mais valor à organização.

Possibilidades de Ações na Organização: Identificação de Oportunidades

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2) Decisão sobre as soluções e sobre sua viabilidade:

Determinar se o projeto a ser elaborado para a implementação de um SGC tem valor em termos de custos esperados, viabilidade econômico-financeira, tecnológica e atendimento às necessidades e recursos da organização.

Possibilidades de Ações na Organização: Análise de Viabilidade

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3) Melhoria das tarefas e, sobretudo, daquelas tarefas que são intensivas em conhecimento:

Analisar a natureza das tarefas envolvidas nos processos de negócio da Organização, de um lado, identificando qual conhecimento é utilizado pelos agentes responsáveis para realizá-las com êxito e, outro lado, quais melhorias podem ser alcançadas.

SGC, assim como qualquer sistema de gestão da informação, devem ser vistos como componentes de apoio aos processos de negócio da organização – nem mais e nem menos;

Normalmente, os SGC se inserem bem em abordagens que visem à melhoria de processos organizacionais;

Possibilidades de Ações na Organização: Melhoria de Tarefas

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4) Planejamento para necessidades de mudanças organizacionais:

Pesquisar que impactos o SGC, a ser desenvolvido, terá nos vários aspectos organizacionais da organização e preparar um plano de ação que esteja associado às mudanças organizacionais necessárias.

Schreiber, G. et al. Knowledge Engineering and Management: the CommonKADS Methodology. MIT Press, Cambridge, Massachusetts, 2002.

Possibilidades de Ações na Organização: Plano de necessidades