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ERGONOMIA Sergio de Carvalho, MSc Brasil 2015 Todos os direitos reservados de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste texto pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios forem – eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do au-tor. Ementa: conceituação, princípios e aplicação no processo e no ambiente de trabalho. 1. Metodologia da análise ergonômica do trabalho: a ergonomia na reconstrução européia – a análise ergonômica do trabalho. No período do pós-guerra surgiu uma outra vertente da ergonomia, ensejada pelas necessidades da reconstrução do parque industrial europeu dizimado. No bojo de um amplo pacto social, o projeto de reconstrução abria uma janela para o estudo de condições de trabalho, tendo como emblema a fábrica de automóveis Renault que, dadas suas características peculiares tornar-se-ia um modelo da nova política industrial francesa. Esta 2ª vertente partiu da seguinte questão: como conceber adequadamente os novos postos de trabalho a partir do estudo da situação existen-te? Desta preocupação nasce em 1949 com a análise da atividade em situação real, resgatada em 1955 por como análise do trabalho. Estes au tores preconizavam que o projeto de um posto de trabalho deveria ser precedido por um estudo etnográfico da atividade e mostravam o dis- tanciamento entre as suposições iniciais e o auferido nas análises. A proposta veio a ser formalizada somente em 1966 como análise ergonô-mica do trabalho (AET). A AET é, sem dúvida, conduzida pela equipe de ergonomia, mas ela requer que nos diversos locais por onde transitar, que seja formado um grupo local de trabalho que participa no levantamento dos dados e na validação dos diversos momentos de análise mais localizada. Estes gru-pos locais irão estabelecer e pontuar os momentos importantes da análise ergonômica do trabalho, condição necessária, mas não suficiente para o sucesso da ação ergonômica. Estudo da população de trabalho: um aspecto fundamental do levantamento que merece um destaque à parte é o estudo da população de trabalho. Afinal, a produção se faz com pessoas e necessita-se saber muito sobre essas pessoas. Saber: qual sua repartição por sexo e por fai-xa etária? Quantos são no total e distribuídos entre os turnos e divisões da firma? Onde moram e como vêm para o serviço? Qual o grau de instrução e de escolaridade? Qual a forma de formação profissional e de qualificação para os diversos postos? Qual o tempo de permanência na firma e na profissão? Existem muitas faltas e licenças médicas? Quais as doenças e problemas de saúde que existem junto a essa popula-ção? Existe muita rotatividade deste pessoal? Qual o regime salarial? Existem prêmios e outros benefícios? Há sindicato específico da catego-ria? É forte? Quantos sindicalizados? Esses dados estão geralmente dispersos em vários setores da firma ou na cabeça de algumas pessoas. É um

Ergonomia

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ERGONOMIA Sergio de Carvalho, MSc

Brasil

2015

Todos os direitos reservados de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste texto pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios forem – eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do au-tor.

Ementa: conceituação, princípios e aplicação no processo e no ambiente de trabalho.

1. Metodologia da análise ergonômica do trabalho: a ergonomia na reconstrução européia – a análise ergonômica do trabalho. No período do pós-guerra surgiu uma outra vertente da ergonomia, ensejada pelas necessidades da reconstrução do parque industrial europeu dizimado. No bojo de um amplo pacto social, o projeto de reconstrução abria uma janela para o estudo de condições de trabalho, tendo como emblema a fábrica de automóveis Renault que, dadas suas características peculiares tornar-se-ia um modelo da nova política industrial francesa. Esta 2ª vertente partiu da seguinte questão: como conceber adequadamente os novos postos de trabalho a partir do estudo da situação existen-te? Desta preocupação nasce em 1949 com a análise da atividade em situação real, resgatada em 1955 por como análise do trabalho. Estes a u tores preconizavam que o projeto de um posto de trabalho deveria ser precedido por um estudo etnográfico da atividade e mostravam o dis-tanciamento entre as suposições iniciais e o auferido nas análises. A proposta veio a ser formalizada somente em 1966 como análise ergonô-mica do trabalho (AET).A AET é, sem dúvida, conduzida pela equipe de ergonomia, mas ela requer que nos diversos locais por onde transitar, que seja formado um grupo local de trabalho que participa no levantamento dos dados e na validação dos diversos momentos de análise mais localizada. Estes gru-pos locais irão estabelecer e pontuar os momentos importantes da análise ergonômica do trabalho, condição necessária, mas não suficiente para o sucesso da ação ergonômica. Estudo da população de trabalho: um aspecto fundamental do levantamento que merece um destaque à parte é o estudo da população de trabalho. Afinal, a produção se faz com pessoas e necessita-se saber muito sobre essas pessoas. Saber: qual sua repartição por sexo e por fai-xa etária? Quantos são no total e distribuídos entre os turnos e divisões da firma? Onde moram e como vêm para o serviço? Qual o grau de instrução e de escolaridade? Qual a forma de formação profissional e de qualificação para os diversos postos? Qual o tempo de permanência na firma e na profissão? Existem muitas faltas e licenças médicas? Quais as doenças e problemas de saúde que existem junto a essa popula-ção? Existe muita rotatividade deste pessoal? Qual o regime salarial? Existem prêmios e outros benefícios? Há sindicato específico da catego-ria? É forte? Quantos sindicalizados? Esses dados estão geralmente dispersos em vários setores da firma ou na cabeça de algumas pessoas. É um importante trabalho organizá-los de forma coerente de forma a que se possa visualizar com quem se trabalha efetivamente. Esta mini-de-mografia ocupacional poucas vezes existe de forma estruturada na empresa e quando isso ocorre se encontra em setores muito particulares. No entanto, bem organizada a análise da população de trabalhadores causa um grande impacto e, desta forma, deve ser utilizado meticulosa-mente como passo metodológico de compreensão e de “venda do peixe” da intervenção ergonômica. Porém, como todo estudo com finalida-des gerenciais, deve-se tomar muito cuidado em sua elaboração, pois dependendo dos resultados a que se chegar, podem surgir revelações embaraçantes que levem a uma longa discussão e a uma destruição do que fora construído até então. A prevenção para este problema esta

numa postura básica de ergonomista. Jamais se esquecer das passagens da instrução da demanda e sempre fazer os documentos e análises circularem primeiramente pelo grupo de ação ergonômica.Análise do fluxo de produção: trata-se de um estudo clássico de engenharia de métodos que, aqui deve ser sintetizado ao extremo, quer di-zer, que se evidenciem os principais fluxos de materiais, informações e pessoas no espaço de produção. Os fluxogramas, esquemas de deslo-camento plotados sobre a planta baixa da instalação ou da seção fornecem um excelente descritivos. Neste tipo de representação gráfica se utiliza a convenção ASME.

Atividade da mão e tarefa manual: adapta- ções de empunhadura em função da anato-mia da mão

A ergonomia e os determinantes do trabalho real: a AET é um método, ou seja um conjunto de orientações metodológicas coerentes e conver-gentes para obter um resultado – a modelagem operante da situação de trabalho – com o que pode ser constituído o caderno de encargos. Se constitui em um conjunto estruturado de análises globais, sistemáticas e inter-complementares. Essas análises visam à modelagem operante da situação de trabalho, o que corresponde à modelagem da atividade inserida em seu contexto. Como objetivo a AET busca estabelecer os

determinantes da atividade das pessoas numa organização. O objetivo final da AET é elencar, a partir destes intervenientes aqueles cuja repe r cussão sobre a atividade ficou muito bem esclarecida, bastante bem evidenciada e sem ambiguidades. A este tipo de intervenientes bem ca-racterizados chamamos de determinantes. Uma maneira de chegarmos aos determinantes, é efetuar esse conjunto estruturado de análises que é a AET: análise da população de trabalhadores, análise dos processos produtivos, análise da organização do trabalho, análise das faltas e absenteísmo, análise da atividade em postos chave, análise das falhas e erros e assim por diante. A AET em fases: a análise AET se caracteriza, então por 5 fases típicas: escolha de situações características; análise focais nas situações caracte-rísticas; pré-diagnóstico; planejamento de observações e analise sistemática. Do ponto de vista de encaminhamento podemos ainda operar u ma subdivisão entre os 2 primeiros momentos, que chamamos de analise focal – que busca ajustar o foco da AET – e os 2 momentos finais que chamamos de análise focada – onde a análise é inteiramente voltada para o foco estabelecido. Entre ambos se situa uma etapa essencial de toda a AET que é o pré-diagnóstico. Em suma, a análise ergonômica do trabalho irá em seu 1º momento complementar a instrução da de-manda na fase de análise focal para permitir o estabelecimento do pré-diagnóstico, com o que poderão ser organizados os estudos sistemáti-cos que viabilizarão a produção de um diagnóstico ergonômico e sua consubstanciação em um caderno de encargos ergonômicos.

2. Principais correntes de ergonomia: para uma ordenação desse campo empregamos uma classificação destes conteúdos, sugerida pela IEA: ergonomia física, cognitiva e organizacional. Para simplificar essa divisão subdividiremos a ergonomia física em ergonomia do posto e ergono-mia ambiental, formando assim nossa divisão de conteúdos. Esta classificação tem apenas finalidades didáticas para compreensão de concei-tos. Uma realidade de trabalho é um sistema complexo onde cada um dos aspectos intervêm a seu modo porém de forma interdependente ou sistêmica.a. Ergonomia física: o foco da ergonomia sobre os aspectos físicos de uma situação de trabalho. E eles são inegavelmente reais: trabalhar eng a ja o corpo do trabalhador exigindo-os de várias formas ao longo da jornada de trabalho. A ergonomia física busca adequar estas exigências a-os limites e capacidades do corpo, através do projeto de interfaces adequadas para o relacionamento físico ser humano-máquina. Para tanto são necessários diversos conhecimentos sobre o corpo e o ambiente físico onde a atividade se desenvolve.b. Ergonomia cognitiva: a abordagem de processos mentais, tais como: percepção, memória, raciocínio e resposta motora, que podem afetar as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema.c. Ergonomia organizacional: o campo da ergonomia organizacional se constrói a partir de uma constatação óbvia, que toda a atividade de tra-balho ocorre no âmbito de organizações. Esse campo que tem tido uma formidável desenvolvimento é conhecido internacionalmente como O DAM, para alguns significando um sinônimo de macroergonomia.Riscos ergonômicos (grupo 4) são aqueles de natureza biopsicosocial do meio ambiente profissional que, com base na fisiologia, psicologia e na organização do trabalho, podem produzir desequilíbrio no processo de adaptação do ser humano ao trabalho, e tais agentes estão ligados a fatores que afetam a saúde dos trabalhadores como – trabalho físico pesado, posturas incorretas e posições incomodas, imposição de ritmos excessivos, atividade repetitiva e monotonia, trabalho em turnos e noturno, jornada prolongada, conflitos, ansiedade e responsabilidade, ou-

tras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico, que como consequência teremos – cansaço, dores musculares, fraqueza, hiper-tensão arterial, úlcera duodenal, doença do sistema nervoso, altera-ções do ritmo normal de sono, problemas na coluna, taquicardia, an-gina, infarto, diabetes, gastrite, ansiedade e medo.

3. Ergonomia no Brasil e no mundo: desde a pré-história havia uma busca incessante por instrumentos que pudessem melhorar o de-sempenho humano, como os machados de pedra, os estiletes; adap-tação do trabalho ao ser humano (o trabalho tem todo um pano de fundo de sofrimento): em latim: trabalho = tripalium; trabalhar= tri-paliare (torturar com o tripalium); na Bíblia: “ganharás o pão com o suor de teu rosto”. Na Grécia antiga: duplo sentido: ponos = penalida de; ergon = criação. No sentido etimológico do termo: ergonomia sig nifica estudo das leis do trabalho. Em 1857, Woitiejch Jastrzebowshi, no artigo denominado esboço da ergonomia ou ciência do trabalho, aplica pela 1ª vez o nome e o conceito de ergonomia, como a ciência da utilização das forças e das capacidades humanas. Entretanto, a er-gonomia somente foi considerada como ciência, em Oxford, na Ingla-terra, em 1949. Criou-se a 1ª sociedade nacional de ergonomia, a “er gonomic research society”. A disciplina desenvolveu-se durante a II guerra mundial quando houve uma conjugação sistemática de esfor-

ERGONÔMICO

ços entre a tecnologia e as ciências humanas, foi o trabalho conjunto de vários profissionais para resolver os problemas causados pela opera-ção de equipamentos militares complexos, porém devido aos resultados gratificantes esse conhecimento foi aproveitado pela indústria no pós-guerra. Posteriormente, a ergonomia desenvolveu-se em numerosos países industrializados, como a Alemanha, Japão e países escandin a vos. O termo ergonomia foi adotado nos principais países europeus, onde foi fundada a associação internacional de ergonomia, em 1961; nos EUA foi criada a human factors society, em 19 57, e o termo usual neste país é o human factors (fatores humanos), embora seja aceito o ter-mo ergonomia como sinônimo. No Brasil, a ergonomia surgiu aproximadamente em 1960, quando Kehl faz uma abordagem sobre o tema no curso de engenharia de produção da USP. Em 31/8/1983 foi fundada a ABERGO. A portaria SIT nº 13, de 21/6/2007, a qual define a NR-17, que direciona especialmente a ergonomia, deriva do grego “ergon” (trabalho) e “monos” (leis). Em 1959 foi fundada a IEA. A associação ado-

tou a definição oficial: “visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”. Esta abordagem avaliativa se torna possível com a AET, de origem francesa e introduzida no Brasil desde 1990. A ergonomia pode contribuir para solucionar um grande nº de pro-blemas sociais relacionados com a saúde, segurança, conforto e eficiência. Quando consideradas adequadamente as capacidades e limitações humanas durante o projeto do trabalho e de seu ambiente, pode-se assim evitar inúmeros acidentes ocupacionais, diminui a ocorrência de a u sências e incapacitação ao trabalho. Pode ser também um caminho para a prevenção de erros, melhorando o desempenho dos funcionários.

4. Legislação brasileira relativa à ergonomia: dinamometria (lombar, escapular e lombar) ao realizar esta técnica, o profissional de enferma-gem visa medir a força estática ou isométrica e a resistência a ser desenvolvida pelos músculos funcional. Esta indicada, nos exames ocupacio-nais, para aqueles cujos cargos exijam essa capacidade e, consequentemente, sua avaliação. A prova é feita com o auxilio de 2 pesos de 5kg p a ra os homens e 2 de 3kg para as mulheres.Doenças ocupacionais relacionadas: trabalhadores do carvão (J60); “síndrome de Caplan” (M05.3); gota induzida para chumbo (M10. 1); ou-tras artroses (M19); outros transtornos articulares não classificados em outra parte: dor articular (M25.5); “síndrome cervicobraquial” (M53. 1); dorsalgia (M54); cervicalgia (M5 4.2); ciática (M54.3); lumbago com ciática (M54.4); sinovites e tenossinovites (M65); dedo em gatilho (M 6 5.3); tenossinovites do estilóide radial (De Quervain) (M65.4); sinovites e tenossinovite, não especificadas (M65.9); transtornos dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso excessivo e a pressão, de origem ocupacional (M70); sinovite crepitante crônica da mão e do punho (M- 7 0.0); bursite da mão (M70.1); bursite do olécrano (M70.2); outras bursites do cotovelo (M70.3); outras bursites pré-rotulianas (M70.4); outras bursites do joelho (M70. 5); outros transtornos relacionados com o uso, o uso excessivo e a pressão (M70.8); transtornos não especificados dos tecidos moles relacionados com o uso, o uso excessivo e a pressão (M70.9); fibromatose da fáscia palmar “contratura ou moléstia de Du-puytren” (M72.0); lesões do ombro (M.75); capsulite adesiva de ombro (ombro congelado periatrite do ombro) (M75.0); síndrome do mangu i

to rotatório ou síndrome do super-espinhoso (M75.1); tendinite biciptal (M75. 2); tendinite calcificante, prova de resistência de pesos; epicon-dilite lateral (“cotovelo de tenista”), mialgia (M79.1); outros transtornos específicos dos tecidos moles (M79.8); osteomalácia do adulto indu-zida por drogas (M 83.5); fluorose do esqueleto (M85.1); osteonecrose (M 87); osteonecrose devida a droga (M87); outras osteonecroses se-cundárias (M87.3); osteólise (M89.5); osteonecrose no “mal dos caixões”(M90.3); doença de Kienböck do adulto (osteocondrose do adulto do semilunar do carpo) (M93. 1); e outras osteocondropatias especificadas (M93.8). Esta indicada, nos exames ocupacionais, para aqueles cujos cargos exijam essa capacidade e, consequentemente, sua avaliação.O enfermeiro do trabalho poderá realizar o teste de dinamometria manual / digital? sim, o enfermeiro do trabalho poderá mensurar através do teste de dinamometria, emitindo resultado e assinando o procedimento realizado, pois em caso de alteração o médico do trabalho realiza-rá o devido encaminhamento ao médico ortopedista para avaliação e conduta. Saliento a importância da qualidade do procedimento realiza-do, visando um resultado confiável (calibração e manutenção do aparelho, procedimento correto, cabendo ao profissional à realização de cur-sos de treinamento e atualização).

5. Manual de aplicação da NR-17: Procedimentos de restrição de atividades no trabalho (PRAT) – SMS⁄SA Objetivo: garantir a adequação das atividades do empregado que venha apresentar algum tipo de limitação física ou psicológica, temporária, decorrente de algum acidente ou doença, do trabalho ou não, assegurando-lhe ambiente e atividade de trabalho que não afete a sua recuper a ção.Abrangência: as condições para gestão de SMS no sistema ANP descritas neste padrão devem: ser implementadas integralmente na ANP, suas áreas de negócio, área de serviços, área corporativa, área financeira e empresas subsidiárias. Ser implementadas nas empresas controladas e demais participações acionárias onde a ANP for operadora.Aplicação: aplica-se a todos os empregados da ANP cujo estado de saúde, no momento da consulta ou exame médico, determine limitações de caráter temporário para o trabalho, contudo sem exigir afastamento, mudança de função (readaptação funcional) ou aposentadoria por in-validez. Aplica-se, também, a todos os empregados da ANP que estejam retornando ao trabalho após afastamento por motivo de saúde em de corrência de acidente ou doença, do trabalho ou não e que apresentem algum tipo de limitação física ou psicológica. O procedimento acima não afasta a observância das normas relacionadas aos eventos que ensejarem afastamento, auxílio previdenciário ou acidentário, observan do-se inclusive as hipóteses legais de emissão de CAT. O empregado que estiver incluído no PRAT, não deverá ser considerado para o grupo mínimo nem para sua participação na brigada de emergência.Competências: compete ao médico – proceder a avaliação médica da condição física e mental do empregado, solicitando parecer de especiali s ta e/ou exames complementares quando necessário; analisar e decidir, do ponto de vista médico, se o empregado deve ser afastado ou se po-de retornar a sua função com restrição de sua atividade laborativa; definir o tipo e grau de limitação, frente a atividade laborativa do empreg a do; avaliar se a limitação é compatível com a atividade; informar o empregado quanto às suas limitações; estabelecer prazo estimado de restr i

ção e agendamento de avaliações de acompanhamento; abrir formulário de restrição; agendar reunião conjunta com empregado, gerente / chefe / supervisor do setor ou unidade, engenheiro de segurança ou TST, representante da CIPA e assistente social, onde houver, com objeti-vo de identificar atividade compatível com as limitações identificadas; proceder a reavaliação médica do empregado ao fim do prazo estima-do da restrição; agendar nova reunião conjunta com o empregado, gerente / chefe / supervisor do setor ou unidade, engenheiro de seguran-ça ou TST, representante da CIPA e assistente social onde houver, quando após reavaliação, houver necessidade de mudança de restrição de trabalho; registrar no formulário as etapas e conclusões do processo de negociação, com obtenção das assinaturas dos envolvidos; manter 1 via do formulário no prontuário médico e enviar cópia para gerente / chefe / supervisor do setor / unidade e RH; convocar o empregado para reavaliação médica ao final do prazo da restrição. Compete ao gerente / chefe / supervisor – participar do processo de restrição de atividade do empregado no trabalho, garantindo a atividade adequada à restrição do empregado, de acordo com as limitações apontadas pelo médico, e às necessidades do setor / unidade; acompanhar o empregado durante o período de restrição, assegurando o cumprimento das recomend a ções; encaminhar para reavaliação médica todo empregado que tiver seu período de restrição expirado ou a qualquer momento em que, a seu critério ou por solicitação do empregado, houver necessidade; guardar em arquivo cópia do formulário do processo de restrição de ativi-dade; providenciar as adaptações e infraestrutura necessárias ao trabalho com restrição de atividades. Compete ao engenheiro de segurança / TST – participar do processo de restrição de atividade do empregado no trabalho, avaliando sob o ponto de vista de SMS (segurança indus-trial ou higiene ocupacional) as atividades compatíveis recomendadas pelo médico. Compete à assistente social – participar do processo de restrição de atividade do empregado no trabalho, avaliando sob o ponto de vista social as atividades compatíveis recomendadas pelo mé-dico; acompanhamento e suporte ao empregado durante o período de restrição de atividade no trabalho. Compete ao empregado: avaliar se está de acordo com as restrições de atividade no trabalho, após ser informado pelo médico das suas limitações e tarefas compatíveis; partici-par do processo de definição da restrição das suas atividades no trabalho, opinando sobre sua adaptação às mesmas; cumprir as orientações estabelecidas; comparecer às revisões de saúde programadas pelo médico, ou espontaneamente quando julgar necessário; comunicar ao ge-rente / chefe / supervisor qualquer situação relacionada ao seu estado de saúde que o impeça de exercer a atividade proposta. Compete ao representante da CIPA: participar do processo de restrição de atividades no trabalho, opinando sobre a adequação de segurança individual e coletiva para as atividades compatíveis com a limitação do empregado.Avaliação médica: o processo de restrição de atividade no trabalho se inicia na avaliação da condição física e mental do empregado, que deve ser realizada pelo médico. Ele deve identificar se o empregado apresenta alguma limitação para o exercício de suas atividades laborativas, de-finindo tipo e grau de limitação, bem como o prazo de restrição de atividade. Se não for identificada pelo médico nenhuma limitação, o em-pregado deve retornar à sua atividade habitual. Para os casos onde forem identificadas restrições para o exercício da atividade, o médico de-ve verificar se o empregado tem condições de atuar em atividade compatível, analisando os seguintes tópicos: se a atividade compatível pio-ra a lesão ou a doença; se a atividade compatível dificulta ou retarda a recuperação; se a atividade compatível gera desconforto ergonômico; se a atividade compatível gera risco para o coletivo; se a atividade compatível gera constrangimento ou interferência em hábitos de higiene; caso o médico julgue que não há possibilidade do empregado atuar em uma atividade compatível, o empregado deve ser afastado do traba-

lho.Reunião para definição de atividade compatível: para a definição da atividade compatível com o empregado, o médico deve participar de reu-nião conjunta entre ele, o empregado, gerente / chefe / supervisor do setor, engenheiro de segurança ou TST, representante da CIPA e assis-tente social, onde houver, para determinação da atividade compatível apropriada para o empregado, de acordo com as limitações apontadas pelo médico, as necessidades do setor / unidade, as questões sociais, as questões de segurança e as aptidões do empregado. Se o empregado for possibilitado de atuar em atividade compatível, o médico deve definir o tipo e grau das suas limitações e o prazo estimado de restrição das suas atividades (identificando se a restrição é definitiva). Ao implantar o programa de restrição de atividade para os empregados com li-mitação parcial para o trabalho, deve ser assegurado que a atividade proposta não prejudique a recuperação do estado de saúde do trabalha-dor. A partir das resoluções dessa reunião, deve ser aberto o formulário de restrição de atividade de acordo com o modelo do arquivo em an e xo I (PRAT- restrição de atividade).Acompanhamento do empregado: durante o seu período de restrição de atividade, o empregado deve ser acompanhado pelo gerente / chefe / supervisor do setor / unidade de modo que as restrições sejam cumpridas e também pela assistente social que lhe dá o suporte necessário.

Registro Quem registra

Local de arquivamento Como indexar Tempo mínimo de retenção

Formulário de restrição

Médico do trabalho da unidade 1- Sistema informatizado corpora-tivo de saúde2- Prontuário médico

Matrícula 20 anos a contar da data de desligamento do empregado

Campo observação do ASO Médico do trabalho da unidade 1- Sistema informatizado corpora-tivo de saúde2- Prontuário médico

Matrícula 20 anos a contar da data de desligamento do empregado

Acompanhamento do empregado: durante o seu período de restrição de atividade, o empregado deve ser acompanhado pelo gerente / chefe / supervisor do setor / unidade de modo que as restrições sejam cumpridas e também pela assistente social que lhe dá o suporte necessário.Nota: Quando não houver assistente social o acompanhamento deverá ser realizado pela área médica. Ao fim do prazo estimado da restrição, quando o gerente / chefe / supervisor do empregado julgar necessário ou for solicitado pelo próprio empregado, o médico deve convocar o empregado para fazer uma reavaliação médica e, caso perceba que o empregado está apto, pode liberá-lo para o retorno a sua atividade origi-nal. Se o médico detectar que o empregado não está apto, o processo retorna ao item.

Critérios ergonômicos básicos para mobiliários em áreas de escritório.Escopo: esta norma tem por objetivo estabelecer critérios ergonômicos básicos para padronização de mobiliários em áreas de escritório, nas u nidades onshore e offshore das operadoras, em conformidade com a NR -17. Fica estabelecido que todas as demais legislações ou referências brasileiras existentes e destacadas nesta norma podem servir como insumo ao seu processo de adaptação, objetivando sempre a aplicação do conceito mais restritivo.

Termos e definições: Acessório – peça de uso específico que pode ser acrescentada ao mobiliário; sua utilização tem por objetivo a melhoria do conforto e a proporcionar a adaptação do mobiliário às características e necessidades individuais. Aglomerado de madei ra – partículas de madeira aglutinadas com resinas que não emi-tam compostos orgânicos voláteis. Antropometria – ciência que tra ta especificamente das medidas e formas do corpo humano. Autoportante (“free-standing”) – subsistemas (divisórias, superfíci-es de trabalho, suporte e arquivamento de material) de sistemas de estação de trabalho que apresentam estrutura própria; por não haver vínculo estrutural entre os subsistemas, não é necessária fixa ção entre os subsistemas. Bancada de recepção – posto de traba-lho para uma ou mais pessoas destinado ao atendimento público em recepções de entradas de prédios e setores internos. Biomecâ-nica – estuda a mecânica das forças físicas que atuam sobre os cor-pos dos seres vivos, aspectos físicos e biofísicos das articulações, dos ossos e dos tecidos do corpo. Cadeira de diálogo (fixa) – de uso individual, utilizada no ambiente de trabalho, para reuniões, con-sulta, diálogo e espera, pode apresentar as seguintes característi-cas dos seus componentes: estrutura – sem dispositivo que permi-ta o giro da cadeira; assento e encosto – podem ser em concha du-pla ou concha única. Cadeira giratória operacional (para escritório) – toda cadeira que apresenta dispositivo que permita o giro da concha e base com, pelo menos, 5 pontos de apoio, provida ou não de rodízios. Ponto Z do assento – ponto originário da interse-ção do eixo de rotação da cadeira com o plano de carga (superfície inferior do gabarito de carga, nas condições descritas para medição da altura do assento), o plano mediano e o plano transversal con-têm o ponto Z. Beliche – móvel composto por estrutura de susten-tação para um conjunto de 2 camas sobrepostas, complementado por escada de acesso e proteção contra queda para a cama superi-

or e o teto deve existir distância/altura necessária para permitir que o usuário fique em posição sentada com conforto. Índice de reflexão – re lação percentual entre o fluxo luminoso refletido por um material e o fluxo incidente; mesa de sala de treinamento: mesa com dimensões e características compatíveis com a realização de treinamento, sendo normalmente utilizada individualmente. Mesa de trabalho autoportante – mesa que se caracteriza por ter função principal em um posto de trabalho, com dimensões e características compatíveis com a produção e e xecução de tarefas manuais ou informatizadas, sendo normalmente utilizada individualmente. “Medium density fiberboard” (MDF) – chapa de fibra de média densidade aglutinadas com resinas que não emitam compostos orgânicos voláteis.

Segurança em movimentação de carga Escopo: esta norma estabelece diretrizes mínimas de segurança em movimentação de carga, a fim de preservar a integridade física dos e-xecutantes, das instalações, dos equipamentos e das cargas movimen-tadas, observando os padrões de SMS das unidades da ANP; esta nor-ma não se aplica a movimentação manual e transporte de carga; esta norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edi-ção; a aplicação desta norma para as unidades do sistema ANP sedia-das no exterior deve ter como princípio o respeito à legislação local, assim como aos demais requisitos aplicáveis; fica estabelecido que to-das as demais legislações ou referências brasileiras existentes e desta-cadas nesta norma podem servir como insumo ao seu processo de a-daptação; esta norma contém somente requisitos técnicos.

Termos e definições: para os efeitos deste documento aplica-se o seguinte termo e definição. Movimentação de carga operação que envolva carga, descarga e deslocamento de materiais e equipamentos dentro das unidades da ANP e em áreas sob sua responsabilidade. Condições gerais: todos os equipamentos e acessórios de movimentação de carga devem: ter certificados conforme os critérios estabelecidos nas ANP N-1930, N-1965 e N-2170; sofrer manutenções e inspeções periódicas, atendendo no mínimo às recomendações do fabricante; ser u-sados dentro de seus limites operacionais (limite de carga, inclinação máxima, altura máxima); apresentar sua capacidade de carga máxima de trabalho em local visível de forma legível e indelével e, sempre que possível, em pelo menos 2 dos seus lados; no planejamento das ativi-dades de movimentação de carga devem ser considerados os requisitos da ANP N-2162; deve ser elaborada análise de riscos, no mínimo, nas seguintes condições: no uso de equipamentos de movimentação de carga que emitem gases tóxicos em locais fechados ou pouco ventilados; na movimentação de carga em áreas classificadas; na movimentação de carga próxima aos equipamentos de processo que operem com infla-máveis ou gases tóxicos (ex. H2S e CO2); na movimentação de cargas de grandes dimensões e formato irregular; na movimentação de cargas próximo a redes elétricas; na movimentação de cargas em condições especiais de piso; na movimentação de cargas em que ocorra simultanei-dade de serviços (tais como: montagem, desmontagem e manutenção) contemplando os riscos combinados; para todo içamento crítico deve ser elaborado um plano de movimentação de carga; antes de qualquer movimentação de carga deve-se conhecer: o peso da carga; o centro de gravidade da carga; as dimensões da carga; todo equipamento automotor de movimentação de carga deve possuir sinal de advertência so-nora e visual; a cabine do equipamento deve permanecer isenta de objetos que possam se deslocar, interferir ou obstruir os comandos e aces sos do equipamento durante a operação; todo equipamento deve possuir uma lista de verificação, contemplando itens de segurança e de op e racionalidade, que deve ser preenchida diariamente pelo operador junto ao equipamento antes de iniciar a movimentação de carga; condi-ções ambientais inadequadas, especialmente de iluminação e visibilidade, são restritivas às operações de movimentação de cargas e devem ser consideradas na análise de risco e na análise de segurança da tarefa; a área de movimentação de carga deve ser sinalizada e isolada, sen- do proibido o trânsito de pessoas e veículos que não estejam envolvidos diretamente na movimentação. A rota de fuga deve ser mantida de-sobstruída durante a operação de movimentação de carga; é proibida a passagem ou permanência abaixo da carga suspensa, mesmo das pes-soas envolvidas na movimentação de carga; durante a movimentação de carga o operador não deve passar a carga suspensa por sobre pesso-as; a movimentação de pessoas deve atender aos requisitos da NR-12, NR-18 e NR-34; é obrigatório o uso de cabo guia quando houver nece s sidade de estabilização, possibilidade de colisão ou giro da carga durante a movimentação; a carga deve ser distribuída uniformemente entre os ramais da lingada, estabilizada e amarrada; não executar nenhuma movimentação de carga quando houver dúvida quanto à amarração, o-lhais ou acessórios utilizados; é proibido o uso de corda de fibra (natural ou sintética) para amarração e movimentação de carga; sempre que o operador necessitar se afastar da posição de comando do equipamento a carga deve ser apoiada e estabilizada, o equipamento deve perma necer desligado e ter seus dispositivos de segurança acionados, conforme manual do fabricante; deve-se assegurar que a carga esteja total-mente apoiada e estabilizada antes de finalizar a operação e desprendê-la do equipamento de movimentação de carga; deve-se manter a car-ga que estiver sendo movimentada o mais próximo possível do piso; o operador deve obedecer rigorosamente aos sinais convencionais de

um único auxiliar previamente designado, conforme requisitos da ANP N-1930 e N-1965; os dispositivos de segurança dos equipamentos de movimentação de carga devem ser utilizados e mantidos em perfeito funcionamento, respeitando as orientações do fabricante; as tabelas de carga do equipamento devem estar obrigatoriamente disponíveis no interior da máquina para fácil consulta; é proibido o tráfego de equipa-mento automotor de movimentação de carga sobre canaletas e cabos elétricos; ao se fazer uso de unitizadores (por exemplo: contêineres, ca i xas metálicas, cestas metálicas, “skids”, ”bags”) para movimentação de carga, deve-se assegurar que: não existam materiais ou equipamentos soltos que possam se deslocar ou provocar desequilíbrio durante sua movimentação; as tampas e portinholas estejam travadas (nas posições aberta para carga e descarga ou fechada durante a movimentação); o peso (tara) e capacidade, em kg, estejam indicados de forma clara, legí-vel e indelével em pelo menos dois dos seus lados; as tampas das caixas metálicas contenham a indicação de seu peso de forma clara, legível e indelével e, de acordo com ele, sejam abertas com o auxílio de equipamento de movimentação de carga; tambores e bombonas contendo produtos químicos ou combustíveis líquidos: para serem movimentados devem estar hermeticamente fechados e acondicionados em equipa-mentos ou acessórios apropriados (cestas, redes); não devem ser movimentados em caixas metálicas e contêineres fechados; c) não devem ser rodados ou rolados no piso quando cheios. Para cargas com canto “vivo” seguir o procedimento da ABNT NBR 13541-2 e as orientações da ANP N-1965; complementando as orientações das NR-10, NR-12, NR-18 e NR-34, a movimentação de cargas próxima a redes elétricas deve ser realizada prioritariamente adotando a desenergização elétrica da rede. Havendo a impossibilidade desta, as seguintes medidas de prote-ção devem ser consideradas: distâncias mínimas estabelecidas na tabela 1; medidas adicionais de proteção determinadas por um profissional habilitado. Tabela 1 – Distância para redes a cabo de alta tensão (ASME B 30.5)

Voltagem (kV) Distância mínima (m)

Até 50 3.1

de 51 a 200 4.6

de 201 a 350 6.1

de 351 a 500 7.7

de 501 a 750 10.7

de 751 a 1000 13.8

Nota: é proibida a alteração dos limites operacionais do equipamento, exceto: nas condições previstas pelo fabricante; na condição de redução da capacidade do equipamento, motivada por comprometimento de um componente ou siste-ma, avaliada e registrada por profissional habilitado, de forma a garantir rastre-abilidade; a implementação das ações indicadas nesta avaliação deve ser super-visionada; as condições não descritas acima devem ser analisadas conforme o caso; a definição de içamento crítico e os critérios do plano de movimentação de cargas estão estabelecidos nas ANP N-1965 e N-1930; em caso de pesagem da carga e do cálculo do centro de gravidade, a memória de cálculo deve acom-panhar a movimentação de carga; para as operações “offshore” as condições meteorológicas, oceanográficas e de balanço da unidade são restritivas às ope-

rações de movimentação de carga, devendo ser avaliadas antes de cada operação, de acordo com a ANP N-1930; para movimentação de tu-bos e revestimentos amarrados pelo método de enforcamento, as lingadas devem dar duas voltas e deve ser utilizado acessório para evitar seu deslizamento, como por exemplo: grampo, gancho, patola de içamento e balancin; o acessório utilizado não deve danificar o cabo de aço;

o operador deve obedecer ao sinal de parada de emergência a qualquer momento, mesmo que não seja emitido pelo seu auxiliar; devem ser previstos outros meios de comunicação entre o operador e o auxiliar; os “bags” devem ser utilizados de acordo com os critérios da ABNT NBR 16029. Equipamentos: todo equipamento de movimentação de carga deve possuir um plano de manutenção e inspeção conforme previsto na ANP N-1930 e N-1965. Guindaste e caminhões guindauto – para o patolamento, devem ser verificadas as condições e a capacidade de carga do pi-so e a posição do equipamento considerando possíveis interferências, em caso de piso instável que possa ceder à carga aplicada, devem ser u tilizados apoios (como por exemplo: pranchas, dormentes, chapas) apropriados sob as patolas; o travamento das patolas é obrigatório para o-peração e deslocamento, conforme recomendações do fabricante; a manobra do guindaste deve ser realizada com a ajuda de, pelo menos, um auxiliar de movimentação de carga; não é permitida a movimentação simultânea de carga através dos sistemas principal e auxiliar do gui ndaste, exceto nas condições previstas pelo fabricante do equipamento e se não houver outra condição mais segura de realizar a operação; du-rante a movimentação de guindaste na área, bem como durante o acionamento de qualquer uma de suas partes móveis, os seguintes itens devem ser observados: os envolvidos no apoio às atividades de patolamento e demais operações que necessitarem permanecer dentro da á-rea isolada devem obrigatoriamente manter-se dentro do campo visual do operador; demarcar e sinalizar o raio de ação das partes móveis do equipamento que apresentem riscos de acidente antes de liberar a operação; as lanças de guindastes são dimensionadas para o levantamen-to de cargas livres e não para esforços horizontais ou laterais, sendo proibido puxar ou arrastar cargas; durante operações de carga e descarga em caminhões, utilizando guindaste, a cabine do caminhão deve estar desocupada; a lança deve ser apoiada sobre seu berço sempre que o guindaste estiver fora de operação; na necessidade de deixar a cabine de comando do guindaste, o operador deve certificar-se de que as pos-síveis travas de segurança e os freios estão acionados, os controles estão em posição “neutro” e o guindaste está desligado; o caminhão guin-dauto deve ser operado, preferencialmente, do lado oposto ao que a carga está sendo içada. Empilhadeira – o trânsito deve ser feito em lo-cais com piso nivelado e em condição adequada de pavimentação que suporte o peso da empilhadeira acrescido da carga; a empilhadeira de-ve ser movimentada com o garfo na posição baixa (rente ao piso); a carga deve estar perfeitamente equilibrada no garfo da empilhadeira an-tes da movimentação; sempre apoiar a carga nos 2 garfos; com a empilhadeira descarregada, ao descer ou subir rampas, manter a torre da empilhadeira inclinada de modo a não arrastar o garfo no piso; com a empilhadeira carregada, a descida de uma rampa deve ser feita em ma r cha a ré; quando o volume da carga impedir a visão do operador, a operação de deslocamento deve ser feita utilizando marcha à ré; neste ca-so, a carga e a descarga devem ser realizadas com a ajuda de um auxiliar; antes de o operador deixar a empilhadeira, os seguintes passos de- vem ser seguidos: baixar completamente o garfo; desligar o motor; engrenar a ré; acionar o freio de estacionamento; trafegar em velocidade reduzida, evitando partidas e freadas bruscas, fazendo curvas lentamente e evitando passar em buracos ou locais escorregadios; é obrigatória a utilização do sinal sonoro e visual nas operações. Ponte rolante, pórtico, pau de carga motorizado e grua – manter as botoeiras de comando identificadas em relação ao respectivo equipamento; não deixar a botoeira de comando em locais de circulação; quando a ponte rolante esti-ver parada, o moitão deve estar fora da área de circulação e em uma altura segura com máximo de recolhimento possível; manter o moitão

no prumo acima da carga a ser içada, de forma a impedir o seu arraste; movimentos de reversão não devem ser realizados, salvo nas condi-ções previstas pelo fabricante; movimentos bruscos não devem ser realizados, de modo a minimizar o balanço da carga; os dispositivos de se-gurança limitadores de curso (moitão, transversal do trolley, pista de rolamento) devem estar instalados e em funcionamento. Talha e tirfor (tifor) – ao iniciar a movimentação de carga, a corrente deve ser manuseada cuidadosamente, de forma que a carga seja elevada alguns centí-metros para verificar o equilíbrio e a amarração; o dispositivo de segurança limitador de carga não deve ser utilizado para pesagem de carga; o dispositivo de segurança limitador de curso não deve ser utilizado como dispositivo de parada de operação. Nota: as rodas devem ser calçadas quando a empilhadeira for estacionada em local inclinado.Acessórios: os acessórios devem ser inspecionados visualmente antes de iniciar a movimentação de carga. Para utilização e inspeção devem ser adotadas as ABNT NBR ISO 4309 e ANP N-2170; os acessórios de içamento devem possuir capacidade de carga igual ou superior ao peso da carga a ser içada. A capacidade de carga desses acessórios e a data de inspeção devem ser de fácil identificação; os acessórios não devem ser pintados, para que possíveis irregularidades fiquem visíveis, nem terem suas características originais alteradas; os ganchos do cabo de ex-tensão nas operações offshore devem possuir travas de segurança que não permitam o enganchamento acidental em cargas ou obstáculos. Capacitação e treinamento: a capacitação mínima dos operadores deve atender aos requisitos das NR-11, NR-12, NR-18, NR-34, bem como treinamentos operacionais com base no manual do fabricante dos equipamentos e acessórios; os operadores devem possuir documentação que comprove a capacitação requerida para a atividade de movimentação de carga. Equipamentos de proteção: na movimentação de carga devem ser utilizados os EPI considerados básicos na área ou unidade onde for realiza-da a operação; a necessidade de EPI ou EPC específicos para a movimentação de carga deve estar descrita na análise de risco.

Auditorias: NR-11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiaisGerais: existem procedimento de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportador-as? os equipamentos de movimentação de carga são permanentemente inspecionados, substituindo-se as partes defeituosas? os operadores de equipamentos de transporte motorizados recebem treinamento específico? os operadores de equipamentos de transportes motorizados são habilitados e estão portando cartão de identificação? este cartão é revalidado anualmente, passando o empregado por um exame de saú-completo? os transportadores industriais são permanentemente inspecionados suas peças defeituosas são imediatamente substituídas? nos lugares fechados e pouco ventilados, onde há máquinas transportadoras movidas a motores de combustão, está havendo o controle de emissão de gases tóxicos através de monitoramentos realizados nessas áreas? existem procedimento de segurança para operação de equipamentos de movimentação de carga, tais como, elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras? Içamento de cargas: certificado dos cabos de aço; estado de conservação, limpeza certificado de manutenção anual da cesta de transbordo; plano de substituição dos cabos; plano de inspeção; identificação da capacidade de carga; guincho para elevação de pessoas .Acessórios para içamento: cintas: a cinta possui indicação de capacidade de carga? a cinta não possui cortes longitudinais ou transversais ou danos na margens? a cinta não possui nenhum ponto de abrasão excessiva, fazendo com que diminua a espessura da cinta? o critério utiliza-

do para definir a periodicidade da inspeção das cintas é baseado no uso do equipamento e no manual do fabricante? as cintas são armazena-das em locais secos e protegidas dos raios solares e de danificações mecânicas? as cintas não devem secar ou ficar perto do fogo ou outras fontes de calor, esta prática é atendida? reparos em cintas somente são efetuados pelo fabricante ou por pessoas por ele indicadas? não é pe r mitido dar nós em cintas de movimentação? as cintas de movimentação não devem ser arrastadas por cantos vivos ou superfícies ásperas, es-ta prática é atendida? as cintas de movimentação são sustentadas, de tal forma que a carga fique equilibrada? se a carga for comprimida, de forma que seja necessária a utilização de várias cintas, são utilizados travessões ou outros dispositivos, para que as cintas fiquem suspensas verticalmente e a carga fique distribuída uniformemente nas cintas de movimentação? não é permitido movimentar cargas com cintas tor-cidas, esta prática é atendida? Manilhas: a manilha não possui nenhuma deformação de qualquer natureza? a manilha possui concentricida de entre os furos? a manilha não possui redução no diâmetro do pino ou do corpo? a manilha não possui marcas de aquecimento, choque, corrosão ou desgaste? a retirada ou colocação do pino na manilha é feita sem nenhuma dificuldade? a manilha possui indicação de capacida-de de carga? Eslinga de aço: o cabo de aço não possui nenhuma distorção (dobra, amassamento, gaiola de passarinho, deslocamento de uma ou mais pernas ou da alma)? o cabo de aço não possui nenhum dano causado por aquecimento ou corrosão? o cabo de aço não possui ne-nhum fio quebrado ou conexões danificadas? o cabo de aço possui indicação de capacidade de carga? as eslingas não devem ser arrastadas pelo chão ou ficar presas sob carga, esta prática é atendida? ao se utilizar eslingas que tenham ganchos nas extremidades para levantar car-gas, deve ser verificado que os ganchos fiquem sempre virados para as extremidades, evitando que os mesmos venham a se desprender, esta prática é atendida? todas as eslingas em uso estão perfeitamente apoiadas na parte interna do gancho, com a trava de segurança do gancho a cionada, de forma a evitar que a eslinga se solte? as eslingas são manuseadas com cuidado, de modo a evitar o estrangulamento (nó) que pr o voca uma torção prejudicial? no caso de início de um nó, a eslinga é descartada? quando não estiverem em uso, as eslingas são mantidas em local limpo, seco e bem ventilado, à temperatura ambiente, guardadas em suportes adequados? as eslingas são lubrificadas para proteção contra corrosão e para diminuir o desgaste por atrito pelo movimento relativo de suas pernas contra as partes dos equipamentos? não deve ser utilizado óleo queimado para lubrificar eslingas, pois esses são ácidos e têm características corrosivas, esta prática é atendida? todas as e s lingas, para serem utilizadas, são identificadas: através de código em baixo relevo impresso na presilha do laço, através de plaqueta em aço i-nox com indicação do fabricante, valor da carga de trabalho, código individual e sequencial da eslinga; as eslingas são inspecionadas no rece-bimento, na inspeção visual de rotina e uma inspeção completa, esta última a cada 180 dias; é prevista codificação através de cor indicativa na etiqueta metálica do tag da eslinga, com a finalidade de controle e validade das inspeções? Movimentação de cargaEPI: os trabalhadores envolvidos no trabalho estão equipados com os EPI adequados? são utilizadas luvas de vaqueta para movimentação de cargas em geral? o sinalizador faz uso de vestimentas com tiras refletivas? Ferramentas: os equipamentos, ferramentas e acessórios estão em perfeitas condições de uso? a equipe de movimentação de cargas possui rádios VHF portáteis? os operadores foram treinados no procedimento de movimentação de cargas?

Método movimentação de carga: foi realizado plano de movimentação de carga (plano rigging) para trabalhos de movimentação crítica de car ga? a área da movimentação de carga encontra-se isolada? a carga é içada suavemente até que a mesma tensione os cabos da eslinga, evitan-do arranques e choques na cinta durante a movimentação da carga? Não é permitida a permanência de qualquer pessoa sob a carga suspen-sa, esta prática é atendida? os trabalhadores envolvidos se certificam que a linha de carga está vertical durante todo o tempo? o trajeto da p e ça que está sendo movimentada foi previamente verificado, a fim de evitar colisão contra equipamentos, tubulações ou piso? não é permiti-do utilizar as mãos diretamente para estabilizar cargas suspensas, esta prática é atendida? quando há possibilidade de colisão ou giro da car-ga durante a movimentação, é utilizado o cabo guia? não é permitida a fixação do cabo guia com a carga suspensa, devendo ser utilizada dis-positivo adequado para alcançar o cabo guia, evitando que o trabalhador fique sob a carga, esta prática é atendida? o comprimento máximo total do cabo guia é de 3 m, com diâmetro tal que se ficar preso acidentalmente em algum obstáculo, se rompa sem ocasionar sobrecarga no sistema de içamento? não é permitido puxar ou arrastar lateralmente cargas sobre o piso utilizando equipamentos de guindar, esta prática está sendo atendida? não é permitido movimentar cargas que possuam arestas cortantes com o uso de dispositivos de içamento não metáli-cos, esta prática é atendida? o peso do recipiente está em local visível, de forma clara, legível e indelével? antes de soltar a carga é assegura-do que ela esteja firmemente apoiada, evitando seu deslocamento acidental durante a remoção das amarras? a carga é presa cuidadosamen-te junto ao seu ponto de equilíbrio, não devendo existir excessos nas extremidades dos cabos de amarração das lingadas? durante o iça-mento ou descarregamento de cargas amarradas, não é permitido tocar o interior de feixes de peças, tubos, perfis, spools, sucatas ou outros materiais com empilhamento instável e com risco de aprisionamento ou esmagamento de dedos e mãos; antes de sinalizar para levantar uma carga, é verificado se não há material solto em cima dela ou existência de fluidos, com possibilidade de cair e causar acidentes? é utilizado si-nalizado para auxiliar o guindasteiro em manobras que não permitam a visualização da carga e obstáculos existentes no trajeto? os sinais convencionais estão fixados em locais visíveis? os equipamentos de guindar são submetidos a testes de carga periódicos conforme indicação do fabricante? a movimentação de cargas próxima a redes elétricas energizadas atende as distâncias de segurança estabelecidas? a carga a ser movimentada está acondicionada em recipiente adequado? os dispositivos de segurança do equipamento de guindar são testados antes do i-nício do para caixas metálicas são utilizadas eslingas com comprimento mínimo equivalente à maior dimensão da tampa da caixa? não é per- mitido se posicionar na trajetória de abertura da tampa ou expor partes do corpo entre a tampa e a borda da caixa, esta prática está sendo a-tendida? são utilizadas somente cestas ou redes para movimentar tambores e bombonas com capacidade > a 50 kg? os recipientes estão her-meticamente fechados? as caixas, engradados e bobinas de madeira estão isentos de pregos, farpas, grampos, clipes, fitas de metal afiadas? não é permitido o uso de ímãs, talhas, estropos ou alavancas para a movimentação de recipientes contendo gases comprimidos, esta prática está sendo atendida? chapas de aço são içadas e movimentadas na posição vertical? tubos e perfis estão cintados em feixes com fitas metáli-cas lingadas ou dentro de cestas metálicas? os acessórios de movimentação de carga são utilizados dentro dos limites de sua capacidade? os e quipamentos e acessórios de movimentação de carga são destruídos quando apresentam avarias? os acessórios de movimentação de carga são inspecionados? as eslingas e cintas estão isentas de deformidades estruturais? as eslingas são armazenadas em local limpo, seco e ventil a do, e dotados de suportes adequados? as eslingas estão devidamente lubrificadas para proteção contra corrosão? as eslingas estão identifica-

das com uma plaqueta metálica contendo a capacidade da carga de trabalho, o código da eslinga e a data de sua última inspeção? os ganchos do cabo de extensão não devem ser pintados e devem possuir travas de segurança que não permitam o enganchamento acidental em cargas ou obstáculos, este requisito é atendido? é preenchida lista de verificação, a critério do supervisor? materiais tipo tubos, risers e similares são transportados com os devidos protetores, com eslingas adequadas, com 2 voltas no corpo do material, evitando o seu escorregamento? Mão de obra: os executantes foram orientados quanto aos riscos envolvidos e os cuidados a serem adotados?Sinalização de segurança: as sinalizações de segurança estão visíveis e em perfeito estado? existe identificação visual da capacidade de carga de acessórios de movimentação cargas? há uso de fita / corrente zebrada para interdição de área? durante as manobras de caminhões, carre-tas e guindastes existe a presença de um sinalizador? no equipamento existe indicação visível da carga máxima? o isolamento e sinalização do local de movimentação de carga esta de acordo com as normas de segurança?Equipamentos Guindaste: a verificação das condições do solo, posicionamento, nivelamento e patolamento do guindaste são de responsabilidade do opera-dor e devem ser precedidos de identificação dos riscos de toda área de influência sob a carga; devem ser utilizadas pranchas apropriadas sob as patolas em caso de solo instável (solos não compactos, molhados ou desnivelados) que possa ceder à carga aplicada; quando necessário a utilização de pranchas, a sua área de apoio deve ser, no mínimo, 3x maior do que a da sapata da patola, mantendo a proporcionalidade proi-bido manobrar guindastes sem um auxiliar; manter distância mínima entre os equipamentos de movimentação de cargas e redes elétricas aé-reas energizadas. É obrigatório aterramento elétrico de guindastes durante a movimentação de carga próxima a rede aérea energizada. Du-rante a movimentação de guindaste na área, bem como durante o acionamento de qualquer uma de suas partes móveis, os seguintes itens devem ser observados: os envolvidos no apoio no apoio às atividades de patolamento e demais operações que necessitarem permanecer dentro da área isolada, devem obrigatoriamente manter-se dentro do campo visual do operador; demarcar e sinalizar; o raio de ação das par-tes móveis do equipamento que apresentem riscos de acidente antes de liberar a operação. As lanças de guindastes são dimensionadas para o levantamento de cargas livres e não para esforços horizontais ou laterais, sendo proibido puxar ou arrastar cargas. A carga não deve ser iça-da e deixada sobre a cabine. A cabine deve estar desocupada, durante operações de carga e descarga por intermédio de guindate. Fora de o-peração a lança deve ser apoiada sobre seu berço. Empilhadeira: o transito deve ser feito locais com piso nivelado e em condição adequada de pavimentação que suporte o peso da empilha-deira acrescido da carga. Deve ser movimentada com o garfo na posição desce (rente ao solo). A carga deve estar perfeitamente equilibrada no garfo da empilhadeira antes da movimentação. Sempre apoiar a carga nos 2 lados do garfo. Assegurar que cargas “cilíndricas” não rolem sobre o garfo. Com a empilhadeira descarregada, ao descer ou subir rampas, manter a torre da empilhadeira inclinada de modo a não arras-tar o garfo no piso. Com a empilhadeira carregada à descida de uma rampa deve ser feita em marcha a ré. Quando o volume da carga impedir a visão do operador, a operação deve ser feita utilizando marcha à ré. Antes de o operador deixar a empilhadeira, os seguintes passos devem ser seguidos: descer completamente o garfo; desligar o motor; engrenar a ré; acionar o freio de estacionamento. Utilizar velocidade baixa, e-vitando partidas e freadas bruscas, fazendo curvas lentamente e não passando em buracos ou locais escorregadios.

Nota: as rodas devem ser calçadas quando a empilhadeira for estacionada em local inclinado. Acessórios: para utilização e inspeção devem ser adotadas as normas das operadoras. Não é permitido utilizar acessórios onde sua capacida-de de carga e data de inspeção não sejam de fácil identificação pelo operador. Os ganchos do cabo de extensão não devem ser pintados e de-vem possuir travas de segurança que não permitam o enganchamento acidental em cargas ou obstáculos. Os ganchos devem estar providos de dispositivos (trava de segurança) contra a liberação do laço ou anel pera. Equipe: além da experiência profissional comprovada, a capacitação mínima dos operadores e seus auxiliares deve atender os requisitos da NR-11. EPI: área de SMS da unidade deve estabelecer os EPI necessários para execução da operação de movimentação de carga.

Auditoria de movimentação de carga com guindasteEPI: os trabalhadores envolvidos no trabalho estão equipados com os EPI adequados?Ferramentas: os equipamentos, ferramentas e acessórios estão em perfeitas condições de uso?; são instalados cabos de segurança contra quedas nos equipamentos fixados ao guindaste como luminárias e alto-falantes?; a cabine de operação do guindaste possui extintor de pó químico 6 kg?; a equipe de movimentação de cargas possui rádios VHF portáteis? Método de movimentação de carga: somente o guindasteiro permanece no guindaste quando este está em operação, sendo permitida a pre-sença de outra pessoa somente em casos de treinamento ou teste operacional?; é utilizado sempre o alarme sonoro de alerta, principalmenteem áreas de trânsito de pessoas? foi verificada a correta instalação e capacidade das extensões de cargas?; foram testados os freios dos meca-nismos antes de levantar ou deslocar cargas?; ao içar uma carga, é verificado se os cabos não estão emaranhados?; embora todo guindaste disponha do "dispositivo de fim de curso", o operador de guindaste verifica constantemente a distância entre o moitão / guincho auxiliar e ex tremidade da lança?; o ponto de desarme do fim de curso considera a possibilidade da inércia do içamento do moitão?; os trabalhadores fo-ram informados que não é permitido operar com chaves de fim de curso atuadas?; uma vez içada a carga, é completado o ciclo e a mesma é colocada no local de destino, não deixando a carga suspensa?; os trabalhadores foram informados que a movimentação da carga não deve ser executada no quadrante sobre a cabine?; os trabalhadores foram informados que durante a redução de cargas não é permitido manter o motor do guindaste em posição neutra?; o operador de guindaste movimenta a carga com a altura menor possível?; caso um dos guindastes esteja parado, com a lança dentro do raio de atuação do outro, os trabalhadores são informados que não é permitido que seja feita qualquer operação até que a lança seja retirada?; havendo necessidade de deixar a cabine de comando, os trabalhadores se certificam que: a carga nãoestá suspensa, as travas de segurança estão acionadas, os controles estão na posição neutra, os freios estão aplicados, o guindaste está de d ligado; são utilizados sinais padronizados, a menos que seja utilizado sistema de comunicação sonora (telefone, rádio ou equivalente)? Guindaste - onshore: o terreno possui condições adequadas para o patolamento da máquina?; estão disponíveis os dispositivos necessários para o patolamento em solo instável, tais como calços, sapatas e pranchas? a área das pranchas é 3 vezes maior que a base da patola?; foram tomados cuidados adicionais para a movimentação de cargas próximo a redes elétricas energizadas?; foi previsto dispositivo de aterramento

para o guindaste?; as condições ambientais estão favoráveis à operação com guindaste?; a movimentação de cargas sobre a instalação é rea-lizada com vento de intensidade máxima de 27 nós?Guindaste - offshore: é verificada a possibilidade de interferência dos guindastes na zona de aproximação do heliponto; os guindastes são a-baixados e paralisados quando é esperado helicóptero ou quando um helicóptero está no heliponto com o motor ligado?; as ações para mov i mentação de cargas são planejadas em conjunto com o comandante da embarcação, para evitar aproximação excessiva da embarcação com a plataforma?; as condições meteorológicas e oceanográficas são restritivas às operações de movimentação de cargas, devendo ser avaliadas antes de cada operação? (sobre a unidade operacional: vento com intensidade máxima de 27 nós; sobre o mar: visibilidade mínima de 3 km, vento com velocidade máxima de 27 nós e altura máxima de ondas de 3 m; em navio FPSO: além das alíneas "a" e "b", o balanço máximo do navio (roll) de 3º; em FPSO e unidades flutuantes, qualquer movimentação com o guindaste é informada ao operador de lastro, devido às os-cilações na banda e trim que essa operação ocasiona?; em FPSO e unidades flutuantes não é permitido movimentar guindaste durante mudança de calado devido às condições de estabilidade da unidade nos calados intermediários serem críticas, esta prática é atendida?; caso seja necessário movimentar uma carga com balanço excessivo, o balanço da carga é suavizado fora da área da plataforma e da embarcação?; as cargas movimentadas entre embarcações são içadas e arriadas sobre a água até atingir a elevação pretendida?; a movimentação é evitada sobre os containeres de alojamento? Mão de obra: os equipamentos de guindar motorizados são operados somente por pessoal habilitado, com conhecimento no equipamento de guindar e na atividade?; os executantes foram orientados quanto aos riscos envolvidos e os cuidados a serem adotados? Sinalização de segurança: as sinalizações de segurança estão visíveis e em perfeito estado?; existe identificação visual da capacidade de carga de acessórios de movimentação cargas?; há uso de fita / corrente zebrada para interdição de área?; durante as manobras de caminhões, carr e tas e guindastes existe a presença de um sinalizador?; no equipamento existe indicação visível da carga máxima?; o isolamento e sinalização do local de movimentação de carga esta de acordo com as normas de segurança?Escala Beaufort Velocidade do vento Condições para operação do equipamento de guindar< 6 0 a 38 km/h Permitidas todas as operações de movimentação de cargas.

6 39 a 49 km/hAcionamento de alarme sonoro a partir de 42 km/h;Operações ordinárias de movimentação de cargas devem ser interrompidas;Permitidas apenas as operações assistidas, inclusive entre a plataforma e embarcações, com observação contínua das condições climáticas.

7 50 a 61 km/h Permitidas apenas as operações assistidas e realizadas somente dentro da própria plataforma, com observação contínua das condições climáticas.

> 7 > 61 km/h Todas as operações devem ser interrompidas.

Grau Designação Velocidade do vento Aspecto do mar Efeitos em terram/s km/h nós

0 Calmo < 0,3 < 1 < 1 Espelhado Fumaça sobe na vertical

1 Aragem 0,3 a 1,5 1 a 5 1 a 3Pequenas rugas na superfí-cie do mar

Fumaça indica direção do vento

2 Brisa leve 1,6 a 3,3 6 a 11 4 a 6Ligeira ondulação sem re-bentação

As folhas das árvores movem; os moinhos começam a tra-balhar

3 Brisa fraca 3,4 a 5,4 12 a 19 7 a 10Ondulação até 60 cm, com alguns carneiros

As folhas agitam-se e as bandeiras desfraldam ao vento

4Brisa mode-rada

5,5 a 7,9 20 a 28 11 a 16Ondulação até 1 m, carnei-ros frequentes.

Poeira e pequenos papéis levantados; movem-se os galhos das árvores

5 Brisa forte 8 a 10,7 29 a 38 17 a 21Ondulação até 2,5m, com cristas e muitos carneiros

Movimentação de grandes galhos e árvores pequenas

6 Vento fresco 10,8 a 13,8 39 a 49 22 a 27Ondas grandes até 3,5m; borrifos

Movem-se os ramos das árvores; dificuldade em manter um guarda chuva aberto; assobio em fios de postes

7 Vento forte 13,9 a 17,1 50 a 61 28 a 33Mar revolto até 4,5 m com espuma e borrifos

Movem-se as árvores grandes; dificuldade em andar contra o vento

8 Ventania 17,2 a 20,7 62 a 74 34 a 40Mar revolto até 5m com re-bentação e faixas de espu-ma

Quebram-se galhos de árvores; dificuldade em andar con-tra o vento; barcos permanecem nos portos

9Ventania for te

20,8 a 24,4 75 a 88 41 a 47Mar revolto até 7m; visibili-dade precária

Danos em árvores e pequenas construções; impossível an-dar contra o vento

10 Tempestade 24,5 a 28,4 89 a 102 48 a 55Mar revolto até 9m; superfí-cie do mar branca

Árvores arrancadas; danos estruturais em construções

11Tempestade violenta

28,5 a 32,6 103 a 117 56 a 63Mar revolto até 11m; peque-nos navios sobem nas va-gas

Estragos generalizados em construções

12 Furacão >32,7 >118 >64Mar todo de espuma, com até 14m; visibilidade nula

Estragos graves e generalizados em construções

O que é: a reabilitação profissional é um serviço da previdência social, presta-do pelo INSS, de caráter obrigatório, com o objetivo de proporcionar os meios de reeducação ou readaptação profissional para o retorno ao mercado de tra-balho dos segurados incapacitados por doença ou acidente. O segurado enca-minhado ao programa de reabilitação profissional, após avaliação médico-pe-ricial, está obrigado, independentemente da idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se ao programa prescrito e custeado pela previdênci a social.Quem tem direito: o atendimento da reabilitação profissional é um direito dos trabalhadores que mantêm a qualidade de segurados da previdência soci- al. Têm prioridade no atendimento: segurados que recebem auxílio-doença previdenciário (sem relação com o seu trabalho) ou acidentário (resultante de um acidente de trabalho); segurados sem carência para auxílio-doença previ-denciário, considerados incapazes para o trabalho; segurados em gozo de apo-sentadoria especial, por tempo de contribuição ou idade que, em atividade la-borativa, tenham reduzida sua capacidade funcional em decorrência de doen-ça ou acidente; aposentados por invalidez; dependentes, de acordo com as dis ponibilidades administrativas, técnicas, financeiras e as condições da unidade de atendimento da previdência social; pessoas com deficiência, sem vínculo com a previdência social, por intermédio de convênios e/ ou acordos de coo-peração técnica.Tempo de contribuição: não é exigido tempo mínimo de contribuição para que o segurado tenha direito ao serviço.Saiba mais: depois de concluído o processo de reabilitação profissional, o INSS emite certificado indicando a atividade para a qual o trabalhador foi capacita-do profissionalmente. O INSS poderá fornecer ao segurado os recursos materi-ais necessários à reabilitação profissional, incluindo próteses, órteses, taxas de inscrição e mensalidades de cursos profissionalizantes, implementos profis sionais (materiais indispensáveis ao desenvolvimento da formação / treina-mento profissional), instrumentos de trabalho (materiais imprescindíveis ao e xercício de atividade laborativa), transporte e alimentação.

Atenção para a postura: encoste a coluna na cadeira; manter a coluna alinhada, os pés totalmente posicionados no chão e o monitor na altura dos seus olhos evitam problemas posturais; encostar a lombar na cadeira ou providenciar uma almofadinha que tenha essa função evita dores e preserva a qualidade de vida no trabalho. Pescoço alinhado: é comum fazer duas funções ao mesmo tempo: digitar e falar ao telefone, deixando normalmente o pescoço inclinado. A prática repetitiva pode acarretar em torcicolos e dores no local. Quando for impossível evitar ficar com o pescoço inclinado, tente trocar o lado em que posicio-na o gancho ou o celular. Utilize o encosto para braço das cadeiras Para evitar dores e lesões nos punhos e cotovelos, os pu-nhos devem ser apoiados nos encostos para os braços enquanto ocorre a digitação. A cada hora, feche as mãos, gire os punhos nos 2 sentidos, alongue braços e pernas. Se suas pernas não encontrarem o chão, tente reposicionar a cadeira ou coloque um encosto nos pés para nivelar a altura.

6. Organização do trabalho: a organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: as normas de produção; o modo operatório; a exigência de tempo; a determinação do conteúdo de tempo; o ritmo de tra-balho; o conteúdo das tarefas. Nas atividades que exijam sobrecarga muscu-lar estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e MMSS e MMII, e a par-tir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e

vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhado-res; devem ser incluídas pausas para descanso; quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de a-fastamento ≥ a 15 dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de traba-lho, observar o seguinte: o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de d i gitação, baseado no nº individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie; o nº máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser > a 8.000 / h trabalhada, sendo considerado toque real, para e-feito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve > o limite máximo de 5h, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 4 6 8 da CLT, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 min. para cada 50 min. trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; quando do retorno ao trabalho, após qual-

quer tipo de afastamento ≥ a 15 dias, a exigência de produção em relação ao nº de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido e ser ampliada progressivamente.

7. Ergonomia cognitiva: a abordagem de processos mentais, tais como: percep ção, memória, raciocínio e resposta motora, que podem afetar as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema.a. Procedimento que conduz ao diagnóstico: delimitar sistemas de variáveis:

problemas levantados, características da população, condições ambientais, téc nicas e organizacionais do trabalho; descrever o comportamento dessas variá-veis no desenvolvimento das atividades de trabalho, para caracterizar as dis-funções do sistema humano-tarefa; definição de um modelo operativo: repre-sentação intencionalmente empobrecidada realidade de trabalho.

b. Identificação das síndromes ergonômicas: Erros humanos: desvio em relação a uma norma pré-estabelecida: discordância do comportamento humano em relação às ordens ou ins-

truções recebidas; quando não existem ordens ou instruções, o erro é estimado a partir dos resultados alcançados; o erro pode ocorrer em diferentes níveis: individual, coletivo e no conjunto do sistema ser humano-tarefa; diferença entre erro x falha (ou fracasso). Alguns tipos de erros que podem ser evidenciados: manipulação de uma ferramenta de forma incorreta; acionamento de comando de forma intempestiva; modo operativo proibido pelas normas de segurança; omissão de uma operação prevista no processo; dosagem de produtos mal formuladas; montagem de peças de maneira não conforme; leitura incorreta.

Panes do sistema: são incidentes que afetam a componente material do sistema homem-tarefa; caracterizam-se por uma interrupção do funcionamento do sistema homem-tarefa e estão diretamente relacionadas com a confiabilidade; as panes constituem-se em reveladores dos pontos críticos do serviço de manutenção e sobre as relações manutenção / produção.

Defeitos de produção: desvios constatados ao nível do produto fabricado e, de uma forma mais geral, do resultado do trabalho; dentro des ta categoria encontram-se os descartes de produção; a qualidade de um produto, ou serviço, deve ser garantida do início até o final do proces so; levantar os defeitos de produção passíveis de ocorrência: identificação, descrição, causa, ação corretiva e preventiva.

Diagnóstico em nível local: posto de trabalho: correlacionar as condicionantes ambientais e técnico-organizacionais com as determinantes manifestadas pelo trabalhador; exigências de uma tarefa estão relacionadas às características fisiológicas e psicológicas do trabalhador: dife-renças inter e intra-individuais; o diagnóstico local permite evidenciar as exigências ergonômicas que aquele trabalhador está sujeito naquele

posto de trabalho.

Diagnóstico em nível geral: situação de trabalho: aplicar o princípio da globalidade; evidenciar condicionantes ambientais e técnico-organ i zacionais da situação de trabalho como um todo; determinantes manifestadas pela população de trabalhadores; visar sempre uma transfor-mação e não apenas descrever uma situação de trabalho; transformação da situação de trabalho: eliminação de algumas condicionantes e a-parecimento de novas condicionantes.

8. Conforto ambiental: as condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são reco-mendadas as seguintes condições de conforto: níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no I N METRO; índice de temperatura efetiva entre 20º-C e 23º-C, no inverno e entre 25 e 26º-C no verão (com níveis de umidade entre 40 a 60%). Humanização do ambiente: sempre que possível humanize o ambiente (plantas, quadros e quando possível, som ambiente). Estimule a convi-vência social entre os funcionários. Muitas organizações que estão adotando políticas neste sentido vêm obtendo um aumento significativo de produtividade. Lembre-se que o processo de socialização é muito importante para a saúde psíquica de quem irá trabalhar nele. Velocidade do ar não acima de 0,75m/s; umidade relativa do ar não abaixo de 40%. Para a NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não acima de 60 dB. Os parâmetros previstos devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador. Em to-dos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. A i-luminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a e-vitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidas na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. A medição dos níveis de ilu-minamento previstos deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. Quando não puder ser definido o campo de trabalho, este será um plano horizontal a 0,75m do piso. Cores equilibre as iluminâncias usando cores suaves em tons mate. Os coeficientes de reflexão das su-perfícies do ambiente, devem estar em torno de 80% para o teto; 15 a 20 % para o piso; 60% para a parede (parte alta); 40% para as divisóri-as, para a parede (parte baixa) e para o mobiliário. De olho no conforto visual! Para garantir o conforto visual, mantenha seu monitor entre 45 e 70cm de distância e regule sua altura no máximo, até sua linha de visão. Isto pode ser feito através de um suporte de monitor, ou pela u-tilização de mesas dinâmicas. Sempre que possível procure "descansar" a vista, olhando para objetos e paisagens a mais de 6 m.

9. Mobiliário e equipamentos dos postos de trabalho: mobiliário dos postos de trabalho – sempre que o trabalho puder ser executado na po-sição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser fei-to em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e opera-

ção e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de ativi-dade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; ter área de trabalho de fácil alcance e visualiza-ção pelo trabalhador; ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corpo-rais. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos, os pedais e demais comandos para aciona-mento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas par-tes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do trabalho a ser executado. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função e-xercida; características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; borda frontal arredondada; encosto com forma levemente a-daptada ao corpo para proteção da região lombar. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por to-dos os trabalhadores durante as pausas.Equipamentos dos postos de trabalho: todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digita-ção, datilografia ou mecanografia deve: ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postu-ra, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual; ser utilizado documento de fácil legibilidade sem-pre que possível, sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento. Os equipamentos utili-zados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem observar o seguinte: condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibi-lidade ao trabalhador; o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabahador ajustá-lo de acordo com as tarefas a se-rem executadas; a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e o-lho-documento sejam aproximadamente iguais; serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. Quando os equipamen-tos de processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.