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http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01_78_22122006154841.html Autor(es): Raffaella Rossetto ; Antonio Dias Santiago Doenças causadas por bactérias Dentre as doenças bacterianas que preocupam o setor canavieiro destacam-se a escaldadura das folhas, estrias vermelhas e raquitismo da soqueira, que estão descritas, detalhadamente, abaixo. Outras doenças também provocam prejuízos, dependendo da região e das condições ambientais. Escaldadura das folhas - Bactéria Xanthomonas albilineans A doença é causada pela bactéria Xanthomonas albilineans, capaz de colonizar os vasos das plantas e mover-se sistematicamente em seus tecidos vegetais. Ela se manifesta de forma distinta em localidades diferentes, isto é, os sintomas da doença variam de acordo com as condições do local. A escaldadura das folhas apresenta grande potencial destrutivo, sobretudo em variedades suscetíveis. No Brasil, sua importância tem sido deixada de lado em função dos erros de identificação e da confusão de seus prejuízos com aqueles causados pelo raquitismo da soqueira. Quando a doença se manifesta em variedades extremamente suscetíveis, pode causar perdas de até 100%. Ela pode causar, ainda, má formação dos colmos, morte das touceiras, queda de produção e de riqueza em sacarose. São conhecidos três tipos de sintomas da doença, considerados bastante complexos: em algumas situações, observa-se no interior dos colmos uma descoloração na região dos nós, assemelhando-se aos sintomas do raquitismo da soqueira; surgimento de diversos sintomas externos, sendo que o mais característico são as estrias brancas na folha, podendo atingir até sua base; o sintoma agudo, observado nas variedades mais suscetíveis em condições favoráveis à bactéria, caracteriza-se pela queima total das folhas, como se a planta tivesse sido escaldada. Daí a origem do nome da doença, escaldadura das folhas (Figura 1). A bactéria penetra pelos ferimentos dos colmos e permanece na planta durante toda sua vida. Dessa forma, a doença é facilmente disseminada na colheita por meio de ferramentas de corte como o facão ou mesmo as colhedoras. Com o aumento da colheita mecanizada, as preocupações com essa doença se intensificaram. Portanto, é importante manter o canavial sempre sadio. Os ventos e as chuvas podem disseminar a doença por longas distâncias, quando espalham a bactéria presente em áreas mortas (necroses) das plantas afetadas. Condições de estresse (frio, seca ou temperatura muito alta) induzem o aparecimento da fase aguda da doença. A principal forma de controle da escaldadura das folhas é feita por meio de variedades resistentes e tolerantes. O uso de variedades tolerantes requer alguns cuidados, como: evitar plantio de mudas provenientes de campos com a doença; preparar áreas de viveiros para eliminar bactérias do solo e restos de cultura; desinfectar equipamentos e ferramentas utilizadas no manejo da cultura. Não é conhecido até o momento qualquer produto, químico ou biológico, que controle satisfatoriamente a escaldadura das folhas.

Escaldadura cana embrapa

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sobre a Xanthomonas, doença da cana

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Page 1: Escaldadura cana   embrapa

http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01_78_22122006154841.html

Autor(es): Raffaella Rossetto ; Antonio Dias Santiago 

Doenças causadas por bactérias

Dentre as doenças bacterianas que preocupam o setor canavieiro destacam-se a escaldadura das folhas, estrias vermelhas e raquitismo da soqueira, que estão descritas, detalhadamente, abaixo. Outras doenças também provocam prejuízos, dependendo da região e das condições ambientais.

Escaldadura das folhas - Bactéria Xanthomonas albilineans 

A doença é causada pela bactéria Xanthomonas albilineans, capaz de colonizar os vasos das plantas e mover-se sistematicamente em seus tecidos vegetais. Ela se manifesta de forma distinta em localidades diferentes, isto é, os sintomas da doença variam de acordo com as condições do local. 

A escaldadura das folhas apresenta grande potencial destrutivo, sobretudo em variedades suscetíveis. No Brasil, sua importância tem sido deixada de lado em função dos erros de identificação e da confusão de seus prejuízos com aqueles causados pelo raquitismo da soqueira. Quando a doença se manifesta em variedades extremamente suscetíveis, pode causar perdas de até 100%. Ela pode causar, ainda, má formação dos colmos, morte das touceiras, queda de produção e de riqueza em sacarose.

São conhecidos três tipos de sintomas da doença, considerados bastante complexos:

em algumas situações, observa-se no interior dos colmos uma descoloração na região dos nós, assemelhando-se aos sintomas do raquitismo da soqueira;

surgimento de diversos sintomas externos, sendo que o mais característico são as estrias brancas na folha, podendo atingir até sua base;

o sintoma agudo, observado nas variedades mais suscetíveis em condições favoráveis à bactéria, caracteriza-se pela queima total das folhas, como se a planta tivesse sido escaldada. Daí a origem do nome da doença, escaldadura das folhas (Figura 1).

A bactéria penetra pelos ferimentos dos colmos e permanece na planta durante toda sua vida. Dessa forma, a doença é facilmente disseminada na colheita por meio de ferramentas de corte como o facão ou mesmo as colhedoras. Com o aumento da colheita mecanizada, as preocupações com essa doença se intensificaram. Portanto, é importante manter o canavial sempre sadio.

Os ventos e as chuvas podem disseminar a doença por longas distâncias, quando espalham a bactéria presente em áreas mortas (necroses) das plantas afetadas. Condições de estresse (frio, seca ou temperatura muito alta) induzem o aparecimento da fase aguda da doença.

A principal forma de controle da escaldadura das folhas é feita por meio de variedades resistentes e tolerantes. O uso de variedades tolerantes requer alguns cuidados, como: evitar plantio de mudas provenientes de campos com a doença; preparar áreas de viveiros para eliminar bactérias do solo e restos de cultura; desinfectar equipamentos e ferramentas utilizadas no manejo da cultura. Não é conhecido até o momento qualquer produto, químico ou biológico, que controle satisfatoriamente a escaldadura das folhas.

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Doença de ação sistêmica, causada pela bactéria Xantomonas albilineans, é transmitida pelo plantio de mudas doentes ou qualquer instrumento de corte contaminado.

Os sintomas são determinados por duas estrias  clorótica e finas nas folhas e bainhas, podendo também aparecer manchas cloróticas no limbo foliar e brotações laterais de baixo para cima no colmo

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doente. As folhas tornam-se anormais, duras, subdesenvolvidas e eretas. Pontuações avermelhadas são observadas na região do nó, quando o colmo é seccionado longitudinalmente.

A escaldadura provoca baixa germinação das mudas, morte dos rebentos ou de toda a touceira, desenvolvimento subnormal das plantas doentes, entrenós curtos e baixo rendimento em sacarose. Com  o avanço da doença, advêm a seca e a morte das plantas.

 O controle é feito por meio de variedades resistentes, plantio de mudas sadias, "roguing" e pela desinfecção do podão ou outro instrumento utilizado na colheita e corte dos colmos.

http://www.agrobyte.com.br/index.php?pag=cana&cana=escaldadura – julho 2014.

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ESCALDADURA-DAS-FOLHAS (BACTÉRIA Xanthomonas albilineans)

Histórico:

Foi identificada na Austrália e Java e hoje é encontrada em todas as regiões produtoras de cana no mundo.

Agente causal:

A doença é provocada por uma bactéria gram-negativa denominada Xanthomonas albilineans que é capaz de

colonizar os vasos do Xilema da planta.

Sintomas:

Em variedades suscetíveis a doença pode causar grandes perdas, devido a queima das folhas e morte dos colmos,

já as variedades tolerantes podem servir como um depósito do patógeno. Alguns fatores como o aumento da

umidade durante a maturação e estresses provocados por seca, frio e inundação podem intensificar os sintomas.

Plantas atacadas pela doença apresentam três tipos de infecção:

LATENTE (assintomática) que pode ser identificado apenas por métodos de alta sensibilidade.

CRÔNICA: Sintomas variando de estrias brancas e finas ao longo de toda folha, paralelas a nervura central até as

bainhas foliares.

AGUDA: Sintomas de “queima” das folhas, evoluindo da ponta ou pelas margens podendo necrosar totalmente a

folha. Os colmos podem apresentar descoloração dos feixes do xilema na região do “nó”, com a morte da gema

apical, surgem brotações laterais por todo colmo.

Disseminação:

A doença é disseminada principalmente por instrumentos de corte, podões e colhedora e também pela utilização

de mudas contaminadas.

Controle:

Utilização de variedades resistentes associada à produção de mudas certificadas, com alta sanidade. No campo

pode-se evitar a disseminação da doença através da desinfecção e limpeza dos instrumentos de corte, com a

utilização de produtos químicos que contenham bactericidas (amônia quaternária). As operações de “roguing”

proporcionam uma boa medida de controle na produção de mudas de cana-de-açúcar.

http://www.canaoeste.com.br/conteudo/doencas-da-cana - 2013.

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DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAEscaldadura das folhas – Xanthomonas albilineans

Sintomatologia: A dificuldade na identificação de plantas atacadas pela bactéria da escaldadura advém do fato desta apresentar três tipos de sintomas; latente, agudo e crônico.Sintoma latente é o que prevalece na maioria das variedades, que apresentam tolerância e por isso convivem com o patógeno por anos, sem manifestar sintomas externos. A identificação da doença neste caso exige a aplicação de métodos sorológicos ou o isolamento do agente causal em meios seletivos.No sintoma crônico, estrias brancas estendem-se por extensa área do limbo foliar podendo atingir a bainha, estas estrias podem evoluir para diversos graus de clorose foliar.O sintoma agudo só ocorre em variedades suscetíveis, neste caso há queima das folhas como se as plantas tivessem sido escaldadas. A seca total das folhas dificulta a identificação, somente em alguns dias os colmos brotam lateralmente, exibindo os sintomas crônicos da doença. (Segato, 2006).

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Etiologia: Xanthomonas albilineans é uma bactéria de crescimento lento, é gram-negativa, forma colônias amarelas brilhantes, convexas de bordas lisas, viscosas, porem não mucóides (Bianchini et al., 2005).

Epidemiologia: A temperatura ótima para seu crescimento varia de 25 a 28oC. A bactéria se propaga por meio de mudas infectadas, facões de corte, colhedeiras, roedores. O patógeno tem um amplo espectro de hospedeiros, como o milho doce e varias outras gramíneas, incluindo ervas daninhas as quais desempenham um papel importante na sua sobrevivência. (Segato, 2006).

Controle: O controle da doença e feito com variedades resistentes e tolerantes ao patógeno. Onde forem cultivadas variedades suscetíveis, recomenda-se a aplicação das seguintes medidas de controle, tratamento térmico dos toletes para limpeza do material de propagação, preparo da área de viveiro para eliminar bactérias do solo e restos de culturas, no viveiro eliminar plantas voluntárias e plantas hospedeiras de bactérias, obter, manter, multiplicar matrizes livres de bactérias. Medidas quarentenárias são aplicadas em variedades importadas para evitar a entrada de novas raças da bactéria. (Segato, 2006).Segundo o Agrofit, para o controle químico da doença não possui nenhum produto registrado (Agrofit, 2010).

Autor: André Cirilo de Sousa Almeida

A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é originária da Nova-Guiné e foi levada para o sul da Ásia onde foi usada, de início, principalmente em forma de xarope. A primeira evidência do açúcar em sua forma sólida, data do ano 500, na Pérsia (Segato, 2006).No Brasil há indícios de que o cultiva da cana-de-açúcar seja anterior a época do descobrimento, mas seu desenvolvimento se deu posteriormente, com a criação dos engenhos e plantações com mudas trazidas pelos portugueses (Cesnik, 2004).Para o Brasil, a cana é especialmente importante, pois é cultivada em mais dequatro milhões de hectares para a produção de açúcar e álcool, principalmente, mas ainda para fabricação de aguardente e alimentação de bovinos. É hoje o País líder na produção de açúcar, na exportação, e em área plantada com cana-de-açúcar, além de ser líder na utilização dessa planta como fonte de energia líquida renovável, o álcool, sendo ainda oúnico a utilizar este produto de forma exclusiva como combustível alternativo de veículos. Além de acarrear divisas para o País e contribuir para diminuição da poluição ambiental por combustíveis fósseis, a cadeia produtiva da cana-de-açúcar e seus produtos e subprodutos constitui uma importante fonte de distribuição de riqueza e de bem estar para inúmeras comunidades interioranas brasileiras, contribuindo para a diminuição do êxodo para as metrópoles e de seus conseqüentes problemas sociais.Porem a cana-de-açúcar pode ser hospedeira de vários patógenos, como vírus, fungos, bactérias e nematóides, causando prejuízos a cultura. Portanto são necessário, algumas praticas de controle e manejo para que os prejuízos causados pelas doenças sejam minimizados (Sanguino, 1987).O presente trabalho tem por objetivo destacar as principais doenças da cana-de-açúcar, enfatizando sua sintomatologia, etiologia, epidemiologia, para então adotar uma associação de praticas de controle fazendo com que os prejuízos causados pelas doenças fiquem abaixo do nível de dano econômico.

http://fitopatologia1.blogspot.com.br/2010/10/revisao-de-literatura-das-doencas-da_4183.html

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