47
ESTUDO DA LÍNGUA PORTUGUÊSA. FONOLOGIA ESTUDO DOS SONS DA LÍNGUA

Estudo da língua portuguêsa

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Estudo da língua portuguêsa

ESTUDO DA LÍNGUA PORTUGUÊSA.

FONOLOGIA ESTUDO DOS SONS DA LÍNGUA

Page 2: Estudo da língua portuguêsa

Fonologia

Ciência Sons da Palavra

Organização e

Classificação

Divisão Silábica

OrtografiaAcentuação

Page 3: Estudo da língua portuguêsa

Palavra

Entidade significativa.

Representada:Fonemas e Letras.

Possui 2 elementos Inseparáveis

Material = SignificanteSons e letras.

Imaterial = Significado Ideia ou conceito.

Page 4: Estudo da língua portuguêsa

Correspondência entre

Fonema Letra

Page 5: Estudo da língua portuguêsa

Cor

resp

ondê

ncia

ent

re

Fone

ma

e Le

traMesma L ≠ F:

L: X ≠ F: sê, zê, xê;L: S ≠ F: sê e zê.

1 F ≠ LF: Sê ≠ L: s, c, ç, x.F: Zê ≠ L: s, z, x.

F: Jê ≠ L: g, j.

1 L = 2 F L: X = 2F: qui-si.

1L nenhum F L: H – Sem F: Hora.

Page 6: Estudo da língua portuguêsa

Cor

resp

ondê

ncia

ent

re

Fone

ma

e Le

tra

1F = 1 ou 2 L

Xê: x, ch

Sê: s, ss, sc, sç, xc.

Quê:C, qu

Guê:G, gu.

Rê:R, rr

Page 7: Estudo da língua portuguêsa

DÍGRAFODígrafo é a combinação de duas letras que representam um único fonema.

LETRAS FONEMAS EXEMPLOS

lh lhê Palhaço

nh nhê Acanhado

ch xê Chamar

rr Rê no interior da palavra Carroça

ss sê no interior da palavra Pássaro

qu seguido de e e i Quero quilo

gu seguido de e e i Guerra, guitarra

sc sê Nascer

sç sê Desço

xc sê exceção

Page 8: Estudo da língua portuguêsa

DÍGRAFO As letras que representam as vogais nasais também são dígrafos:

LETRAS FONEMAS EXEMPLOS

amÃ

Campo

an Canto

eme͂

Templo

en Lenda

imĨ

Limpo

in Labirinto

omÕ

Tombo

on Conto

umŨ

Chumbo

un Corcunda

Page 9: Estudo da língua portuguêsa

Classificação dos Fonemas

VogaisFonemas produzidos por uma corrente de ar que passam livremente pela boca. Funcionam como base da sílaba.

Consoantes Na construção das consoantes a corrente de ar vinda dos pulmões encontra obstáculos (língua, dentes, lábios).

SemivogaisÉ o fonema produzido como vogal, mas pronunciado mais fraco, com baixa intensidade. Por isso não constitui sílaba e sempre acompanha uma vogal.

Classificação das Palavras quanto ao número de sílabas.A Sílaba é um fonema ou grupo de fonemas que são pronunciados numa só emissão de voz, com base em uma

vogal.

Monossílabas Palavras com apenas 1 sílaba - Pé – pão – mau – mais – réu;

Dissílabas Palavras com 2 sílabas - di-a – ca-fé – i-guais – mui-to;

Trissílabas Palavras com 3 silabas - Tor-nei-ra – ca-be-ça – sa-ú-de;

Polissílabas Palavras com 4 ou + sílabas - Am-bu-lân-cia – car-to-li-na – pon-tu-a-li-da-de.

Page 10: Estudo da língua portuguêsa

Acentuação Tônica

Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, há sempre uma que se destaca por ter sonoridade mais intensa do que as outras.

Em função do maior ou menor grau de intensidade sonora, as sílabas são denominadas:

Átona É a sílaba de menor intensidade – Ca - fé

Tônica É a sílaba de maior intensidade – Ca - fé

Subtônica

É a sílaba intermediária: sua intensidade fica entre a da tônica e da átona.

Ocorre principalmente nas palavras derivadas, correspondendo à sílaba tônica da palavra primitiva – Ca – fe - zinho

Classificação das palavras quanto a sílaba Tônica

Oxítonas São palavras cuja sílaba tônica é a última - funil, coração, café.

Paroxítonas São palavras cuja sílaba tônica é a penúltima - escola, livro, caderno.

Proparoxítonas São palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima - árvore, república, exército.

Page 11: Estudo da língua portuguêsa

MONOSSÍLABOS ÁTONOS E MONOSSÍLABOS TÔNICOS

Os monossílabos são tônicos ou átonos conforme a intensidade com que são pronunciados na frase.

Observe: “Que lembrança darei ao país que me deu tudo o que lembro e sei, tudo quanto senti?”

A. Átonos: são os que, ao, me, o e e, porque são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra vizinha. Ex: “Quelembrança, dareiao, queme, tudoque...”

B. Tônicos: são os deu e sei, porque têm autonomia fonética, não se apoiam na palavra vizinha.

Page 12: Estudo da língua portuguêsa

São átonos os seguintes monossílabos:

Os artigos: o, a, os, as, um, uns. Os pronomes pessoais oblíquos átonos: me, te, se, o, a, os, as,

lhe, nos, vos. As preposições: a, com, de, em, por, sem, sob. Combinações de preposição e artigo: à, ao, do, da, no, na, num

etc. Pronome relativo: que Conjunções: e, mas, nem, ou, que, se.

MONOSSÍLABOS ÁTONOS E MONOSSÍLABOS TÔNICOS

Page 13: Estudo da língua portuguêsa

São tônicos os demais monossílabos:

Pronomes pessoais oblíquos tônicos: mim, ti, vós. Pronomes possessivos: meu, teu, seu. Verbos: é, és, há, são, sei, dei, deu, leu. Substantivos: lar, dor, sol, bar, mar, pó, pá, fé. Adjetivos: mau, bom.

Observações:

Pode ocorrer que, conforme mantenha ou não sua autonomia fonética, um mesmo monossílabo seja átono numa frase, porém tônico em outra: Ex. Que é isso? (que = átono), você não veio por quê? (que = tônico).

Na língua falada, dependendo do sentimento do emissor, a sílaba pode ser enfatizada com intensidade e duração além do normal: é o chamado acento de intensidade. Ex. Socoooorro! Você é malvaaado! Muuuito melhor!

MONOSSÍLABOS ÁTONOS E MONOSSÍLABOS TÔNICOS

Page 14: Estudo da língua portuguêsa

ENCONTROS ESPECIAIS DE FONEMAS

ENCONTROS VOCÁLICOS

Tipos de encontros vocálicosOs encontros vocálicos podem ocorrer da seguinte maneira:

I. Ditongo: é o encontro vocálico em que uma vogal e uma semivogal são pronunciadas em uma única sílaba.Ex: P a i; s e – r i o; c o - r a - ç ã o

Page 15: Estudo da língua portuguêsa

ENCONTROS VOCÁLICOS

Dependendo da posição dos sons vocálicos, o ditongo classifica-se em:

A. Decrescente: quando a intensidade do som decresce da vogal (+ forte) para a semivogal (+ fraca). Exemplos: l e i – t e m u i – t o p ã o m ã e

B. Crescente: quando a intensidade do som cresce da semivogal (+ fraca) para a vogal (+ forte).Exemplo: q u a – t r o; g ê – n i o; es – p é – c i e á – g u a

Dependendo da maneira como ocorre a saída do ar, o ditongo classifica-se em:

a. Oral quando o ar sai totalmente pela boca: lei-te, céu, es-pé-cie;b. Nasal quando parte do ar sai pelas fossas nasais: pão, mãe, mui-to,

quando.

Page 16: Estudo da língua portuguêsa

ENCONTROS VOCÁLICOS

B. Tritongo: é o encontro vocálico em que uma vogal aparece entre duas semivogais numa única silaba. Exemplo: Pa – ra – g u a i, sa – g u ã o, U – ru – g u a i

 Assim como o ditongo, o tritongo também pode ser:

a. Oral: quando o ar sai totalmente pela boca: quais, iguais;b. Nasal: quando o ar sai pelas fossas nasais: sa-guão, quão.

Observação: os encontros vocálicos de palavras como praia, maio, feio, goiaba, baleia são assim separados: prai-a, mai-o, fei-o, goi-a-ba, ba-lei-a, formando um ditongo e um hiato. Na emissão dessas palavras, o que ocorre, na realidade, é o prolongamento da semivogal para a vogal seguinte: prai-(i)a, fei-(i)o, goi-(i)a-ba, ba-lei-(i)a, que resultaria, a rigor, em dois ditongos.

Page 17: Estudo da língua portuguêsa

ENCONTROS VOCÁLICOS

C. Hiato: É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.

Por Exemplo: saída (sa-í-da); poesia (po-e-si-a)

Page 18: Estudo da língua portuguêsa

ENCONTROS CONSONANTAIS

Encontro consonantal é a sequência de consoantes numa palavra sem vogal intermediária.

O encontro consonantal pode ocorrer:  

A. Na mesma sílaba – pe-dra, pla-no, cla-ro, pneuB. Em sílabas diferentes – tor-ta, rit-mo, lis-ta.

Page 19: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (I)

ORTOGRAFIA

Na língua portuguesa, nem sempre um fonema corresponde a uma única letra. Por exemplo, nas palavras jiló e gesto, o fonema (gê) é representado pelas letras j e g, respectivamente.

Além disso, as letras j e g têm o mesmo som antes de e e i.

Em caso de dúvida quanto à grafia de palavras, podemos recorrer ao dicionário. Há, portanto, algumas orientações ortográficas que nos ajudam a empregar adequadamente essas letras.

Page 20: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (I)

ORTOGRAFIA

I. Emprego da letra H:

A. A letra h:i. Permanece nos vocábulos unidos por meio do hífen. Ex: super-homem, pré-histórico.ii. É eliminada dos vocábulos compostos sem hífen. Ex: desonesto (des + honesto), reaver (re + haver).

Page 21: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (I)ORTOGRAFIA

II. Emprego do J: A. Emprega-se a letra j:

i. Nas palavras de origem árabe, indígena e africana: Ex: alforje (árabe), biju (indígena), acarajé (africana);

ii. Nos verbos terminados em jar e em toda a sua conjugação: Ex: arranjar – arranjei, arranjemos, arranje, arranjeis, arranjem;

iii. Nas palavras derivadas de outra que já possuem j: Ex: cereja – cerejeira; loja – lojista;

iv. Na terminação aje: laje, traje.

Page 22: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (I)ORTOGRAFIA

IV. Emprego do X e do CH:A. Emprega-se a letra X:

i. Geralmente depois de ditongos - baixo, ameixa, peixe. Exceções: caucho, recauchutar, recauchutagem;

ii. Depois de me inicial: ex: mexerico, mexido, México. Exceções: mecha, e seus derivados;

iii. Depois de en inicial: ex: enxaguar, enxotar, enxurrada. Exceções: encharcar, enchumaçar e seus derivados.

Page 23: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (I)ORTOGRAFIA

V. Emprego do S: A. Emprega-se o s:

i. Geralmente nos substantivos concretos: burguês, freguês. Exceções: xadrez, tez;

ii. Nos adjetivos derivados de substantivos: cortês (de corte), montês (de monte);iii. Nos sufixos ês, esa que indicam origem, procedência: português, portuguesa,

chinês, chinesa;iv. Nos sufixos oso e osa, que indicam qualidade em abundância, intensidade:

amoroso, duvidosa;v. No sufixo ense, que indica origem, naturalidade: rio-grandense, cearense;vi. Após ditongos: causa, maisena;vii. Nos verbos derivados de palavras que contêm s: analisar (de análise), frisar (de

friso)viii. Nas formas verbais de pôr e querer e seus derivados: pus, pôs, repusesse; quis,

quiser, quisesse;

Page 24: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (I)ORTOGRAFIA

VI. Emprego do Z: A. Emprega-se a letra z:

i. Nos sufixos ez e eza, que, somados a adjetivos, resultam em substantivos abstratos: lúcido – lucidez, pobre- pobreza;

ii. No sufixo izar de verbos formados a partir de palavra que não têm s na sílaba final: ameno – amenizar;

iii. Nas terminações zinho e zinha de palavras formadas a partir de outras que não tem s na sílaba final: homenzinho, mulherzinha;

Page 25: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (I)ORTOGRAFIA

VII. Emprego do c e do Ç: A. Emprega-se o c ou ç:

i. Nas palavras de origem árabe, tupi e africana; açaí, açúcar, caçula;

ii. Após ditongos: eleição, louça, coice;iii. Nos sufixos aça, aço, ação, ecer, iça, iço, nça uça, uço:

barcaça, mormaço, embarcação, entardecer, justiça, maciço, criança, dentuça.

Page 26: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (I)ORTOGRAFIA

VIII. Emprego do SS:A. Emprega-se as letras ss:

i. Nas formas verbais do pretérito do subjuntivo: amássemos, sentíssemos;

ii. Nos substantivos derivados de verbos terminados em der, dir, mir e tir, se essas terminações não forem antecedidas por n ou r: ceder – cessão; regredir – regressão; imprimir – impressão; admitir – admissão.

Page 27: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

As regras de acentuação gráfica referem-se ao emprego dos acentos agudo e circunflexo.

A seguir, a relação das palavras que possuem acento gráfico.

I. Todas as palavras proparoxítonas:A. Reais: ex. sábado, elétrico, propósito, límpido, lúcido,

lâmpada, excêntrico, fôlego etc.B. Aparentes: ex. náusea, série, glória, lírio, lúcia, crânio, gênio,

nódoa etc.

Page 28: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

II. As palavras paroxítonas terminadas em: 

a. N – hífen, elétronb. I – júri, dândic. R – açúcar, câncerd. Is – júris, dândise. L – túnel, têxtilf. Um, -Uns – álbum, álbuns.g. X – tórax, ônixh. Us – vírus, ânusi. Ã(s) – órfã, órfãsj. Ão(s) – órfão, órfãos; bênção, bênçãosk. Ei(s) jóquei, jóqueis, pônei, pôneisl. Ps – bíceps

Page 29: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

III. As palavras oxítonas terminadas em:

i. a(s) – sofá, sofásii. e(s) – café, cafés, ipê, ipêsiii. o(s) – avó, avós, avô, avôsiv. em (-ens) – também, além, porém, detém deténs, haréns,

armazéns etc. incluem-se nesta regra as formas verbais oxítonas seguidas de pronome: encontrá-lo, perdê-lo, compô-lo.

Page 30: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

IV. Os monossílabos tônicos terminados em:

i. a(s) – há, pá, pásii. e(s) – é, és, ré, pé, pés, lê, lêsiii. o(s) – ó, pó, cós, pôs

Page 31: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

VI. Os hiatos –i e –u, quando:a. Sozinhos na sílaba. Ex. sa-í-da, sa-ú-de, ju-í-zes, Pi-au-íb. Acompanhados da consoante “s”. Ex. pa-ís, ba-úsc. Incluem-se nesta regra as formas verbais seguidas de pronome:

atraí-lo, possuí-la.d. Mesmo formando sílaba sozinhos, -i e –u não levam acento

gráfico: i. Se a sílaba seguinte for iniciada por nh (ra-i-nha, ba-i-nha)ii. Se estiverem precedidos de ditongo em palavras paroxítonas:

bai-u-ca; cau-i-ra.e. Não recebem acento circunflexo as palavras terminadas em hiato

oo: abençoo, voo (subs. E verbo).

Page 32: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Os verbos:

A. Ter e vir e seus compostos na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo. Ex. ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele detém, eles detêm

B. Pôde, no tempo passado para se distinguir de pode, tempo presente. Ex. ontem ela pôde sair, hoje ela não pode.

C. Pôr para se distinguir da preposição por. Ex. Por favor, passe-me o prato para eu pôr comida.

Page 33: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Observações em relação ao verbos:

a. Não levam acento agudo na vogal tônica U as forma rizotônicas dos verbos arguir e redarguir (arguo, arguis, argui, arguem, argua, arguam).

b. Os verbos enxaguar, averiguar, delinquir e afins apresentam duas pronúncias nas formas rizotônicas: uma acentuada no U, mas sem marca gráfica (enxaguo, enxague; averiguo, averigue; delinques, delinquem) e outra acentuada no A ou no I e com marca gráfica (enxáguo, enxágue; averíguo, averígue, delínques, delínquem).

c. Não se acentuam a 3ª pessoa do plural do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler e ver: creem, descreem; leem, releem.

Page 34: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Casos especiais de acentuação gráfica:

A. Admite-se acento agudo ou circunflexo:i. Em algumas palavras oxítonas terminadas em –e. Ex. bebé,

bebê, bidé, bidê, canapé, canapê, caraté, caratê; croché, crochê; guiché, guichê; matiné, matinê; nené, nenê.

ii. Nas vogais tônicas e e o em posição final de sílaba, seguidas de m ou n, das palavras paroxítonas e proparoxítonas. Ex. sémen, sêmen; ónix, ônix; Fenix, Fênix; pónei, pônei; ténis, tênis; pénis, pênis; bónus, bônus; ónus, ônus; Vénus, Vênus; tónico, tônico; académico, acadêmico; António, Antônio.

Page 35: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Casos especiais de acentuação gráfica:

B. É facultativo:i. O emprego do acento agudo: na 1ª pessoa do plural do

pretérito perfeito do indicativo (amámos, cantámos etc.) para se distinguir das correspondentes formas do presente (amamos, cantamos etc.)

ii. O emprego do acento circunflexo na 1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo dar (dêmos) para se distinguir da forma correspondente do pretérito do indicativo (demos).

Page 36: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Outros sinais Gráficos. Além dos acentos gráficos, há outros sinais.

A. Til (~): emprego sobre as letras a e o para indicar a nasalização dessas vogais: manhã, coração, coraçõezinhos, põe;

B. Apóstrofo (’): geralmente empregado para indicar a supressão de uma vogal: d’Os Lusíadas, Sant’Ana, pau-d’alho, minh’alma;

C. Trema ( ¨ ): empregado apenas em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Müller, mülleriano.

Page 37: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Emprego do Hífen

Na formação dos compostos, o hífen é empregado:1. Nos substantivos e adjetivos compostos por justaposição de

maneira geral, mesmo sendo o primeiro elemento reduzido. Ex. Amor-perfeito, norte-americano, tenente-coronel, arco-íris.

Observação: os compostos por justaposição que perderam, até certo ponto, a ideia de composição não apresentam hífen: girassol, mandachuva, madressilva, pontapé, paraquedas etc.

Page 38: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Emprego do Hífen

Na formação dos compostos, o hífen é empregado:2. Nos substantivos compostos que designam espécies botânicas e

zoológicas, estando ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento – couve-flor, erva-doce, andorinha-do-mar, cobra-d’agua, bem-tive etc.

3. Nos nomes iniciados por grã, grão ou forma verbal, ou ainda se houver ligando seus elementos – Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos etc.

Observação: Os demais nomes de lugares são separados e sem hífen. Ex. América do Sul, Belo Horizonte, Mato Grosso do Sul etc. Guiné-Bissau é uma exceção.

Page 39: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Emprego do Hífen

Na formação dos compostos, o hífen é empregado:4. Nas formações com os advérbios, bem e mal:

a. Usa-se hífen se elemento seguinte começar por vogal ou h. Ex. bem-aventurado, bem-humorado, mal-estar, mal-humorado etc.

b. Ao contrário de mal, o advérbio bem pode não se unir ao elemento seguinte começado por consoante que não seja h. Ex. bem-criado (malcriado), bem-ditoso (malditoso), bem-mandado (malmandado), bem-falante (malfalante) etc.

Observação: em muitos casos, porém, o advérbio bem liga-se ao elemento seguinte sem hífen: benfazejo, benfeito, benquerença etc.

Page 40: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Emprego do Hífen

Na formação dos compostos, o hífen é empregado:

5. Nas formações com os elementos além, aquém, recém e sem. Ex. além-mar, aquém-fronteiras, recém-casado, sem-vergonha etc.

6. Não se usa hífen nas locuções de qualquer tipo, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso, como água-de-colônia, cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa. Ex. cão de guarda, fim de semana, sala de jantar, cor de café com leite etc.

Page 41: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Palavras Formadas com PrefixosA. Regra Geral: Nas formações com prefixos, usa-se o hífen:

a) Quando o segundo elemento começa por H. Ex. auto-hipnose, contra-harmõnico, extra-humano, infra-hepático, sub-hepático, co-herdeiro, pré-histórico, semi-hospitalar, pan-helenismo, neo-helenismo etc.

Observação: não se emprega o hífen em formações que contém, em geral, os prefixos des- e –in e em que o segundo elemento perdeu o h inicial. Ex. desumano, inábil, inumano etc.

b) Quando o segundo elemento começa com a mesma vogal com que termina o prefixo ou pseudoprefixo. Ex. auto-observação, contra-argumento, semi-interno, micro-onda, anti-ibérico, supra-auricular, infra-axilar, extra-atmosférico, intra-articular etc.

Observação: o prefixo co- liga-se sem hífen mesmo quando a vogal inicial do elemento seguinte for o. Ex. cooperar, coordenar, coobrigação, coocupante etc.

Page 42: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Palavras Formadas com PrefixosRegras Especiais: Ligam-se por meio de hífen ao elemento seguinte:

Prefixos Se o elemento seguinte começar por: Exemplos

Hiper-

H e R

Hiper-humano, hiper-requintado

Inter- Inter-hemisférico, inter-resistente

Super- Super-herói, super-revista

Sob- R Sob-roda

Ad-,ab-, ob- R Ad-renal, ab-rogar, ob-reptício

Sub- B, H, R Sub-base, sub-hepático, sub-região

Circum- H e vogal Circum-hospitalar, circum-escolar

Pan- M e N Pan-mágico, pan-negritude

Page 43: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Palavras Formadas com PrefixosRegras Especiais: Emprega-se também o hífen nas palavras formadas com os prefixos tônicos acentuados graficamente quando o segundo elemento tem vida à parte.

Prefixos Exemplos

Pré- Pré-história, pré-escolar, pré-operatório, pré-fabricado, pré-natal

Pró- Pró-homem, pró-europeu, pró-ocidental, pró-africano

Pós- Pós-hipnótico, pós-eleitoral, pós-operatório, pós-modernismo, pós-graduação

Page 44: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Palavras Formadas com PrefixosRegras Especiais: Não se encaixam nas regras expostas:

Prefixos Motivo Exemplos

Ex (estado anterior)

Praticamente ligam-se por meio de hífen

Ex-namorado, ex-presidente

Sota- Sota-piloto, sota-ministro

Soto- Soto-mestre, soto-capitão

Vice- Vice-presidente, vice-campeão

Vizo- Vizo-rei

Des- Não se usa em geral o hífen nas formações em que o segundo elemento

perdeu o H inicial

Desumano, desabituar, desabitar

In- Inumano, inábil, inabilidade

Page 45: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Emprego do Hífen:Não se emprega o hífen:

A. Nas formações em que o prefixo termina por vogal e o elemento seguinte começa por vogal diferente. Ex. autoescola, agroindustrial, aeroespacial, coeducação, extraescola etc

B. Nas formações em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, dobrando-se a consoante. Ex. contrarregra, cosseno, microssistema etc.

Page 46: Estudo da língua portuguêsa

EXPRESSÃO ESCRITA (II)REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Emprego do Hífen:Outros Casos em que se Emprega o hífen - O hífen é também empregado em outras situações:

a. Para dividir a palavra na passagem de uma linha para outra e na representação gráfica de divisão silábica.

b. Para ligar os pronomes oblíquos enclíticos e mesoclíticos ao verbo. Ex. encontrei-o, encontra-lo, dei-lhe, encontrá-lo-ei, dar-lhe-emos.

c. Para ligar as formas pronominais enclíticas ao advérbio. Ex. eis-me, ei-lo.

d. Para ligar palavra que formam encadeamento vocabulares. Ex. ponte Rio-Niterói, percurso Brasília-São Paulo-Rio de Janeiro.

Page 47: Estudo da língua portuguêsa

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA• PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e

exercícios / Pascholin & Spadoto. – Ed. Renovada. – São Paulo: FTD, 2008