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Aluno: Daniel Staciarini Corrêa Orientador: Dr. Aldi Fernandes de Souza França UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL SEMINÁRIOS APLICADOS

Fertilizantes de liberação lenta

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Page 1: Fertilizantes de liberação lenta

Aluno: Daniel Staciarini CorrêaOrientador: Dr. Aldi Fernandes de Souza França

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

SEMINÁRIOS APLICADOS

Page 2: Fertilizantes de liberação lenta

• INTRODUÇÃO

• REVISÃO BIBLIOGRÁFICA– Fertilizantes– Fertilizantes de liberação lenta/controlada– Os fertilizantes e o meio-ambiente– Produtividade– Pastagens

• CONSIDERAÇÕES FINAIS

• REFERÊNCIAS

ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO

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Page 3: Fertilizantes de liberação lenta

Pastagens• 158.753.866 ha em 2.277.211 propriedades

(IBGE, 2006)

– Em apenas 10% é feita adubação das pastagens(IBGE, 2006)

– A falta de cuidados com a fertilidade do solo é oprincipal obstáculo à sustentabilidade da pecuáriabovina (MARTHA JR & VILELA, 2007)

– Degradação

• 80% das pastagens do Brasil (MACEDO et al., 2000 eDIAS-FILHO, 2011)

INTRODUÇÃO

Baixos índices zootécnicos:Baixa taxa de lotaçãoBaixo desfruteAlto intervalo entre partosAlto intervalo entre gerações

BAIXA PRODUTIVIDADE PECUÁRIA

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Page 4: Fertilizantes de liberação lenta

Os Fertilizantes• Produtos que supram a demanda das plantas por

minerais que elas não conseguem obter do solo(MALAVOLTA et al., 2002).– Macronutrientes:

• Nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), magnésio (Mg), cálcio (Ca)e enxofre (S);

– Micronutrientes:• Boro (B), cloro (Cl), cobalto (Co), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês

(Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni), selênio (Se), zinco (Zn) e, paraalgumas plantas, o sódio (Na).

• (ANDA, 2012) - 28.326.255 t consumidas em 2011,– 9.860.779 t produzidas no Brasil,

– 19.851.069 t importadas.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Nitrogênio

• Consumo mundial em 2010 = 312.350.000 t(IFA, 2012)

• É um componente central das proteínas,ácidos nucléicos, dos hormônios e da clorofila(DIAS-FILHO, 2011);

• Afeta o alongamento foliar, a taxa deperfilhamento e favorece a formação degemas axilares (SILVA et al., 2008).

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Page 6: Fertilizantes de liberação lenta

Figura 1 - Altura e produção de matéria seca das forrageiras

Mombaça, Mulato e Tanzânia em função da adubação de

cobertura com nitrogênio.** = significativo a 1% de probabilidade.

Fonte: Adaptado de CASTAGNARA et al. (2010).

Figura 2 – Número de folhas por perfilho e acúmulo de

matéria seca das forrageiras Mombaça, Mulato e Tanzânia

em função da adubação de cobertura com nitrogênio.** = significativo a 1% de probabilidade.

Fonte: Adaptado de CASTAGNARA et al. (2010).

A resposta das plantas ao Nitrogênio tende a ser

linear

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Page 7: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICAFósforo• Essencial na fotossíntese e respiração;• Faz parte do DNA;• Promove o desenvolvimento radicular;

(MALAVOLTA et al., 2002)

• É o elemento que mais limita a produção agropecuárianos solos de clima tropical, especialmente nos solossob Cerrado;

• Tendência a ligar-se ao Al, Fe e Ca do solo, ou seradsorvido às partículas de argila ou aos óxidos de Fe eAl, ficando menos disponível para ser absorvido pelasplantas;

(RESENDE & FURTINI NETO, 2007)

• Consumo mundial em 2010 = 84.809.000 t (IFA, 2012)

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Page 8: Fertilizantes de liberação lenta

Figura 3 - Produção de massa seca das folhas (g.vaso-1) do capim-tanzânia, em função das doses de P. Adaptado de RODRIGUES & ROSA (2004).

Figura 4 - Produção de massa seca dos colmos (g.vaso-1) do capim-tanzânia, em função das doses de P.Adaptado de RODRIGUES & ROSA (2004).

Folhas

Colmos

OBS: 1 mg.dm-3 = 0,5 kg.ha-1

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Page 9: Fertilizantes de liberação lenta

Potássio

• É necessário para a formação dos açúcares nasfolhas e para seu transporte para os demaisórgãos;

• Contribui para a resistência ao frio e a pragas;

(MALAVOLTA et al., 2002)

• Consumo mundial em 2010 = 31.732.000 t (IFA, 2012)

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Page 10: Fertilizantes de liberação lenta

Figura 5 - Produção de matéria seca do capimxaraés em função das doses de N e K, média detrês cortes. Adaptado de COSTA et al. (2008).

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Page 11: Fertilizantes de liberação lenta

Figura 7 - Raízes do capim-tanzâniadesenvolvidas com aplicação de potássio[(0,4 mmol/L) (acima) ou (11,6 mmol/L)(abaixo). Adaptado de MONTEIRO &CONSOLMAGNO NETO (2008).

Figura 6 - Superfície radicular do capimtanzânia em função da dose de potássio.Adaptado de MONTEIRO & CONSOLMAGNONETO (2008).

OBS: 1 mmol/L = 1 mg.dm-3

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Page 12: Fertilizantes de liberação lenta

Adubação• Perda de nutrientes:

– Volatilização,

– Lixiviação,

– Percolação,

– Indisponibilização do nutriente

Solo e planta são dois sistemas antagônicos que competem pelos mesmos nutrientes do solo, e essa competição é a principal razão pela qual

apenas uma proporção dos nutrientes é capturado e utilizado pelas plantas (TRENKEL, 1997).

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Page 13: Fertilizantes de liberação lenta

Fertilizantes de liberação lenta/controlada

• Produto que contém um ou mais nutrientesvegetais que:

– a) atrasa a disponibilidade de absorção e uso dosnutrientes pela planta;

– b) ficam disponíveis para a planta por um temposignificantemente maior do que o fertilizantereferência.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

TRENKEL (1997)

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Page 14: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Fertilizantes de liberação lenta/controlada: Encapsulamento

Encapsulamento do tipo MATRIZ:

O princípio ativo (nutriente) é disperso em uma matriz composta de material inerte einsolúvel e difunde-se por essa matriz através de seus poros (LIANG et al., 2007).

Figura 8 - Imagem do compostopeletizado. Adaptado de PEREIRAet al. (2012)

Figura 9 - Microscopia eletrônica de varredurada matriz de argila (montmorilonita) + uréia(1:4) aumentada 20.000 x. Adaptado dePEREIRA et al. (2012)

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Page 15: Fertilizantes de liberação lenta

NP

K

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Fertilizantes de liberação lenta/controlada: Encapsulamento

Revestimento com MATERIAL INERTE:O produto comercial é revestido por um material inerte e sua liberação se dá pela difusãodo fertilizante pelo revestimento (LIANG et al., 2007).

Figura 10 - Imagem fertilizante de liberação lenta(nitrogênio + boro) revestido por argila(atapulgita). Adaptado de XIE et al. (2011).

P

P

N

N

K

K

15

Page 16: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Fertilizantes de liberação lenta/controlada: Encapsulamento

Revestimento com PRODUTOS BIODEGRADÁVEIS:A liberação do nutriente depende da taxa de degradação do revestimento, que por suavez é dependente de seu peso ou complexidade molecular, do pH do solo, datemperatura, de micro-organismos do solo e da umidade (LIANG et al., 2007).

Figura 11 - Microscopia eletrônica de varredura dasuperfície de grânulos de uréia revestidos comproduto à base de lignina (Bioplast®). Adaptado deMULDER et al. (2011).

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Page 17: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Fertilizantes de liberação lenta/controlada: Encapsulamento

Figura 12 - Comportamento de liberação dopotássio, fósforo e nitrogênio encapsuladosno solo. Adaptado de LIANG et al. (2007).

K

P

N

Figura 13 - Comportamento deliberação do potássio, fósforo enitrogênio encapsulados no solo.Adaptado de NI et al. (2010).

NK

P

Ácido poliacrílico co-acrilamida + caulimDuplo revestimento com alginato de sódio

Produtos diferentes para necessidades diferentes

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Page 18: Fertilizantes de liberação lenta

• São usados para retardar a nitrificação doamônio (NH4

+);

• Deprimem a atividade das bactérias do gêneroNitrossomas no solo.

• Essas bactérias transformam o NH4+ em nitrito

(NO2-) (tóxico), que posteriormente será

transformado em nitrato (NO3-) pelas

bactérias Nitrobacter e Nitrosolobus(TRENKEL, 1997).

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Inibidores de nitrificação

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Page 19: Fertilizantes de liberação lenta

• A urease é uma enzima produzida por bactérias e fungos dosolo, que é capaz de hidrolisar a uréia aplicada na superfíciedo solo (BARTH, 2009).

• A partir da hidrólise é formado o carbonato de amônio[(NH4

+)2CO3], que é instável e se desdobra em amônia (NH3),CO2 e H2O. Essa amônia formada pode volatilizar,diminuindo o aproveitamento do N aplicado (BARTH, 2009).

• O atraso na hidrólise reduz a concentração de NH3 nasuperfície do solo, diminuindo o risco de volatilização epermite o deslocamento da uréia para horizontes maisprofundos do solo (CONTIN, 2007).

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Inibidores de urease

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Page 20: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resíduos químico-biológicos

• É o aproveitamento de resíduos industriaiscomo fertilizantes de liberação lenta;

• Uma forma de dar destinação nobre aresíduos potencialmente perigosos;

• Podem ser utilizados vários produtos:

– Restos de carcaças de animais (SHARROCK et al.,2009)

– Resíduo de curtume (NOGUEIRA et al., 2010)

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Page 21: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resíduos químico-biológicos

Figura 14 - Microscopia eletrônica de varredura doresíduo da produção do couro “wet blue” apósextração do crômio e enriquecimento com P e K,número de panículas (A) e matéria seca (B) dosgrãos de arroz submetido a diversos tratamentos.Adaptado de NOGUEIRA et al. (2010).

mer

o d

e p

aníc

ula

s

Mat

éria

sec

a gr

ãos

(%)

A B

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Page 22: Fertilizantes de liberação lenta

Os fertilizantes e o meio-ambiente

• Eutrofização das águas superficiais esubterrâneas:

– Lixiviação e percolação de P e N;

• Produção de gases de efeito estufa:

– Volatilização do óxido nitroso (N2O)

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Page 23: Fertilizantes de liberação lenta

NN

PP

N P

N

N N

P

P

LIXIVIAÇÃOPERCOLAÇÃO

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Page 24: Fertilizantes de liberação lenta

NH

H

H

H

O

N

N

N

OO

O

O O

N

N

N

O

OO

O

H

H

O

O

O

HO

N N

NITRIFICAÇÃODENITRIFICAÇÃO

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Page 25: Fertilizantes de liberação lenta

Os fertilizantes e o meio-ambiente• Os processos de nitrificação e denitrificação são mais

intensos em regiões tropicais, pois a atividade dosmicro-organismos nitrificantes e denitrificantes édependente da temperatura.

• Outros fatores que determinam a emissão de N2Osão a textura do solo, a disponibilidade deamônio, nitrato e oxigênio no solo, a umidade, o tipode fertilizante utilizado, a quantidade e taxa demineralização da matéria orgânica e o pH do solo(solos de pH neutro ou alcalino favorecem odesenvolvimento de micro-organismos)

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

RAVELO et al. (2007); SNYDER et al. (2009).25

Page 26: Fertilizantes de liberação lenta

Os fertilizantes e o meio-ambiente

• O nitrogênio que volatiliza das aplicações defertilizantes se deposita em outros locais, entrano sistema planta-solo sofre transformações queresultam em emissões de N2O;

• Uma parte do NO3- escorre para os sistemas

aquáticos e pode ser denitrificado, se tornandouma fonte de óxido nitroso.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

DEL GROSSO et al. (2009)

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Page 27: Fertilizantes de liberação lenta

Os fertilizantes e o meio-ambienteREVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Figura 15 - Emissão de N2O por tipo de fertilizante nocultivo do trigo.FC = fertilizante comercial;FL = fertilizante de liberação lenta;FO = fertilizante orgânico.Adaptado de RAVELO et al., (2007).

Emis

são

de

N2O

(kg

.ha-1

)

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Page 28: Fertilizantes de liberação lenta

Os fertilizantes e o meio-ambiente

• YAN et al. (2008) estimam que a perda denitrogênio chega a 45% do total aplicado;

• CIVARDI et al. (2011) relatam perdas de:

– 78% para o nitrogênio aplicado na forma de uréia;

– 37% para uréia + nitrato de amônio;

– 27% para uréia + sulfato de amônio;

– 15% para o sulfato ou nitrato de amônio.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Page 29: Fertilizantes de liberação lenta

Os fertilizantes e o meio-ambiente• Os fertilizantes químicos possuem fontes de fósforo

altamente solúveis em água, o que faz com que nasprimeiras chuvas após a adubação grande partedesse fósforo seja lixiviado.

• A quantidade de P lixiviado depende da quantidadede P no fertilizante, do tipo de vegetação e daintensidade da chuva.

• A quantidade de fósforo perdida na primeira chuvaapós a aplicação do fertilizante pode variar de 0,1 a125,0 mg P.L-1 de água.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

HART et al. (2004)29

Page 30: Fertilizantes de liberação lenta

Os fertilizantes e o meio-ambiente• Solo e plantas são fontes significantes de P, porém, o

maior efeito é provocado pelos fertilizantesinorgânicos recém-aplicados e não incorporados aosolo;

• O fósforo é tido como um recurso natural nãorenovável, (seu ciclo é medido em milênios) oesgotamento desse recurso pode colocar em risco aprodução de alimentos para toda a populaçãomundial.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

VADAS et al. (2008); DAWSON & HILTON (2011)

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Page 31: Fertilizantes de liberação lenta

• Amplo estudo foi conduzido por GRANT et al.(2012) e os resultados obtidos mostraram que ouso da uréia de liberação lenta, na maioria doscasos, retardou o desenvolvimento inicial dasculturas, promovendo menor produção dematéria seca, porém, nas regiões mais úmidas, ouso da uréia de liberação controlada ou damistura 50% uréia + 50% uréia de liberaçãocontrolada promoveu aumento na produção degrãos do trigo e da canola.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICAPRODUÇÃO DE TRIGO E CANOLA

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Page 32: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Produção de Grãos (t.ha-1)Contraste

UR x ULC UR x MIST

Trigo

UR 2,59

0,0737 0,0125ULC 2,79

MIST 2,88

Canola

UR 3,21

ns 0,0298ULC 3,22

MIST 4,14

Tabela 1 - Produção de grãos (t.ha-1) do trigo e canola em função do tipo de

fertilizante, uréia (UR), uréia de liberação controlada (ULC) ou mistura de 50%

de cada (MIST).

Fonte: Adaptado de GRANT et al. (2012).

PRODUÇÃO DE TRIGO E CANOLA

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Page 33: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICAPRODUÇÃO DE TOMATE

Figura 16 - Efeitos interativos de fertilizante foliar à base cobre e uréia de liberação

controlada sobre o rendimento total de tomate. Barras de erro padrão indicam erro

padrão da média e letras diferentes indicam diferença significativa para p ≤ 0,05.

CK= água destilada; NF= controle para o fertilizante sólido; CRU= uréia de

liberação controlada; KCD= fertilizante comercial (Cu); CFF= fertilizante foliar à

base de cobre.

Adaptado de ZHU et al. (2012).

Pro

dução T

ota

l (g

.pla

nta

-1)

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Page 34: Fertilizantes de liberação lenta

Data de amostragemEfic. de

uso do

N (%)

Eficiência

agronômica do N

(kg.kg-1)Tratamento 31 36 41 46 51 56 61

CCF 12,68 14,79 29,92 42,7 53,04 54,98 59,14 59,14 24,24

UCRF 54,66 21,34 31,38 40,12 56,78 61,26 70,54 70,54 32,56

REVISÃO BIBLIOGRÁFICAPRODUÇÃO DE ARROZ

Tabela 2 - Eficiência de utilização do nitrogênio pelas plantas de arroz durante o estágio de crescimento

CCF = fertilizante comum (uréia); UCRF = fertilizante de liberação controladaFonte: Adaptado de DONG & WANG (2007).

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Page 35: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICAPASTAGENS

• São raras as pesquisas avaliando o uso defertilizantes de liberação lenta e/ou controladaem pastagens, mais raros ainda são trabalhosavaliando estes produtos por períodos longos.

• Diferente das culturas anuais, que, por possuíremciclo curto, necessitam dos nutrientesprontamente disponíveis, as pastagens precisamdos nutrientes durante todo ano, pois passam porseus ciclos produtivos e reprodutivos várias vezesdurante seu período de utilização.

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Page 36: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICAPASTAGENS

Figura 17 – Recuperaçãodo N aplicado noscomponentes dapastagem de capim-tanzânia adubada com40, 80 e 120 kg ha-1 deN-ureia.Os coeficientes dasequações apresentadas sãosignificativos (p < 0,05).As barras verticais indicam oerro-padrão da média.Fonte: MARTHA JÚNIOR et

al. (2009).

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Page 37: Fertilizantes de liberação lenta

REVISÃO BIBLIOGRÁFICAPASTAGENS

Figura 16 - Eficiência média de utilização do N empastagens de Mombaça, Mulato e Tanzânia, em função daadubação de cobertura com nitrogênio.Adaptado de CASTAGNARA et al. (2011).

Máxima eficiência

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Page 38: Fertilizantes de liberação lenta

• Fertilizantes de liberação lenta/controladacontribuem para a agricultura e para o meio-ambiente:– Reduzindo o desperdício de nutrientes, a

contaminação dos solos e das águas e a emissão degases de efeito estufa.

• Devem ser usados em conjunto com osfertilizantes tradicionais:– Enquanto os fertilizantes solúveis fornecem o aporte

inicial de nutrientes, os de liberação lenta garantemesse aporte nos períodos de desenvolvimento ereprodução das plantas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Page 39: Fertilizantes de liberação lenta

• A frequência com que são encontrados novosprodutos, novas maneiras de se proteger osnutrientes, novos materiais paraencapsulamento mostra que a pesquisaavança a passos largos e que ainda existemuita coisa nova a ser descoberta.

• Os estudos desses produtos em pastagens éescasso, o estudo deles na produção animalmais escasso ainda.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Page 40: Fertilizantes de liberação lenta

• Se o Brasil quiser manter sua posição como umdos líderes mundiais em produção e exportaçãode proteína de origem animal, deve começar aolhar para o campo dos fertilizantes de liberaçãolenta, pois à medida que a concorrência aumentae os custos de produção se elevam, a necessidadede uma produção economicamente viável(altamente tecnificada e sem desperdícios) eambientalmente sustentável se torna cada vezmais premente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Page 41: Fertilizantes de liberação lenta

• ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos). Principais indicadores dosetor de fertilizantes, 2012. [online]. Disponível em:http://www.anda.org.br/estatistica//principais_indicadores_2012.pdf. Acesso em:10 ago. 2012.

• BARTH, G. Inibidores de urease e de nitrificação na eficiência de uso de adubosnitrogenados. 2009. 79 f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,Universidade de São Paulo, Piracicaba.

• CASTAGNARA, D. D.; ZOZ, T.; KRUTZMANN, A.; UHLEIN, A.; MESQUITA, E. E.; NERES,N. A.; OLIVEIRA, P. S. R. Produção de forragem, características estruturais eeficiência de utilização do nitrogênio em forrageiras tropicais sob adubaçãonitrogenada. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 32, n. 4, p. 1637-1648, 2011.

• CIVARDI, E. A.; SILVEIRA NETO, A. N.; RAGAGNIN, V. A.; GODOY, E. R.; BROD, E.Uréia de liberação lenta aplicada superficialmente e uréia comum incorporada aosolo no rendimento do milho. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 41, n. 1,p. 52-59, 2011.

• CONTIN, T. L. M. Uréia tratada com inibidor da urease nbtp na adubação de cana-de-açúcar colhida sem despalha a fogo. 2007. 72 f. Dissertação (Mestrado emAgricultura Tropical e Subtropical) – Programa de Pós-Graduação em AgriculturaTropical e Subtropical, Instituto Agronômico, Campinas.

• COSTA, K. A. P.; ARAÚJO, J. L.; FAQUIN, V.; OLIVEIRA, I. P.; FIGUEIREDO, F. C.;GOMES, K. W. Extração de macronutrientes pela fitomassa do capim-xaraés“xaraés” em função de doses de nitrogênio e potássio. Ciência Rural, Santa Maria,v. 38, n. 4, p. 1162-1166, 2008.

REFERÊNCIAS

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Page 42: Fertilizantes de liberação lenta

• DAWSON, C. J.; HILTON, J. Fertiliser availability in a resource-limited world:Production and recycling of nitrogen and phosphorus. Food Policy,Guildford, v. 36, suplemento 1, p. S 14-S 22, 2011.

• DEL GROSSO, S. J.; OJIMA, D. S.; PARTON, W. J.; STEHFEST, E.;HEISTEMANN, M.; DeANGELO, B.; ROSE, S. Global scale DAYCENT modelanalysis of greenhouse gas emissions and mitigation strategies for croppedsoils. Global and Planetary Change, Amsterdam, v. 67, n.1-2, p. 44-50,2009.

• DIAS-FILHO, M. B. Degradação de Pastagens: processos, causas eestratégias de recuperação. Belém, Editora do Autor, 4 ed, 2011, 215 p.

• DONG, Y.; WANG, Z. Release characteristics of different n forms in anuncoated slow/controlled release compound fertilizer. AgriculturalSciences in China, v. 3, n. 6, p. 330-337, 2007.

• GRANT, C. A.; WU, R.; SELLES, F.; HARKER, K. N.; CLAYTON, G. W.; BITTMAN,S.; ZEBARTH, B. J.; LUPWAYI, N. Z. Crop yield and nitrogen concentrationwith controlled release urea and split applications of nitrogen ascompared to non-coated urea applied at seeding. Field Crops Research,Amsterdam, v. 127, n. 27, p. 170-180, 2012.

• HART, M. R.; QUIN, B. F.; NGUYEN, M. L. Phosphorus runoff fromagricultural land and direct fertilizer effects: A Review. Journal ofEnvironmental Quality, Madison, v. 33, n. 6, p. 1954-1972, 2004.

REFERÊNCIAS

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Page 43: Fertilizantes de liberação lenta

• IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo Agropecuário2006: Brasil, grandes regiões e unidades da Federação. Rio deJaneiro, IBGE, 2006, 775 p.

• ______. Produção Pecuária Municipal 2010. Rio de Janeiro, IBGE, v.38, 2010, 61 p.

• IFA (International Fertilizer Industry Association). Production and tradestatistics covering nitrogen, phosphate, potash and sulphur products:production, exports, imports from 1999 to 2010 (calendar year) [online].Disponível em:http://www.fertilizer.org/ifa/HomePage/STATISTICS/Production-and-trade.Acesso em: 27 jul. 2012.

• LIANG, R.; LIU, M.; WU, L. Controlled release NPK compound fertilizer withthe function of water retention. Reactive & FunctionalPolymers, Amsterdam, v. 67, n. 9, p. 769-779, 2007.

• MACEDO, M. C. M.; KICHEL, A. N.; ZIMMER, A. H. Degradação ealternativas de recuperação e renovação de pastagens.EMBRAPA/CNPGC, Comunicado Técnico, n. 62, Campo Grande, 2000, 4 p.

• MALAVOLTA, E.; PIMENTEL-GOMES, F.; ALCARDE, J. C. Adubos &Adubações. São Paulo, Nobel, Edição revista e atualizada, 2002, 200 p.

REFERÊNCIAS

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Page 44: Fertilizantes de liberação lenta

• MARTHA JÚNIOR, G. B.; VILELA, L. Uso de fertilizantes em pastagens. In:MARTHA JÚNIOR, G. B.; VILELA, L.; SOUSA, D. M. G. Cerrado: uso eficientede corretivos e fertilizantes em pastagens. Planaltina – DF, Ed. EmbrapaCerrados, 2007, p. 43-68.

• MARTHA JÚNIOR, G. B.; CORSI, M.; TRIVELIN, P. C. O.; VILELA, L.Recuperação de 15N-uréia no sistema solo-planta de pastagem de capim-tanzânia. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 33, n.1, 2009.

• MONTEIRO, F. A.; CONSOLMAGNO NETO, D. Sistema radicular do capim-tanzânia adubado com potássio e magnésio. Rvista Brasileira deZootecnia, Viçosa, v. 37, n. 5, p. 810-818, 2008.

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