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ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO Rio Branco/2013 FACULDADE META Curso: Pedagogia Disciplina: Filosofia Professora: Ademildes Castro Período: 2º Pedagogia

Filosofia 1 (1)

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ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO

Rio Branco/2013

FACULDADE METACurso: PedagogiaDisciplina: FilosofiaProfessora: Ademildes CastroPeríodo: 2º Pedagogia

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RESUMO

  Neste capítulo, Paulo Freire (2003) ressalta a necessidade dos educadores criarem as possibilidades para a produção ou construção do conhecimento pelos alunos(as), num processo em que o professor e o aluno não se reduzem à condição de objeto um do outro. Insiste que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção, e que o conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente pedagógico.

 Esse raciocínio existe porque somos seres humanos e, como tal, temos consciência que somos inacabados: seria a inconclusão existencial de todo ser humano. É esta consciência que nos motiva a pesquisar, conhecer e mudar o que está condicionado, mas não determinado. Passa-se assim, a ser sujeito e não apenas objeto da história, pois não se deve ver situações como fatalidades e sim estímulo para mudá-las.

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INTRODUÇÃO

Todos devem ser respeitados pela sua autonomia, por isso uma auto-avaliação dos alunos seria um bom recurso utilizado dentro da prática pedagógica, além do cuidado com o espaço físico usado nesta. Freire é enfático ao dizer que o respeito à autonomia e à dignidade de cada indivíduo é um imperativo e não um favor que se pode ou não conceder uns aos outros. Deixa claro que a transgressão da eticidade deve ser entendida como uma ruptura com a decência, uma transgressão à natureza humana, uma imoralidade inconcebível.

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Para chegar ao conhecimento, educadores e educandos precisam de estímulos que despertem a curiosidade e consequentemente a busca. Mas a curiosidade de um não pode inibir a do outro, devem ser complementares. E, com isso, vão se criando saberes provisórios como uma bola de neve.

O educador, além de obter conteúdos programáticos para desenvolver suas aulas, deve buscar didáticas que cansem e instiguem seus ouvintes, mas este cansaço deve ser ocasionado pela tentativa de acompanhar o raciocínio e não pelo desinteresse de conteúdo

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·     Saber que ensinar não é transferir conhecimento mas criar as possibilidade para a sua própria produção ou a sua construção (...).·     Pensar certo é uma postura exigente para evitar os simplismos, as facilidades, as incoerências grosseiras, e acima de tudo ser humilde Sem rigorosidade metódica não há pensar certo.·     Ensinar exige consciência do inacabado – Onde há vida, há inacabamento, mas só o ser humano tomou consciência disso.·     Suporte - tempo necessário para aprender as coisas para não depender mais dos adultos, porém o homem fez o suporte virar mundo e a vida existência, na medida que se faz consciente e transformador e não somente preenchido por conteúdos.

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·     Existência envolve linguagem, cultura e comunicação.·     Ser humano - ético, capaz de intervir no mundo e decidir.·     Só o ser que se tornou ético pode romper com a ética.·     Existir implica assumir o direito e o dever de optar, de ter uma prática formadora e isso também traz a esperança.·     Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado – (...) sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele (...). Não posso explicar minha presença no mundo como resultado apenas de operações alheias a mim.·     Conscientização do mundo para intervir nele é natural ao ser que se sabe inacabado – curiosidade produz conhecimento mas já é também conhecimento.

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Precisa mostrar e demonstrar esta esperança e espírito de revolução. Em nossa área de atuação, notamos muitas vezes este descaso, por parte dos outros docentes, do aluno e até mesmo por nossos colegas de profissão, que ainda não percebem a importância da Educação Física no ambiente escolar e para a formação dos alunos(as). É importante lutar e insistir em mudanças e revoluções dentro de nossa área.

O educador não deve inibir ou dificultar a curiosidade dos alunos, muito pelo contrário, deve estimula-la, pois dessa forma desenvolverá a sua própria curiosidade. E ela é fundamental para evocarmos nossa imaginação, intuição, capacidade de comparar, transformar e transcender.