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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FLORESTAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS IF103 Prática de Ecologia Básica Renata Pontes Araújo Engenharia Florestal 201103535-8 Turma: P01 Professora Silvia Regina Goi Seropédica, 12 de Abril de 2013.

Fitossociologia (Renata Pontes Araújo 201103535-8)

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE FLORESTAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS

IF103 – Prática de Ecologia Básica

Renata Pontes Araújo

Engenharia Florestal

201103535-8

Turma: P01

Professora Silvia Regina Goi

Seropédica, 12 de Abril de 2013.

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE FLORESTAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS

Relatório do Segundo Trabalho Prático realizado na Disciplina

IF103 – Prática de Ecologia Básica.

FITOSSOCIOLOGIA

________________________________________________

Por Renata Pontes Araújo - Matrícula: 201103535-8

3º Período do Curso de Engenharia Florestal/UFRRJ.

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Índice

Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------- 04

Objetivo ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 04

Metodologia ------------------------------------------------------------------------------------------------- 05

Resultado ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 09

Conclusão --------------------------------------------------------------------------------------------------- 14

Referências bibliográficas --------------------------------------------------------------------------------- 15

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Introdução

Fitossociologia é o estudo das características, das classificações, relações e distribuições

de comunidades vegetais naturais. Os sistemas utilizados para classificar estas comunidades

denominam-se sistemas fitossociológicos.

Neste trabalho, utilizaremos o método de parcelas. Este método consiste no

estabelecimento em campo de pequenas unidades amostrais distribuídas pela área de estudo,

possibilitando uma representação adequada da diversidade local. (Floresta e Ambiente 2012; 19

(4): 520-540.) No Brasil, utilizam-se normalmente parcelas quadradas de 10cm x 10cm, embora

teoricamente as parcelas retangulares sejam consideradas mais representativas.

Ao preparar a área de estudo, há necessidade da realização de um transecto. Tal atividade

consiste em esticar uma corda ao longo da área na qual será realizada a pesquisa e, em seguida,

escolhe-se intervalos para se registrar as informações que se deseja. Por exemplo, estica-se uma

corda ao longo de uma área de 100 metros e, em seguida, divide-a em 5 partes de 20m x 20m.

Logo, a área total (parcela) terá 100m x 20m, enquanto que as cinco sub-parcelas terão uma área

de 20m x 20m cada.

A partir daí, podemos registrar várias informações que sejam relevantes à nossa pesquisa,

tais como: altura da vegetação, cobertura de dossel serrapilheira ou coleta de uma determinada

espécie. Estas informações podem ser adicionada à um gráfico onde teríamos os intervalos da

parte inferior representados por x e a variável medida ao longo do eixo, representada por y.

Objetivo

O objetivo da fitossociologia é o de atingir um modelo empírico da vegetação

suficientemente exato através da combinação da presença e dominância de determinados táxons

de plantas que caracterizam de forma inequívoca cada unidade de vegetação.

A partir do método de parcelas fixas (MUELLER-DOMBOIS & ELLEMBERG, 1974),

foi traçado o mapeamento de todos os indivíduos presentes. Cada espécie foi coletada para ser

herborizada e posteriormente, classificada até família. Os dados coletados serão utilizados para

calcular os parâmetros ecológicos para a caracterização da Comunidade vegetal.

Outro objetivo deste trabalho é traçar o perfil da vegetação, para se estudar a estrutura da

vegetação.

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Metodologia

No dia 8 de Março de 2013, foi dado início ao trabalho de fitossociologia na mata

existente dentro do campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica, RJ.

Esta mata localiza-se próximo ao Instituto de Florestas da Universidade e encontra-se à 45m

acima do nível do mar. As coordenadas do local são: S 06º33.627”, W 74º82.798.

Como mencionado anteriormente, o método utilizado nesta prática, foi o método de

parcelas fixas (MUELLER-DOMBOIS & ELLEMBERG, 1974). Sendo assim, demarcamos uma

área de 10m x 2m e a dividimos em cinco sub-parcelas de 5m x 2m. Para esta divisão, foram

utilizados cordas e tocos pequenos de madeira, para isolar a área de pesquisa. As cordas foram

postas em torno de toda a área de pesquisa e elas ficaram suspensas com o auxílio de tocos de

madeiras que foram fincados ao solo.

Após a determinação da parcela e das sub-parcelas, demos início à nossa pesquisa.

Primeiramente, determinamos um ponto para ser chamado de y e a partir deste ponto, com o

auxílio de uma fita métrica, medimos a distância de uma espécie vegetal para a outra. As

imagens a seguir simulam as sub-parcelas e os pontos onde foram encontradas espécies vegetais.

Sub-parcela 1

0

0,5

1

1,5

2

2,5

0 0,5 1 1,5 2

Y =

2 m

etro

s d

e c

om

pri

men

to

X = 2 metros de largura

Espécie 1

Espécie 2

Espécie 3

Espécie 4

Espécie 5

Espécie 6

Espécie 7

Espécie 8

Espécie 9

Espécie 10

Espécie 11

Espécie 12

Espécie 13

Espécie 14

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Sub-parcela 2

Sub-parcela 3

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

0 0,5 1 1,5 2

Y =

2 m

etr

os

de

co

mp

rim

en

to

X = 2 metros de largura

Espécie 1

Espécie 2

Espécie 3

Espécie 4

Espécie 5

Espécie 6

Espécie 7

Espécie 8

Espécie 9

Espécie 10

Espécie 11

Espécie 12

Espécie 13

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

0 0,5 1 1,5 2

Y =

2 m

etro

s d

e c

om

pri

men

to

X = 2 metros de largura

Espécie 1

Espécie 2

Espécie 3

Espécie 4

Espécie 5

Espécie 6

Espécie 7

Espécie 8

Espécie 9

Espécie 10

Espécie 11

Espécie 12

Espécie 13

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Sub-parcela 4

Sub-parcela 5

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

0 0,5 1 1,5 2

Y =

2 m

etr

os

de

co

mp

rim

en

to

X = 2 metros de largura

Espécie 1

Espécie 2

Espécie 3

Espécie 4

Espécie 5

Espécie 6

Espécie 7

Espécie 8

Espécie 9

Espécie 10

Espécie 11

Espécie 12

Espécie 13

0

0,5

1

1,5

2

2,5

0 0,5 1 1,5 2 2,5

Y =

2 m

etr

os

de

com

pri

men

to

X = 2 metros de largura

Espécie 1

Espécie 2

Espécie 3

Espécie 4

Espécie 5

Espécie 6

Espécie 7

Espécie 8

Espécie 9

Espécie 10

Espécie 11

Espécie 12

Espécie 13

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Após medido as distâncias de uma espécie para a outra, dentro das sub-parcelas, foram

medidas as alturas das plantas maiores que 20 centímetros. A altura das demais foi

desconsiderada. As plantas até 2 metros de altura foram medidas com o auxílio de uma fita

métrica, já as plantas mais altas, foram medidas com o uso do Hipsômetro Blume-Leiss na escala

de 15 graus.

Além disso, também foi medido o diâmetro da altura basal das espécies vegetais, com o

auxílio de uma fita métrica.

Terminadas as medições, foram feitos cálculos para traçar o perfil da vegetação daquela

área. Foram calculadas as densidades absolutas e relativas, dominâncias absolutas e relativas, e

as freqüências absolutas e relativas. Os cálculos foram feitos, respeitando os seguintes

parâmetros ecológicos:

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Resultados

Nas áreas demarcadas pelas sub-parcelas foi encontrada uma grande variedade de

espécies vegetais. Estas foram “localizadas” (x,y), demarcadas com uma denominação numeral

(Espécie 1, Espécie 2, Espécie 3...) e obteve-se sua altura e diâmetros (medida basal) em metros.

O resultado da coleta desses dados encontra-se nas tabelas seguintes.

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As Espécies 1, 2, 4, 8, 10, 11 e 14 foram as tiverem menor incidência na área de pesquisa.

Já, a Espécie 3, apareceu em todas as 5 sub-parcelas, totalizando 28 exemplares desta espécie em

toda a parcela, seguida pela Espécie 5, que só não estava presente na sub-parcela 2.

Tais resultados, podem ser conferidos na tabela a seguir:

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Desta maneira, ficamos com os seguintes parâmetros ecológicos:

Os gráficos a seguir, dão uma ideia melhor sobre a variação dos resultados obtidos.

Densidade Absoluta e Relativa

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Dominância Absoluta e Relativa

Frequência Absoluta e Relativa

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Conclusão

Foram encontradas 14 espécies vegetais diferentes na parcela demarcada, sendo que,

apenas a Espécie 3 estava presente nas 5 sub-parcelas. Dessa forma, é possível concluir que a

Espécie 3 tem uma boa adaptação àquele ambiente, além de, claro, a existência de uma grande

diversidade biológica dentro de uma pequena área de apenas 10m x 2m.

A espécie vegetal mais alta encontrada na parcela, possuía 15,81 metros de altura (sub-

parcela 2, (0,90; 0,76)), enquanto que a mais baixa tinha 23 centímetros de altura (sub-parcela 1

(0,32; 0,32). Dessa maneira, chegamos à conclusão de que a área demarcada possui suporte para

hospedar plantas de grande porte e, até mesmo, haver germinação e crescimento de outras

espécies.

Quanto à dominância do local, foi feito o cálculo baseado na área basal de cada espécie e

conclui-se que a Espécie 10 (sub-parcela 4 (1,61; 0,40)) é a espécie que possui maior dominância

no local, com dominância relativa igual à 28,5132, seguida pela Espécie 8 (sub-parcela 2 (0,28;

1,72)) com dominância relativa igual à 23,0142.

Ademais, concluiu-se que a mata localizada na coordenada S 06º33.627”, W 74º82.798 é

bastante propícia à diversidade de espécies vegetais de grande e pequeno porte. O que leva a

suspeita de que o solo do local é rico em nutrientes, tornando-o fértil para as espécies daquela

região.

Abaixo, temos uma tabela com os resultados finais dos parâmetros ecológicos obtidos:

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Referências bibliográficas

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IMAÑA-ENCINAS, J.; REZENDE, A. V.; IMAÑA, C. R.; SANTANA, O. A.;

Contribuição dendrométrica nos levantamentos fitossociológicos, Universidade de Brasília,

Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Florestal (2009).

FREITAS, W. K.; MAGALHÃES, L. M. S.; Métodos e Parâmetros para Estudo da

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