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PET Biblioteconomia e Ciência da Informação – UFSCar

Formação do Programa de Educação Tutorial no Brasil

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PET Biblioteconomia e Ciência da Informação – UFSCar

HISTÓRICO 1979: implantado no Brasil com o nome de Programa

Especial de Treinamento pelo professor Cláudio deMoura Castro, ex-diretor geral da Coordenadoria deAperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES).

HISTÓRICO "O PET foi implantado com o desafio de fomentar a

qualificação do aluno de graduação e de provocarsignificativo impacto sobre o curso ao qual o grupo estavinculado.”

"A implantação do PET está relacionada a um modelo deproposta pedagógica inovadora para a graduação."(Maria Auxiliadora Dessen, coordenadora do PET naCAPES, no período de 1984-1990 e 1993-1994)

HISTÓRICO"O Programa surgiu como uma tentativa de diminuiralguns aspectos negativos do ensino superior no país,predominantemente baseado na memorização deinformações pelos alunos, condicionados a umaaprendizagem tecnicista e pouco crítica, já que ele dáênfase na atuação coletiva e interpessoal deaprendizagem, procurando fortalecer o compromissosocial do aluno em sua futura área de atuação."(DAMASCENO; BRINÓLIO; ANDRADE, 2006. p. 161)

HISTÓRICO 1984: O PET passou por dificuldades, sendo proposta a sua

desativação pela Diretoria Geral da CAPES. Contudo aCoordenadoria de Treinamento, responsável pelo seugerenciamento na época, propôs uma avaliação sistemática doprograma, justificando assim, a importância de sua manutençãopara o ensino de graduação Neste cenário, surgiu a “Proposta deReformulação do Programa”, com a decisão de mantê-lo e investirem sua ampliação.

1986: Passou a ser gerenciado pela Coordenadoria de Bolsas no País– CBP.

1987: Divulgação do documento de “Orientações Básicas doPrograma – 1987”.

1994: O número de grupos PET já girava em torno de 255, (quandoda sua criação contava apenas com 3 grupos).

*Atualmente o PET conta com 842 grupos distribuídos entre 121 IES

2000: Passa a ser vinculado à Secretaria de Educação Superior –SESu/MEC, ficando sob a responsabilidade e gestão doDepartamento de Projetos Especiais de Modernização e Qualificaçãodo Ensino Superior - DEPEM.Há novas ameaças ao Programa, mas ele resiste fazendo ações eatividades planejadas:

Audiências Encontro Regionais Encontros Nacionais Comissão Nacional de Defesa do PET: Constituída para mediar os

interesses acadêmicos dos diversos grupos junto às instâncias depoder em Brasília.

Lista PET-BR: Internet como instrumento facilitador de mobilização,de informação e de troca entre os grupos mais distantes.

HISTÓRICO

HISTÓRICO 2001: SESu divulga o lançamento de um edital para um programa

substitutivo, como o mesmo nome PET, no entanto completamentedescaracterizado. O edital foi rejeitado nacionalmente pelos grupose cancelado.

2004: Tem seu nome alterado para Programa de Ensino Tutorial.

2005: Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005 - Institui oPrograma de Educação Tutorial – PET.

LEGISLAÇÃO Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005 - Institui o Programa de Educação

Tutorial – PET

Portaria n° 343, de 24 de abril de 2013 - Altera dispositivos da Portaria MEC nº 976,de 27 de julho de 2010, que dispõe sobre o Programa de Educação Tutorial – PET

Portaria nº 976, de 27 de julho de 2010 - Atualizada pela Portaria n° 343/2013 –dispõe sobre o Programa de Educação Tutorial - PET

Resolução nº 36, de 24 de setembro de 2013 - Estabelece os procedimentos paracreditar os valores destinados ao custeio das atividades dos grupos PET aosrespectivos tutores

Resolução/CD/FNDE nº 42, de 4 de novembro de 2013 - Estabelece orientações ediretrizes para o pagamento de bolsas a estudantes de graduação e a professorestutores no âmbito do Programa de Educação Tutorial (PET)

OBJETIVO GERAL"Um dos principais objetivos do PET é oferecer uma

formação acadêmica de excelente nível, visando aformação de um profissional crítico e atuante, através dafacilitação do domínio dos processos e métodos gerais eespecíficos da investigação, análise e atuação da área deconhecimento.”

OBJETIVOS ESPECÍFICOSa) formular novas estratégias de desenvolvimento e modernização do ensino superior no país.

b) estimular a melhoria do ensino de graduação por meio: do desenvolvimento de novas práticas e experiências pedagógicas no âmbito do curso; do desenvolvimento de ações que procurem integrar o ensino, a pesquisa e a extensão; da atuação dos bolsistas como agentes multiplicadores, disseminando novas idéias e práticas entre o conjunto dos alunos do curso; da interação dos bolsistas do Programa com os corpos docente e discente da instituição, inclusive em nível de pós-graduação, quando for o caso; da participação em atividades características de programas de pós-graduação; do desenvolvimento de atividades que promovam o contato dos bolsistas e demais alunos do curso com a realidade social em que o grupo/curso/ou IES estejam inseridos, estimulando o desenvolvimento de uma consciência do papel do aluno/curso/IES perante a sociedade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOSc) oferecer uma formação acadêmica de excelente nível, visando a formação de um

profissional crítico e atuante, orientado pela cidadania e pela função social da educaçãosuperior, por meio:

do desenvolvimento de ações coletivas e capacidade de trabalho em grupo;

da facilitação do domínio dos processos e métodos gerais e específicos de investigação,

análise e atuação da área de conhecimento acadêmico-profissional;

do envolvimento dos bolsistas em tarefas e atividades que propiciem o APRENDER

FAZENDO E REFLETINDO SOBRE;

da discussão de temas éticos, sócio-políticos, científicos e culturais relevantes para o

País e/ou para o exercício profissional e para a construção da cidadania;

da promoção da integração da formação acadêmica com a futura atividade profissional,

especialmente no caso da carreira universitária, através de interação constante com o

futuro ambiente profissional;

da participação, com igual ênfase, no ensino, na pesquisa e na extensão.

ESTRUTURA DOS GRUPOS Tutor

O docente tutor tem a missão de estimular aaprendizagem ativa dos membros, por meio de vivência,reflexões e discussões, em clima de informalidade ecooperação.

Bolsistas

O grupo PET inicia as suas atividades com quatro bolsistas(vinculados a um curso de graduação), sendo este onúmero mínimo de bolsistas para o funcionamento dogrupo a qualquer momento.

ATRIBUIÇÕES/REQUISITOSTutor Bolsistas

Construir com os petianos um plano anual de

atividades baseadas na tríade ensino-pesquisa-

extensão;

Supervisionar diretamente as atividades

desenvolvidas pelo grupo e elaborar os relatórios

anuais de atividades em conjunto com os

mesmos;

Devendo apresentar os seguintes requisitos:

pertencer ao quadro permanente da Instituição,

sob contrato de regime de tempo integral e

dedicação exclusiva, bem como comprovar

atuação efetiva em cursos e atividades de

graduação e atividades de pesquisa e extensão.

Devem participar ativamente das atividades de

ensino, pesquisa e extensão promovidas pelo

grupo e/ou pelo programa;

Manter bom rendimento acadêmico;

"Ter capacidade de leitura, pesquisa, iniciativa,

crítica, trabalho em equipe, expressão oral e

argumentação.“ (DAMASCENO; BRINÓLIO;

ANDRADE, 2006. p. 161)

ENSINO Fator de grande peso na tríade petiana, sendo exercido de forma ampla, sempre

presente no planejamento das atividades.

O ensino multidisciplinar visa aprofundar a formação acadêmica dos grupos PET,

englobando uma rede de aperfeiçoamento coletivo de alunos e tutores.

A transdisciplinaridade no ensino ocorre, no geral, de forma flexível e dinâmica pelas

parcerias entre os inúmeros grupos PET e também por meio da parceria entre grupos

PET e Departamentos acadêmicos.

As atividades de ensino estão relacionadas ao aprofundamento conceitual de

determinados conhecimentos por meio de grupos de estudos, organização de palestras,

de aulas ministradas pelos próprios alunos dentro ou fora da Universidade.

PESQUISA É compreendida na perspectiva como um princípio tanto científico quanto educativo.

Configura-se como a capacitação teórico-metodológica indispensável para a construção

da autonomia na produção, apropriação e reconstrução do conhecimento (Princípio

Científico).

Expressa base essencial da educação, que é o questionamento sistemático, crítico e

criativo (Princípio Educativo).

Princípios: Educativo + Científico = fundamentos da cidadania emancipada.

Através do contato e produção de pesquisas, os petianos têm uma visão do valor e da

contribuição acadêmica que esta atividade pode desenvolver.

Atuam como agentes multiplicadores do conhecimento, integrando a pesquisa aos

ramos do ensino e à extensão.

EXTENSÃO Interação que deve existir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida.

Via de mão dupla permanente entre a universidade e os diversos setores da sociedade.

A universidade influencia e também é influenciada pela comunidade, possibilitando uma

troca de valores e conhecimentos entre a universidade e o meio social.

É na extensão que os universitários vão vivenciar e refletir sobre os conceitos e teorias

aprendidas nas atividades de ensino, consolidando e complementando o aprendizado

com a sua aplicação.

Possibilita a transformação social a partir do conhecimento e a produção de

conhecimento por meio da prática.

ASPECTOS RELEVANTES O Programa visa formar globalmente o aluno;

Oferece a oportunidade dos alunos se engajarem no universo da pesquisa, tornando-se

profissionais diferenciados.

Melhora o desempenho geral do curso e colabora na introdução de melhorias da grade

curricular.

Estimula o envolvimento social, político e cultural do bolsista, além de estimular a

criatividade, o senso crítico e o trabalho em equipe.

CONSIDERAÇÕES FINAISAlém das atividades beneficiárias ao crescimento do grupo, o programa tem claros efeitos

multiplicadores. Os bolsistas normalmente são modelos exemplares e catalisadores de

interesse de colegas e as atividades promovidas pelo PET beneficiam os alunos da graduação,

a comunidade e a Instituição. Os petianos promovem cursos, debates, palestras e eventos

para a graduação e comunidade, desenvolvem projetos de pesquisa e extensão, estudo em

grupo e troca de experiências.

REFERÊNCIAS BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO . Apresentação - PET. 2015. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/pet>. Acesso em: 26 fev. 2016.

DAMASCENO, Renata Fiúza et al. O programa de educação tutorial - pet - sob a ótica dos iniciantes. Revista Mineira de Enfermagem, Minas Gerais, p.160-165, jan. 2006. Disponível em: <http://reme.org.br/artigo/detalhes/401>. Acesso em: 26 fev. 2016.

DEPEM, Ministério da Educação Secretaria de Educação Superior – Sesu Departamento de Projetos Especiais de Modernização e Qualificação do Ensino Superior –. Manual de Orientações Básicas PET., [s. L.], p.1-25, maio 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/PETmanual.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2016.

VITÓRIA - ES. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. . Histórico do PET no Brasil. [200-]. Disponível em: <http://www.inf.ufes.br/~petufes/historicoBrasil.php>. Acesso em: 26 fev. 2016.

UFSC, Grupo Pet Educação Física. EDUCAÇÃO TUTORIAL NO ENSINO DE GRADUAÇÃO: um relato das experiências do Grupo PET Educação Física/UFSC, Florianópolis, p.1-6, dez. 2004.

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