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AULA ELABORADA PELO PROFESSOR PAULO FANAIA.
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GEOGRAFIA DE MATO GROSSO Ocupa uma posição central e
estratégica na América do Sul, ocorrendo em seu território o divisor de águas das bacias dos rios Amazonas, Tocantins - Araguaia e do Prata.
Tem uma superfície de 906.806,9 km2 e uma população atual estimada pelo IBGE de 2.504.353 habitantes, fato que representa uma densidade de 2,47 habitantes/km2.
Se estende aproximadamente entre 8º e 18º de latitude Sul e entre 51º e 61º de longitude Oeste.
GEOGRAFIA DE MATO GROSSOFronteira oeste do Brasil, o
Estado de Mato Grosso, apresenta paisagens distintas: os planaltos com chapadas, ao norte; as planícies inundáveis, ao nordeste; o Pantanal mato-grossense, ao sudoeste.
Na entrada da Amazônia, o território é coberto por florestas.
A economia está condicionada pela geografia: os largos campos de cerrado permitem a pecuária extensiva e o cultivo agrícola.
O extrativismo é outra importante atividade econômica.
HISTÓRIA De acordo com o Tratado
de Tordesilhas, o atual estado de Mato Grosso, como quase todo o Centro-Oeste e a Região Norte, pertencia à Espanha.
Por muito tempo sua exploração se limitou a esporádicas expedições de aventureiros e à atuação de missionários jesuítas espanhóis.
HISTÓRIA Com o bandeirismo no
século XVII e a descoberta de ouro no Brasil central no século XVIII, a região é invadida por exploradores.
Em 1748 é criada a capitania de Mato Grosso, com sede em Vila Bela, posteriormente transferida para a vila de Cuiabá.
Dois anos depois, a região é incorporada ao Brasil pelo Tratado de Madri.
HISTÓRIANo século XIX, com o
declínio da mineração, o empobrecimento e o isolamento da província são inevitáveis.
Alguma atividade agrícola e mercantil de subsistência sobrevive nos campos mais férteis do sul.
O único meio de transporte até a capital é o navio, numa viagem pelo rio Paraguai.
HISTÓRIACom a República, esse
isolamento vai sendo vencido com a ampliação da rede telegráfica pelo marechal Cândido Rondon, a navegação a vapor e a abertura de algumas estradas precárias.
Esse avanço em infra-estrutura atrai seringueiros, criadores de gado, exploradores de madeira e de erva-mate para a região.
HISTÓRIA Como todo o Centro-Oeste, o
estado de Mato Grosso beneficia-se da política de interiorização do desenvolvimento dos anos 40 e 50 e da política de integração nacional dos anos 70.
A primeira é baseada principalmente na construção de Brasília e a segunda, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e de extrativismo, além dos investimentos em infra-estrutura, estradas e hidrelétricas.
Com esses recursos, o estado prospera e atrai dezenas de milhares de migrantes.
Sua população salta de 430 mil para 1,6 milhão de habitantes entre 1940 e 1970.
HISTÓRIAO governo federal decreta
a divisão do estado em 1977, alegando dificuldade em desenvolver a região diante da grande extensão e diversidade.
No norte, menos populoso, mais pobre, sustentado ainda pela agropecuária extensiva e às voltas com graves problemas fundiários, fica Mato Grosso.
No sul, mais próspero e mais populoso, é criado o Mato Grosso do Sul.
Dia 11 de outubro de 1977. Foi naquele dia, 34 anos atrás, que o então presidente do Brasil, Ernesto Geisel, assinou a Lei Complementar número 31 que dividia Mato Grosso e criava o Estado de Mato Grosso do Sul.
NOVOS PROJETOS DE DIVISÃO
No Congresso Nacional tramitam outros projetos de lei que propõe novas divisões ao Estado, como um que trata da criação do Estado do Araguaia e outro,já arquivado, que propunha a criação do Estado de Mato Grosso do Norte.
Autor do projeto Senador mozarildo Cavalcanti (PFL-RR)
Campanha vai massificar discussão sobre criação do Estado do Araguaia Meta é mostrar para a população que divisão é viável social e economicamente
A Comissão Pró-emancipação do Araguaia realiza amanhã, na Associação Matogrossense dos Magistrados (Amam), a partir das 19h30, o lançamento de uma campanha que visa discutir com toda a comunidade mato-grossense a viabilidade da criação do novo Estado.
No evento, e posteriormente em palestras e seminários a serem realizados em vários municípios do Estado, a comissão apresentará um estudo técnico que segundo o deputado Silval Barbosa (PMDB), “aponta para a viabilidade da criação do Estado do Araguaia e, perfeita manutenção de Mato Grosso”.
A divisão está prevista em projeto de Lei de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PFL/RR), que tramita em Brasília desde 1999, e foi votado pelo senado federal em 15 de março de 2001.
Em Mato Grosso, a comissão trabalha com a expectativa de emancipação do novo Estado para 2006.
MATO GROSSO DO NORTEEm 1995, o deputado
por Mato Grosso Wellington Fagundes, apresentou à Câmara Federal projeto de Decreto Legislativo, que ganhou o nº 55, dispondo sobre a realização do plebiscito para a criação do Estado de Mato Grosso do Norte.
O projeto foi arquivado em 1999.
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Boa Esperança do Norte*
A lei de criação do município de Boa Esperança do Norte havia sido declarada inconstitucional ainda no ano de 2000, em julgamento de mandado de segurança formulado pelo município de Nova Ubiratã. Boa Esperança do Norte resultou do desmembramento territorial dos municípios de Sorriso e Nova Ubiratã e do desmembramento eleitoral do município de Sorriso.
Em 2004, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso TRE/MT acolheu decisão do TJ/MT que declarou inconstitucional a lei de criação do município que retornou à condição de distrito do município de Sorriso.
Com o advento da Lei Complementar nº 31, de outubro de 1977, que criou o Estado de Mato Grosso do Sul, desmembrando do então Estado de Mato Grosso, passou este a contar com 38 municípios, dos quais Mirassol D’ Oeste, Pedra Preta, São Félix do Araguaia e Tangará da Serra haviam sido emancipados político-adminstrativamente no ano de 1976.
Em 14 de agosto de 1978, por força de dispositivo constitucional, assumiu o governo de Mato Grosso, Cássio Leite de Barros, vice-governador na chapa encabeçada pelo Dr. José Garcia Neto, para o período 1975/1979.
Fonte: IBGE - Censo 2000 - SEPLAN - DVOP - INTERMAT, 2000. Adaptado de MIRANDA, Leodete. Lenice Amorim. Mato Grosso. Atlas Geográfico. Cuiabá: Entrelinhas,2000, p. 10.
CLIMA DE MATO GROSSOPossui clima tipicamente
continental, com duas estações bem-definidas, uma chuvosa e outra seca.
A variação das médias de temperaturas deve-se
principalmente a dois fatores: ampla extensão do território no
sentido norte-sul e o fato de sua localização no interior do continente, com reduzida influência marítima e baixa amplitude térmica.
CLIMA DE MATO GROSSO No extremo norte, a temperatura média
anual é mais alta, em torno de 26º C, enquanto no extremo sul essa média é de 22º C.
As variações de temperatura ao longo de um dia podem ser grandes, apenas quando há penetração de massa de ar fria de origem polar, durante o inverno, principalmente nos meses de junho e julho.
O regime de chuvas é tipicamente tropical continental.
A estação chuvosa vai de outubro a março (primavera e verão), e a estação seca começa em abril e termina em setembro (outono e inverno).
CLIMA DE MATO GROSSO
As médias anuais de chuva variam de 1.250 a 2.750mm.
Na região norte do Estado chove mais de 2.000mm por ano e menos de 1.200mm no Pantanal.
CLIMA DE MATO GROSSO Predominam dois tipos de clima: equatorial e tropical continental. O clima equatorial no norte do Estado caracteriza-se pela ocorrência de chuvas intensas, com temperaturas elevadas durante os doze meses do ano. Sofre influência da massa equatorial continental, com altas temperaturas, baixas pressões atmosféricas, forte evaporação e, conseqüentemente, intensas precipitações.
CLIMA DE MATO GROSO
- O clima tropical continental, com duas estações bem-definidas, uma chuvosa e outra seca, também sofre influência da massa equatorial continental, mas apenas no verão. -No inverno, essa massa permanece estacionária sobre a Região Norte do Brasil. -Nessa estação, a massa tropical atlântica avança e se instala sobre o Centro-Oeste, quase sem umidade.
CLIMA DE MATO GROSSO
-Tendo altas pressões, impede a chegada de ventos úmidos, ocasionando a estiagem. -Eventuais chuvas podem ocorrer, devido à penetração da massa polar atlântica.
VEGETAÇÃO Cerrado e Floresta Amazônica. A fisionomia vegetal
predominante no bioma do Cerrado é constituída por bosques abertos, com árvores contorcidas e grossas de pequena altura (entre 8 e 12m);
Um estrato arbustivo e outro herbáceo, onde predominam gramíneas e leguminosas.
Os cerrados estão relacionados às mais baixas pluviosidades, às condições dos solos menos favoráveis, em especial às áreas de maiores altitudes dos chapadões, onde é menor a umidade do solo.
CERRADO Presença das
Florestas de Galeria e matas ciliares, que começam, em geral, nos pequenos pântanos dos nascedouros dos ribeirões, sob a forma de veredas de buritis (Mauritia sp).
CERRADO Estas florestas, ao longo
dos cursos d’água,vão progressivamente adquirindo outras espécies arbóreas, encorpando e ocupando gradualmente as “rampas” dos interflúvios.
Quando as matas ciliares se fundem no interflúvio, considera-se o fim da área nuclear do Domínio dos Cerrados.
FLORESTA AMAZÔNICA Floresta Perenifólia Higrófila
Hileiana Amazônica (Mata de terra firme - nunca alagada pelas enchentes dos rios).
É um prolongamento do que ocorre nas áreas mais úmidas da região Amazônica, e está diretamente relacionada à presença do clima quente úmido com apenas dois meses secos.
Devido ao elevado índice pluviométrico, variando de 2.500 até 3.000 mm por ano, apresenta uma característica sempre verde, o que significa dizer que suas árvores não perdem as suas folhas no período de estiagem, pelo fato de ser muito curto (2 meses).
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO Destaca-se no cenário nacional. O divisor de águas que abriga as nascentes de rios formadores das três grandes bacias hidrográficas do país: bacias Amazônica, do Paraná e Tocantins.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO Os rios que integram a Bacia Amazônica drenam a porção norte . O escoamento das águas desses rios se faz com rapidez, à medida que se dirigem para a Planície Amazônica. Destacam-se os rios: Juruena , Teles Pires, Arinos, Aripuanã, Roosevelt e Xingu.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO Na Bacia do Tocantins destaca-se o rio Araguaia, com sua nascente no extremo sul do Estado correndo para o norte.
A leste de Mato Grosso define o seu limite com o Estado de Goiás e Tocantins.
Seus principais afluentes: rios das Mortes, das Garças, Cristalino e Xavante.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO Na Bacia do Paraná figura a rede de afluentes do rio Paraguai, drenando a porção sul e sudeste do Estado. Os rios integrantes deste sistema caracterizam-se por possuir escoamento lento, correndo sobre aluviões recentes. O rio Paraguai é navegável na maior parte do seu curso, e seus principais afluentes são os rios Jauru, Cabaçal, Sepotuba e Cuiabá, que corta a cidade de Cuiabá, capital do Estado, sendo um dos principais rios tributários do Pantanal Mato-Grossense.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO A estreita vinculação entre a atividade humana e a hidrografia remonta aos primórdios do seu povoamento. A mineração do ouro e do diamante, atividade que, no decorrer do século XVIII, concorreu para a sua anexação ao território brasileiro, realizava-se, em grande parte, ao longo dos rios. Para alcançar as áreas dos garimpos do norte, os povoadores que provinham do Sudeste, especialmente de São Paulo, utilizavam-se de vias fluviais. Navegavam pelos rios Paraná, Pardo, Coxim, Taquari, Paraguai e Cuiabá, os quais complementavam o histórico “caminho das monções” que se iniciava no Tietê, na localidade paulista de Porto Feliz.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO A pecuária, atividade
econômica que, em Mato Grosso, desenvolve-se paralelamente à mineração, também mostra uma expansão muito relacionada com a hidrografia.
A maior parte de sua área constitui-se de vastas extensões planas cobertas de Cerrados e Campos, que se mostram bastante favoráveis à criação de gado, por outro, a ocorrência de um longo período seco.
Condicionou um tipo de povoamento esparso muito vinculado aos vales fluviais ou aos locais de afloramento de água, que surgem nas encostas das elevações.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO No Pantanal onde, por
influência das características do regime fluvial, a pecuária vê-se praticada sob um sistema transumante.
Grandes extensões da Planície tornam-se impróprias à criação de gado em vista das inundações provocadas pelas cheias dos rios Paraguai e alguns de seus afluentes.
HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO Os rebanhos são
forçados a se retirarem para terrenos mais elevados, fora do alcance das águas.
O retorno dos rebanhos torna-se particularmente recompensado no período da estiagem.
PLANALTOSPlanaltos Superfícies irregulares
(acima de 300 m). Possuem morros,
serras e elevações de topos planos denominados Chapadas.
Produtos da erosão sobre rochas cristalinas ou sedimentares.
PLANALTO DOS PARECIS Ocupa uma grande
área do estado de Mato Grosso.
-Formado por terrenos sedimentares do Mesozóico.
Divisor de águas das bacias do Amazonas e do Paraguai.
Altitudes em torno de 800 metros.
PLANALTOS E SERRAS RESIDUAIS DO ALTO PARAGUAI. Ao sul do Pantanal
Matogrossense. Norte do
Pantanal. Correspondem a
formas de dobramentos em rochas sedimentares (era Pré-cambriana).
Sofreram erosão intensa.
Altitudes entre 600 e 800m.
Serra das Araras. Serra Azul (Norte
do Pantanal). MS Serra da
Bodoquena. Maciço de Urucum
(Sul do Pantanal MS)
DEPRESSÕESDepressão do
Araguaia-Tocantins Vales dos rios
Araguaia e Tocantins.Relevo quase plano. 200 a 400m Rochas cristalinas e
sedimentares.Depressão Cuiabana- altitude varia de 150
a 400m.- formas
arredondadas.
PLANÍCIE DO RIO ARAGUAIA Na região
central da depressão do Araguaia-Tocantins
Na bacia do Rio Araguaia encontra-se a Ilha do Bananal
PLANÍCIE DO PANTANAL
Grande área de deposição sedimentar.
Cortado pela bacia do Rio Paraguai e seus
afluentes.
PRODUÇÃO ENERGÉTICAUma das grandes propulsoras das atividades do
homem no mundo moderno, a energia elétrica está tão presente em nossas vidas que, hoje, não se concebe quase nenhum trabalho ou lazer sem esse tipo de energia — a mais destacada, entre as várias outras formas de geração de energia: eletromagnética, mecânica, solar, química etc. Em todos os casos, trata-se de propriedades que nos permitem realizar nossas tarefas diárias, em casa ou no trabalho.
PRODUÇÃO ENERGÉTICA
Em Mato Grosso, antes do surgimento da energia elétrica, era utilizado o óleo de piquira (peixe da bacia do pantanal), para a iluminação pública, especialmente na cidade de Cuiabá.
As luminárias eram constituídas de tigelas de barro cozido ou cascas de laranja azeda cheias de sebo ou óleo de piquira, com um pavio torcido. Eram acesas em ocasiões importantes como festas, chegada de políticos e autoridades.
Esse tipo de iluminação durou até por volta de 1872 e foi substituído pelo candeeiro, um tipo de lampião abastecido com querosene, que por sua vez, foi logo substituído (1873) pelos lampiões a gás;
PRODUÇÃO ENERGÉTICA - 1919 - Com o advento dos
geradores, Cuiabá entra na era da energia elétrica, passando a ser iluminada pelas lâmpadas de Edison.
A construção da usina hidroelétrica Casca I no rio da Casca, afluente do rio Manso (Chapada dos Guimarães), inaugurada em 1928, foi a primeira medida no sentido de resolver o problema energético de Cuiabá.
Desde 1956, o gerenciamento da questão energética teve como órgão executor as Centrais Elétricas Matogrossense (CEMAT).
ENERGIA EM MATO GROSSO - Em 1958, entrou em operação a usina
hidroelétrica Casca II, possibilitando o atendimento do elevado crescimento de demanda da cidade de Cuiabá.
Com o rápido crescimento da região se fez necessário uma maior oferta de energia elétrica, tendo o governo do estado decidido, em 1960, pela construção da Usina de Casca III, inaugurada em 1971.
Na década de 1970, o Estado de Mato Grosso passou por um rápido crescimento econômico decorrente do intenso processo migratório e pelos investimentos por parte do Governo Federal e da iniciativa privada nos setores da economia, o que exigiu do governo estadual a busca de soluções para a produção energética do estado junto ao Governo Federal.
PRODUÇÃO ENERGÉTICA Desde a criação da CEMAT (1956)
até a década de 1970, o baixo custo e abundância de petróleo, com o uso do seu derivado óleo diesel, várias localidades foram iluminadas com a instalação de termoelétrica.
1973 - Crise do petróleo - Aumento do preço do óleo diesel e conseqüente crise na produção de energia do Estado;
1974 - inaugurada a primeira linha de transmissão de energia proveniente de Goiás, iniciando, assim, a dependência energética do Estado, sendo construídas posteriormente outras duas linhas;
PRODUÇÃO ENERGÉTICA Década de 1980 - Projeto Cyborg (Programa de extensão de
linhas de transmissão, construções de estações e redes de distribuição para pequenas localidades); Ficou definida a construção de Manso, com uma potência a ser instalada de 210 mwh.
Década de 1990 – retomada e conclusão da primeira etapa das obras de Manso.
- 1997 – Privatização da CEMAT – A partir desta data o Grupo Rede passa a deter o controle acionário da empresa em associação com a INEPAR S/A, de São Paulo.
A empresa sofreu muitas modificações no seu funcionamento, tais como remanejamento e redução no quadro de funcionários, modernização dos equipamentos e melhoria na qualidade do atendimento ao público, atualmente reconhecida como uma das empresas mais rentáveis de Mato Grosso.
PRODUÇÃO ENERGÉTICA Usina de Manso Usina com capacidade 210 MW –
localizada no município de Chapada dos Guimarães, o Rio Manso, o principal afluente do Rio Cuiabá, distante 100 km de Cuiabá.
A Usina de Manso foi concebida com quatro objetivos principais:
- Regularização do Rio Cuiabá; - Fomento do Turismo através do
lago; - Incentivo à irrigação no cerrado; - Geração de energia.
PRODUÇÃO ENERGÉTICA O primeiro gerador de Manso entrou em
operação no dia 8 de dezembro de 2000. Construída pela parceria de FURNAS com o consórcio privado PROMAN, a usina opera plenamente desde abril de 2001, gerando uma potência instalada de 210 MW, o suficiente para abastecer uma cidade com 1,2 milhões de habitantes.
- Dezembro/1999 - Furnas fecha as comportas da usina. Por quatro horas a vazão à jusante é totalmente interrompida. O fechamento provocou a morte de peixes por asfixia e pela alta temperatura da água, além de interromper o fornecimento de água para os moradores de Cuiabá e Várzea Grande;
- Abril/2000 - Famílias assentadas por Furnas no entorno do reservatório da usina exigem melhores condições de vida e trabalho nos projetos de assentamento;
PRODUÇÃO ENERGÉTICA - Outubro/2001 - Cerca de mil pessoas,
entre integrantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) pequenos agricultores e pescadores, bloqueiam o acesso à barragem da Usina de Manso;
- Novembro/2001 - Em uma audiência na Assembléia Legislativa, fica decidido que as famílias atingidas pela barragem da Usina de Manso e assentadas por Furnas Centrais Elétricas seriam reassentadas em terras agricultáveis;
- Devido aos impactos sociais e ambientais que a usina causou a centenas de famílias, aumenta o número de ribeirinhos atingidos pela barragem de Manso, população esta concentrada na periferia de Cuiabá e
Chapada dos Guimarães.
PRODUÇÃO ENERGÉTICAO suprimento de energia no
Estado está compreendido por dois sistemas: o interligado e o isolado. - Interligado - Faz parte do sistema nacional Sul / Sudeste / Centro-Oeste brasileiro, com três linhas de transmisão de 230 kv e uma de 130kv. (850 km de extensão);
- Isolado - Usinas térmicas e pequenas usinas hidroelétricas.
PRODUÇÃO ENERGÉTICA O Gasoduto Bolívia - Mato Grosso
tem aproximadamente 642 quilômetros de extensão e é um ramal do Gasoduto Bolívia - Brasil. No Brasil, o gasoduto passa pelos municípios de Cáceres, Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Várzea Grande e Cuiabá.
O gasoduto foi construído para transportar gás natural até a Usina Termoelétrica Gov. Mário Covas, em Cuiabá - MT, onde é transformado em até 510 MW de energia limpa.
PRODUÇÃO ENERGÉTICA A usina termelétrica Mário Covas está paralisada
desde o dia 26 de agosto de 2007. As dificuldades na operação da usina começaram com o processo de nacionalização das reservas de gás boliviano, suspendendo contratos existentes entre a operadora da térmica – a Pantanal Energia – e uma produtora privada de gás na Bolívia, a YPF - Repsol.
Sem o insumo em volumes e frequências ideais para manter a operação, a usina parou de gerar energia em 2007.
A usina funciona a partir de gás natural e tem
capacidade de geração de 480 MW. Junto ao gasoduto de 643 km que vai de Chiquitos,
na Bolívia, passando por San Matias e Cáceres, a Cuiabá, a usina forma o que se chama de Projeto Integrado Cuiabá, que recebeu o aporte de aproximadamente US$ 750 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão), tornando-o ainda hoje o maior empreendimento privado da história do estado de Mato Grosso.
MATO GROSSO - ECONOMIA Duas variáveis são de extrema
importância para entender o estado de Mato Grosso:
A construção de Brasília,nos anos
1960, e os reflexos da filosofia do presidente Juscelino Kubitscheck de interiorizar o Brasil, expandindo o desenvolvimento e a nacionalidade, confinados, historicamente, no litoral.
-A segunda variável foi, na década de 1970, a filosofia estratégica dos governos militares de integrar o Centro-Oeste à Amazônia, complementando a expansão de Brasília.
MATO GROSSO - ECONOMIA Como pano de fundo desse novo avanço
havia alguns aspectos especiais. Um deles, os problemas sociais, no Rio
Grande do Sul, que atingiam descendentes dos imigrantes europeus, que vieram para o Brasil no final do século XIX e começo do século XX.
O minifúndio, de 25 hectares, recebido na chegada, foi dividido, sucessivamente, entre os descendentes e, já na década de 30 do século XX, os filhos migravam para Santa
Catarina, Paraná e para o Sul de MT. Mas a segunda geração remanescente no
Rio Grande tornara-se um problema social, acampada na entrada de Porto Alegre, expulsa de terras indígenas, que invadiram alguns anos antes.
Esses descendentes, ao lado dos cafeicultores atingidos pelas geadas de 1974/75 no Paraná, aumentavam a crise social no Sul do Brasil, cuja economia era a referência nacional.
MATO GROSSO - ECONOMIAEsses dois fatos, somados à
visão estratégica de ocupar a Amazônia, levaram o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1971-1975) a criar programas especiais de desenvolvimento, destinados a criar infra-estrutura nas regiões Sul e Norte de Mato Grosso. A idéia era preparar Mato Grosso para ser o “Portal da Amazônia”, e, a partir dele, ocupar o norte amazônico
MATO GROSSO - ECONOMIA Para apoiar a ocupação, o
governo federal, através do Programa de Integração Nacional – PIN, pavimentou as rodovias BR-163 e 364, ligando Cuiabá a Goiânia e a Campo Grande, com extensão à malha rodoviária nacional.
Criou a Universidade Federal de Mato Grosso e estendeu linhões de energia elétrica a partir de Cachoeira Dourada, em Goiás.
MATO GROSSO - ECONOMIA Como último gesto para fortalecer
o “Portal da Amazônia”, o governo federal dividiu Mato Grosso em 1977, separando Mato Grosso do Sul, desmembrado em 1° de janeiro de 1979, já que a região Sul tinha melhor infra-estrutura e melhor posição geográfica em relação ao Sul e Sudeste.
Nos anos 1970, a população de Mato Grosso se elevou de 599 mil para 1.038 milhão em 1980, 2.027 milhões em 1991, 2.235 milhões em 1996, 2,504 milhões em 2000 e 2.803 milhões de habitantes em 2005.
MATO GROSSO - ECONOMIAA pecuária, antes restrita ao
Pantanal, ganhou as terras altas cultivadas dos cerrados e avizinhou-se da agricultura.
Desenvolveram-se ambas em escala surpreendente.
O PIB da agropecuária saltou de menos de 1% em relação ao PIB nacional em 1970, para 2,45% em 1998 e 4,9% em 2003.
Evidente que o crescimento econômico gerou demandas a serem superadas.
MATO GROSSO- ECONOMIAA agricultura no estado se
consolidou como o setor mais importante da sua economia , dado seu papel motriz em relação às demais atividades econômicas, e está inserida no contexto da moderna agricultura nacional, considerando-se a significativa evolução da produtividade, área e produção das suas principais lavouras
temporárias.