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    MATO GROSSO - GEOGRAFIA

    Geografia: LocalizaoMato Grosso localiza-se na regio Centro-oeste do territrio brasileiro.

    O Estado ocupa uma rea de 903.357km, sendo o terceiro maior em extensoterritorial do pas. o nico a possuir caractersticas dos trsbiomas: Pantanal, Cerrado e Amaznia.

    O ponto culminante fica a 1.118m de altitude e se localiza na Serra deSanta Brbara., entre os municpios de Pontes e Lacerda e Porto Esperidio:Morro de Santo Antnio.

    Geografia: Clima

    Mato Grosso possui um clima caracteristicamente continental, com duasestaes bem-definidas, uma chuvosa e outra seca. A estao chuvosa ocorreentre os meses de outubro a maro, e a estao seca comea em abril etermina somente em setembro.

    A grande extenso territorial de Mato Grosso lhe confere uma grande

    diversidade de tipos climticos. O Estado compreende seis tipos de clima, asaber:a) Clima Tropical Monoico (AM)b) Clima Tropical de Savana (AW)c) Clima Tropical de Savana com Primavera Quented) Clima Tropical do Pantanale) Clima Tropical de Altitudef) Clima Tropical com Vero Chuvoso

    Geografia: Relevo

    Em Mato Grosso so encontradas as seguintes grandes unidades derelevo:

    a) Altos Planaltosb) Planaltos Rebaixadosc) Depressesd) Plancies Fluviais

    Aps pesquisas do Projeto RADAMBRASIL, hoje em dia oEstado divide-se em 17 regies altimtricas. Projetando essas regies sobreos municpios de Mato Grosso, temos:

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    a. Planalto Apiacs-Sucurundib. Depresso Interplanltica Amaznia Meridionalc. Planalto Residual Norted. Planalto Dissecado do Sul do Pare. Depresso Perifrica Sul do Par

    f. Planalto Parecisg. Depresso Araguaiah. Plancie do Bananali. Depresso Guaporj. Plancies Alto e Mdio Guapork. Planalto Residual Alto Guaporl. Depresso Rio Paraguaim. Provncia Serranan. Depresso Interplanltica Paranatingao. Planalto Guimaresp. Plancie e Pantanal Mato-grossense

    q. Planalto Taquari-Itiquira

    Geologia

    Mato Grosso, em relao a compartimentao geotectnica, abrange osul do Crton Amaznico, correspondente a Provncia Estrutural do Tapajs; aFaixa de Dobramento Paraguai, que parte da Provncia Estrutural do Paran.Algumas bacias preenchidas por sedimentos fanerozicos ocorrem tanto nointerior cratnico como no domnio das faixas de dobramentos, destacando-se,dentre elas, as bacias dos Parecis, aquelas que acolheram os sedimentoscenozicos do Pantanal mato-grossense, os da Depresso do Araguaia (Ilhado Bananal), os da Depresso do Guapor (fronteira Brasil-Bolvia) e os de AltoXingu.

    As Unidades Litoestratigrficas que compem o Estado de Mato Grossoso as seguintes:

    Arqueano Proterozico Paleozico Mesozico

    Cenozico

    Principais estruturas geolgicas:

    A compartimentao geotectnica de Mato Grosso abrange, em suamaior distribuio territorial, o segmento sul do Crton Amaznico, quecompreende a Provncia Estrutural do Tapajs; seguido da Faixa deDobramentos Paraguai, que compreende a Provncia Estrutural do Tocantins e,finalmente, a Bacia do Paran, que corresponde Provncia Estrutural doParan. Cada Provncia apresenta um estilo estrutural caracterstico e prpriode sua evoluo geolgica, em resposta s diversas fases ou etapas de

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    movimentaes a que esta vasta regio foi submetida. As Principais EstruturasGeolgicas de Mato Grosso so: Poro Sul do Crton Amaznico/Provncia Estrutural do Tapajs,

    Feies Lineagnicas Faixa de Dobramentos Paraguai/Provncia Estrutural do Tocantins

    Bacia do Paran/Provncia Estrutural do Paran

    Hidrografia

    Rios e bacias hidrogrficas

    O maior divisor de guas da Amrica do Sul est em Mato Grosso.

    Estende-se no sentido oeste-leste, separando as bacias fluviais opostas,vertentes umas para o norte e outras para o sul.Toda a extensa rede hidrogrfica que serve o Estado de Mato Grosso,

    abrange grande parte das duas maiores bacias hidrogrficas do Brasil- Amaznica e Platina, cujas guas se acham separadas pela Chapada dosParecis e pela Serra Azul. Destaca-se a Bacia do Tocantins, na qual o tributriomais importante, em terras mato-grossenses o Rio Araguaia. Cumprem destaforma, as chapadas mato-grossenses, o papel de divisor entre estas baciashidrogrficas.Esse divisor de guas tem incio no emaranhado de cabeceiras dos riosGuapor, Jauru e Juruena, indo at as cabeceiras dos rios Teles Pires, Xingu

    e Cuiab. O divisor ento declina para sudeste, at alcanar o emaranhado dascabeceiras dos rios Araguaia e Taquari, nas imediaes das divisas de MatoGrosso do Sul e Gois. Em alguns pontos ocorrem as guas emendadas,denominao popular do estrangulamento do divisor, em que um banhado, deum lado d origem a rios vertentes para o norte e por outro, a vertente para osul.Saiba mais sobre as principais bacias que banham o Estado:O maior divisor de guas da Amrica do Sul est em Mato Grosso. Estende-seno sentido oeste-leste, separando as bacias fluviais opostas, vertentes umaspara o norte e outras para o sul. Toda a extensa rede hidrogrfica que serve ode Mato Grosso, abrange grande parte das duas maiores bacias hidrogrficasdo Brasil - e Platina, cujas guas se acham separadas pela Chapada dosParecis e pela Serra Azul. Destaca-se a Bacia do Tocantins, na qual o tributriomais importante, em terras mato-grossenses o Rio Araguaia. Cumprem destaforma, , o papel de divisor entre estas bacias hidrogrficas. Esse divisor deguas tem incio no emaranhado de cabeceiras dos rios Guapor, e , indo atas cabeceiras dos rios Teles Pires, Xingu e . O divisor ento declina parasudeste, at alcanar o emaranhado das cabeceiras dos rios Araguaia eTaquari, nas imediaes das divisas de Mato Grosso do Sul e Gois. Emalguns pontos ocorrem as guas emendadas, denominao popular doestrangulamento do divisor, em que um banhado, de um lado d origem a rios

    vertentes para o norte e por outro, a vertente para o sul. Saiba mais sobre as

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    principais bacias que banham o : Bacia AmaznicaBacia Tocantins-Araguaia e Bacia Platina (Rios Paran e Paraguai)

    Chuvas em Mato Grosso

    Mato Grosso recebe um total pluviomtricomdio anual entre 2.700 e 1.200 mm,estando sua distribuio espacial ligada posio geogrfica da regio, em face dossistemas regionais da circulaoatmosfrica e tambm dos aspectosorogrficos.Os totais anuais de chuva diminuem de

    Norte-Noroeste em direo ao Sul-Sudoeste. O trecho Norte, includo naBacia Amaznica, concentra os maiorestotais, enquanto em direo ao Pantanal, adiminuio gradual, caindo at os 1.200 mm. Esta diminuio tambm seevidencia em direo ao Leste do Estado, onde os totais anuais variam ente os2.000 e os 1.500 mm.A distribuio dessas chuvas no decorrer do ano evidencia o carter tropical darea, com duas estaes bem definidas, uma seca e outra chuvosa.Esse carter mais ntido na metade Sul do Estado, em que se alternam umperodo seco, de inverno-primavera e um perodo chuvoso, de vero-outono,

    que concentra cerca de 70% dos totais de chuva. Na metade Norte, o perodoseco diminui gradualmente, atingindo dois meses (junho-julho) no extremo NWdo Estado.

    PERSPECTIVAS PLUVIOMTRICAS MENSAIS

    Estas estimativas so baseadas em Valores Mdios de mais de 30 anos deobservaes:

    Maro: o ms de valores mdios de precipitaes, principalmente na regio

    Centro-Oeste.Maio: Os valores mdios de precipitaes so inferiores a 50 mm na regioCentro-Oeste.Julho: Os ndices pluviomtricos mdios neste ms so inferiores a 50 mm emtoda regio Centro-Oeste. Umidade relativa com valores mdios muitoelevados em todo o Estado. Na soma dos valores mdios encontra-se ndicespluviomtricos abaixo de 200 mm em Mato Grosso.Agosto: Este o ms de ndices pluviomtricos mais baixos.Novembro: Precipitao normal durante este ms, sendo mais elevada naregio norte de Mato Grosso. Umidade relativa com valores normais maiselevados, atingindo 80 a 90%.Dezembro: o ms com valores mais elevados de precipitaes. Insolaomais baixa, com umidade de 80 a 90%.

    Daniel Bretas

    Chuva no Rio Tenente Amaral -Jaciara

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    Vegetao

    Mato Grosso, rico em biodiversidade, onico estado da federao a possuir trsecossistemas distintos.Saiba mais sobre eles:

    AmazniaCerradoPantanal

    Amaznia

    O pulmo do planeta

    A Amaznia o ecossistema de maior diversidade biolgica do mundo,representando a mais extensa floresta tropical existente. tambm o maiorbioma brasileiro, sendo que de seus aproximadamente 5,5 milhes de km deextenso, em torno de 3,3 milhes de km, esto em territrio brasileiro, edesses, pelo menos 550 mil km estodentro do estado de Mato Grosso.

    Embora a regio fosse, tradicionalmente,vista como um bioma relativamentehomogneo, reconhece-se hoje tratar-sede um mosaico de distintos ecossistemasque abrigam comunidades bastanteheterogneas, tanto em composioquanto em diversidade (Prance & Love Joy,1985).A fauna caracterizada, em sua maioria,por formas florestais com adaptaestpicas. Os primatas, aves, anfbios e

    peixes atingem na Amaznia a sua maiordiversificao taxonmica dentro docontinente americano. Devido a sua grande rea de superfcie, a Amazniaainda possui vastas extenses cobertas por floresta tropical mida. uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por rvores de grandeporte, situando-se prximas uma das outras (floresta fechada). O solo destafloresta no muito rico, pois possui apenas uma fina camada de nutrientes.Esta formada pela decomposio de folhas, frutos e animais mortos. Este ricohmus matria essencial para as milhares de espcies de plantas e rvoresque se desenvolvem nesta regio. Outra caracterstica importante da florestaamaznica o perfeito equilbrio do ecossistema. Tudo que ela produz

    aproveitado de forma eficiente. A grande quantidade de chuvas na regiotambm colabora para o seu perfeito desenvolvimento.

    Eleonor Cristina Ferreira

    Flor do Camalote

    Assessoria

    Mato Grosso possui cerca de 550

    mil km de Floresta Amaznica

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    Os rios so repletos de diversas espciesde peixesComo as rvores crescem muito juntas

    uma das outras, as espcies de vegetaorasteira esto presentes em poucaquantidade na floresta. Isto ocorre, poiscom a chegada de poucos raios solares aosolo, este tipo de vegetao no conseguese desenvolver. O mesmo vale para osanimais. A grande maioria das espciesdesta floresta vive nas rvores e so depequeno e mdio porte. Podemos citarcomo exemplos de animais tpicos dafloresta amaznica: macacos, cobras,

    marsupiais, tucanos, pica-paus, roedores, morcegos entre outros. Os rios quecortam a floresta amaznica (rio amazonas e seus afluentes) so repletos dediversas espcies de peixes.O clima que encontramos na regio desta floresta o equatorial, pois ela estsituada prxima linha do equador. Neste tipo de clima, as temperaturas soelevadas e o ndice pluviomtrico (quantidade de chuvas) tambm. Num diatpico na floresta amaznica, podemos encontrar muito calor durante o dia comchuvas fortes no final da tarde.mpacto Ambiental sobre a AmazniaConhea aqui as principais aes que degradam este bioma

    Juntamente com o Cerrado, a Amaznia o bioma que experimenta asmaiores taxas de converso de florestas em uso agropecurio. Na Amaznia,esta converso se deu, principalmente, para o estabelecimento de pastagens,com florestas sendo derrubadas e queimadas anualmente.A indstria de extrao madeireira, emborapossuindo menor importncia em termosde impacto total sobre o ecossistemaamaznico, tende a se constituir em srioproblema em diversas regies do Estado.Outra presso significativa sobre os

    ecossistemas amaznicos estrepresentada pela construo de barragenspara produo de energia eltrica. Emborao impacto esteja distribudo sobre umpercentual relativamente pequeno dasuperfcie da regio, h que se preocuparcom a diversidade faunstica das reas aserem inundadas.As mudanas hidrolgicas trazidas pelasbarragens podem tambm afetar os tabuleiros de reproduo de tartarugasamaznicas. Este impacto poder ter importantes reflexos na economia

    regional, porque os quelnios da regio se constituem em recursos desubsistncia significativos para populaes locais, especialmente as prximas

    Maria Rita Ferreira Uemura

    Os rios so repletos de diversasespcies de peixes

    Assessoria

    Um dos maiores problemasenfrentados o desmatamento

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    aos rios das Mortes e Araguaia. O impacto a ser produzido pelo barramento derios amaznicos sobre a ictiofauna tambm no tem tido a devida apreciao.A mudana nos padres de flutuao cclica nos nveis dos rios, alm dasnovas condies fsico-qumicas dos reservatrios, podero tambm afetarnegativamente os padres naturais de diversidade de espcies da ictiofauna da

    Amaznia mato-grossense.Para algumas espcies da fauna amaznica, a caa comercial e desubsistncia se constituem em presses capazes de levar populaes locais extino, ou pelo menos uma rarefao extrema das densidades naturais. Asespcies exploradas se constituem em recursos tradicionalmente utilizadoscomo fontes de protena pelas populaes indgenas (Gross, 1975). A caa desubsistncia tem sido bastante eficiente na eliminao de vrias populaes deprimatas. A experincia com projetos de colonizao na Amaznia indica queas populaes de primatas so as primeiras a serem extirpadas nas reascircunvizinhas a ncleos urbanos.Outro problema que causou e ainda causa tremendo impacto ambiental o

    garimpo de ouro. O mercrio utilizado no processamento do ouro tem opotencial de se incorporar nas cadeias alimentares das comunidades locais,expandindo grandemente a sua rea de influncia.

    A construo de estradas propaga o garimpo e traz doenas

    Alm dos aspectos elencados acima vale a pena citar:Garimpo de Ouro: Assoreamento, eroso e poluio dos cursos dgua;problemas sociais; degradao da paisagem e da vida aqutica; contaminaopor mercrio com conseqncias sobre a pesca e a populao.Grandes Projetos Agropecurios: Incndios; destruio da fauna e da flora;eroso, assoreamento e contaminao dos cursos dgua por agrotxicos;destruio de reservas extrativistas, destruio de stios arqueolgicos.Minerao Industrial: Degradao da paisagem; poluio e assoreamento doscursos dgua; esterilizao de grandes reas e impactos scio-econmicos.Usinas Hidreltricas: Impacto cultural e scio-econmico (povos indgenas) esobre a fauna e a flora; inundao de reas florestais, agrcolas, etc.;destruio de stios arqueolgicos.Indstrias de Ferro-Gusa: Demanda de carvo vegetal da floresta nativa -desmatamento; exportao de energia a baixo valor e alto custo ambiental;poluio das guas, ar e solo.

    Grandes Indstrias: Poluio do ar, gua, solo; gerao de resduos txicos;conflitos com o meio urbano.Construo de Rodovias: Destruio de culturas indgenas; propagao dogarimpo e de doenas endmicas; grandes projetos agropecurios; explosodemogrfica.Caa e Pesca Predatria: Extino de mamferos aquticos; diminuio depopulaes de quelnios, peixes e animais de valor econmico-geolgico.Crescimento Populacional: Problemas sociais graves; ocupao desordenada evertiginosa do solo (migrao interna) com srias conseqncias sobre osrecursos naturais.

    Fonte: O Desafio do Desenvolvimento Sustentvel.

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    Cerrado

    O Cerrado a segunda maior formao vegetal brasileira e originalmenteocupava uma rea de quase dois milhes de km, sendo que hoje ocupa cercaapenas 20% do total. Em Mato Grosso a rea ocupada por este bioma deaproximadamente 300 mil km, o equivalente a 34% do territrio estadual.Caracterstico de regies tropicais, o Cerrado apresenta duas estaes bemdefinidas: vero chuvoso e inverno seco. Em pelo menos 2/3 da regio oinverno demarcado por um perodo de seca que prolonga-se por cinco a seismeses.Por ter deficiente em nutrientes e rico emferro e alumnio, tpico solo de savanatropical, abriga plantas de aparncia seca e

    rvores de troncos retorcidos e curvadoscom folhas grossas e esparsas. Estasrvores e plantas vivem em meio a umavegetao rala e rasteira, misturando-se,s vezes, com campos limpos ou matasno muito altas. Entre as espcies vegetaisque caracterizam o Cerrado esto obarbatimo, o pau-santo, a gabiroba, opequizeiro, o ara, a sucupira, o pau-terra,a catuaba e o indai. Debaixo dessasrvores crescem diferentes tipos de capim,como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rioou crrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que sodensas florestas estreitas, de rvores maiores, que margeiam os cursosdgua. Nos brejos, prximos s nascentes de gua, o buriti domina apaisagem e forma as veredas de buriti.A flora do Cerrado uma das mais diversas do mundo, possuindo alto grau deendemismo e riqueza de espcies. Estima-se que 10 mil espcies de vegetais,837 de aves e 161 de mamferos habitem o Cerrado.Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplosplanaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nvel do

    mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m.Seu solo esconde um grande manancial de gua, que alimenta seus rios. Apresena de trs das maiores bacias hidrogrficas da Amrica do Sul(Tocantins-Araguaia, So Francisco e Prata) na regio favorece suabiodiversidade.

    Mario Friedlander

    Paisagem tpica do cerrado mato-grossense

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    Impactos sobre o ecossistema Cerrado

    Conhea aqui as principais aes que degradam este bioma

    A ocupao humana dos Cerrados nos ltimos quarenta anos acelerou osprocessos impactantes sobre a regio, devido ao aumento da densidadedemogrfica. O crescimento no foi apenas vegetativo, mas resultante deintensa migrao, dobrando sua participao relativa na populao nacional.Entretanto, a populao da regio do Cerrado apresenta-se altamenteagregada, com oitenta por cento vivendo em reas urbanas.As grandes presses exercidas no momento sobre a fauna do cerrado so a

    destruio de habitat e a caa predatria. O Cerrado visto como umecossistema menor em termos de prioridade de conservao. Deste modo,no existem estimativas precisas de reas convertidas produoagropecuria neste bioma. No entanto, certo que as taxas de destruioaumentaram consideravelmente, principalmente atravs da expanso da reacultivada com soja e o crescimento dorebanho bovino.A caa predatria tambm importantecomo fator de rarefao de vrias espciesde vertebrados de maior porte.Aproximadamente 33% das espcies demamferos que ocorrem no Cerrado soutilizadas como caa de subsistncia,produo de peles ou mesmo comomodelos experimentais. As espcies maisafetadas so a paca, a capivara, a anta, oveado-mateiro e os porcos-do-mato. Oscervdeos tambm so exaustivamentecaados no Cerrado.A rea do Cerrado (incluindo regies detransio com o Pantanal) categorizada como Parque Nacional, reserva

    biolgica e estao ecolgica, no passa de 0,8% de sua superfcie. A regioamaznica, certamente menos afetada por atividades antrpicas, possui 2,8%de sua extenso representada por unidades de conservao. Estas estimativasindicam que a Amaznia possui 3,5 vezes mais rea de superfcie preservadaque o Cerrado.A forma mais utilizada de desmatamento do Cerrado a dos correntespuxados por dois tratores, que vo derrubando toda a vegetao que estiverpela frente. Desta forma abre-se espao para a agricultura moderna ouformao de pastagens. a partir destas aes que a fauna e flora vodesaparecendo. Sabemos da riqueza que o ecossistema Cerrado abriga,sendo que seu desaparecimento seria uma tragdia. A expanso das

    atividades humanas no Cerrado (hidreltricas, urbanizao, agricultura, etc.)resulta em grandes impactos na regio.

    Joo Carlos Vicente Ferreira

    Utilizao de draga no garimpo dediamantes

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    Para manter a riqueza biolgica dos Cerrados, seria necessrio destinarmaiores recursos para preservar e criar novos Parques Nacionais que abrigamo pouco que resta intacto.

    Alm dos aspectos elencados acima vale apena citar:Grandes Projetos Agropecurios:Desmatamento de reas nativas e grandesqueimadas; drenagens - eroso, alteraoda vaso dos cursos dgua,assoreamento; monocultura extensiva -desequilbrio ecolgico; uso de grandesquantidades de agrotxicos - poluio dasguas; uso de mecanizao intensiva -compactao dos solos; destruio de

    stios arqueolgicos.Expanso Urbanadesordenada: Destruio de nascentes decursos dgua que formam a bacia do

    Pantanal; destruio da paisagem; poluio por falta de saneamento bsico;destruio da rede de drenagem; abertura de cascalheiras; reas decapeadas,reas de extrao de areia, estradas, cortes de morros, aterros e drenagens,voorocas; desmatamento para obteno de lenha e escoras para construo efornos; aumento da poluio das guas com esgoto e do solo com lixo;expanso do trfego de veculos e conseqente poluio atmosfrica e sonora;intensificao da descaracterizao da paisagem e biota nativas pela expansode reas ocupadas com plantas e animais exticos.Invaso de Reservas Indgenas: Impacto cultural e social sobre populaesindgenas; desmatamento.Olarias - Fbricas de Tijolos: Demanda de carvo vegetal; desmatamento docerrado e floresta pr-amaznica.Garimpo de Ouro e Pedras Preciosas: Eroso, assoreamento e contaminaodos cursos dgua; impacto scio-econmico.Indstria de Transformao: Destruio de cavernas calcreas para a produode cimento e calcrio agrcola; desmatamento para a produo de carvovegetal.

    Fonte: O Desafio do Desenvolvimento Sustentvel.PantanalUma das maiores extenses midascontnuas do planeta

    O Pantanal uma plancie periodicamenteinundvel, cujo fenmeno regulado pelascheias e vazantes da Bacia do RioParaguai. Nestes ciclos das guas, estasinvadem os campos, tomando quase quetodas as suas terras. Nesta estao, as

    plantas se reproduzem e criam todavegetao exuberante que marca com

    Daniel Bretas

    O desmatamento do Cerrado paraa plantao de soja tem causadodesequilibrio

    Joo Carlos Vicente Ferreira

    Paisagem pantaneira com vitriargia

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    beleza este osis biolgico, de gua, luz e terra.Na vazante do Pantanal suas terras ainda mais ricas e frteis, so invadidaspelos pssaros que buscam suas lagoas para pesca e alimentos necessrios,este fato transforma a regio num imenso viveiro natural.Esta grande bacia hidrogrfica tributria do Rio Paran, na sua parte brasileira

    abrange parcialmente a regio Centro Oeste. A bacia de drenagem doParaguai Superior e do Alto Paraguai alcana a rea total de 548 mil km, dosquais 63,1% pertencem ao Brasil, o restante encontra-se em territrioparaguaio e boliviano. Cerca de 35% do Pantanal brasileiro se encontra emMato Grosso.Esta imensa regio alagadia est sob influncia do prprio Rio Paraguai e dealguns tributrios: Rio Jauru, Piquiri, So Loureno, Taquari e Cuiab. A BaciaSedimentar do Pantanal formada de gua, ar, terra, fauna e flora, dentro demais de 240 mil km de superfcie lquida a drenar em direo sudoeste. Olenol lquido definido, no adquire a correnteza dos caudais, desliza.

    Por do sol no pantanalO clima quente e mido, no vero, e frioe seco, no inverno. Durante a seca, oscampos se tornam amarelados e nosendo raro a temperatura descer a nveisabaixo de 0 C, e registrar geadas,influenciada pelos ventos que chegam dosul do continente. A maior parte dos solosdo Pantanal so arenosos e suportampastagens nativas utilizadas pelosherbvoros nativos e pelo gado bovino,introduzido pelos colonizadores da regio.A vegetao pantaneira um mosaico de

    trs regies distintas: amaznica, cerrado e chaco (paraguaio e boliviano).Diferencia-se o aguap, milhes de plantas flutuantes, o mais perfeitonormalizador da integrao sol-ar-gua-poluio.A grande caracterstica da fauna pantaneira o domnio populacional deespcies de vertebrados de mdio e grande porte, que so favorecidos peloregime hdrico da regio. A regio pantaneira possui uma das biodiversidadesmais ricas do planeta, como mais de duas mil espcies de aves, peixes,

    mamferos e rpteis. Alguns animais, como o tuiui e o jacar, tornaram-severdadeiros smbolos da regio.A rea , tambm, bastante importante nas rotas de migrao de vriasespcies de aves no-residentes, proporcionando alimentao e refgiosazonais.

    DegradaoImpactos sobre o ecossistema PantanalConhea aqui as principais aes que degradam este bioma

    Maria Rita Ferreira Uemura

    por do sol no pantanal

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    Pecuria Extensiva: Competio com a fauna nativa; desequilbrios.Pesca e Caa Predatria: Diminuio dos estoques pesqueiros; desequilbrios,risco de extino de algumas espcies de jacars e outras espcies.Garimpo de Ouro e Pedras Preciosas: Eroso, assoreamento e contaminaodos cursos dgua nas cabeceiras dos rios que formam a Bacia do Rio

    Paraguai, com impactos diretos no Pantanal.Turismo Desordenado e Predatrio: Desequilbrios; estresse e morte de avesdevido a fogos usados para provocarem revoadas e a saquinhos - garrafas deplsticos jogados que, se ingeridos por um animal, podem mat-lo.Aproveitamento dos Cerrados: Manejo agrcola inadequado de lavourasresultando em eroso dos solos, o que aumentou significativamente osedimento de vrios rios que desguam no Pantanal; contaminao dos rioscom biocidas e fertilizantes.Lixo e Dejetos Urbanos: Esgotos de centros urbanos (especialmente Cuiab) ehotis de turismo que se estabelecem s suas margens.Obs: A grande quantidade de gua do Pantanal origina-se de outras fontes e

    regies: das chuvas e dos rios que nele desguam, principalmente da bacia doAlto Paraguai. Da a necessidade de uma poltica global de recuperao epreservao dos recursos hdricos que o abastecem.Fonte: O Desafio do Desenvolvimento Sustentvel.

    Temperatura

    O comportamento da temperatura em MatoGrosso decorre de fatores geogrficos(continentalidade, latitude e relevo) edinmicos (circulao atmosfrica). Adistncia da costa brasileira, impedindo ainfluncia moderadora do oceano,condiciona a ocorrncia de altastemperaturas, alm de fortes amplitudestrmicas anuais.A elevao da altitude, associada aoaumento da latitude, responsvel pelodecrscimo da temperatura nos trechosmais elevados das chapadas.A temperatura mdia anual no Estado varia

    de 27C, ao Norte, a 20C nos morrosisolados e mais elevados ao Sul. Observa-se que de Leste para Oeste ocorretambm um aumento trmico mdio anual, explicado pelo decrscimoaltimtrico em direo Baixada do Pantanal.No perodo da primavera-vero as temperaturas permanecem elevadas

    particularmente na primavera, quando operodo chuvoso ainda no se iniciou.Setembro , em geral, o ms mais quente,com mdia atingindo os 28C- 26C aoNorte e 26C-24C ao Sul.A partir do outono, as temperaturas

    decaem, chegando ao mnimo no inverno,sendo os meses de junho e julho os mais

    Mario Friedlander

    O Estado caracterizado pelasaltas temperaturas

    Maria Rita V. Ferreira Uemura

    Clima serrano em Chapada dosGuimares

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    frios. Mesmo no perodo mais quente, ocorrem resfriamentos significativos,possivelmente graas influncia de Frente Polar Atlntica.As amplitudes trmicas dirias so elevadas, especialmente na poca mais friae seca, em virtude da existncia de uma menor quantidade de vapor dgua naatmosfera, possibilitando uma maior insolao durante o dia e radiao

    terrestre mais intensa noite. No perodo quente e mido, a elevadaporcentagem de vapor de gua na atmosfera, aliada maior nebulosidade,possibilita um certo equilbrio trmico, impedindo a ocorrncia de grandesmudanas trmicas numa mesma massa de ar.

    Aspectos gerais da populaoSaiba mais sobre as principaiscaractersticas dos que vive em MatoGrosso

    De acordo com dados do Instituto Brasileirode Geografiae Estatstica, IBGE, em 1950Mato Grosso contava com 211.858habitantes, j em 2007 este nmero subiupara 2.854.652 habitantes. Vivem na zonaurbana 83,28% da populao e na zonarural 16,72%. A densidade demogrfica de 3,16 hab/km2. Segundo o TRE o Estadopossui 1.940.270 eleitores.O nmero de homens residentes em MatoGrosso ligeiramente superior ao demulheres. So 1.452.153 pessoas do sexo masculino e 1.377.327 do sexofeminino.Constata-se intensa miscigenao em todo o Estado de Mato Grosso. Segundoo IBGE, 56,73% da populao parda, 36,1% branca, 6,09% negra, 0,73% indgena e 0,37% amarela.

    Processo demogrfico deMato Grosso

    O processo demogrfico ocorrido em MatoGrosso um exemplo de povoamento deregies fronteirias. Apesar de o territrio

    Mario Friedlander

    Cerca de 16% dos moradores doEstado vivem na zona rural

    Mario Friedlander

    Emprego e qualidade de vida tematraido pessoas ao Estado

    http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/index.php?sid=267http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=299&cid=1400http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/index.php?sid=267http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=299&cid=1400
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    ocupar praticamente 10% da rea total do pas, a populao do Estadorepresenta apenas 1,53% dos habitantes do Brasil.Mato Grosso, apesar de ainda pouco povoado, vive um intenso processo demigrao ocorrido principalmente nas ltimas dcadas e vem sendogradativamente ocupado. Em busca de melhores condies, pessoas

    procedentes principalmente do sul e do sudeste tm encontrado aqui maioracesso a emprego, qualidade de vida e terras para cultivar.Municpios mais populosos e IDH

    Os municpios mais populososso Cuiab (526.831 habitantes), VrzeaGrande (230.307 habitantes),Rondonpolis (172.783), Sinop (105.762)e Cceres(84.175). A regio maisdensamente ocupada do Estado aBaixada Cuiabana, que abrange 13

    municpios.O ndice de Desenvolvimento Humano,IDH, de responsabilidade do PNUD-Brasil, uma medida comparativa deriqueza, alfabetizao, educao,esperana mdia de vida, natalidade eoutros fatores. uma maneira padronizada de avaliao e medida do bem-estar de uma populao, especialmente o bem-estar infantil.Segundo o PNUD, as cidades mato-grossenses que apresentam os maioresndices de desenvolvimento humano so: Sorriso, Cuiab, Lucas do RioVerde,Cludia, Campos de Jlio, Campo Novo dos Parecis e Sinop.

    O Povoamento

    As origens histricas do povoamento deMato Grosso esto ligadas s descobertasde ricos veios aurferos, j no comeo dosculo 18. Em 1718, o bandeirante AntnioPires de Campos, que um ano antesesteve s margens do Rio Coxip, em localdenominado So Gonalo Velho, onde

    combateu e aprisionou centenasde ndios Coxipon (Bororo), encontrou-se

    Marcos Bergamasco

    Cuiab a cidade mais populosade Mato Grosso

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Fundao de Cuiab em 8 de abrilde 1719

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    com gente da Bandeira de Paschoal Moreira Cabral Leme, informando-lhessobre a possibilidade de escravizarem ndios vontade.

    Ao ser informado da fartura da (possvel) prea, Paschoal Moreira CabralLeme seguiu Coxip acima: o seu intento, no entanto, no foi realizado, pois noconfronto com o gentio da terra, na confluncia dos rios Mutuca e Coxip, os

    temveis Coxipon, que dominavam esta regio, teve sua expedio totalmenterechaada pelas bordunas e flexas certeiras daquele povo guerreiro.Enquanto a expedio de Moreira Cabral se restabelecia dos danos

    causados pela incurso Coxipon, dedicaram-se ao cultivo de plantaes desubsistncia, apenas visando o suprimento imediato da bandeira. Foi nestapoca que alguns dos seus companheiros, embrenhando-se Coxip acima,encontraram em suas barrancas as primeiras amostras de ouro.Entusiasmados pela possibilidade de riqueza fcil, renegaram o objetivoprincipal da bandeira, sob os protestos imediatos de Cabral Leme, que,entretanto, aderiu aos demais. Foi desta forma que estando a procurade ndios para escravizar Paschoal Moreira Cabral Leme encontrou ouro em

    quantidade inimaginada.Desta forma os paulistas bateram as estremas das regies cuiabanas, onde o

    ouro se desvendava aos seus olhos. A descoberta do ouro levou oscomponentes da bandeira de Cabral a se deslocarem para uma rea ondetivessem maior facilidade de ao. Surgiu Forquilha, a povoao pioneira detodo Mato Grosso, na confluncia do Rio Coxip com o Ribeiro Mutuca,exatamente onde tempos havia ocorrido terrvel embate entre paulistase ndios da nao Coxipon.

    Espalhou-se ento a notcia da descoberta das Minas do Cuyab. Vale dizerque o adensamento de Forquilha foi inevitvel, o que preocupou a comunidadequanto manuteno da ordem e estabilidade do ncleo. Este fato levouPaschoal Moreira Cabral, juntamente com alguns bandeirantes, a lavrar umaata e fundar o Arraial de Cuiab, em 08 de abril de 1719, devendo a partir deento, seguir administrativamente os preceitos e determinaes legais daCoroa. Na verdade, a Ata de Criao de Cuiab deixa ntida a preocupao dePaschoal Moreira Cabral em notificar Coroa Portuguesa os seus direitos deposse sobre as novas lavras.

    Em 1722, ocorreu a descoberta de um dos veios aurferos mais importantesda rea, no local denominado Tanque do Arnesto, por Miguel Sutil, queaportara em Cuiab com o intuito de dedicar-se agricultura. Com apropagao de que constituam os veios mais fartos da rea, a migrao

    oriunda de todas as partes da colnia tornou-se mais intensa, fato que fezde Cuiab, no perodo de 1722 a 1726,uma das mais populosas cidades do Brasil,na poca.Primrdios Cuiabanos

    Em 1722, por Proviso Rgia, o Arraialde Cuiab foi elevado categoria dedistrito da Capitania de So Paulo. A Coroamandou que o governador da Capitania deSo Paulo, Dom Rodrigo Cesar de

    Menezes instalasse a Villa, o municpio,estrutura suprema local de governo. Dom

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Chegada de Rodrigo Cesar deMenezes para a instalao da Villa

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    Rodrigo partiu de So Paulo a 06 de junho de 1726 e chegou a Cuiab a 15 denovembro do mesmo ano. A 1 de janeiro instalou a Villa.H de se dizer, entretanto, que na administrao do governador Rodrigo Cesarde Menezes, que trouxe ao Arraial mais de trs mil pessoas, houveramtransformaes radicais no sistema econmico-administrativo da Villa. A

    medida mais drstica foi a elevao do imposto cobrado sobre o ouro, gerandoaumento no custo de vida, devido ao crescimento populacional, agravando asituao precria do garimpo j decadente. Estes fatos, aliados grandeviolncia que mesclou a sua administrao, bem como a escassez das minasde Cuiab, tornaram-se fundamentais para a grande evaso populacional paraoutras reas.A 29 de maro de 1729, D. Joo V, criou o cargo de Ouvidor em Cuiab.Apesar do Brasil j se desenvolver a 200 anos, Cuiab ainda participou daestrutura antiga dos municpios, em que o poder mximo era exercido pelolegislativo, cabendo ao executivo um simples papel de Procurador. O chefenato do legislativo era a autoridade suprema do Judicirio. Por isso o poder

    municipal era tambm denominado de Ouvidoria de Cuiab. Ainda no seusava designar limite ou rea ao municpio; apenas recebia ateno formal asede municipal, com permetro urbano. O resto do territrio se perdia numindefinido denominado Districto. Por isso se costumava dizer Cuyab e seuDistricto. Naquele tempo os garimpeiros corriam atrs das manchas, lugaresque rendiam muito ouro. Assim, em 1737, por ocasio das notcias de muitoouro para as bandas do Guapor, enorme contingente optou pela migrao.Se a situao da Vila de Cuiab j estava difcil, tornou-se pior com a criaoda Capitania, em 09 de maio de 1748. Em 1751, a vila contava com seis ruas,sendo a principal a Rua das Trepadeiras (hoje Pedro Celestino). Muitos deseus habitantes migraram para a capital da Capitania, atrados pelos privilgiosoferecidos aos que ali fossem morar. Este fator permitiu que Cuiab ficassequase estagnada por perodo de setenta anos.

    Vila Bela da Santssima Trindade - Antiga Capital

    Por ordem de Portugal, a sede da Capitania foi fixada no Vale do RioGuapor, por motivos polticos eeconmicos de fronteira. D. Antnio Rolim

    de Moura Tavares, Capito General, foinomeado pela Carta Rgia de 25 de janeirode 1749. Tomou posse a 17 de janeiro de1751. Rolim de Moura era fidalgoportugus e primo do Rei, mais tarde foititulado Conde de Azambuja. A 19 demaro de 1752, D. Rolim de Mourafundou Villa Bela da Santssima Trindade,s margens do Rio Guapor, que se tornoucapital da Capitania de Mato Grosso.

    Vrios povoados haviam se formado na

    poro oestina, desde 1726 at a criaoda Capitania, a exemplo de Santana, So Francisco Xavier e Nossa Senhora

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Fundao de Vila Bela

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    do Pilar. Esses povoados, alm de constiturem os primeiros vestgios daocupao da poro ocidental da Capitania, tornaram-se o embrio para osurgimento de Vila Bela, edificada na localidade denominada Pouso Alegre. Ocrescimento de Vila Bela foi gradativo e teve como maior fator de suacomposio tnica, os negros oriundos da frica para trabalho escravo, alm

    dos migrantes de diversas reas da Colnia.O perodo ureo de Vila Bela ocorreu durante o espao de tempo em queesteve como sede poltica e administrativa da Capitania, at 1820. A partir da,comeou a haver descentralizao poltica, e Vila Bela divide com Cuiab aadministrao Provincial. No tempo do Reino Unido de Portugal, Brasil eAlgarves, no incio do sculo XIX, Cuiab atraa para si a sede daCapitania. Vila Bela recebia o ttulo de cidade sob a denominao de MattoGrosso. A medida tardou a se concretizar, dando at ocasio de se propor amudana da capital para Alto Paraguay Diamantino (atualmente municpio deDiamantino). A Lei n. 09, de 28 de agosto de 1835, encerrou definitivamente aquesto da capital, sediando-a em Cuiab. Tratou-se de processo irreversvel a

    perda da capital em Vila Bela, quando esta vila declinava aps o governo deLuz de Albuquerque.

    A cidade de Matto Grosso, a nova denominao, passou s runas, e eraconsiderada como qualquer outro municpio fronteirio. Hoje em dia a cidadepassou a ser vista de uma outra maneira, principalmente pelo redescobrimentode sua riqueza tnico-cultural. A Lei Federal n. 5.449, de 04 de julho de 1968tornou Mato Grosso municpio de Segurana Nacional. Em 29 de novembro de1978, a Lei n. 4.014, alterava a denominao de Mato Grosso para Vila Belada Santssima Trindade, voltando ao nome original.

    Perodo de Capitania

    No perodo de Capitania, Portugal seempenhou na defesa do territrio

    conquistado. A preocupao com afronteira, a extensa linha que ia doParaguai ao Acre, continha um aspectoestratgico: ocupar o mximo de territriopossvel na margem esquerda do RioGuapor e na direita do Rio Paraguai. O rioe as estradas eram questes deimportncia fundamental, pois apenas sepodia contar com animais e barcos.

    Capitania de Mato Grosso faltava povoe recursos financeiros para manter a

    poltica de conquista. Favorecimentosespeciais foram prometidos para os que

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    Canoas de guerra no Rio Guapor

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    morassem em Vila Bela, visando o aumento da povoao. Como o RioParaguai era vedado navegao at o Oceano Atlntico, os governadores daCapitania agilizaram o domnio dos caminhos para o leste e a navegao parao norte, pelos rios Madeira, Arinos e Tapajs.

    Ocorreram avanos de ambas as partes, Portugal e Espanha, para territrio

    de domnio oposto. Antes da criao da Capitania de Mato Grosso, osmissionrios jesutas espanhis ocuparam a margem direita do Rio Guapor,como medida preventiva de defesa. Para desalojar os missionrios, Rolim deMoura no duvidou em empregar recursos blicos.No governo do Capito General Joo Carlos Augusto DOeynhausen, DomJoo VI instituiu o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a 16 dedezembro de 1815. A proximidade do governo supremo situado no Rio deJaneiro favoreceu a soluo mais rpida das questes de governo. Aindependncia de comrcio trouxe novos alentos vida mato-grossense.

    Com a aproximao do fim daCapitania, Cuiab assumiu aos poucos a

    liderana poltica. Vila Bela da SantssimaTrindade funcionou eficazmente comocentro poltico da defesa da fronteira. Nopodia ostentar o brilho comercialde Cuiab e Diamantino. O ltimogovernador da Capitania, Francisco dePaula Magessi Tavares de Carvalho jgovernou todo o tempo em Cuiab.

    Em Mato Grosso, precisamente nos anosde maturao da Independncia,acirraram-se as lutas pelo poder supremoda Capitania. A nobreza, o clero e o povo

    depuseram o ltimo governador Magessi. Em seu lugar se elegeu uma JuntaGovernativa. Enquanto uma Junta se elegia em Cuiab, outra se elegeu emMato Grosso, topnimo que passou a ser conhecido Vila Bela da SantssimaTrindade, a partir de 17 de setembro de 1818. Sob o regime de JuntasGovernativas entrou Mato Grosso no perodo do Brasil Independente,tornando-se Provncia.Povoamento Setecentista

    Nessa trajetria de ocupao epovoamento da Capitania de Mato Grosso,iniciada no governo de Rolim de Moura,outros povoados surgiram, a exemplodeSantana da Chapada, que, inicialmentese constituiu em uma grande reservaindgena, devido determinao dogoverno em congregar naquela poro daCapitania,tribos indgenas diversas, com oobjetivo de minimizar os constanteschoques com as comunidades. Esse

    Parque Indgena, cuja formao remonta a1751, teve a sua administrao entregue a

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Deposio de Magessi

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    Misso Jesutica de Chapada

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    um padre jesuta, que atravs de um trabalho de aculturao, conseguiucoloc-los em contato com a populao garimpeira das proximidades.

    O perodo de 1772 a 1789 foi decisivo para a Capitania de Mato Grosso econsequentemente para o Pas, haja vista ter acontecido nessa poca oalargamento da fronteira ocidental do Estado, estendendo-se desde o Vale do

    Rio Guapor at as margens do Rio Paraguai. Para efetivao da poltica deexpanso e povoamento e, principalmente para assegurar a posse da poroocidental da Capitania, por inmeras vezes molestada pelos espanhis, foramcriados nesse perodo, alguns fortes e povoados. Em 1755, Lus deAlbuquerque de Melo Pereira e Cceres, determinou a fundao do Forte deCoimbra, sito margem direita do Rio Paraguai. Um ano aps foi a vez doForte Prncipe da Beira, instalado margem direita do Rio Guapor, hojeEstado de Rondnia.

    Em 1778, atravs de sua poltica expansionista, Lus de Albuquerque fundouo povoado de Nossa Senhora da Conceio de Albuquerque, atualmentemunicpio de Corumb. Trs anos aps foi a vez da fundao de Vila Maria do

    Paraguai, hoje Cceres. Ainda em 1781 foi fundada a povoao de So PedroDel Rey, atualmente o municpio de Pocon. Alm do que fundou os registrosdo Jauru (regio oeste) e nsua (regio leste) no Rio Araguaia. Em 1783, Meloe Cceres determinou a fundao do povoado de Casalvasco e ainda ocupou amargem esquerda do Rio Guapor, de domnio espanhol, fundando o povoadode Viseu e seus desdobramentos

    Antes da abordagem do povoamento no sculo XIX, referenciamos aocupao de povoados que se revestiramde grande importncia no quadro geral daexpanso desenvolvimentista. Nesteparticular no podem ser esquecidas asreas hoje constitudas pelos municpios de

    Barra do Garas, Rosrio Oeste, NossaSenhora do Livramento e Santo Antnio deLeverger. Os primeiros sinais depovoamento na regio onde hoje selocaliza o municpio de Barra do Garas, econsequentemente da margem esquerdado Rio Araguaia, foi o Arraial dos Aras,mais tarde denominado Santo Antnio doAmarante, por volta de 1752.

    Na rea do atual municpio de NossaSenhora do Livramento, a minerao

    aurfera se constituiu na clula mater de sua ocupao. Adversamente ocupao de grande poro da Capitania de Mato Grosso, a das reas onde

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Incio do povoamento no sculoXVIII

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    atualmente se localizam os municpios de Santo Antnio de Leverger e Barode Melgao no se fez embasada na minerao, mas sim na fertilidade dasterras, denotada pela exuberncia das matas que margeavam toda a vasta orlaribeirinha, no baixo Cuiab. O incio do povoamento remonta aos primeirosanos do sculo XVIII, e seus primeiros habitantes constituiram-se no s de

    pessoas desgarradas das bandeiras que aportavam em Cuiab, mas tambmdaquelas que buscavam fugir da penria que por longo tempo reinou nopovoado.

    Em 1825, a populao da regiode Diamantino era de cerca de 6.077pessoas, das quais 3.550escravos. Cuiab era o principal centrocomercial de borracha, e alm da CasaAlmeida, trabalhavam neste ramo asempresas, Casa Orlando, fundada em1873, Alexandre Addor, fundada em 1865 e

    com sede na Rua Conde DEu (hojeAvenida 15 de novembro), ainda asempresas Firmo & Ponce, FigueiredoOliveira, Lucas Borges & Cia., FernandoLeite e Filhos, Joo Celestino Cardoso,Eduardo A. de Campos, Francisco Lucas

    de Barros, Arthur de Campos Borges, Dr. Joo Carlos Pereira Leite e outros.Foi a poca do esplendor da borracha, com Diamantino sendo o grande centroprodutor e Cuiab convergindo a comercializao.

    Primeiro Imprio

    Em 25 de maro de 1824, entrou emvigor a Constituio do Imprio do Brasil.As Capitanias passaram denominao de

    Provncias, sendo os presidentesnomeados pelo Imperador. Mas o GovernoProvisrio Constitucional regeu MatoGrosso at 1825. A 10 de setembro de1825, Jos Saturnino da Costa Pereiraassumiu o governo, em Cuiab, comoprimeiro governador da Provncia de MatoGrosso, aps a gesto do GovernoProvisrio Constitucional. No governo deCosta Pereira passou por Mato Grosso aclebre expedio russa, chefiada pelo

    Baro de Langsdorff, quando se registroufatos e imagens da poca.

    Album Grphico

    Transporte da borracha no inciodo sculo XX

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    Hasteamento da Bandeira doImprio

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    Tambm Costa Pereira, por arranjos de negociao, paralisou o avano de600 soldados chiquiteanos contra a regio do Rio Guapor, em fins de 1825.Costa Pereira criou o Arsenal da Marinha no porto de Cuiab e o JardimBotnico da cidade, entregando-o direo do paulista Antnio Lus Patrcio daSilva Manso. No governo do presidente Antnio Corra da Costa, ocorreu a

    criao do municpio de Pocon, por Decreto Regencial de 25 de outubro de1831, o quarto de Mato Grosso e o primeiro no perodo Provncial - Villa doPocon.

    A 28 de maio de 1834, o tambm tenentecoronel Joo Poupino Caldas, assume apresidncia da Provncia. Em seu governoeclodiu a Rusga, revolta nativista quetransformou a pacata comunidadecuiabana em feras cata de portugueses,a quem chamavam bicudos. Em Cuiab aSociedade dos Zelosos da Independncia

    organizou a baderna, visando a invasodas casas e comrcios de portuguses.

    Antnio Pedro de Alencastro assume ogoverno da Provncia a 29 de setembro de1834 e promove processo contra oscriminosos da sedio mato-grossense.

    Poupino, em troca da confiana do Presidente da Provncia, programa oenfraquecimento dos amotinados pela dissoluo da Guarda Municipal ereorganizao da Guarda Nacional. A Assemblia Provincial, pela Lei n. 19,transfere a Capital da Provncia de Mato Grosso da cidade de Matto Grosso(Vila Bela) para a de Cuiab.

    A 14 de agosto de 1839 circulou pela primeira vez um jornal em Cuiab -Themis Mato-Grossense. A primeira tipografia foi adquirida por subscriopblica organizada pelo Presidente da Provncia Jos Antnio Pimenta Bueno,que era ferrenho defensor dos direitos provinciais. A educao contou com seuirrestrito apoio, sob sua direo, foi promulgado o Regulamento da InstruoPrimria, atravs da Lei n. 08, de 05 de maro de 1837. Esse regulamento,disciplinador da matria, estabelecia a criao de escolas em todas aspovoaes da Provncia e o preenchimento dos cargos de professor medianteconcurso. Multava os pais que no mandassem seus filhos s escolas, o quefez com que o ensino fosse obrigatrio. Pimenta Bueno passou seu cargo ao

    cnego Jos da Silva Guimares, seu vice.Segundo Imprio

    O primeiro presidente da Provncia deMato Grosso, nomeado por Dom Pedro II,foi o cuiabano cnego Jos da SilvaMagalhes, que assumiu a 28 de outubrode 1840. Em 1844, chega a Cuiab omdico Dr. Sabino da Rocha Vieira paracumprir pena no Forte Prncipe da Beira.Fora o chefe da famosa Sabinada,

    pretendendo implantar uma Repblica noBrasil. Neste mesmo ano de 1844, o

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    Revolta da Rusga

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Leverger no Rio Paraguai

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    francs Francis Castelnau visitou Mato Grosso em viagem de estudos. Tornou-se clebre pelos legados naturalistas.

    O cel. Joo Jos da Costa Pimentel foi nomeado para a presidncia daProvncia a 11 de junho de 1849. Augusto Leverger, nomeado a 07 de outubrode 1850, assumiu o governo Provincial a 11 de fevereiro de 1851. Exerceu a

    presidncia cinco vezes. Alm de providncias notveis no tempo da Guerra doParaguai, notabilizou-se pela pena de historiador de Mato Grosso.Importante Tratado abriu as portas do comrcio de Mato Grosso para oprogresso: o de 06 de abril de 1856. Graas habilidade diplomtica doConselheiro Paranhos, Brasil e Paraguai celebraram o Tratado da Amizade,Navegao e Comrcio.

    O primeiro vapor a sulcar as guas da Provncia de Mato Grosso foi o WaterWitch, da marinha dos Estados Unidos, sob o comando do Comodoro ThomazJefferson Page, em 1853, incumbido pelo seu governo da explorao danavegao dos afluentes do Prata. Em 1859, ao tomar posse o presidenteAntnio Pedro de Alencastro (o 2 Alencastro), chegou a Mato Grosso o

    Ajudante de Ordens, o capito Manoel Deodoro da Fonseca, o futuroproclamador da Repblica.

    No ano de 1862, o clebre pintor BartolomBossi, italiano, visitou a Provncia de MatoGrosso, deixando um livro de memrias.Imortalizou em tela acontecimentos dapoca. Sobressai na Histria de MatoGrosso o episdio da Guerra do Paraguai.Solano Lopes aprisionou a 12 de novembrode 1864 o navio brasileiro Marqus de

    Olinda, que havia acabado de deixar oporto de Assuno, conduzindo opresidente eleito da Provncia de MatoGrosso, Frederico Carneiro deCampos.Comeara ali a Guerra doParaguai, de funestas lembranas para

    Mato Grosso. Os mato-grossenses foram quase dizimados pela varola. Umefeito cascata se produziu atingindo povoaes distantes. Metade dosmoradores de Cuiab pereceu. No entanto, o povo de Mato Grosso sente-seorgulhoso dos feitos da Guerra do Paraguai onde lutaram em minoria de gentee de material blico, mas tomando por aliado o conhecimento da natureza e

    sempre produzindo elementos surpresa. Ruas e praas imortalizaram nomes edatas dos feitos dessa guerra.

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Vapor Water-Witch

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    A notcia do fim da Guerra do Paraguai chegou a Cuiab no dia 23 de marode 1870, com informaes oficiais. O vapor Corumb chegou embandeirado aoporto de Cuiab, s cinco da tarde, dando salvas de tiros de canho.Movimento notvel ocorrido nesse perodo do Segundo Imprio foi o daabolio da escravatura. O smbolo do movimento aconteceu a 23 de maro de

    1872: O presidente da Provncia, Dr. Francisco Jos Cardoso Jnior, libertou62 escravos, ao comemorar o aniversrio da Constituio do Imprio. Emdezembro do mesmo ano, foi fundada aSociedade Emancipadora Mato-Grossense, sendo presidente o Baro deAguape.

    A 12 de agosto de 1888, nasceu o PartidoRepublicano. Nomeiam-se lderes; Jos daSilva Rondon, Jos Barnab de Mesquita,Vital de Arajo, Henrique Jos Vieira Filho,Guilherme Ferreira Garcz, Frutuoso Paes

    de Campos, Manoel Figueiredo FerreiraMendes. A notcia da Proclamao daRepblica tomou os cuiabanos de surpresaa 09 de dezembro de 1889, trazida pelocomandante do Paquetinho Coxip, poisvinte e um dias antes, a 18 de novembrofelicitaram Dom Pedro II por ter sado ilesodo atentado de 15 de junho. A 02 de setembro a Assemblia Provincialaprovara unnime a moo congratulatria pelo aniversrio do Imperador. Aofindar o Imprio, a Provncia de Mato Grosso abrigava 80.000 habitantes.

    Primeira Repblica

    Em 09 de dezembro de 1889, AntnioMaria Coelho assumiu as rdeas dogoverno republicano em Mato Grosso. A 15de agosto de 1891 se promulgava aPrimeira Constituio do Estado de MatoGrosso. O termo Provncia deu lugara Estado. O chefe do executivo mantinha a

    denominao de presidente. EleitopelaAssemblia Legislativa, o jurista Dr.Manoel Jos Murtinho assumiu o cargo deprimeiro presidente doEstado de MatoGrosso, a 16 de agosto de 1891.

    Em 1894, os salesianos chegaram aMato Grosso, a pedido do bispo DomCarlos Lus DAmour ao fundador DomBosco. Os salesianos deixaram histrico rastroculturalem Mato Grosso,notabilizaram-se pelas Misses entre povos indgenas. O conturbado perodopoltico de 1889 a 1906 assinalou progressos econmicos. Usinas aucareiras

    da beira do Rio Cuiab desenvolveram-se, tornando-se potncias econmicasno Estado. Notabilizaram-se as usinas

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Trincheiras de Baro de Melgao,por ocasio da Guerra doParaguai.

    Moacyr Freitas - QuadrosHistricos

    Notcia da Proclamao daRepblica

    http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=265http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=263http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=263http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=262http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=265http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=263http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=262http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299
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    Conceio, Aric, Itaici - alm de outras.Tambm a produo de borracha tomounotvel impulso. Outra fonte de riqueza emcrescimento foram os ervais da regiofronteiria com o Paraguai. Em 1905

    tiveram incio as obras da estrada de ferro,que cortou o sul do Estado.Os chefes do Partido Republicano, alm

    de se reunirem em pontos de difcil acesso,como nos seringais, tambm obtiveramasilo poltico no Paraguai, ali editaram ojornal A Reao, que entravaclandestinamente em Mato Grosso. Em

    1906, Generoso Ponce retorna a Mato Grosso e em Corumb se encontra comManoel Jos Murtinho, ento adversrio poltico. Fazem as pazes e nasce omovimento denominado Coligao.

    O Partido Republicano ordena as foras para a retomada do poderpresidencial deCuiab, pressionando do sul e do norte. Ponce sobe deCorumb e o cel. Pedro Celestino desce deAlto ParaguaiDiamantino. Ponceagia s pressas, porque o presidente Antnio Paes de Barros pedira socorro Unio. Do Rio de Janeiro o gal. Dantas Barreto partiu em auxlio ao presidentedo Estadode Mato Grosso. As duas tenazes, do norte e do sul, medida queprogrediam o avano, recebiam adeses de patriotas. Cerca de 4.000 homenscercaram Cuiab.O presidente Antnio Paes de Barros, vendo-se impotente, furou o cerco,tomando disfarce, mas foi descoberto nas imediaes da fbrica de plvora doCoxip, onde foi assassinado, a 06 de julho de 1906.

    A 15 de agosto de 1907, o cel. Generoso Paes Leme de Souza Ponce assumiuo governo do Estado de Mato Grosso. Seus substitutos legaiseram o cel. Pedro Celestino Corra da Costa, dr. Joaquim Augusto da CostaMarques e o cel. Joo Batista de Almeida Filho. O cel. Pedro Celestino foisubstitudo pelo Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques, que tomou posse a15 de agosto de 1911, tendo como vice o cel. Joaquim Caraciolo Peixoto deAzevedo, dr. Jos Carmo da Silva Pereirae o Dr. Eduardo Olmpio Machado. Opresidente Costa Marques conseguiu a

    proeza de governar ininterruptamente, fatoindito naqueles tempos de polticaturbulenta. A Costa Marques sucedeu em15 de agosto de 1915, o gal. CaetanoManoel de Faria e Albuquerque.Eram difceis os tempos de I GrandeGuerra Mundial, sendo que a 22 de janeirode 1918, tomou posse D. Francisco deAquino Corra, Bispo de Prusade, eleitopara o quadrinio 1918-1922, governando por todo seu mandato.Posteriormente foi eleito, por voto direto o cel. Pedro Celestino Corra da

    Costa, que assumiu o governo em 22 de janeiro de 1922, cujo mandato seexpiraria em 1926. No entanto, no chegou a complet-lo, deixando o comando

    Album Grphico

    Usina de Itaicy

    Generoso Ponce

    http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=114http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=148http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=114http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=148http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299
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    do governo, por motivos de sade, a 1 de novembro de 1924. Nesta ocasio o1 vice-presidente, Dr. Estevo Alves Corra, assumiu a presidncia,governando at o fim do mandato.

    Neste perodo cruzou o cho mato-grossense a pica Coluna Prestes, quepassou por diversas localidades do Estado, deixando um rastro de admirao e

    tristeza.O 10 presidente constitucional do Estado de Mato Grosso foi o Dr. MrioCorra da Costa, que governou de 1926 at 1930. O Dr. Anibal Bencio deToledo, 11 presidente constitucional, assumiu o governo estadual a 22 dejaneiro, para o quadrinio 1930-1934. Esteve frente da governadoria apenaspor 9 meses e 8 dias, em funo dos resultados prticos da Revoluo de 30.Na sequncia assumiu o governo o major Sebastio Rabelo Leite -Comandante da Guarnio Militar de Cuiab.Segunda Repblica

    Os anos de 1930-1945 foram marcados por forte influncia europia. A

    poltica centralizadora de Getlio Vargas se fez sentir em Mato Grosso:interventores federais foram nomeados por entre exerccios de curto governo.A 16 de julho de 1934, o Congresso Nacional promulgou uma novaConstituio Federal, que foi seguida pela estadual mato-grossense, a 07 desetembro de 1935. O ttulo de presidente foi substitudo pelo de governador. Osconstituintes estaduais elegeram o Dr. Mrio Corra da Costa para governador,que tomou posse como o 12 governo constitucional. Foi este um governomarcado por agitaes polticas. A normalidade voltou com a eleio do bel.Jlio Strubing Mller pela AssembliaLegislativa para governador, que assumiu ocargo em 04 de outubro de 1937.

    Ocorrendo o golpe do Estado Novo deGetlio Dornelles Vargas a 10 denovembro de 1937, o Estadode MatoGrosso passou ao regime de interventorianovamente. Nesse perodo registraram-seprogressos econmicos e notvelparticipao de Mato Grosso na SegundaGuerra Mundial. Em 15 de outubro de1939, instalou-se emCuiab a Rdio Vozdo Oeste, sob a direo de seu criador,

    Jercy Jacob: professor, poeta, msico, compositor e tcnico emradieletricidade. Marcou poca o programa Domingo Festivo na CidadeVerde, apresentado por Rabello Leite e Alves de Oliveira, ao vivo, no anfiteatrodo Liceu Cuiabano. Mais tarde, Alves de Oliveira e Adelino Praeiro deramseqncia ao programa no Cine TeatroCuiab.

    Por efeito da Constituio Federal de 1946, um novo perodo de normalidadese instituiu. A Assemblia Constituinte de Mato Grosso elegeu o primeirogovernador do perodo, Dr. Arnaldo Estevo de Figueiredo. A 03 de outubro de1950 houve eleies para governador, concorrendo Filinto Mller, pelo PartidoSocial Democrata e Fernando Corra da Costa pela Unio DemocrticaNacional. Venceu Fernando Corra, que tomou posse a 31 de janeiro de 1951,

    governando at 31 de janeiro de 1956. Fernando Corra da Costa instalou aFaculdade de Direito de Mato Grosso, ncleo inicial da futura Universidade

    Getlio Vargas

    http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145
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    Federal de Mato Grosso - UFMT.

    O engenheiro civil Joo Ponce de Arrudarecebeu das mos de Fernando Corra ogoverno de Mato Grosso, administrando

    o Estado por cinco anos, de 31 de janeirode 1956 at 31 de janeiro de 1961. A 19 dejaneiro de 1958, faleceu no Rio de JaneiroCndido Mariano da Silva Rondon ousimplesmente o Marechal Rondon, comoficou mundialmente conhecido.

    Em 31 de janeiro de 1961, pela segundavez, o mdico Fernando Corra da Costatomou posse como governador. Em seusegundo mandato ocorreu a Revoluo de

    31 de maro de 1964, o que serviu para esticar o perodo de governo,

    permanecendo frente do executivo at 15 de maro de 1966. Governou nestasegunda vez por 5 anos, 1 ms e 15 dias.

    Em 1964 Mato Grosso tornou-se um dos focos do movimento revolucionrio.Declarada a Revoluo em Minas Gerais, a tropa do 16 Batalho deCaadores de Cuiab avanou para Braslia, sendo a primeira unidade militar aocupar a capital da Repblica.

    O governo militar instituiu o voto indireto para governador. O nome eraproposto pela Presidncia da Repblica, homologado pelaAssembliaLegislativa. Apenas em 1982, voltariam as eleies diretas. No primeirogoverno revolucionrio, o Dr. Roberto de Oliveira Campos, mato-grossense delargo passado de servios pblicos, foi escolhido para Ministro dePlanejamento. No governo do general Castelo Branco, o mato-grossensegeneral Dilermando Gomes Monteiro exerceu a funo de Subchefe da CasaMilitar, passando a Chefe da Casa Militarno governo do gal. Ernesto Geisel,posteriormente a Comandante do II Exrcito e a Ministro do Superior TribunalMilitar.

    Filinto Mller se projetou como senador, nacionalmente. Lder do governono Senado Federal, Presidente do Senado e Presidente da ARENA. Faleceuem desastre areo nas proximidades de Paris, em 1972, na chamadaTragdia de Orly, quando exercia a funo de Presidente do CongressoNacional.

    Ao par do progresso material, o Estadodesenvolveu-se culturalmente. Nogoverno de Pedro Pedrossian, que governou por cinco anos, surgiram asuniversidades de Cuiab e Campo Grande. Verificou-se a inaugurao daprimeira emissora de televiso, a TV Centro Amrica, em 1969. Logo a seguirMato Grosso se ligaria ao resto do Brasil por microondas, pela EMBRATEL, elogo pelo sistema de Discagem Direta a Distncia - DDI. Mato Grosso tornou-se ponto de apoio ao governo federal para o projeto de integraodaAmaznia, desfraldado o slogan integrar para no entregar.

    Uma das conseqncias do desenvolvimento foi o desmembramento doterritrio, formando o Estado de Mato Grosso do Sul, a 11 de outubro de 1977,atravs da Lei Complementar n. 31. O novo Estado foi instalado a 1 de

    janeiro de 1979. No perodo ps Estado Novo, dois mato-grossenses subiram Presidncia da Repblica: Eurico Gaspar Dutra e Jnio da Silva Quadros.

    Reproduo

    Filinto Mller

    http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=265http://mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=265http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=299&cid=1374http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=299&cid=1374http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=299&cid=1374http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/index.php?sid=259http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=294&cid=1329http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=265http://mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=265http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=299&cid=1374http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=299&cid=1374http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=299&cid=1374http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/index.php?sid=259http://www.matogrossoeseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/conteudo.php?sid=294&cid=1329http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=299
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    A crise econmica brasileira se tornou aguda nesse perodo com adesvalorizao acelerada da moeda nacional. Sem os suportes de projetosfederais especiais para a fronteira agrcola, os migrantes em parte se retiraramde Mato Grosso. No entanto, um projeto de maior monta o conjunto de infra-estrutura de transporte. O projeto de estrada de ferro ligando So Paulo

    a Cuiab entra em fase de efetivao, a fim de resolver parte dos problemas detransporte de gros. O projeto de uma zona de Processamento de Exportaoentra em fase de implantao. Visa-se exportar os produtos mato-grossensespor via fluvial.

    O povo migrado para Mato Grosso tem, com a crise brasileira, a ocasio deuma pausa no desenfreado trabalho de progresso, ocupando-se com oaprofundamento da cultura mato-grossense. Mato Grosso ingressadefinitivamente na idade da cultura, completando o desenvolvimento material,comercial e industrial.

    SINOP

    SinopHistria

    As origens do municpio de Sinop vm do Ncleo de Colonizao Celeste, deJorge Martins Phillip, com rea inicial de 198 mil hectares de terras destinadas colonizao.

    Em 1971, nio Pipino, que representava aSociedade Imobiliria Noroeste do Paran -SINOP, adquiriu as terras de Phillip.

    nio trazia consigo a experincia daformao de 18 cidades no Paran emontou uma estrutura mista decolonizao: atividade agropecuria eindstria de transformao. A estruturaagropecuria constava de seces: Vera,Sinop (Gleba Celeste), Santa Carmem eCludia. Cada uma delas teria um centropopulacional. Em volta do centro, a curtadistncia, chcaras. Mais ao longe, lotes rurais. A estrutura industrial teria a

    sede em Sinop.Quatrocentos homens, tendo frente o topgrafo Benedito Spadoni e o gerentegeral da empresa, Ulrich Grabert, abriram a picada para chegar ao lugar dedestino. Sinop foi fundada a 14 de setembro de 1974. O nome adotado foi o dasigla da firma: SINOP - Sociedade Imobiliria Noroeste do Paran.

    O maior contingente de migrantes ocorreuem 1975.nio Pipino enveredou para a produo delcool, a partir da mandioca, importando

    tcnica de uma Universidade da Sucia.Tornou-se uma novidade na Amrica

    Edson Walter Cavalari

    Avenida de Sinop

    Edson Walter Cavalari

    Catedral

    http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=263http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=145http://www.mteseusmunicipios.com.br/index.php?sid=263
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    Latina. No entanto, a cultura da mandioca no rendeu o esperado devido grande quantidade de gua no solo arenoso e nivelado. Por isto a usina delcool no prosperou.

    O distrito de Sinop foi criado em 1976, e o municpio em 17 de dezembro de

    1979, atravs da Lei Estadual n 4,156.

    O colonizador nio Pipino tinha por hbito dar nomes femininos s suascolonizaes em Mato Grosso. A nica excesso foi Sinop. No entanto, emSinop, se no o fez no termo toponmico, nio Pipino homenageou as mulheresao nominar os bairros rurais do municpio: Anglica, Eunice, Mnica e Ldia.Poltica MunicipalSaiba quem so os representantes do Poder Executivo e Legislativo Municipal

    Prefeito:Juarez Alves da Costa (PMDB)

    Vereadores da Legislatura 2009-2012:Raimundo Hedvaldo Costa (PSDB)Ademir Antonio Bortoli (DEM)Gilson de Oliveira (PP)Nevaldir Graf (PMDB)Mauro Sergio Garcia (PMDB)Leozenir Severo da Silva (PR)Francisco Specian Junior (PSDB)Edilson Rocha Ribeiro (PMDB)Fernando de Oliveira Lopes Assuno (PSDB)Remidio Kuntz (PP)Srgio Luiz Seger (PDT)

    Endereo da Prefeitura MunicipalEnd:Av. das Embabas, N1386 CEP:78.550-000Fone/Fax: (66) 3531-2009 /0836

    Site: www.sinop.mt.gov.brE-

    mail: [email protected] domunicpio de SinopConfira a tabela econhea mais sobrea geografia domunicpio de Sinop.

    Altitude 350 a 500 m.

    Distncia daCapital

    472 km.

    ExtensoTerritorial

    3.194 km2 (IBGE) 3.142,06 km2 (Municpio)

    LocalizaoGeogrfica

    Mesorregio 127, Microrregio 524 - Sinop.Norte mato-grossense.

    RelevoPlanalto Residual Norte de Mato Grosso.Planalto do Parecis.

    FormaoGeolgica

    Coberturas no dobradas do Fanerozico.Bacia Quaternria do Alto Xingu

    Bacia

    Hidrogrfica Grande Bacia do Amazonas.

    Clima

    Equatorial, quente e mido, com trs mesesde seca, de junho a agosto. Precipitaoanual de 2.500 mm, com maior intensidadenos meses de janeiro, fevereiro e maro.Temperatura mdia anual de 24 C, maiormxima 40 C, e menor 0 C.

    mailto:[email protected]%20mailto:[email protected]%20mailto:[email protected]%20mailto:[email protected]%20
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    ndice de Desenvolvimento HumanoAmpliando a dimenso do avano da populao em reas como cultura epoltica

    Evoluo 1991-2000No perodo 1991-2000, o ndice de Desenvolvimento Humano Municipal(IDH-M) de Sinop cresceu 5,63%, passando de 0,764 em 1991 para 0,807 em 2000.A dimenso que mais contribuiu para este crescimento foi a Educao, com63,1%, seguida pela Renda, com 20,0% e pela Longevidade, com 16,9%.Neste perodo, o hiato de desenvolvimento humano (a distncia entre o IDH domunicpio e o limite mximo do IDH, ou seja, 1 - IDH) foi reduzido em 18,2%.Se mantivesse esta taxa de crescimento do IDH-M, o municpio levaria 20,6anos para alcanar So Caetano do Sul (SP), o municpio com o melhor IDH-Mdo Brasil (0,919), e 3,3 anos para alcanar Sorriso (MT), o municpio com o

    melhor IDH-M do Estado (0,824).

    Situao em 2000

    Em 2000, o ndice de Desenvolvimento Humano Municipal de Sinop 0,807.Segundo a classificao do PNUD, o municpio est entre as regiesconsideradas de alto desenvolvimento humano (IDH maior que 0,8).Em relao aos outros municpios do Brasil, Sinop apresenta uma situaoboa: ocupa a 422 posio, sendo que 421 municpios (7,6%) esto emsituao melhor e 5085 municpios (92,4%) esto em situaopior ou igual.

    Em relao aos outros municpios do Estado, Sinop apresenta uma situaoboa: ocupa a 7 posio, sendo que 6 municpios (4,8%) esto em situaomelhor e 119 municpios (95,2%) esto em situao pior ou igual.Fonte: PNUD / ATLASDados Gerais de SinopNa tabela abaixo voc encontra dados e informaes gerais sobre Sinop, comodependncia genealgica, aspectos demogrficos e outros.

    Ano 1991 2000IDH-M 0,764 0,807Educao 0,792 0,874Longevidade 0,780 0,802Renda 0,720 0,746

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    Aspectos

    DemogrficosConhea a

    evoluo do crescimento da populao

    A populao atual do municpio 105.762 habitantes (IBGE/ contagem 2007).Abaixo segue um estudo da evoluo do nmero de habitantes.Populao por Situao de Domiclio, 1991 e 2000

    Ano 1991 2000Populao Total 39.298 74.831Urbana 28.716 67.706

    Rural 10.582 7.125Taxa de Urbanizao 73,07% 90,48%No perodo 1991-2000, a populao de Sinop teve uma taxa mdia decrescimento anual de 7,71%, passando de 39.298 em 1991 para 74.831 em2000.A taxa de urbanizao cresceu 23,82, passando de 73,07% em 1991 para90,48% em 2000.Em 2000, a populao do municpio representava 2,99% da populao doEstado, e 0,04% da populao do Pas.Estrutura Etria, 1991 e 2000

    Ano 1991 2000

    Menos de 15 anos 14.279

    24.904

    15 a 64 anos24.455

    48.180

    65 anos e mais 564 1.747Razo deDependncia

    60,7% 55,3%

    Indicadores de Longevidade, Mortalidade e Fecundidade, 1991 e 2000

    Ano1991

    2000

    Mortalidade at 1 ano de idade (por 1000nascidos vivos)

    17,7 17,5

    DependnciaGenealgica

    O municpio de Cuiab deu origem aomunicpio de Chapada dos Guimares,do qual se originou o municpio de Sinop.

    Denominaodos habitantes

    Sinopenses.

    Populao105.762 habitantes (IBGE/ contagem2007)

    IDH 0,807 (SEPLAN/2000)

    Eleitores 61.538 (TRE/2006)

    Distrito Sede.

    LimitesSanta Carmem, Vera, Sorriso, Tapurah,Itaba e Cludia.

    Comarca Sinop.

    Distncia deCuiab 500 Km pelas BRs 163/364

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    Esperana de vida ao nascer (anos) 71,8 73,1Taxa de Fecundidade Total (filhos por mulher) 3,4 2,7No perodo 1991-2000, a taxa de mortalidade infantil do municpio diminuiu1,02%, passando de 17,72 (por mil nascidos vivos) em 1991 para 17,54 (por mil nascidos vivos) em 2000, e a

    esperana de vida ao nascer cresceu 1,35 anos, passando de 71,77 anos em 1991 para 73,12 anos em2000.Fonte: PNUD / ATLASHabitaoConhea a evoluo do acesso a servios e bens de consumo

    Acesso a Servios BsicosAno 1991 2000

    gua Encanada90,3 93,6

    Energia Eltrica96,2 98,9

    Coleta de Lixo173,8 89,5

    Somente domiclios urbanosAcesso a Bens de ConsumoAno 1991 2000

    Geladeira81,4 94,8

    Televiso 76,6 90,8

    Telefone14,3 32,1

    ComputadorND 6,8

    ND = no disponvelFonte: PNUD / ATLASEconomiaConhea as principais atividades econmicas do municpio de Sinop.

    Destaca-se como uma das principais atividades econmicas do municpio deSinop a indstria madeireira, que predomina na regio, utilizando-se domanancial madeireiro regional. A estabilidade econmica ocorre na agricultura,com as culturas de soja e arroz. Destacam-se culturas perenes, a exemplo daseringueira. A pecuria semi-intensiva com as fases de cria, recria, corte eleiteiraRendaConhea a evoluo do poder econmico no municpio

    Indicadores de Renda, Pobreza e DesigualdadeAno 1991 2000

    Renda Per Capita Mdia (R$de 2000) 291, 340,

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    Proporo de Pobres (%)13,1 11,5

    ndice de Gini0,55 0,56

    A renda per capita mdia do municpio cresceu 16,66%, passando de R$291,76 em 1991 para R$ 340,38 em 2000.A pobreza (medida pela proporo de pessoas com renda domiciliar per capitainferior a R$ 75,50, equivalente metade do salrio mnimo vigente em agostode 2000) diminuiu 12,28%, passando de 13,1% em 1991 para 11,5% em 2000.A desigualdade cresceu: o ndice de Gini passou de 0,55 em 1991 para 0,56em 2000.Porcentagem da Renda Apropriada por Extratos da Populao

    Ano 1991 2000

    20% mais pobre

    4,4 3,940% mais pobre

    11,7 11,3

    60% mais pobre22,6 21,8

    80% mais pobre39,0 38,4

    20% mais rico61,0 61,6

    PIB - Produto Interno BrutoA soma de toda a riqueza que o municpio produziu

    Produto Interno Bruto dos Municpios 2006Valor adicionado naagropecuria

    72.008milreais

    Valor adicionado naIndustria

    201.232mil

    reaisValor adicionado noServio

    672.118mil

    reaisImpostos sobre produtos

    lquidos de subsdios152.010

    mil

    reaisPIB a Preo de mercadocorrente

    1.097.368

    milreais

    PIB per capita 10.565mil

    reaisFonte: IBGEServios de SadeSaiba mais sobre a quantidade de estabelecimentos de sade e nmero debitos

    Servios de Sade 2005Estabelecimentos de Sade total 63 estabelecimento

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    33/35

    s

    Estabelecimentos de Sade SUS 30estabelecimentos

    Leitos para internao emEstabelecimentos de Sade total

    193

    leitos

    Leitos para internao emEstabelecimentos de Sade pblico total

    15 leitos

    Leitos para internao emEstabelecimentos de Sade privado total

    178

    leitos

    Leitos para internao emEstabelecimentos de Sade privado SUS

    146

    leitos

    Morbidades Hospitalares 2007

    bitos hospitalares - Homens47

    bitos

    bitos hospitalares - Mulheres3

    1

    bito

    sbitos hospitalares - doenas- infecciosase parasitria

    10

    bitos

    bitos hospitalares - causas externas demorbidade e mortalidade

    0bitos

    Fonte: IBGESinopFrotaSaiba mais sobre os nmeros do transporte no municpio

    Frota 2007

    Automvel - Tipo de Veculo13.658

    Automvel

    Caminho - Tipo de Veculo 2.509 CaminhoCaminho trator - Tipo deVeculo

    739CaminhoTrator

    Caminhonete - Tipo deVeculo

    4.145 Caminhonete

    Micro-nibus - Tipo deVeculo

    30 Micro-nibus

    Motocicleta - Tipo de Veculo12.261 Motocicleta

    Motoneta - Tipo de Veculo 5.585 Motonetanibus - Tipo de Veculo 111 nibusTrator de rodas - Tipo deVeculo

    1 Trator de rodas

    Fonte: IBGE

    EducaoEvoluo do nvel educacional do municpio

    Nvel Educacional da Populao JovemFaixa Taxa de % menos % menos %

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    Etria analfabetismode 4 anosde estudo

    de 8 anosde estudo

    Frequentandoa escola

    Ano 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 20007 a 14 10,9 5,7 - - - - 83,2 95,710 a

    14 4,8 1,5 58,9 34,0 - - 81,8 95,015 a17

    4,0 1,6 16,1 8,1 76,6 59,5 45,6 66,8

    18 a24

    3,5 2,4 19,5 13,8 71,2 53,0 - -

    - = No se aplicaNvel Educacional da Populao Adulta (25 anos ou mais)

    Ano 1991 2000

    Taxa de Analfabetismo12,7 10,5

    % Com Menos de 4 Anos de Estudo38,3 29,6

    % Com Menos de 8 Anos de Estudo78,3 69,3

    Mdia de Anos de Estudo4,6 5,6

    Fonte: PNUD / ATLASEnsino - matrculas, docentes e rede escolar 2007

    Matrcula - Ensinofundamental - 2007 20.578 MatrculasMatrcula - Ensino mdio -2007

    6.064Matrculas

    Docentes - Ensinofundamental - 2007

    901 Docentes

    Docentes - Ensino mdio -2007

    374 Docentes

    Fonte: IBGEMapa do MunicpioLimites, localizao no mapa do Estado e vias de acesso

    Studio 82

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