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GEOPOLÍTICA MUNDIAL Professor: Herbert Galeno Blog: herbertgaleno.blogspot.com.br www.youtube.com/herbertmiguel

Geopolítica mundial

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GEOPOLÍTICA MUNDIALProfessor: Herbert Galeno

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GEOPOLÍTICAA partir do conceito de território, a Geografia analisa as causas e consequência, em diferentes escalas dos conflitos associados as transformações do espaço geográfico.

O tema de estudo da Geopolítica é o exercício do poder em diferentes escalas.

Atualmente, todos os continentes apresentam situações de conflito territorial, sendo a Ásia a que mais se destaca pela influência direta ou indireta na área econômica.

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CONFLITOS REGIONAIS NA ÁSIAEm geral, os conflitos no continente asiático tem como principal fator as diferenças culturais e religiosas no domínio territorial e também na ocupação de áreas ricas em recursos naturais, especialmente os hídricos.

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ISRAELENSES E PALESTINOSEssa região abrange 15% do território asiático, com mais de 6,6 milhões de km², divididos de maneira desigual entre os 15 países asiáticos independentes. Arábia Saudita, Irã, Turquia, Afeganistão e Iraque que ocupam 85% do território regional; enquanto o restante é dividido por nações menores: Kuwait, Barein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Israel, Líbano, Síria, Jordânia, Omã, e Iêmen.

Essa região é conhecida como Oriente Médio e é cenário de um dos conflitos mais longos e duradouros e de maior influência na geopolítica mundial.

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DIÁSPORA JUDAÍCAEm 135 d.C. Adriano o imperador romano expulsou os judeus da palestina. A partir de então os judeus se dispersaram pelo mundo e, em especial pelos país árabes. Esse período ficou conhecido como: DIÁSPORA JUDAÍCA.

Os judeus sempre formaram comunidades próximas a um sinagoga para fortalecer os seus costumes a medida que prosperam em outras atividades.

A partir do século VII, os povos árabe mulçumanos ocuparam a região da Palestina, até que passou a ser dominada pelos Otomanos no Século XVI.

Após a primeira Guerra mundial a área passou a ser dominada por ingleses e franceses

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O SIONISMONo final do século XIX surgiu um movimento político e religioso judaico conhecido como sionismo. Ou, retorno dos judeus à terra prometida.

A intensão era formar o estado de Israel, que foi proclamado em 1948.

A intensa migração dos judeus dos vários pontos do mundo e a aquisição de propriedades na Palestina tomou grandes proporções, ameaçando o domínio árabe na região.

Os judeus argumentam que foram obrigados a emigrar pelos romanos; em contrapartida os mulçumanos alegam que o território é deles por direito devido ao tempo que ali permanecaram.

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A PARTILHA Com a DECLARAÇÃO DE BALFOUR, em 1917, o Reino Unido apoiou a criação de um estado nacional para os judeus, o que ativou ainda mais os conflitos.

Mesmo com forte resistência das nações árabes, a ONU aprovou a partilha da Palestina e a criação do estado de Israel em 29 de novembro de 1947.

Israel (estado judeu) ficou com 56,5%(14.000km²) do território e a Palestina com 42,9% (11.500 km²).

Jerusalém, por ser considerado um importante centro religioso para judeus árabes e mulçumanos, passou a ser considerado área internacional.

Em julho de 1948, proclamou-se o Estado de Israel.

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JERUSALÉMA cidade de Jerusalém é objeto de disputa à séculos, tanto por judeus, como por mulçumanos e cristãos.

Em 1980 o estado Judeu a considerou cidade eterna e indivisível, status não reconhecido pela ONU.

Os árabes defendem o direito a posse de Jerusalém como capital da Palestina.

Os confrontos entre árabes e judeus se intensificaram ainda mais depois da criação do estado de Israel, desencadeando guerras em toda a região.

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GUERRA DA PARTILHAA Guerra da partilha iniciou-se em julho de 1948, logo após a criação do estado de Israel, e durou até janeiro de 1949.

Israel venceu cinco países árabes (Egito, Iraque, Líbano, Transjordânia (atual Jordânia), e Síria, e aumentou seu território em mais 40 %.

Cerca de 800.000 palestinos deixaram Israel. A Jordânia ficou com a Cisjordânia, e o Egito com a faixa de Gaza. Jerusalém foi dividida entre Israelenses e jordinianos.

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GUERRA DO CANAL DE SUEZO Canal de Suez é uma passagem que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. É uma grande obra de Engenharia do final do século XIX (1869).

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GUERRA DO CANAL DE SUEZEm julho de 1956, Gamal Abdel Nasser presidente do Egito e

aliado dos palestinos, anunciou a nacionalização do canal de Suez, provocando o descontentamento da França e da Inglaterra. Em outubro de 1956, em apoio a França e a Inglaterra, as forças israelenses obtiveram o controle do canal.

Apesar da vitória militar das forças anglo-francesas e israelenses, a derrota foi diplomática, pela pressão estadunidense e soviética, que forçou a retirada das tropas do local.

A guerra do Canal de Suez mudou toda a estrutura geopolítica da região. Gamal Abdel tornou-se o principal líder árabe, criou a OLP (Organização para Libertação da Palestina) em 1960. O colonialismo anglo-francês foi substituído pela supremacia dos EUA e URSS.

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GUERRA DOS SEIS DIASEm 1967 o mapa da Palestina foi novamente alterado no conflito entre israelenses e palestinos. Estes receberam o apoio do Egito, da Síria e da Jordânia. Israel obteve a vitória inquestionável em apenas seis dias de confronto, ocupando novos territórios: a Península do Sinai e da faixa de Gaza, do Egito; a Cisjordânia da Jordânia; e as Colinas do Golã na Síria.

Israel se consolidou como grande potência militar no Oriente Médio.

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GUERRA DO YOM KIPPURNo dia 6 de outubro de 1973, enquanto os judeus comemoravam o Yom Kippur (dia do perdão), foram atacados de surpresa por uma coligação entre o Egito e a Síria. Porém o contra ataque de Israel foi arrasador.

O cessar-fogo foi concluído em 22 de outubro sob a imposição do presidente dos EUA Richard Nixon e da URSS Leonid Brejnev.

Essa foi considerada a última guerra árabe israelense. Entretanto, a tensão na região é contínua e marcada por conflitos.

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A PRIMEIRA INTIFADADurante o período de 1987 a 1993, os palestinos se envolveram em inúmeros ataques nos territórios ocupados pelos israelenses, em uma revolta coletiva denominada intifada, ou Revolta das Pedras. Esse conflito atingiu todas as faixas etárias da população que enfrentava o inimigo com as armas disponíveis, inclusive com paus e pedras.

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FORMAÇÃO DA OLPEm 1959, liderado por Yasser Arafat, surgiu o grupo terrorista Al Fatah, que tinha como principal objetivo reconquistar o território perdido, em 1949, na Guerra da partilha.

Em 1964, o grupo Al Fatah foi reconhecido como Organização para Libertação da Palestina (OLP).

Em 1974, a OLP foi aceita pela ONU como única representante da Palestina. Em 1988, seu líder, Yasser Arafat, renunciou ao terrorismo, reconhecendo a existência do Estado de Israel, porém, insistindo na consolidação do Estado da palestina.

O ódio entre palestinos e israelenses aumentou ainda mais após o reconhecimento da OLP pela ONU.

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Yasser Arafat

Grupo terrorista Al Fatah

SímboloAl Fatah

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ACORDOS DE PAZEm meio a tantas guerras, perdas históricas, econômicas e principalmente humanas, iniciou-se um lento e indefinido processo de paz entre árabes e judeus, que ainda não se concretizou.

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Em 1978, Egito e Israel formalizaram o acordo de Camp David, tendo como intermediador o presidente norte americano Jimmy Carter.

Esse acordo estabeleceu a devolução da Península do Sinai ao Egito e o reconhecimento do estado de Israel por parte do Egito. Apesar da reprovação da maioria dos países árabes, o Acordo de Camp David foi respeitado por Israel e Egito.

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No início da década de 1990, por iniciativa diplomática da Noruega e de diversos países, israelenses e palestinos realizaram importantes encontros para negociar a paz.

Em 1993, foi realizado um encontro entre Yitzhak Rabin (Israel) e Yasser Arafat (Egito) para negociar a paz. Em 1993 assinaram um acordo onde Israel devolveria a Cidade de Jericó e a faixa de Gaza ao Egito.

Outros acordos foram assinados em maio de 1994 e setembro de 1995 devolvendo aos palestinos outras áreas ocupadas por Israel durante a guerra dos seis dias.

Os acordos foram interrompidos por árabes e judeus radicais descontentes com as negociações entre as duas nações.

Rabin foi assassinado por fanático judeu e as novas lideranças dificultaram as negociações de paz.

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ACONTECIMENTOS IMPORTANTES NO SÉCULO XXI

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Segunda intifada foi iniciada em setembro de 2000. Em 2006 o saldo de mortes era superior a 4000 pessoas, sendo que mais de 3000 eram palestinos.

Yasser Arafat morreu em 2004 e foi substituído por Mahmoud Abbas, no início de seu governo enfrentou mais um conflito na faixa de Gaza.

O grupo terrorista Hamas assumiu a maioria das cadeiras do parlamento palestino em 2006. Em 2008 os ataques foram retomados pelo Hamas e o acordo de cessar fogo foi rompido no início de 2009.

Em setembro de 2010 as negociações foram retomadas pelo presidente estadunidense Barac Obama; mas as forças de oposição, principalmente de grupos terroristas, dificultam as tentativas de acordo.

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Em abril de 2012, Mahmoud Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), impôs uma série de condições para a retomada do diálogo pela paz, todas rejeitadas pelo primeiro ministro de Israel Benjamim Netanyahu.

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O conflito entre Israelenses e Judeus matou milhares de

pessoas em 2014. Os principais alvos

eram civis, mulheres e crianças.

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A GUERRA DO GOLFO E A INVASÃO DO IRAQUE

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Com o apoio militar da Grã Bretanha, o Kuwait resistiu a várias tentativas de invasão iraquianas, ocorridas ao longo do século XXI.

Com Saddan Hussein no poder a partir de 1979, o exército iraquiano foi armado com modernos armamentos adquiridos da ex-URSS, dos EUA, do Brasil e de outros países, objetivando a liderança do Oriente Médio.

O domínio do Kuwait representava a apropriação da terceira maior reserva de petróleo do mundo, fortalecendo a economia do Iraque em relação as demais nações do mundo árabe.

A invasão do exército de Saddan Hussein em agosto de 1990 despertou a formação de uma aliança militar liderada pelos Estado Unidos, com a participação da França e da Inglaterra.

As batalhas foram transmitidas em tempo real pela televisão. O confronto foi relativamente curto, entre 17 de janeiro e 27 de fevereiro. Saddan foi derrotado embora tenha permanecido no poder por mais um tempo.

A Guerra do Golfo como ficou conhecida, teve como consequência o saque de riquezas incalculáveis do Kuwait, campos de petróleo incendiados e minados pelo exército iraquiano, e a destruição da infraestrutura iraquiana.

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Diante da derrota os xiitas do sul e os curdos do norte revoltaram-se contra o governo de Saddan. Saddan enfrentou a guerra civil com violência, mantendo-se no poder.

Após os atentados de 11 de setembro de 2001 o Iraque volta a ser pauta internacional, sob a acusação de apoiar o terrorismo internacional e a produzir armas de destruição em massa. Esses argumentos, somados ao seu potencial de produção de petróleo e outros motivos políticos, desencadearam um novo ataque ao Iraque em 2003, sob a liderança dos Estados Unidos, resultando na prisão, julgamento e morte do ditador Saddan Russein.