375
Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil - 1 Casa-grande & senzala Formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal Gilberto Freyre 48 a edição Apresentação de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Biobibliografia de EDSON NERY DA FONSECA Notas bibliográficas revistas e índices atualizados por GUSTAVO HENRIQUE TUNA

Gilberto Freyre - Casa Grande e Senzala

Embed Size (px)

Citation preview

  • 1. Introduo histria da sociedade patriarcal no Brasil - 1Casa-grande & senzala Formao da famlia brasileira sob o regime da economia patriarcalGilberto Freyre a4 8 edioApresentao de FERNANDO Biobibliografia de EDSONHENRIQUE CARDOSO NERY DA FONSECANotas bibliogrficas revistas e ndices atualizados porGUSTAVO HENRIQUE TUNA

2. Fundao Gilberto Freyre, 2003 Recife-Pernambuco-Brasil 4 8 edio, 2003, Global Editora aDiretor Editorial Jefferson L. Alves Editor Adjunto Francisco M. P. Teixeira Atualizao de notas e ndices Gustavo Henrique Tuna Gerente de Produo Flvio Samuel Coordenao de Reviso Ana Cristina Teixeira Reviso Ana Cristina Teixeira Rinaldo MilesiIconografia Fundao Gilberto Freyre Global Editora memria dos meus avsProjeto Grfico Lcia Helena S. Lima Capa Victor Burton Editorao Eletrnica Lcia Helena S. Lima Antnio Silvio Lopes A Global Editora agradece a gentil cesso do material iconogrfico pela Fundao Gilberto Freyre e Instituto de Estudos Brasileiros da USRDados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Freyre, Gilberto, 1900-1987. Casa-grande & senzala: formao da famlia brasileira sob o regime da economia patriarcal / Gilberto Freyre; apresentao de Fernando Henrique Cardoso. 48 ed. rev. So Paulo : Global, 2003. (Introduo histria da sociedade patriarcal no Brasil ; 1). 1"Notas bibliogrficas revistas e ndices atualizados por Gustavo Henrique Tuna" "Bibliografia de Edson Nery da Fonseca." ISBN 85-260-0869-2 1. Brasil Usos e costumes 2. Escravido Brasil 3. Famlia Brasil 4. ndios da Amrica do Sul Brasil I. Cardoso, Fernando Henrique. II. Ttulo. III. Srie. 03-4544CDD-981ndices para catlogo sistemtico: 1. Brasil: Formao do povo : Aspectos sociais : HistriaDireitos981ReservadosGLOBAL EDITORA E DISTRIBUIDORA LTDA. Rua Pirapitingi, 111 - Liberdade CEP 01508-020 - So Paulo - SP Tel.: (11) 3277-7999 - Fax: (11) 3277-8141 E.mail: [email protected]"g&Colabore com a produo cientfica e cultural. i Mgy Proibida a reproduo total ou parcial desta obra y sem a autorizao do editor. ~""" **QN DE CATLOGO: 2 3 8 9Alfredo Alves da Silva Freire Maria Raymunda da Rocha Wanderley Ulysses Pernambucano de Mello Francisca da Cunha Teixeira de Mello 3. Gilberto Freyre fotografado por Pierre Verger, 1945. Acervo da Fundao Gilberto Freyre. 4. O outro Brasil que vem a* GILBERTO FREYREEu ouo as vozes eu vejo as cores eu sinto os passos de outro Brasil que vem a mais tropical mais fraternal mais brasileiro. O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estados ter as cores das produes e dos trabalhos. Os homens desse Brasil em vez das cores das trs raas tero as cores das profisses e das regies. As mulheres do Brasil em vez de cores boreais tero as cores variamente tropicais. Todo brasileiro poder dizer: assim que eu quero o Brasil, todo brasileiro e no apenas o bacharel ou o doutor o preto, o pardo, o roxo e no apenas o branco e o semibranco.* O outro Brasil que vem a, Gilberto Freyre, 1926. Talvez Poesia, Rio de Janeiro, J o s Olympio, 1962. 5. Qualquer brasileiro poder governar esse BrasilMos todas de trabalhadores,lenhadorpretas, brancas, pardas, roxas, morenas,lavradorde artistaspescadorde escritoresvaqueirode operriosmarinheirode lavradoresfunileirode pastorescarpinteirode mes criando filhoscontanto que seja digno do governo do Brasilde pais ensinando meninosque tenha olhos para ver pelo Brasil,de padres benzendo afilhadosouvidos para ouvir pelo Brasilde mestres guiando aprendizescoragem de morrer pelo Brasilde irmos ajudando irmos mais moosnimo de viver pelo Brasilde lavadeiras lavandomos para agir pelo Brasilde pedreiros edificandomos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasisde doutores curandomos de engenheiro que lidem com ingresias e tratoresde cozinheiras cozinhando[europeus e norte-americanos a servio do Brasilde vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.mos sem anis (que os anis no deixam o homem criar nem trabalhar)Mos brasileirasmos livresbrancas, morenas, pretas, pardas, roxasmos criadorastropicaismos fraternais de todas as coressindicaismos desiguais que trabalhem por um Brasil sem Azeredos,fraternais.sem IrineusEu ouo as vozessem Maurcios de Lacerda.eu vejo as coresSem mos de jogadoreseu sinto os passosnem de especuladores nem de mistificadores.desse Brasil que vem a. 6. Casa-grande c senzala* MANUEL BANDEIRAQue importa? l desgraa? Essa histria de raa, Raas ms, raas boas - Diz o Boas - coisa que passou Casa-grande & senzala,Com o franci Gobineau. Pois o mal do mestioGrande livro que falaNo est nisso.Desta nossa leseira Brasileira.Est em causas sociais. Mas com aquele forteDe higiene e outras que tais:Cheiro e sabor do NorteAssim pensa, assim fala- Dos engenhos de canaCasa-grande & senzala.(Massangana!) Livro que cincia alia Com fuxicos danadosA profunda poesiaE chamegos safadosQue o passado revocaDe mulecas fuls E nos tocaCom sinhs.A alma de brasileiro,A mania ariana Do Oliveira VianaQue o portuga femeeiroLeva aqui a sua lambadaFez e o mau fado quis Infeliz!Bem puxada.Se nos brasis abunda Jenipapo na bunda, Se somos todos uns Octoruns,1'Estrela da vida inteira, l l e