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O FIM DO MODELO SOVIÉTICO A Era de Gorbatchev URSS – Anos 80: Economia estagnada; Corrupção na política; Falta de liberdades; Apoio financeiro aos países satélites; Corrida ao armamento; Mesmas figuras no poder há anos. 1985 – Gorbatchev Perestroika (reestruturação económica): - Iniciativa privada; - Descentralização de economia; - Livre-concorrência (estimulo à produção) Glasnost (transparência na política): - Contra a corrupção e a censura; - Aproximação ao Ocidente; - Eleições livres; - Diálogo para desarmamento (1987 – Tratado de Washington – Destruição das armas atómicas); - Libertação dos países de Leste do controlo soviético (1991 – Fim da URSS) As mudanças nos países de Leste 1991 – Fim da URSS (Fim da Guerra Fria) Fim do COMECON e do Pacto de Varsóvia Libertação dos países de Leste Transição para a Democracia e para o Capitalismo Fa lt a de In ve st im

História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1

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O FIM DO MODELO SOVIÉTICO

A Era de Gorbatchev

URSS – Anos 80:

Economia estagnada; Corrupção na política; Falta de liberdades; Apoio financeiro aos países satélites; Corrida ao armamento; Mesmas figuras no poder há anos.

1985 – Gorbatchev

Perestroika (reestruturação económica):

- Iniciativa privada;

- Descentralização de economia;

- Livre-concorrência (estimulo à produção)

Glasnost (transparência na política):

- Contra a corrupção e a censura;

- Aproximação ao Ocidente;

- Eleições livres;

- Diálogo para desarmamento (1987 – Tratado de Washington – Destruição das armas atómicas);

- Libertação dos países de Leste do controlo soviético (1991 – Fim da URSS)

As mudanças nos países de Leste

1991 – Fim da URSS (Fim da Guerra Fria)

Fim do COMECON e do Pacto de Varsóvia Libertação dos países de Leste

Transição para a Democracia e para o Capitalismo

Desorganização económica dos países de Leste (exceto Rep. Checa, Polonia, Hungria e ex-RDA)

Fim deste Bloco, e da sua influência, permitiu o reajustamento do equilíbrio de forças ao nível mundial: - E.U.A.: 1ª Potência Mundial

- Tríade: E.U.A. – U.E. – Japão

Falta de Inves

timento

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OS PÓLOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

A hegemonia dos E.U.A.

E.U.A. – Potência Mundial

Iniciativa privada, incentivada e favorecida pelo Estado Multinacionais por todo o Mundo

Setor terciário Maior exportador de serviços do Mundo

Setor agrícola (Muito produtivo) Exportações

Setor industrial (muito produtivo) Reconversão profunda

Manufacturing Belt substituído pelo Sun Belt Comércio

APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico) NAFTA (Livre circulação de capital e mercadorias entre E.U.A., Canada e México)

Tecnologia Silicon Valley – Tecnopolos Investimentos elevados na investigação científica

Político-Militar Guerra do Golfo exibiu a superioridade militar dos E.U.A. Japão e U.E. não lhes faziam “frente” militarmente um por desinteresse e outro

por falta de união Investimento maciço no complexo industrial militar Polícias do Mundo:

Imposição de sanções económicas Reforçaram o papel da OTAN Papel militar ativo

A União Europeia – 28 Membro atualmente

1957 – Tratado de Roma: CEE (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo)

1968 – União Aduaneira

1987 – Ato Único Europeu (mercado único)

1992 – Tratado de Maastricht (União Europeia):

União monetária (Moeda única em 1999); Política externa, justiça e segurança comuns; Criação da Cidadania Europeia.

1997 – Tratado de Amesterdão

2001 – Tratado de Nice (adaptação do funcionamento das instituições da U.E.)

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2004 – Tratado de Paris

2007 – Tratado de Lisboa

Órgãos Fundamentais:

Conselho Europeu;Comissão Europeia;Conselho da União;Tribunal Europeu;Parlamento Europeu.

Instituições:

Tribunal de Justiça; Tribunal de Contas; Banco Central Europeu; Banco Europeu de Investimentos; Comité Económico e Social Europeu; Comité das Regiões; Provedor de Justiça Europeu; Agências criadas pela U.E. para realizarem determinada função

Critérios/Requisitos:

Pertencer à Europa (continente); Respeitar os Direitos Humanos; Estabilidade Politica (Democracia), Social e Económica; Ausência de conflitos (Guerra).

Alargamentos:

1973 - Reino Unido, Irlanda e Dinamarca

1981 – Grécia

1986 – Portugal e Espanha

1995 – Áustria, Finlândia e Suécia

2004 – Estónia, Letónia, Lituânia, Eslováquia, Eslovénia, Rep. Checa, Hungria e Polonia

2007 – Roménia e Bulgária

2013 - Croácia

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Pedido de Adesão:

Sérvia Macedónia (2004) Turquia (1987) Montenegro Islândia

A Ásia Pacífico

O Japão foi o primeiro país asiático a tornar-se numa potência mundial graças à ajuda

americana, que permitiu o desenvolvimento tecnológico (base das suas exportações) e a

estabilização e recuperação da economia nacional, e também graças à mão-de-obra

qualificada, disciplinada (ausência de agitação laboral e muita dedicação as empresas) e

barata. Este desenvolvimento do Japão considera-se a I Fase do crescimento económico da

região da Ásia-Pacífico. A II Fase foi incentivada pelo êxito japonês: os Quatro Dragões (Hong

Kong, Singapura, Taiwan e Coreia do Sul) foram denominados NPI (Novos Países

Industrializados) e desenvolveram de acordo com o modelo que o Japão usou já que estes

países apresentavam as mesmas características que o Japão (Falta de terra arável, minérios,

recursos energéticos e capital, e bastante mão de obra, barata e disciplinada).

Assim, os Quatro Dragões atraíram capitais estrangeiros, adotaram políticas

protecionistas, incentivaram a exportação (bem sucedido devido ao preços imbatíveis fruto da

mão de obra baratíssima), e investiram no ensino, tornando assim a sua mão-de-obra

qualificada. A III Fase deste crescimento dá-se no Sudeste Asiático – Tailândia, Indonésia,

Malásia e Filipinas (Seguidos da China). Estes países apresentavam, até aos anos 70, uma alta

dependência da economia ocidental e uma rivalidade demasiada feroz entre si. Usufruindo da

riqueza em matérias-primas, recursos energéticos e bens alimentares, aquando do

abrandamento da economia ocidental na década de 70, estes países procuram alternativas

através da Asean (organização económica do Sudeste asiático) que promovia a cooperação

regional em vez da concorrência desmedida. A Asean (Tailândia, Malásia, Filipinas, Indonésia)

propunha também a cooperação entre as 5 potências asiáticas (Japão e os Quatro Dragões): As

potências exportam os bens manufaturados e a tecnologia e investem nas reservas petrolíferas

em troca dos bens primários de que carecem.

A região da Ásia-Pacifico regista assim um crescimento integrado da região, com um

elevado volume de trocas inter-regionais, que levou à alteração da balança da economia

mundial antes baseada na tríade EUA - Europa – Japão, assim como um crescimento do PIB dos

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países asiáticos nunca atingido. No entanto, fruto deste crescimento exponencial, a Ásia é

ainda hoje vítima de graves problema ecológicos, sendo a região mais poluída do Mundo, e

problemas sociais devido à mão-de-obra pobre e explorada, que carece de liberdades cívicas e

que não vê os seus Direitos Fundamentais assegurados.

A modernização da China

China – Era Deng (Deng Xiaoping sucede Mao Tsé Tung)

Zonas Económicas Especiais – Litoral capitalista e muito desenvolvido

Interior Chinês – Socialista e menos desenvolvido

Modelo de desenvolvimento (crescimento exponencial):

Muita mão-de-obra; Baixos salários; Subsídios estatais; Investimentos externos (modernização da industria); Exportação de mercadorias barata; Descoletivização dos campos.

Sistema político: Socialismo (Comunismo)

Partido único; Controle estatal dos meios de produção; Controle da natalidade; Repressão aos opositores de regime; Perseguição a grupos religiosos e nacionalistas (p.e. budistas no Tibete).

Sistema económico: Capitalismo (nas ZEE’s)

Propriedade privada; Aumento das diferenças sociais; Investimentos/capitais estrangeiros; Onda consumista; Liberdade para viajar ao exterior.

A PERMANÊNCIA DE FOCOS DE TENSÃO

África Subsariana

Tendo em conta o passado colonial em que as fronteiras foram definidas artificialmente, aquando da descolonização existiam no mesmo país diferentes etnias, religiões, tribos, daí que

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tenham existido muitos conflitos pelo poder já que não se conseguia a alternância do poder. O território africano ainda se encontra subjugado aos interesses alheios nas riquezas naturais (ouro, petróleo e diamantes) naquilo a que se chama neocolonialismo. Além destes investimentos “desinteressados”, as ONG representam um papel fundamental através da ajuda que auxiliam nos campos no ensino, da saúde e da alimentação, apesar de estas não serem as necessárias.

Problemas da zona:

Pobreza; Fome; Doenças; Conflitos armados; Falta de instrução; Dívidas; Excesso de população; Regimes autoritários; Desrespeito dos Direitos Humanos; Falta de investimentos e de capitais.

América Latina

Nos anos 60 e 70, numa clara tentativa de desenvolvimento, os países da América Latina contraíram inúmeros empréstimos para investir na industrialização. Porém, estes empréstimos levaram ao aumento da dívida externa. Perante a falta de pagamento e com os juros demasiado elevados, os países credores viram-se obrigados a reescalonar a dívida já que era evidente a impossibilidade de pagamento.

Estas dívidas vão fazer com que a situação económica e social deste território se agrave. Assim, nos anos 80 surgem as medidas de austeridade (contenção económica) como os despedimentos ou a redução dos salários e subsídios. Com estas medidas a inflação subiu incontrolavelmente. Surge assim no neoliberalismo para combater a crise económica (aposta nas exportações e associação a organizações de comércio livre). Com este sistema económico surgem as privatizações estatais e é incentivado o comércio o que proporciona melhorias na economia. No entanto as desigualdades mantêm-se e a pobreza é geral na América Latina.

Além dos problemas económicos, a generalidade dos países da América Latina vive em situações de conflito (regimes autoritários, corrupção, narcotráfico, desrespeito dos Direitos Humanos, etc.).