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RESUMO: O presente trabalho é reflexo de discussões da disciplina de Diversidade, Cultura e Direitos com base no primeiro capítulo do livro do Cortella. Trabalhar a referida disciplina parte do princípio de que precisamos conhecer quem é o ser da diversidade, da cultura e de direitos. Esse ser é o ser humano. Destarte, Cortella (2008, p. 30) assevera que o homem é um animal racional, um bípede implume (concordando com Platão) e cadáver adiado e que “Somos, antes de mais nada, construtores de sentido , porque, fundamentalmente, somos construtores de nós mesmos, a partir de uma evolução natural”. O autor apresenta um passeio pelas nossas origens, demonstrando como foi essa evolução ou construção humana. Segundo Cortella (2008) a origem dos homens bem como a sua evolução vem de uma racionalidade ansiosa, que embasam sua própria evolução. Se comparados a outros seres, o homem é um ser frágil, cuidado por muito tempo pelos pais. Nos primeiros 15 anos de vida de um ser humano acontece a estruturação, ou seja, seu desenvolvimento. A pele, a força física, a estrutura humana é frágil. Vivemos em um planeta em que oferece condições bem específicas de sobrevivência. Logo, o ser humano é adaptado ao seu meio ambiente, mediante suas relações sociais estabelecidas perante sua cultura. Cortella (2008, p. 35) apresenta que “Esse meio ambiente humano, por nós produzidos e no qual somos produzidos, é a cultura.”. Nessa discussão conceitual, Cortella (2008, p. 37) assevera que cultura é um “conjunto dos resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho.”. Alega inclusive que o homem se faz homem inserido e por conta de uma cultura, pois “o Homem não nasce humano, se sim, torna-se humano na vida social e histórica no interior da Cultura.”. Assim, o ser do conhecimento, é o ser da cultura. Sendo o homem o único animal de ação transformadora consciente e historicamente situado, por meio da relação humano/meio ambiente/trabalho cria produtos culturais ou bens que podem ser de materiais, ou ideais ou de consumo. Para Cortella (2008, p. 39) “o bem de produção imprescindível para nossa existência é o Conhecimento[...].”. Em um eterno processo de construção de sua humanidade, o homem adquire conhecimentos e transforma a natureza e si próprio. A educação é fundamental no processo de construção do conhecimento. Esperamos que os processo educativos valorizem a visão de alteridade. REFERÊNCIA: CORTELLA, Mario Sérgio. Humanidade, Cultura e Conhecimento. In: CORTELLA, Mário Sérgio. A ESCOLA E O CONHECIMENTO: fundamentos epistemológicos e políticos. 12. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2008. RESENHA : Náufrago é um drama emocionante e proporciona uma reflexão sobre o que somos e quem somos, perante nossa efervescente correria pela sobrevivência. Foi lançado no ano 2000 com o título original Cast Away, pois tem origem estadunidense. Sua duração é de 143 minutos. Tom Hanks, de modo espetacular interpreta Chuck Noland, um inspetor de uma multinacional de cargas e correspondências. Sua vida se resume em viagens aéreas. Em uma dessas viagens, ocorre um acidente, no qual apenas ele é o sobrevivente em uma ilha deserta. Ela deixa noiva, interpretada por Helen Hunt, que entende que o mesmo morreu. Chuck permanece na ilha por quatro anos. No início, sem comida, sem água doce, sem moradia, sem convívio social, apenas com a natureza pura e intocável. Como Chuck sobreviveu por tanto tempo sem convívio social ou sua cultura? O que Chuck fez para manter seu equilíbrio físico e emocional? Seus conhecimentos culturais favoreceram para se manter humano? Ao assistir o filme Náufrago pode-se relacionar ao texto de Cortella que http:// www.americanas.com.br/ produto/326361/dvd-o- naufrago HUMANIDADE, CULTURA E CONHECIMENTO: primeiras reflexões KOCHHANN, Andréa 1 1 1 Mestre em Educação, Especialista em Docência Universitária, Pedagoga. Professora Efetiva em regime de Dedicação Exclusiva da Universidade Estadual de Goiás – Câmpus São Luís de Montes Belos e Jussara. Coordenadora do GEFOPI Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade. [email protected]

Humanidade e cultura

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RESUMO: O presente trabalho é reflexo de discussões da disciplina de Diversidade, Cultura e Direitos com base no primeiro capítulo do livro do Cortella. Trabalhar a referida disciplina parte do princípio de que precisamos conhecer quem é o ser da diversidade, da cultura e de direitos. Esse ser é o ser humano. Destarte, Cortella (2008, p. 30) assevera que o homem é um animal racional, um bípede implume (concordando com Platão) e cadáver adiado e que “Somos, antes de mais nada, construtores de sentido, porque, fundamentalmente, somos construtores de nós mesmos, a partir de uma evolução natural”. O autor apresenta um passeio pelas nossas origens, demonstrando como foi essa evolução ou construção humana. Segundo Cortella (2008) a origem dos homens bem como a sua evolução vem de uma racionalidade ansiosa, que embasam sua própria evolução. Se comparados a outros seres, o homem é um ser frágil, cuidado por muito tempo pelos pais. Nos primeiros 15 anos de vida de um ser humano acontece a estruturação, ou seja, seu desenvolvimento. A pele, a força física, a estrutura humana é frágil. Vivemos em um planeta em que oferece condições bem específicas de sobrevivência. Logo, o ser humano é adaptado ao seu meio ambiente, mediante suas relações sociais estabelecidas perante sua cultura. Cortella (2008, p. 35) apresenta que “Esse meio ambiente humano, por nós produzidos e no qual somos produzidos, é a cultura.”. Nessa discussão conceitual, Cortella (2008, p. 37) assevera que cultura é um “conjunto dos resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho.”. Alega inclusive que o homem se faz homem inserido e por conta de uma cultura, pois “o Homem não nasce humano, se sim, torna-se humano na vida social e histórica no interior da Cultura.”. Assim, o ser do conhecimento, é o ser da cultura. Sendo o homem o único animal de ação transformadora consciente e historicamente situado, por meio da relação humano/meio ambiente/trabalho cria produtos culturais ou bens que podem ser de materiais, ou ideais ou de consumo. Para Cortella (2008, p. 39) “o bem de produção imprescindível para nossa existência é o Conhecimento[...].”. Em um eterno processo de construção de sua humanidade, o homem adquire conhecimentos e transforma a natureza e si próprio. A educação é fundamental no processo de construção do conhecimento. Esperamos que os processo educativos valorizem a visão de alteridade.

REFERÊNCIA: CORTELLA, Mario Sérgio. Humanidade, Cultura e Conhecimento. In: CORTELLA, Mário Sérgio. A ESCOLA E O CONHECIMENTO: fundamentos epistemológicos e políticos. 12. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2008.

RESENHA : Náufrago é um drama emocionante e proporciona uma reflexão sobre o que somos e quem somos, perante nossa efervescente correria pela sobrevivência. Foi lançado no ano 2000 com o título original Cast Away, pois tem origem estadunidense. Sua duração é de 143 minutos. Tom Hanks, de modo espetacular interpreta Chuck Noland, um inspetor de uma multinacional de cargas e correspondências. Sua vida se resume em viagens aéreas. Em uma dessas viagens, ocorre um acidente, no qual apenas ele é o sobrevivente em uma ilha deserta. Ela deixa noiva, interpretada por Helen Hunt, que entende que o mesmo morreu. Chuck permanece na ilha por quatro anos. No início, sem comida, sem água doce, sem moradia, sem convívio social, apenas com a natureza pura e intocável. Como Chuck sobreviveu por tanto tempo sem convívio social ou sua cultura? O que Chuck fez para manter seu equilíbrio físico e emocional? Seus conhecimentos culturais favoreceram para se manter humano? Ao assistir o filme Náufrago pode-se relacionar ao texto de Cortella que discute sobre a humanidade, a cultura e o conhecimento, quando apresenta que o homem é um ser racional mas , também emocional. Apresenta que o ser humano enquanto construtor de sentido e de si mesmo, precisa se reinventar em sua cultura a cada dia. Não nascemos humanos, mas nos tornamos humanos e com o convívio social nos mantemos humanos. Eis a questão!

http://www.americanas.com.br/produto/326361/dvd-o-naufrago

HUMANIDADE, CULTURA E CONHECIMENTO: primeiras reflexões

KOCHHANN, Andréa1

1 1Mestre em Educação, Especialista em Docência Universitária, Pedagoga. Professora Efetiva em regime de Dedicação Exclusiva da Universidade Estadual de Goiás – Câmpus São Luís de Montes Belos e Jussara. Coordenadora do GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade. [email protected]