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IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

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Evento organizado pelo Instituto de Estudos Avançados, Polo Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo: http://www.iearp.blogspot.com.br/2012/08/aquecimento-global-e-mudancas.html

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Page 1: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 2: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Aquecimento Global e

Mudanças Climáticas:

Certezas e Incertezas

Tércio Ambrizzi

Departamento de Ciências Atmosféricas

Universidade de São Paulo

Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto - USP

Setembro/2012

Page 3: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

QUAIS SÃO AS PROJEÇÕES DO

CLIMA FUTURO?

Photo: Kansas Academy

of Mathematics and

Science

Page 4: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 5: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

COMPOSIÇÃO ATMOSFÉRICA: efeito estufa

Gases “efeito

estufa”

Gás Porcentagem Partes por Milhão

Nitrogênio 78,08 780.000,0

Oxigênio 20,95 209.460,0

Argônio 0,93 9.340,0

Dióxido de carbono 0,037 370,0

Neônio 0,0018 18,0

Hélio 0,00052 5,2

Metano 0,00014 1,4

Kriptônio 0,00010 1,0

Óxido nitroso 0,00005 0,5

Hidrogênio 0,00005 0,5

Ozônio 0,000007 0,07

Xenônio 0,000009 0,09

Page 6: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 7: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

(IPCC 2007)

MUDANÇA DA TEMPERATURA GLOBAL E CONTINENTAL

Page 8: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

INDÚSTRIAS E

QUEIMA DE

COMBUSTIVEIS

FÓSSEIS

AGROPECUÁRIA

MUDANÇAS

NO USO

DA TERRA

66% 14%

20%

CO2

CH4

N2O

Fontes de Emissões

Agradecimento a Carlos Cerri (ESALQ 2009)

Page 9: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Mudança do uso da terra e agropecuária % das emissões totais

GEE

CO2

CH4

N2O

22

55

80

75

91

94

Queima combustível

fóssil

Queima combustível

fóssil

78 25

Global Brasil

Fontes de Emissões

Agradecimento a Carlos Cerri (ESALQ 2009)

Page 10: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Ano de 2008

Concentração de CO2 atmosférico

385 ppm 38% acima do valor pre-industrial

Concentração de CO2 atmosférico

1970 – 1979: 1.3 ppm ano-1

1980 – 1989: 1.6 ppm ano1

1990 – 1999: 1.5 ppm ano-1

2000 - 2008: 2.0ppm ano-1

2008: 2.3 ppm ano-1

ano ppm ano-1

2000 1.24

2001 1.85

2002 2.39

2003 2.21

2004 1.61

2005 2.41

2006 1.79

2007 2.17

2008 2.28

Dat

a S

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e: P

iete

r T

ans

and

Tho

mas

Con

way

, NO

AA

/ES

RL

Page 11: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

TEMPO DE RESIDÊNCIA DOS GASES NA ATMOSFERA

Page 12: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

O que são cenários?

Um cenário é:

“Uma descrição de um estado futuro do

mundo, coerente, internamente consistente e

plausível”

Não é um prognóstico ou uma previsão

É como uma série de imagens de como poderíamos ver o mundo no futuro

Page 13: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

cenários → resposta do → sensibilidade do → cenários de mudança → categoria de

de emissões ciclo de carbono clima global climática regional possíveis impactos

Cascata de incertezas na relação entre emissões e impactos

É importante ter em mente que …..

Page 14: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

AUMENTO DO NÍVEL DO MAR PASSADO E FUTURO DAS CONCENTRAÇÕES DE CO2

AUMENTO DA TEMPERATURA VIA MODELOS NUMÉRICOS

(Petit et al., 1999)

Page 15: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Concentração de gases do efeito estufa

desde a Revolução Industrial:

CO2 (dióxido de carbono) aumentou 30%

CH4 (metano) aumentou 100%

Para quê tentar entender o que aconteceu no Terciário?

Page 16: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Shakun et al 2012 - Nature

Page 17: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 18: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Projeção do aquecimento regional em 2070, com

relação a 1990:efeitos regionais muito diferenciados

(IPCC 2007)

Page 19: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Mudança média anual na precipitação: 2100 relativo a 1990

Deverá haver aumento de precipitação em algumas

áreas, enquanto em outras haverá redução. (IPCC 2007)

Page 20: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

AUMENTO DE TEMPERATURA NO TEMPO PRESENTE E CENÁRIOS FUTUROS

(IPCC 2007)

Page 21: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

PBMC, 2012: Sumário Executivo do Volume 1 - Base Científica das Mudanças

Climáticas. Contribuição do Grupo de Trabalho 1 para o 1o Relatório de Avaliação

Nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas , Rio de Janeiro, Brasil, 34 pp. (http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/pt/)

Page 22: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

IMPACTOS NAS ZONAS

COSTEIRAS

Page 23: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

mm/ano Fonte: IPCC 2007

Tendência do nível médio do mar entre 1955 e 2003

Merrifield et al (2009 – JC)

Page 24: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Variação do conteúdo de calor na camada de 0 a 700 m do oceano global (linha

preta). A tendência positiva da ordem de 0,64Wm-2 é um forte indicador do

aquecimento da camada superior do oceano. A linha azul representa a variação do

conteúdo de calor para 0-2000 m, baseada em 6 anos de dados Argo. A taxa de

aumento de 0,5 m-2 sugere que uma parte do aquecimento está acontecendo em

profundidades superiores a 700 m (Tremberth, 2010).

Page 25: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Algumas cidades Latino Americanas e do

Caribe estão em risco devido ao aumento

do nível do mar

Source: UN-HABITAT Global Urban

Observatory 2008

> 25% da população em zonas costeiras de baixa elevação

Page 26: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Impactos Projetados do aumento

do nível do mar em países

Latinoamericanos e Caribenhos

Page 27: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E EVENTOS EXTREMOS

Page 28: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

No seu 4º relatório em 2007, IPCC

define evento extremo do ponto de

vista físico:

• ‘An event that is rare at a particular place and time of year. Definitions of “rare” vary, but an extreme weather event would normally be as rare as or rarer than the 10th or 90th percentile of the observed probability density function.

• By definition, the characteristics of what is called extreme weather may vary from place to place in an absolute sense...When a pattern of extreme weather persists for some time, such as a season, it may be classed as an extreme climate event, especially if it yields an average or total that is itself extreme (e.g., drought or heavy rainfall over a season).’

Page 29: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

O QUE É UM EXTREMO

AUMENTO DA PROBABILIDADE DE EXTREMOS

EM UM CLIMA QUENTE

Page 30: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

O fenômeno observado é

cíclico ou faz parte de uma

tendência de longo prazo?

Page 31: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Emanuel, 2007

RELAÇÃO ENTRE TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO MAR E

INTENSIDADE DE FURACÕES NO OCEANO ATLÂNTICO NORTE

Page 32: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Do ponto de vista social: eventos

extremos são aqueles que

provocam Impactos Extremos • Aqueles que envolvem risco

– mortes, desabrigados, danos materiais

• Tem a ver com a vulnerabilidade e a resiliência • Vulnerabilidade é a susceptibilidade que tem as

pessoas, suas atividades, posses e infraestrutura às perdas e danos quando sujeitas a eventos físicos de diferentes ordens de magnitude.

• Resiliência tem a ver com o tempo de recuperação após um evento extremo – baseado num processo prévio de adaptação e num aprendizado de como lidar com desastres.

Page 33: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

EVENTOS EXTREMOS E TEMPO DE RECUPERAÇÃO

Page 34: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Mais mudanças do que imaginamos…

Mac Donald’s

Veículos

População

Uso de água

Concentração de GHG

Desastres

naturais

Page 35: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

VARIABILIDADE CLIMÁTICA OU

MUDANÇA CLIMÁTICA?

IMPACTOS REGIONAIS...

Evento Katrina – Agosto 2005

Page 36: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

O verão de 2003 foi o mais quente

nos últimos anos na Europa

Portugal:

fogo nas

florestas

França: + de

14.000 mortes

relacionadas

com o calor

UK e

Alemanha:

atrasos no

sistema de

transporte

ferroviário

(dilatação

dos trilhos)

Luterbacher et al, Science, 2004

Page 37: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Chuvas Vale do Itajaí

(2008)

Inundações na Amazonia

(2009)

Chuvas São Paulo (2010)

Chuvas Rio de Janeiro

(2010)

Chuvas em Alagoas

(2010)

Chuvas/deslizamentos Ilha

Grande (2010)

Seca no rio Solimões

(2010)

Tempestade Agatha

Central America (2010)

Seca no sul da Venezuela

(2009)

Chuvas intensas

S.Brasil/Uruguai (2009)

Chuvas/deslizamentos

Andes

Central Peru (2009)

Onda de calor Santos (2010)

Alguns eventos extremos ocorridos durante o período de

2007-2010 na América do Sul

Onda de frio

Bolivia

(2010)

Inundações

Colombia

(2008)

Agradec. C. Nobre

Page 38: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

• 6 milhões de km2 de floresta tropical

• 1/3 da biodiversidade do planeta

• chuva abundante (2-3 m anualmente)

• 18% da água doce do globo despejada

nos oceanos

• diversidade biológica, ecossistêmica

e de etnias

Amazônia

Page 39: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 40: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 41: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

RONDÔNIA

Mudanças no uso da terra…

Area Total desflorestada (clareiras) é de 730,000 km2 na Amazônia brasileira (18%) (INPE, 2008)

Page 42: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Distribuição de

grande escala de

aerossóis

provenientes da

queima de biomassa

na América do Sul

Cortesia de Paulo Artaxo

Page 43: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

77/8

8*

88/8

9

89/9

0

90/9

1

91/9

2

92/9

4

94/9

5

95/9

6

96/9

7

97/9

8

98/9

9

99/0

0

00/0

1

01/0

2

02/0

3

03/0

4

04/0

5

05/0

6

06/0

7

07/0

8

08/0

9

Desflore

sta

tion (

km

² per

year)

Deforestation in Amazonia 1977-2009 in km² per year

* annual average per decade Data from INPE, 2009

27.000 Km² in 2004

7.000 Km²

in 2009

Que tipo de politicas publicas são necessárias para manter esta redução?

Deflorestamento foi

reduzido de 27.000

Km² em 2004 para

7.000 Km² em 2009.

Houve redução de

aerossóis também?

Cortesia de Paulo Artaxo

Page 44: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Estamos assistindo a mais extremos

hidrológicos? “A Seca da Amazônia em 2005

considerada uma das mais severas em

100 anos”

Seca da Amazônia em 2010 – maior que em 2005 ?

Page 45: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Manaus tem 16 bairros alagados e rio fica perto de cheia recorde KÁTIA BRASIL

DE MANAUS

A cheia do rio Negro, em Manaus (AM), pode bater novo recorde centenário amanhã (16). Hoje, na régua do

porto da capital, o nível do rio chegou a 29,75 metros, 81 centímetros acima da marca de emergência,

provocando transbordamentos em 16 bairros.

Faltam apenas dois centímetros para o nível do rio Negro se igualar ou ultrapassar a enchente histórica

de 29,77 metros, registrada em 2009.

Há 110 anos, a medição do rio Negro é feita no Porto de Manaus. O engenheiro Valderino Pereira da Silva disse

que, desde domingo, as águas estão subindo três centímetros por dia. Segundo ele, a enchente pode se

estender até o mês de junho.

A situação, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), é reflexo das fortes chuvas que ocorrem na

região metropolitana de Manaus e, no extremo norte do Estado. A meteorologista Lúcia Gularte afirma que na

capital choveu metade do esperado para o mês de maio, que é de 279,03 milímetros.

No centro de Manaus, as inundações causadas pela cheia do rio Negro atingem pontos turísticos, como o

Relógio Municipal, o prédio da Alfândega, a Feira Manaus Moderna e a praia da Ponta Negra. Parte das avenidas

Eduardo Ribeiro e Sete de Setembro foram interditadas pela prefeitura. Casas de 18.500 pessoas foram

inundadas pelas águas.

Folha de São Paulo – 15/05/2012

Page 46: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Catarina: O primeiro furacão no oceano Atlântico Sul?

“Furação Catarina”, 27 Março de 2004 at 11:04:45 Local Time

Estado de

Santa Catarina

Cortesia de Carlos Nobre – CPTEC/INPE

Page 47: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 48: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 49: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Tendencias positivas do numero de ciclones

extratropicais intensos no Hemisfério Sul

(Pezza e Ambrizzi, 2003 – JClim.)

Page 50: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Tornados

Page 51: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Numero anual de tornados no período de

1915 a 1995 nos Estados Unidos

(Doswell et al 1999)

Page 52: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Casos de tornado

registrados por ano

no Brasil

Page 53: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Diferença entre as precipitações médias do período

de 1991 a 2004 e do período de 1961 a 1990

(Salati et al, 2007)

Page 54: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Balneário Camboriu

2008

Blumenau

2008

Page 55: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Região de ocorrência de deslizamentos de

encostas em Santa Catarina em novembro de

2008

Page 56: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 57: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

As populações ribeirinhas que

vivem às margens do Rio Paraíba, em cinco

municípios, devem ser transferidas para locais

mais seguros. O governo do Estado teme que

o iminente sangramento da barragem de

Acauã coloque em risco a vida destas

pessoas. Sangra o açude Coremas. Mais de

37 reservatórios transbordaram.

Foto : Marcus Antonius/Secom/PB

Enchentes no Rio Paraíba

O Norte – João Pessoa, 05 de fevereiro de 2004

Page 58: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Eventos intensos e inundações na cidade de São Paulo, Fevereiro 2010

Eventos de chuvas intensas no

Sudeste do Brasil - São Paulo 2010

Page 59: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Deslizamento de lama soterra a periferia do Rio de Janeiro, mais de 200 pessoas

morreram em abril de 2010.

Mais de 200 pessoas morreram

soterradas por lama próximo ao Rio

de Janeiro. As casas estavam

construídas em solo frágil e não

resistiu a enorme quantidade de

chuva que ocorreu em dois dias

seguidos.

Eventos de chuvas intensas no Sudeste

do Brasil – Rio de Janeiro 2010

Page 60: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

São Paulo, 27 de fevereiro de 2011

Page 61: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Benedito Calixto 1853-1927

Inundação na Várzea do Carmo

Inundação em São Paulo

INUNDAÇÃO NA CIDADE DE SÃO PAULO

FINAL DO SÉCULO 19

Cortesia de Augusto Toledo de Machado – CTA/CPTEC- INPE

(a obra encontra-se no Museu do Ipiranga)

Page 62: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

2200

1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010

mm

Clima de São Paulo mudou:

•Aquecimento (aproximadamente 3oC)

•Aumento da precipitação média mensal

•Aumento na frequência e intensidade dos

extremos de precipitação!

Silva Dias, M.A.F., Dias, J.,Carvalho,L., Freitas, E.

e Silva Dias, P.L., 2011

Page 63: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

R10

2020-2030 2050-60 2080-90

Projeções de mudanças em chuvas extremas (R10) e impactos

na RMSP-Megacidades (Nobre et al 2010-2011)

Page 64: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 65: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 66: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Diferença

PDF – precipitação em SP mm

mm mm

Silva Dias et al (2011)

Page 67: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Silva Dias et al (2011)

Page 68: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Custos dos Desastres Naturais nos EUA entre 1960 e 2005

Furacões

Inundações

Tempestades

Severas

Secas

Incêndios

Ventos

Fortes

Page 69: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Tendencia de aumento de chuva indice R10 (numero de dias com chuva acima de 10

mm ) e R5Xday indice (chuvas intensas acumuladas em 5 dias consecutivos em mm

as quais podem causar inchentes) de 1951 a 2002 para I sul da America do Sul em

dias. (Marengo et al., 2008 – a, b).

Índice R10

Índice RX5dia

O total de chuvas diárias estão se tornando mais

intensas no sul da América do sul?

Page 70: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

CDD

2010-40 CDD

2041-70

CDD

2071-2100

R10

2010-40 R10

2041-70

R10

2071-2100

Rainfall

2010-40 Rainfall

2041-70

Rainfall

2071-2100

(Marengo et al 2010)

Mundanças previstas na precipitação total e eventos

extremos cenario A1B derivado do modelo regional Eta-

CPTEC 40 km com dados do HadCM3 (relativo a 1961-1990)

Dias consecutivos

secos (CDD-Eventos

esporádicos de seca

(R10-Numero de

dias com chuva

acima de 10 mm)

Chuva em três períodos

Page 71: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

OS MODELOS ESTÃO APTOS

A PREVER OS EVENTOS

EXTREMOS?

Page 72: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

O mundo, segundo os modelos

climáticos ANOS 70 ANOS 80

1990 1996

2001 2007

Page 73: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Modelos climáticos usados nas avaliações do

IPCC:

FAR (1990),

SAR (1996),

TAR (2001) e

AR4 (2007).

A complexidade dos modelos

vem aumentando e os

cenários são mais

consistentes e aderentes ao

clima atual

Mas… a simulação de

eventos extremos de chuva

ainda precária

Page 74: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas
Page 75: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Bonan, 2008

Page 76: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

•Modelos no AR5 terão complexidade inédita:

•Efeito do derretimento do permafrost

•Fertilização da biota pelo CO2

•Disponibilidade de nutrientes

•Ciclo biogeoquímico de gases traço

•Aerossóis e nuvens

•Interação das correntes oceânicas com o

gelo…

•Cenários econômicos interativos…

Page 77: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Eventos Extremos

Page 78: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Região Serrana do Rio de Janeiro

Janeiro 2011: mais de 800 mortos e

500 desaparecidos

Page 79: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Acumulado de Chuva entre 00UTC 12 – 00UTC 13/jan/2011 Desempenho com 1 km de resolução espacial

BRAMS 1 km : NX, NY = 500, 500 300 processos –> 2 ½ h de processamento 24 horas de previsão.

BRAMS 1 km

mm

(Maria Assunção Silva Dias 2011)

Page 80: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Comparação com rede INMET : Distribuição Espacial e Quantitativa da Chuva

Cidade/Região Chuva

Acumulada

(24h, mm)-

INMET

BRAMS 1

km

(24h, mm)

Nova Friburgo

(NF)

162,6 158,0

Teresópolis (TE) 78,6 88,3

Petrópolis (PE) 7, 8 4,0

Note a precisão do modelo em capturar o gradiente

de chuva com valores bastante próximos aos

observados pelo INMET.

(Maria Assunção Silva Dias 2011)

Page 81: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Comparação com rede INMET Nova Friburgo – BRAMS

Acumulado 24 h: 139,9 mm

Acumulado 24 h: 162,6 mm

2km 1km

Acumulado 24 h: 162,6 mm

Acumulado 24 h: 158,0 mm

(Maria Assunção Silva Dias 2011)

Page 82: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

E QUAL A CONSEQUENCIA

DO AUMENTO DE

TEMPERATURA GLOBAL NA

AMÉRICA DO SUL E BRASIL?

Page 83: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

IMPACTO NAS GLACIEIRAS DOS POLOS E

MONTANHAS

Page 84: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Glacieiras das Patagônia

Glacieiras da Patagônia tem

diminuído em média 1.5 km nos

últimos 13 anos. Tem havia um

aumento de temp. máxima,

mínima e média nas temperaturas

diárias em torno de 1oC no sul da

Patagônia e leste dos Andes. Reference: Wessels, R., J.S. Kargel, and H.H. Kieffer, 2001.

GLIMS: Documenting the demise of the Earth's glaciers using

ASTER. Eos Trans. AGU, Spring Meet. Suppl., Abstract 31A-

03.

Painter, D., 2001. Melting glaciers signal global warming.

Arizona State University News Release, May 29, 2001.

IPCC, 1998. The Regional Impacts of Climate Change: An

Assessment of Vulnerability. Special Report of the IPCC

Working Group II, R.T. Watson, M.C. Zinyowera, R.H. Moss

and D.J. Dokken, eds. Cambridge University Press,

Cambridge, UK.

1994

2002

Photo by Nasa

Page 85: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Kinnard, C., Zdanowicz, C. M., Fisher, D. A., Isaksson, E., de Vernal, A., & Thompson, L. G. (2011). Reconstructed changes in Arctic sea ice over the past 1,450 years. Nature, 479(7374), 509–512. doi:10.1038/nature10581

Page 86: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Diferença entre as temperaturas médias (média,

máxima e mínima) do período de 1991 a 2004 e

do período de 1961 a 1990.

(Salati et al, 2007)

Page 87: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Tendências da Temperatura do Ar no Brasil

(Cortesia de J. Marengo)

Page 88: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

-15 -10 -5 5 10 15 % / 41 yrs

ÍNDICE DE TEMPERATURA MÍNIMA: NOITES QUENTES

VALIDAÇÃO DA REANÁLISE DO NCEP/NCAR

(Fonte: CPTEC)

(Fonte: Vincent et al., 2005)

(Dufek, Ambrizzi e Rocha 2008)

Page 89: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

30.0 30.5 31.0 31.5 32.0 32.5 33.0 33.5 34.0 34.5 35.0

Temperatura Máxima Média (°C)

Pen

ali

zação

(%

)

Estimativa de cafeeiros danificados

em função da temperatura máxima média

Page 90: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Redução da área potencial em função do aumento da

temperatura entre 1 ºC e 5,8 ºC

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Atual T + 1ºC T + 3 ºC T + 5,8 ºC

Aumento na temperatura média

Áre

a P

on

tecia

l (1

000 k

m2)

Milho

Feijão

Arroz

Soja

Café

Arábica

Variação da área potencial de menor risco climático para cultivo de milho, arroz,

feijão, arroz, soja e café arábica no Brasil. O maior impacto relativo ao aumento

de temperatura poderá ser para a soja, com redução de até 60% na área

potencial de plantio. Fonte: Comunicação Pessoal de Eduardo Assad, Embrapa

Impactos na Agricultura Brasileira são,

em geral, negativos!

Page 91: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Salazar et al., 2007

Possíveis conseqüências da mudanca climática nos biomas

brasileiros: savanização da Amazonia?, desertificação do

Nordeste?.

Page 92: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Conseqüências da mudanças climática

Aumento da temperatura

Elevação do nível do mar

Mudanças nos extremos climáticos

Mudanças na precipitação

Impactos nos ecossistemas e

biodiversidade

Retrocesso das geleiras Impactos ambientais

Ecossistemas

Biodiversidade

Produtividade do solo

Pesca

Disponibilidade de água potável

Serviços ambientais Conseqüências sociais

Segurança alimentar

Trabalho e emprego

Saúde

Conflitos sociais

Migração

Pobreza e desigualdade

Economia

Mitigação

Adaptação

Page 93: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Impactos da Mudança de clima no Brasil: Relatório

de Clima do INPE (2007)

Page 94: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

“Investir hoje para um futuro

mais seguro”

• Desenvolver sistemas de alertas precoces para eventos extremos;

• Aumentar a capacidade das ações comunitárias, particularmente entre os mais vulneráveis;

• Implantar as melhores práticas na construção civil e no tratamento dos recursos hídricos;

• Expandir o uso das informações do tempo e do clima regionais pelos planejadores e tomadores de decisão

• Estabelecer ações para enfrentar os inevitáveis eventos extremos.

Page 95: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

“Num mundo desigual, as mudanças climáticas irão aumentar ainda mais

as desigualdades”

M. Parry, co-presidente do IPCC WGII

O Brasil é um país em desenvolvimento

(ainda) com altos índices de pobreza e

desigualdade social, portanto, é

potencialmente vulnerável às mudanças

climáticas

Page 96: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

INCLINE INter-disciplinary CLimate INvEstigation

Center www.incline.iag.usp.br

Page 97: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Como um objetivo geral, o INCLINE irá contribuir para o

melhor entendimento dos complexos sistemas de interações

entre Terra – Ambiente – Homem pelo desenho e

implantação de projeto de natureza interdisciplinar. O

INCLINE agrega especialistas de diversas áreas, fazendo as

necessárias conexões com os formuladores de políticas

publicas e a iniciativa privada. Deste modo, cumprirá a sua

função de contribuir para soluções e alternativas viáveis

para redução das emissões, mitigação dos atuais problemas

enfrentados e apontando novas direções e modelos de

crescimento econômico sustentável.

Núcleo de Apoio a Pesquisa de

Mudanças Climáticas (INCLINE)

Page 98: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

Instituto de Astronomia, Geofísica

e Ciências Atmosféricas Instituto de Física

Escola Superior de Agricultura

“Luiz de Queroz”

Centro de Energia Nuclear

na Agricultura – Campus

“Luiz de Queiroz” -

Piracicaba

Faculdade de Engenharia de

São Carlos

Faculdade de Saúde

Pública

Instituto Oceanográfico da

Universidade de São Paulo

Programa de Pós-Graduação em

Ciência Ambiental –

Universidade de São Paulo

Faculdade de Economia, Administração e

Contabilidade – Universidade de São Paulo

Instituto de Geociências

Page 99: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

www.incline.iag.usp.br

First

Page 100: IEA - Aquecimento Global e Mudanças Climáticas

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

Prof. Tércio Ambrizzi – [email protected]