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A GESTÃO ESCOLAR E A CONTRUÇÃO DE UMA ESCOLA INCLUSIVA Profª GLAUCIA ELI SILVA Chefe da Seção de Educação Inclusiva Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Uberaba/2009

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A GESTÃO ESCOLAR E A CONTRUÇÃO DE UMA ESCOLA INCLUSIVA

Profª GLAUCIA ELI SILVAChefe da Seção de Educação Inclusiva

Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Uberaba/2009

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Objetivos Refletir sobre os conceitos e as

concepções dos termos INCLUSÃO, DIVERSIDADE e a EDUCAÇÃO INCLUSIVA nos seus aspectos sócio-histórico-culturais.

Compreender os aspectos legais que norteiam o Sistema Educacional na perspectiva da Educação Inclusiva.

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Inclusão e Diversidade: Desafio em busca de uma escola para todos

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“A inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”

MANTOAN, 2005

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Implica mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais.

A escola tem que se reestruturar para melhorar a qualidade de ensino e atender aos alunos que fracassam nas salas de aula, garantindo o desenvolvimento de todos.

(Mantoan, 2003)

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Escola Tradicional

O ensino - ministrado de forma mecânica, centrado no professor

Professor - detentor do saber O aluno - considerado um indivíduo passivo,

aprendiam todos ao mesmo tempo Não havia escola para todos. Metodologia única Mesmo espaço

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Com isto a escola tornou-se EXCLUDENTE E SELETIVA

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Com o avanço do processo de industrialização, a criação de leis e a reivindicação da população para a conquista da escola para todos, a escola aos poucos, vai se tornando mais democrática.

O aumento do número de alunos tem como conseqüência a diversidade de educandos

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Devemos compreender a diversidade como riqueza e não como problema. Pois entendemos por diversidade na escola, as crianças de diferentes classes sociais, gêneros, etnias e raças, credos e valores, culturas, histórias de vida e, conseqüentemente, crianças que constroem o seu aprendizado em diferentes formas, ritmos e tempos.

A DIVERSIDADE

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Aumento de Alunos na Escola

Aumento de Alunos com história de fracasso escolar

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A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ESCOLA: UMA ESCOLA PARA TODOS

A escola pública se tornará cada vez mais pública na medida em que compreender o direito à diversidade e o respeito às diferenças como um dos eixos orientadores de sua ação e das práticas pedagógicas.(CONEB, 2008)

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ESCOLA E INCLUSÃO

Exige a reorganização do trabalho na escola. Do tempo escolar . Da formação de professores e funcionários. Criação de espaços para diálogo entre a

escola/comunidade. Convívio ético e democrático dos alunos e seus

familiares. Posicionamento político. Transporte acessível. Novas alternativas para a condição docente. Uma postura democrática frente ao diverso.

Vai além de incluir total ou parcial as pessoas excluídas dos espaços, tempos escolares a eles negados historicamente.

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INCLUSÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Gostar é um passo imprescindível para o desempenho da tarefa pedagógica, mas não se esgota nisso; para além do gosto há necessidade de, também, qualificar-se para um exercício socialmente competente da profissão docente.

CORTELLA, 2001

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A formação dos professores deve merecer atenção especial,

pois, muitas vezes, a rejeição dos professores quanto à

idéia de inclusão se dá justamente por não se sentirem

preparados para enfrentar grandes desafios.

Para ensinar a todos com qualidade, é imprescindível que se

esteja aberto a aprender e a inovar sempre. Por isto o

investimento na formação permanente dos professores é

fundamental para o processo de inclusão.

INCLUSÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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A prática da inclusão poderá trazer um ganho muito grande para os alunos.

Ela traz para a sala de aula o respeito pelo

diferente, permitindo aos professores pensarem no ritmo que cada

aluno possui.

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A LEGISLÃO QUE NORTEIA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Coloca para o sistema educacional o desafio de se reestruturar para acolher todas as crianças, indistintamente, independente de suas diferenças e, dessa forma, atendendo-as dentro das suas necessidades.

Afirma que, para a conquista da inclusão, é preciso que os Sistemas Escolares “incluam todo mundo e reconheçam as diferenças, promovam a aprendizagem e atendam as necessidades de cada um”.

Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas.

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A LEGISLÃO QUE NORTEIA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA A Constituição de 1988 Traz em seu Art 1º, como fundamentos da República, “a

cidadania e a dignidade da pessoa humana”. Tem como um dos seus objetivos “a promoção do bem de

todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”(Art.3º)

Apresenta o direito de TODOS à Educação nos artigos: Art. 205 –” pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo

para o exercício da cidadania e as qualificação para o trabalho”.

Art. 206, inc. I – “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”.

Toda escola, deve atender aos princípios constitucionais, não podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade, deficiência ou ausência dela. Logo, toda escola deve ser uma ESCOLA INCLUSIVA.

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A LEGISLÃO QUE NORTEIA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira- LDB Nº

9394/96 Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos

desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.

§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

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Para viabilizarmos a inclusão escolar devemos

garantir que todos os alunos, independente da

classe, raça, gênero, sexo, características

individuais ou necessidades educacionais especiais,

possam aprender juntos em uma escola de

qualidade, é uma atitude humanitária e justa,

demonstrando uma prática alicerçada nos valores

éticos de respeito à diferença e ao compromisso

com a promoção dos direitos humanos.

MANTOAN, 2005

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“A Inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, mas uma estrada sem fim, com todos os tipos de barreiras e obstáculos, alguns dos quais se encontram em nossas mentes e em nossos corações”.

(MITTLER, 2003 p.21, apud MENICUCCI, 2008)

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Referências Bibliográficas ARANHA, Maria Salete Fábio. Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os

alunos na escola: necessidades educacionais especiais dos alunos. Brasília: MEC/SEESP, 2005. BRASIL, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial. Brasília: MEC/CNE/CEB, 2001ª BRASIL, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

Brasília: MEC/SEESP, 2007. BRASIL, Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. 2 ed. Brasília: MEC/SEESP,

2006. ____. A Fundamentação Filosófica. Brasília: MEC/SEESP, 2006. ____. O Município. Brasília: MEC/SEESP, 2006. ____. A Escola. Brasília: MEC/SEESP, 2006. ____. A Família. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Declaração de Salamanca.MEC.1994 CORTELLA, Mário Sérgio. Conhecimento Escolar: Epistemologia e Política. In: _____. A

escola e o conhecimento – fundamentos epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2001.

FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga; PANTOJA, Luíza de Marillac P.;MANTON, Maria Tereza Eglér. Atendimento Educacional Especializado. Aspectos legais e orientação pedagógica. São Paulo: MEC/SEESP,2007

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? 2. Ed. São Paulo: Moderna, 2006.

PAULON, Simone Mainieri; FREITAS, Lia Beatriz de Lucca ; PINHO, Gerson Smiech. Documento subsidiário à política de inclusão. Brasília: Ministério da Educação, SEESP, 2005.