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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

Inclusão escolar: práticas e compromissos para com os educandos

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

A educação inclusiva pressupõe uma

reorganização no sistema educacional de

forma a garantir acesso, permanência e condições de aprendizagem a toda

população em idade escolar. Embora

“toda” seja abrangente e englobe uma

variedade de segmentos, nesta reflexão

vamos nos ater a um segmento populacional específico, alunos com

deficiência, que, por características

distintas, muitas vezes requerem da escola ações diferenciadas.

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SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

Quando a educação inclusiva é aceita,

abandona-se a ideia de que as crianças devem

se tornar normais para contribuir para o mundo.

Ela também requer a superação da tradicional

concepção antropológica de seres humanos

ideais, sempre dispostos a uma entrega

generosa em prol do bem comum. É difícil para o

ser humano estar em contato, estar presente e

confirmar o outro, suspendendo seus

preconceitos, permanecendo aberto para a

alteridade, sem que haja qualquer diferença

visível ou manifestação de

necessidades especiais.

Roque Strieder

Rose Laura Gross Zimmermann

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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Morin apud Carneiro (2011, p. 49-50) apresenta

de forma belíssima esse princípio.

Cabe à educação do futuro cuidar para que a ideia de

unidade da espécie humana não apague a ideia de

diversidade, e que a da sua diversidade não apague a da

unidade. Há uma unidade humana. Há uma diversidade

humana. A unidade não está apenas nos traços

biológicos da espécie Homo sapiens. A diversidade não

está apenas nos traços psicológicos, culturais, sociais do

ser humano. Existe também diversidade propriamente

biológica no seio da unidade humana; não apenas existe

unidade cerebral, mas mental, psíquica, afetiva,

intelectual; além disso, as mais diversas culturas e

sociedades têm princípios geradores ou organizacionais

comuns. É a unidade humana que traz em si os princípios

de suas múltiplas diversidades. Compreender o humano

é compreender sua unidade na diversidade, sua

diversidade na unidade. É preciso conceber a unidade do

múltiplo, a multiplicidade do uno. Diante deste panorama,

a concepção de educação.

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Na escola é de consenso norteador que qualquer processo

educativo, seja ele inclusivo ou não, deve sempre visar que o

aluno atinja três objetivos indissociáveis:

A FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA,

A PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO

E O DESENVOLVIMENTO PESSOAL. Para isso, a educação deverá favorecer ao aluno, independente

das dificuldades, oportunidades adequadas para o

desenvolvimento de suas potencialidades. Isso exige do coletivo

escolar uma mudança de postura além da redefinição de papeis

que possa assim favorecer o processo de inclusão.

Para que a inclusão seja uma realidade em todos os níveis da

escola, será necessário rever uma série de obstáculos

infundamentados, além da política, práticas pedagógicas e os

processos de avaliação.

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É necessário CONHECER o desenvolvimento humano e suas

relações com o processo de ensino aprendizagem, levando

em conta como se dá este processo para cada aluno. Nesse

sentido o papel das psicólogas, especialistas, mediadoras,

pedagogas ou coordenadoras é fundamental na mediação

das teorias e praticas em cada classe (nível escolar) e nos

procedimentos metodológicos individualizados.

A sociologia, a psicologia, a psicanálise, a pedagogia, o

direito, são algumas das áreas específicas que disponibilizam

uma vasta bibliografia que aborda o tema da inclusão.

É importante cercar-se do maior número de informações

possível, no entanto o critério para a escolha da linha teórica

é particular a cada instituição. Nesse sentido, há três leituras

consideradas essenciais sobre o assunto, já que são

documentos e leis elaborados de forma minuciosa e que

abordam as questões que envolvem a infância, a educação

em geral e as necessidades especiais.

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Documento 1 - A Declaração de Salamanca -

Conferência Mundial de Educação Especial

(Espanha, 1994) - documento das Nações Unidas,

do qual o Brasil é signatário, e que fornece os

princípios, políticas e práticas em educação

especial.

Documento 2 - O Estatuto da Criança e do

Adolescente - Lei 8.069 de 13/07/1990 -

ordenamento jurídico das responsabilidades da

sociedade com a criança e com o adolescente.

Documento 3 - Parâmetros Curriculares Nacionais

(Adaptações Curriculares) - MEC 1998 - fornece as

estratégias para a educação de alunos com

necessidades educacionais especiais.

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É indispensável que todos os professores, diretores,

coordenadores, funcionários de cantina e faxina, vigias, auxiliares

de pátio e técnicos, participem das discussões, pois a inclusão

não deve se dar somente na sala de aula, mas em todos os

ambientes da escola e da sociedade e a ampliação do espaço

didático para além da classe depende da postura coerente do

meio social educacional.

Devemos UTILIZAR novas tecnologias para levar o aluno a

abranger suas habilidades e investir em capacitação, atualização,

sensibilização, envolvendo toda comunidade escolar.

FOCAR na formação profissional dos professores, que é

relevante para aprofundar as discussões teóricas práticas,

proporcionando subsídios com vistas à melhoria do processo

ensino aprendizagem. Essa formação, poderá ser realizada em

dois patamares, o primeiro é a formação de acordo com a

necessidade especial do aluno em sala de aula e o segundo e a

formação ampla de métodos, técnicas e informações de

respaldos legais.

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ASSESSORAR os professores para resolução de

problemas no cotidiano na sala de aula, criando

alternativas que possam beneficiar todos os alunos.

UTILIZAR CURRÍCULOS E METODOLOGIAS

FLEXÍVEIS, levando em conta a singularidade de cada

aluno, respeitando seus interesses, suas ideias e

desafios para novas situações.

INVESTIR na proposta de diversificação de conteúdos e

práticas que possam melhorar as relações entre

professores e alunos.

AVALIAR de forma continuada e permanente, dando

ênfase na qualidade do conhecimento e não na

quantidade, oportunizando a criatividade,

a cooperação e a participação.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA / DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

(Toda legislação especifica esta disponível em pdf no site:

http://portal.mec.gov.br)

LEIS

Constituição Federal de 1988 - Educação Especial

Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN

Lei nº 9394/96 – LDBN - Educação Especial Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e

do Adolescente - Educação Especial

Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente

Lei nº 10.098/94 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da

acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e

dá outras providências

Lei nº 10.436/02 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras

providências

Lei nº 7.853/89 - CORDE - Apoio às pessoas portadoras de deficiência Lei Nº

8.859/94 - Modifica dispositivos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977,

estendendo aos alunos de ensino especial o direito à participação em atividades de

estágio de, a cooperação e a participação.

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA / DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

(Toda legislação especifica esta disponível em pdf no site:

http://portal.mec.gov.br)

DECRETOS

Decreto Nº 186/08 - Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em

Nova Iorque, em 30 de março de 2007

Decreto nº 6.949 - Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos

das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em

Nova York, em 30 de março de 2007

Decreto Nº 6.094/07 - Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas

Compromisso Todos pela Educação

Decreto Nº 6.215/07 - institui o Comitê Gestor de Políticas de Inclusão

das Pessoas com Deficiência – CGPD

Decreto Nº 6.214/07 - Regulamenta o benefício de prestação continuada

da assistência social devido à pessoa com deficiência

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA / DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

(Toda legislação especifica esta disponível em pdf no site:

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DECRETOS

Decreto Nº 6.571/08 - Dispõe sobre o atendimento educacional

especializado

Decreto nº 5.626/05 - Regulamenta a Lei 10.436 que dispõe sobre a

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS

Decreto nº 2.208/97 - Regulamenta Lei 9.394 que estabelece as diretrizes

e bases da educação nacional

Decreto nº 3.298/99 - Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de

1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa

Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras

providências

Decreto nº 914/93 - Política Nacional para a Integração da Pessoa

Portadora de Deficiência

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA / DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

(Toda legislação especifica esta disponível em pdf no site:

http://portal.mec.gov.br)

DECRETOS

Decreto nº 2.264/97 - Regulamenta a Lei nº 9.424/96

Decreto nº 3.076/99 - Cria o CONADE

Decreto nº 3.691/00 - Regulamenta a Lei nº 8.899/96

Decreto nº 3.952/01 - Conselho Nacional de Combate à Discriminação

Decreto nº 5.296/04 - Regulamenta as Leis n° 10.048 e 10.098 com

ênfase na Promoção de Acessibilidade

Decreto nº 3.956/01 – (Convenção da Guatemala) Promulga a

Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de

Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA / DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

(Toda legislação especifica esta disponível em pdf no site:

http://portal.mec.gov.br)

PORTARIAS

Portaria nº 976/06 - Critérios de acessibilidade os eventos do MEC

Portaria nº 1.793/94 - Dispõe sobre a necessidade de complementar os

currículos de formação de docentes e outros profissionais que interagem

com portadores de necessidades especiais e dá outras providências

Portaria nº 3.284/03 - Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de

pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de

autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de

instituições.

Portaria nº 319/99 - Institui no Ministério da Educação, vinculada à

Secretaria de Educação Especial/SEESP a Comissão Brasileira do

Braille, de caráter permanente.

Portaria nº 554/00 - Aprova o Regulamento Interno da Comissão

Brasileira do Braille

Portaria nº 8/01 - Estágios

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LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA / DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

(Toda legislação especifica esta disponível em pdf no site:

http://portal.mec.gov.br)

RESOLUÇÕES

Resolução nº4 CNE/CEB

Resolução CNE/CP nº 1/02 - Diretrizes Curriculares Nacionais para

a Formação de Professores

Resolução CNE/CEB nº 2/01 - Normal 0 21 Institui Diretrizes

Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica

Resolução CNE/CP nº 2/02 - Institui a duração e a carga horária de

cursos

Resolução nº 02/81 - Prazo de conclusão do curso de graduação

Resolução nº 05/87 - Altera a redação do Art. 1º da Resolução nº

2/81

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AVISO

Aviso Circular nº 277/96 - Dirigido aos Reitores das

IES solicitando a execução adequada de uma política

educacional dirigida aos portadores de necessidades

especiais

DOCUMENTOS INTERNACIONAIS

Convenção ONU Sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência 2007.

Carta para o Terceiro Milênio-

Declaração de Salamanca

Conferência Internacional do Trabalho

Convenção da Guatemala

Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes

Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão

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A INCLUSÃO, ESCOLAR E

SOCIAL, EXIGE MUDANÇA DE

MENTALIDADE, MUDANÇA

NOS MODOS DE VIDA,

MUITAS REFLEXÕES E, COMO

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL,

VALORIZAR A DIVERSIDADE

HUMANA.

Roque Strieder

Rose Laura Gross Zimmermann

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Uma escola reconhecida como lugar de encontros,

lugar de humanização, de sensibilidade, lugar de vida

e de diversidade. Nela, cada ser humano permite

vida e movimento ao colocar-se como um ser que

necessita do outro para que possa realmente

construir-se como humano. É fundamental estreitar a

relação pedagógica com o sentido do estar vivo e em

interdependência com o outro. Estar vivo e qualificar

essa vida é conviver cercado de atenção, afeto, amor

ao outro em sua diversidade (MORAES 2003). Se

somos dependentes de amor (MATURANA, 1999), se

o amor é a base do viver, se viver é aprender, então,

o amor é base para um processo educacional de

inclusão.

Roque Strieder

Rose Laura Gross Zimmermann

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Criar sensibilidade para a inclusão é uma tarefa exigente,

mas possível como o é o próprio ato do aprender, do

conhecer e do viver. A escola inclusiva, para fazer

educação inclusiva, precisa de educadores que

oportunizem a todos os alunos e a cada um dos alunos o

desafio do pensar. São necessários educadores que

despertem em cada aluno o prazer do pensar, que

despertem o prazer da aprendizagem e que objetivem a

vivência convidativa e insubstituível do diálogo.

Educadores que no conversar e no diálogo reconhecem

que cada aluno é um sujeito de ideias e um sujeito de

palavras (SEVERINO, 2002). Essa escola precisa de

educadores que saibam que cada aluno tem o que dizer, e

que ele é capaz de dizê-lo e,

melhor ainda, que será ouvido.

Roque Strieder

Rose Laura Gross Zimmermann

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ATENÇÃO A CHEGADA DO ALUNO E DA

FAMÍLIA NA ESCOLA

ENTREVISTAS COM OS PAIS E COM O ALUNO: o

responsável pela inclusão deve fazer entrevistas

minuciosas para investigar a história do aluno

(nascimento, composição familiar, desenvolvimento

físico e mental, processo de escolarização anterior,

entre outros) e de suas necessidades especiais

(natureza e história da dificuldade, quais os estímulos

que recebe de seu próprio meio social, esforços que

foram feitos na direção de incluir esta criança em seu

meio social, entre outros). Nestes encontros devem ficar

claras, para a escola, quais as expectativas dos pais

com relação ao aproveitamento e desempenho escolar

do filho, assim como deve ficar claro para os pais o que

a escola pode e deve oferecer ao aluno.

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ATENÇÃO A CHEGADA DO ALUNO E DA

FAMÍLIA NA ESCOLA

AVALIAÇÃO DE INGRESSO: através dos recursos da

própria escola, o aluno deve ser avaliado em suas

capacidades pedagógicas e de relacionamentos sociais, e

em sua adaptação física com relação ao espaço escolar.

Muitas vezes avaliações complementares de outros

profissionais (psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas,

etc.) podem ser solicitadas aos pais, mas estas não podem

ser exigidas como condição de ingresso e permanência na

escola, pois devem obedecer aos recursos de que as

famílias dispõem para fazer tais avaliações. Estes

pareceres devem servir como auxiliares na preparação

do plano educacional que será traçado para o aluno,

desde a escolha de sua sala de aula, até a eventual

adaptação curricular e de grade horária.

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ATENÇÃO A CHEGADA DO ALUNO E DA

FAMÍLIA NA ESCOLA

PAPEL DA FAMÍLIA: os pais devem estar

sempre envolvidos no processo de inclusão para

que este seja efetivo.

A escola deve solicitar a disponibilidade familiar

para que possa haver trocas de informações

sobre o que está sendo oferecido ao aluno e

qual o seu aproveitamento, pois, as soluções

para as dificuldades encontradas também devem

prescindir do envolvimento e da

responsabilidade dos pais. .

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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ATENÇÃO A CHEGADA DO ALUNO E DA

FAMÍLIA NA ESCOLA

PAPEL DA FAMÍLIA: os pais devem estar

sempre envolvidos no processo de inclusão para

que este seja efetivo.

A escola deve solicitar a disponibilidade familiar

para que possa haver trocas de informações

sobre o que está sendo oferecido ao aluno e

qual o seu aproveitamento, pois, as soluções

para as dificuldades encontradas também devem

prescindir do envolvimento e da

responsabilidade dos pais. .

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ATENÇÃO A CHEGADA DO ALUNO E DA

FAMÍLIA NA ESCOLA

ALTERAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR e PPP: a

escola deve acrescentar no regimento escolar e PPP

as Leis, Decretos, Documentos Internacionais e

quando necessários as Portarias, Resoluções e

Avisos às especificidades do processo e efetivação

da inclusão na instituição, bem como quais são os

departamentos responsáveis por ela e quais são os

recursos disponíveis para auxiliar na educação de

um aluno com necessidades especiais. Deste modo

a escola estará evidenciando a comunidade escolar

todas as suas possibilidades e impossibilidades

relacionadas ao contexto educacional que envolve a

inclusão.

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ADAPTAÇÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO: ajustes no conteúdo e/ou na forma de sua apresentação

podem ser necessários e devem levar em consideração as

condições de aprendizagem de cada aluno verificadas na sua

avaliação de ingresso e nas avaliações permanentes.

O aluno pode ter sua capacidade cognitiva totalmente

preservada e ser capaz de acompanhar a explicação de um

determinado conteúdo da mesma maneira que o restante da

classe, mas não ser capaz de revelar a retenção deste

conteúdo através dos meios normalmente utilizados. Neste

caso formas alternativas de demonstrar esta apreensão

devem lhe ser disponibilizadas. Às vezes são necessárias

adaptações em alguns conteúdos que o aluno apresente

maior dificuldade de apreensão, são os casos, por exemplo,

das abstrações. É sempre a partir dos recursos cognitivos do

aluno que devem ser traçados objetivos que ele deverá

cumprir e sobre os quais será avaliado.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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ADAPTAÇÃO CURRICULAR E AVALIAÇÃO: As avaliações permanentes são necessárias, pois o processo

de aprendizagem não é estanque nem definitivo e deve

considerar os progressos e dificuldades apresentados pelo

aluno.

Os educadores devem ser muito cuidadosos nas adaptações

das avaliações, uma vez que, dificuldade de aprendizagem

não é sinônimo de incapacidade.

Para diminuir ou eliminar as dificuldades é preciso sempre

procurar um recurso alternativo, através do qual o aluno

possa expressar o que sabe e como utiliza o seu

conhecimento. Nesse sentido a pedagoga responsável pelo

processo de inclusão, possuí um papel primordial, uma vez

que a mesma poderá fazer as testagens previas juntamente

com as psicólogas ou equipe escolar e fazer elaboração das

avaliações que atendam cada especificidade.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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O TRABALHO PERMANENTE EM EQUIPE:

O ENVOLVIMENTO DE TODA EQUIPE NO

TRABALHO DE INCLUSÃO É NECESSÁRIO,

POIS SÓ ASSIM O COMPROMISSO

ASSUMIDO JUNTO AO ALUNO E SUA

FAMÍLIA SÃO POSSÍVEIS. NÃO SÓ O

TRABALHO PEDAGÓGICO OFERECIDO

PRECISA SER CONSTANTEMENTE

REVISTO E ADAPTADO (E PARA ISTO A

TROCA DE INFORMAÇÕES É

FUNDAMENTAL), COMO TAMBÉM AS

RELAÇÕES PESSOAIS QUE SE

ESTABELECE COM AQUELE ALUNO,

GERALMENTE TIDA COMO "DIFERENTE",

PRECISAM SER DISCUTIDAS E REVISTAS.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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ESCOLHA DA CLASSE: deve ser criteriosa e levar em

conta as dificuldades de cada um na adaptação à nova situação:

os conceitos e convencionalismos, principalmente dos

professores e alunos, não podem ser escondidos, mas devem

ser ditos e trabalhados.

A adequação pedagógica do aluno a uma determinada série é

relevante e deve ser avaliada, mas também é fundamental que

os professores escolhidos tenham disponibilidade e desejo

pessoal para trabalhar com o aluno. O papel do docente é dos

mais importantes, pois dele depende o reconhecimento das

capacidades do aluno e o envolvimento dela com sua

aprendizagem.

Quando um professor não esta disposto a abraçar a causa da

inclusão, os procedimentos e praticas que envolvem essa

questão, ficam comprometidos, uma vez, que os alunos PNEEs

possuem efetivamente direitos garantidos nas Leis Nacionais e

Mundiais. Adaptar, planejar e promover possibilidades não é uma

questão de desejo do educar, é LEI.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO: há casos em

que é necessário o permanentemente ou

temporariamente acompanhamento de uma pessoa

que auxilie o aluno e o professor na adaptação ao

processo escolar.

Geralmente são psicólogos, psicopedagogos,

profissionais relacionados ao contexto da saúde do

aluno ou pedagogos cuja formação permite que faça

a interpretação imediata das necessidades e desejos

do aluno que, muitas vezes pela própria dificuldade

que apresenta, não é tão evidente à equipe técnica e

pedagógica da escola. Desta forma, os acessos aos

recursos e capacidades do aluno permitem mais

rapidamente à equipe da escola reavaliar suas

condutas e objetivos.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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COMPROMISSOS NECESSÁRIOS PARA SE FAZER A

INCLUSÃO: Não saber o que fazer diante de um aluno com

deficiências desperta os mais variados sentimentos e

comportamentos em quem está à sua volta, ainda mais quando

se tem por compromisso educá-lo.

Como ensinar a quem supostamente "não tem" recursos?

Como tratar alguém que também deve se sentir estranho entre

os outros?

O que dizer a ele?

O que revelar a ele?

O que exigir dele?

Infelizmente duas maneiras marcam, ainda hoje, a forma como

as relações são estabelecidas com estes educandos: o repúdio

ou a permissividade, ambos guiados pelo preconceito.

Não se deve negar os preconceitos, já que eles existem, mas é

preciso que se faça um esforço coletivo para que deixe de ser

uma "regra" social.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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COMPROMISSOS NECESSÁRIOS PARA SE FAZER A

INCLUSÃO:

DIANTE DESSE CONTEXTO O IDEAL

PEDAGÓGICO E LEGAL (EMBASADOS NAS

LEIS GEREM A EDUCAÇÃO) É

JUNTAMENTE COM A EQUIPE ESCOLAR OU

PEDAGOGA (RESPONSÁVEL PELA

INCLUSÃO ESCOLAR), ADAPTAR O

MÁXIMO DE MATERIAIS POSSÍVEIS

(LIVROS, AVALIAÇÕES E ATIVIDADES),

RESPALDAR-SE POR MEIO DE

RELATÓRIOS NO QUAL DEVE ESTAR

ESCRITO A CAMINHADA EDUCACIONAL DO

EDUCANDO, FOCANDO SEMPRE OS

AVANÇOS DAS HABILIDADES.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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BENEVOLÊNCIA/LIMITES: A maior dificuldade que

se enfrenta na educação de um aluno com

necessidades especiais é a maneira de se relacionar

com ele.

Como educadores, devemos assumir a benevolência

a todo e aos atos ou intenções do aluno com

necessidades especiais.

Limites são indispensáveis para todos, porem nas

situações extremas envolvendo o aluno, a família

deve caminhar em conjunto com a escola, assumindo

sua parcela de responsabilidade quando aos

aspectos globais dos alunos portadores de PNEEs,

benevolências e limites devem ser registrados e a

família, deve registrar sua assinatura no documento.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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O PAPEL DOS EDUCADORES: O desenvolvimento de

um aluno depende do olhar, do gesto de

reconhecimento que do educador é capaz de lançar as

capacidades.

Nenhum aluno consegue conviver em sociedade,

aprender o que é certo e errado e a se responsabilizar

por seus atos se não houver um educador que o oriente

neste caminho.

Diante de um aluno que apresenta dificuldades físicas

e/ou psíquicas para estabelecer estas relações, este

papel ganha uma importância ainda maior.

O educador não deve jamais fazer pelo aluno, mas

servir de intermediário/mediador entre ele e a

superação das dificuldades.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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O PAPEL DOS EDUCADORES:. No caso do processo

de aprendizagem o aluno deve estar tranquilo para

deparar-se com os novos conteúdos que lhe são

transmitidos, a fim de que possa usufruir deles.

Se toda a atenção do aluno está voltada para o seu

próprio mundo, se ele não se reconhece como alguém

que tem direitos como as outras pessoas, não irá

conseguir sentir-se como parte integrante de um meio

social, ou ainda, se ele não tem suas capacidades

reconhecidas, a aprendizagem fica impedida. Da

mesma forma, se ele só é reconhecido e muito querido

pela sua aparência física ou pelo seu desempenho

psíquico e não por suas capacidades cognitivas,

acredita que a sua simples existência lhe garante um

lugar social e também não precisa se esforçar para

aprender, pois nada mais se espera dele.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

O PAPEL DOS EDUCADORES:. O educador tem que

intervir de forma a evitar que o aluno seja alvo de

manipulações de outros adultos ou crianças, da mesma

forma que deve impedir que o aluno se utilize de sua

condição para tirar proveitos que a desviem dos objetivos

estabelecidos pela escola para ele.

. O desenvolvimento

de um aluno,

depende do olhar,

do gesto de

reconhecimento que

o educador é capaz

de lançar as

capacidades.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

ÉTICA: O compromisso que rege qualquer relação

humana deve ser de respeito às singularidades.

Qualquer regra, norma ou lei só tem efeito se as

pessoas reconhecem o valor que adquirem no

convívio social, pois se sabe que é possível que uma

lei seja integralmente cumprida sem que nenhum

compromisso seja assumido com os seres humanos

ali envolvidos. O que se espera num trabalho de

inclusão é que este compromisso seja verdadeiro, do

contrário ela não é possível e estamos, então, diante

de um trabalho de integração, de simples convivência.

INTEGRAÇÃO: Há o favorecimento do convívio social

e do desempenho pedagógico, mas não há reflexão

e/ou efetivação do compromisso com a subjetividade

do aluno, isto é, seus próprios anseios.

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SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

INCLUSÃO: Alia o convívio social e o desempenho

pedagógico a uma postura ética que depende de

uma sustentação política (no campo social) e da

sustentação de um desejo (no campo subjetivo)

que considere a singularidade de cada aluno e

possibilite o seu amplo desenvolvimento.

SALA DE APOIO PEDAGÓGICO E A DE

RECURSOS: A primeira é destinada a qualquer

aluno que precise de reforço no ensino.

Já a sala de recursos oferece o chamado

Atendimento Educacional Especializado (AEE)

exclusivamente para quem tem deficiência, algum

transtorno global de desenvolvimento ou altas

habilidades.

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OS PAIS PRECISAM SER AVISADOS QUE HÁ

UM ALUNO COM DEFICIÊNCIA NA MESMA

TURMA DE SEU FILHO: Não necessariamente.

O importante é contar às famílias, no ato da

matrícula, que o PPP da escola contempla a

diversidade.

A exceção são os alunos com quadro mais

severo - nesses casos, a inclusão dá mais

resultado se as famílias são informadas em

encontros com professores e gestores. "Isso

porque os alunos passam a levar informações

para casa, como a de que o colega usa fralda ou

baba. E, em vez de se alarmar, os pais poderão

dialogar",

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SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN

OS PAIS PRECISAM SER AVISADOS QUE HÁ

UM ALUNO COM DEFICIÊNCIA NA MESMA

TURMA DE SEU FILHO: Não necessariamente.

O importante é contar às famílias, no ato da

matrícula, que o PPP da escola contempla a

diversidade.

A exceção são os alunos com quadro mais

severo - nesses casos, a inclusão dá mais

resultado se as famílias são informadas em

encontros com professores e gestores. "Isso

porque os alunos passam a levar informações

para casa, como a de que o colega usa fralda ou

baba. E, em vez de se alarmar, os pais poderão

dialogar",

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O QUE FAZER QUANDO O ALUNO COM

DEFICIÊNCIA É AGRESSIVO: A equipe

gestora/pedagógica deve investigar a origem do

problema junto aos professores e aos

profissionais que acompanham esse estudante.

"Pode ser que o planejamento não esteja

contemplando a participação dele nas

atividades".

Nesse caso, cabe a equipe escolar rever com a

equipe a proposta de inclusão.

Se a questão envolve reclamações de pais de

alunos que tenham sido vítimas de agressão, o

ideal é convidar as famílias para uma conversa.

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COMO TRABALHAR COM OS ALUNOS A

CHEGADA DE COLEGAS DE INCLUSÃO: Em

casos de deficiências mais complexas, é

recomendável orientar professores e

funcionários a conversar com as turmas sobre as

mudanças que estão por vir, como a colocação

de uma carteira adaptada na classe ou a

presença de um intérprete durante as aulas.

Quando a inclusão está

incorporada ao dia a dia da

escola, esses procedimentos se

tornam menos necessários.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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O CONTEXTO DA INCLUSAO NO ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO:

Gestores, professores e funcionários devem

compreender que a real inclusão depende do

trabalho em equipe.

Reuniões semanais devem ser propostas, para uma

avaliação do plano de ensino dos alunos com

deficiência.

Para elaborar os objetivos, deve-se partir das

habilidades que eles já têm, como ter hipóteses de

escrita ou se comunicar oralmente.

Se não possuem nenhuma delas, deve-se criado

metas em função de suas possibilidades.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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O CONTEXTO DA INCLUSAO NO ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO: A escola em conjunto

com a pedagoga especialista define um plano para

cada aluno e todos os professores que trabalham

com o aluno fazem anotações durante todo o

período. Além disso, é mantido um contato estreito

com a família para conhecer melhor o aluno e os

atendimentos que ela recebe. Tudo isso faz com que

os professores tenham mais segurança no

planejamento.

O conhecimento das habilidades, um planejamento

especifico, as adaptações nas atividades globais e

uma aceitação verdadeira por parte dos educadores,

jamais ira permitir que esse passe pelo drama de não

saber como trabalhar com a Inclusão escolar.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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A PREPARAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS PARA

LIDAR COM A INCLUSÃO: Formação na

própria escola é a solução, para permitir que

eles exponham dificuldades e tirem dúvidas.

"Esse diálogo é uma maneira de mudar a forma

de ver a questão.

Em vez de atender esses alunos por boa

vontade, é importante mostrar que essa

demanda exige a dedicação de todos os

profissionais da escola".

É possível também oferecer uma orientação

individual. não saber como trabalhar com a Inclusão

escolar.

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INCLUSÃO ESCOLAR: PRÁTICAS E COMPROMISSOS PARA COM OS EDUCANDOS

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LINDANDO AS INSEGURANÇAS DOS

PROFESSORES: Promovendo encontros de

formação e discussões em que sejam apresentadas

as novas concepções sobre a inclusão (que falam,

sobretudo, das possibilidades de aprendizagem). "O

contato com teorias e práticas pedagógicas

transforma o posicionamento dos professores em

relação à Educação inclusiva”. Nesses encontros,

não devem ser discutidas apenas características das

deficiências. Nas reuniões devem ser tratado um

pouco da capacidade desses alunos, para não se

gastar muito tempo tentando entender o que eles

têm.

O foco é conhecer as experiências pelas quais já

passaram, para a partir dai ampliar as perspectivas

educacionais em prol do aluno".

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INTEGRANDO O TRABALHO DOS

PROFESSORES AO DO ESPECIALISTA:

DISPONIBILIZANDO TEMPO E ESPAÇO

PARA QUE ELES SE ENCONTREM E

COMPARTILHEM INFORMAÇÕES.

ESSA INTEGRAÇÃO É FUNDAMENTAL

PARA O PROCESSO DE INCLUSÃO AO

COORDENADOR PEDAGÓGICO

ESPECIALISTA GARANTIR QUE ELA

OCORRA NOS HORÁRIOS DE

TRABALHO PEDAGÓGICO COLETIVO

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A NOTA DA ESCOLA NAS AVALIAÇÕES

EXTERNAS CAI QUANDO ELA TEM ESTUDANTES

COM DEFICIÊNCIA: Em princípio, não. Porém há

certa polêmica em relação aos casos de deficiência

intelectual.

O MEC afirma que não há impacto significativo na

nota. Já os especialistas dizem o contrário.

Professores costumam reclamar disso quando o

desempenho da escola tem impacto em bônus ou

aumento salarial.

"O ideal seria ter provas adaptadas dentro da escola

ou, ao menos, uma monitoria para que os alunos

pudessem realizá-las. Tudo isso, é claro, com a

devida regulamentação governamental ou

institucional".

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ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ATRAPALHAM A

QUALIDADE DE ENSINO EM UMA TURMA: Não, ao

contrário. Hoje, sabe-se que todos aprendem de forma

diferente e que uma atenção individual dos professores

a determinado estudante não prejudica o grupo. Daí a

necessidade de atender às necessidades de todos,

contemplar as diversas habilidades e não valorizar a

homogeneidade e a competição.

AO PROMOVER A INCLUSÃO, É PRECISO REVER O

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) E O

CURRÍCULO DA ESCOLA: Sim. O PPP deve

contemplar o atendimento à diversidade e o aparato que

a equipe terá para atender e ensinar a todos. Já o

currículo deve prever a flexibilização das atividades

(com mais recursos visuais, sonoros e táteis) para

contemplar as diversas necessidades.

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QUEM TEM DEFICIÊNCIA APRENDE MESMO:

Sem dúvida. Sempre há avanços, seja qual for à

deficiência. Surdos e cegos, por exemplo,

podem desenvolver a linguagem e o

pensamento conceitual. Alunos com deficiência

mental podem ter mais dificuldade para se

alfabetizar, mas adquirem a postura de

estudante, conhecendo e incorporando regras

sociais e desenvolvendo habilidades como a

oralidade e o reconhecimento de sinais gráficos.

"É importante entender que a escola não deve,

necessariamente, determinar o que e quando

esse aluno vai aprender. Nesses casos, o

coletivo escolar precisa rever a relação entre

CURRÍCULO, TEMPO E ESPAÇO".

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COMO TER CERTEZA DE QUE UM ALUNO COM

DEFICIÊNCIA ESTÁ APTO A FREQUENTAR A

ESCOLA: Aos olhos da lei, essa questão não existe -

todos têm esse direito. Só em alguns casos é

necessária uma autorização dos profissionais de saúde

que atendem esse aluno.

Escolas públicas - É dever do estado, oferecer

ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e

todos os equipamentos específicos necessários.

Escola particular – Compete aos dirigentes

institucionais oferecer as condições adequadas

conforme a realidade de sua escola, evidenciando

claramente em um documento aos pais, no ato da

matricula.

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COMO TER CERTEZA DE QUE UM ALUNO COM

DEFICIÊNCIA ESTÁ APTO A FREQUENTAR A

ESCOLA: Aos olhos da lei, essa questão não existe -

todos têm esse direito. Só em alguns casos é

necessária uma autorização dos profissionais de saúde

que atendem esse aluno.

Escolas públicas - É dever do estado, oferecer

ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e

todos os equipamentos específicos necessários.

Escola particular – Compete aos dirigentes

institucionais oferecer as condições adequadas

conforme a realidade de sua escola, evidenciando

claramente em um documento aos pais, no ato da

matricula.

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COMO AVALIAR AS APRENDIZAGENS DOS

ALUNOS COM DEFICIÊNCIA:

As atividades desenvolvidas pelos estudantes com

deficiência intelectual em sala de aula devem ser

adaptadas, desde que o currículo tenha sido adequado,

conforme orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais.

A avaliação deve ser feita de acordo com as

potencialidades e os conhecimentos adquiridos pelo aluno.

Mais do que conhecer suas competências, é necessário

que os professores saibam como o aluno deve ser

avaliado em todas as áreas.

Dessa forma, é possível descobrir quais são suas

habilidades e dificuldades e definir se os instrumentos que

usados estão de acordo com as respostas que o aluno

pode dar.

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COMO AVALIAR AS APRENDIZAGENS DOS

ALUNOS COM DEFICIÊNCIA:

Quando um educador for adaptar a avaliação, ele não

deve contextualizar. As avaliações relacionadas à

inclusão devem ser o mais objetiva possível. Valer-se

das propostas disponíveis na Prova Brasil e muitas

outras no padrão do Ministério da Educação, são de

grande valia para uma avaliação adequada, uma vez

que em cada questão devem estar contidas as

habilidades especificas para desenvolver a questão.

Não esqueça de considerar as aquisições do aluno e o

quanto ele conseguiu avançar nas disciplinas: verifique

como ele lida com cálculos, desenho e escrita, por

exemplo. A produção escolar, cadernos e exercícios

também devem ser levados em conta.

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COMO AVALIAR AS APRENDIZAGENS DOS

ALUNOS COM DEFICIÊNCIA:

De acordo com os próprios

avanços e nunca mediante

critérios comparativos. "Os

professores devem receber

formação para observar e

considerar o desenvolvimento

individual, mesmo que ele

fuja dos critérios previstos

para o resto do grupo".

Quando o estudante

acompanha o ritmo da turma,

basta fazer as adaptações,

como uma prova em braile

para os cegos.

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REFERENCIAS:

ALONSO, Daniela, psicopedagoga especializada em inclusão e

selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Entrevistas.

CERNEIRO. Relma Urel Carbone. Educação Inclusiva na Educação

Infantil http://periodicos.uesb.br/i

http://portal.mec.gov.br

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar

MATURANA, H. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo

Horizonte: UFMG, 1999.

MORAES, M. C. Educar na biologia do amor e da solidariedade.

Petrópolis: Vozes, 2003.

RAMOS, Rossana Ramos, professora da Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE). Entrevista sobre Inclusão.

SEVERINO, A. J. Educação e transdisciplinaridade. RJ.: Lucerna, 2002.