161
Modernismo Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo IV Professora Viviane Marques

Início da arquitetura moderna

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aula sobre o início da Arquitetura Moderna, enfocando a Escola de Chicago e estilo Art Nouveau

Citation preview

  • 1. ModernismoTeoria e Histria daArquitetura e Urbanismo IVProfessora Viviane Marques

2. Modernismo Sob o termo genricoModernismo resumem-se ascorrentes artsticas que, naltima dcada do sculo XIX ena primeira do sculo XX,propem-se a interpretar,apoiar e acompanhar oesforo progressista,econmico-tecnolgico, dacivilizao industrial. 3. Tendncias Modernistas A deliberao de fazer arte em conformidade com sua poca e a renncia inovao de modelos clssicos, tanto na temtica como no estilo. O desejo de diminuir a distncia entre as artes maiores e as aplicaes aosdiversos campos da produo econmica (construo civil, decorao, vesturio,etc.). A aspirao de um estilo ou linguagem internacional ou europia. 4. Modernismo Mesclam-se nas correntes modernistas, muitas vezesde maneira confusa, motivos materialistas eespiritualistas, tcnico-cientficos e alegrico-poticos,humanitrios e sociais. Por volta de 1910, quando ao entusiasmo peloprogresso industrial sucede-se a conscincia datransformao em curso nas prprias estruturas davida e da atividade social, formar-se-o no interiordo Modernismo s vanguardas artsticaspreocupadas no mais apenas em modernizar ouatualizar,e sim em revolucionar radicalmente asmodalidades e finalidades da arte. 5. Estilos Modernistas Modernismo EUA Henry Richardson Louis H. Sullivan Art Nouveau Victor Horta Hector Guimard Henry van de Velde Antonio Gaudi J. M. Olbrich Escola de Glascow - Charles Rennie MacKintosh August Endell Arquitetura Industrial Alemanha - Peter Behrens Adolf Loos Expressionismo Alemo Erich Mendelsohn Bruno Taut 6. Urbanismo A disciplina que estuda a cidade e planeja seu desenvolvimento, o urbanismo, formou-se nossculos XIX e XX; como cincia moderna, resultante da convergncia entre diversas disciplinas(sociologia, economia, arquitetura). Nasce da necessidade de enfrentar metodicamente os graves problemas determinados pelamodificao do fenmeno urbano, devido Revoluo Industrial, e pela conseqentetransformao da estrutura social, da economia e do modo de vida. Aps a Primeira Guerra Mundial, os principais arquitetos (Gropius, Oud, Le Corbusier)colocaram explicitamente a questo do projeto do espao urbano como preliminar eprioritria em relao arquitetura: A tarefa do arquiteto projetar o ambiente, e este resultasempre de vrios elementos coordenados. O Modernismo Arquitetnico combate o ecletismo dos estilos histricos, no s por seu falsohistoricismo, como tambm por seu carter oficial, que implica a idia de uma cidaderepresentativa da autoridade do Estado. O que ele pretende uma cidade viva, ligada ao esprito de uma sociedade ativa e moderna. A arquitetura no pode continuar vinculada a um repertrio de formas agora despidas designificado, mas deve adequar s novas formas por meio das quais a sociedade expressa seusentimento do presente, s novas tcnicas que refletem seu dinamismo interno. 7. Modernismo No incio do sculo XX, Tony Garnier coloca o problema da cidadede maneira radical, projeta uma cit industrielle, cuja estrutura determinada pelas exigncias de distribuio e circulao de umacomunidade inteiramente dedicada funo industrial. A cidade uma hiptese, importante porque: Parte do princpio que a funo a nica determinante da estrutura urbana; Demonstra que na poca industrial, a sociedade deve se reorganizar de acordocom a funo; Afirma que os trabalhadores so os verdadeiros cidados da cidade do trabalho; Postula o princpio da incompatibilidade entre a estrutura comunitria da cidadetradicional e a estrutura da cidade na poca industrial. 8. Tony Garnier. Projeto da Cit Industrielle 1901-1904 , Indstria 9. Tony Garnier. Projeto da Cit Industrielle 1901-1904, Casas 10. Tony Garnier. Projeto da Cit Industrielle 1901-1904 , Casas 11. Tony Garnier. Projeto da Cit Industrielle 1901-1904, Escola 12. Tony Garnier. Projeto da Cit Industrielle 1901-1904, Hospital 13. Urbanismo Aps a primeira guerra mundial, os principais arquitetos (Gropius,Oud e Le Corbusier) colocam a questo do projeto urbano comopreliminar e prioritrio em relao arquitetura. A tarefa do arquiteto projetar o ambiente, e este resulta sempre devrios elementos coordenados. Colocam: Se o edifcio apenas uma unidade em srie, e a construo em srie exige amaior utilizao possvel de elementos industrialmente pr-fabricados, oprocesso que industrializa a produo de edifcios o mesmo que transforma aarquitetura em urbanismo. A ideologia modernista se ope a desolao das cidadesdeturpadas pela nascente industrializao: Grandes blocos das fbricas com muros enegrecidos pela fumaa, as chaminsinfectas, os armazns, os bairros operrios miserveis e fervilhantes. 14. Modernismo nos EUA Escola de Chicago Nos EUA, at a Declarao da Independncia (1791), as cidades nopassavam de assentamentos de colonos. No incio do sculo XIX, percebe-se em quase toda as cidades asnecessidades de se estudar planos de desenvolvimento. Nova York (1811) prev uma malha de artrias longitudinais e transversaissobre toda a pennsula de Manhattan, muito mais ampla do que exigiam asnecessidades da poca. Toda a rea se definir como centro de negcios, enquanto os bairrosresidenciais sero deslocados par a periferia. Na cidade dos negcios, as construes atingem alturas vertiginosas, paraaproveitar melhor os terrenos, diminuir distncias, concentrar os servios,mas tambm para ostentar o poderio tcnico e financeiro das empresas. No final do sculo, o arranha-cu o elemento caracterizador da paisagemurbana americana. Em pouco tempo, as cidades americanas se tornam as mais equipadas emmatria de escolas, hospitais, fbricas, estaes, aeroportos, teatros,auditrios, museus, etc.. A agricultura tambm se industrializa rapidamente, a estrutura do territrio(pontes, viadutos, ferrovias, estradas de rodagem, etc.) no menosimportante do que a estrutura urbana. A cidade no seno um ncleo de mxima concentrao num territrioaltamente urbanizado. 15. Modernismo nos EUA A arquitetura americana depende da europia desde a segundametade do sculo XIX. A ocasio que atrai o empenho dos arquitetos, quase todoseducados na Europa, a uma problemtica tipicamente americana a necessidade da reconstruo de Chicago aps o grande incndiode 1871. A importncia do tema e a urgncia em resolv-lo impem soluestcnicas novas e ousadas, como, por exemplo, a estrutura metlicado primeiro arranha-cu, realizado por William Le Baron Jenney. 16. William Le Baron Jenney, Home Insurrance Building, Chicago, 1883-1885 17. H.H. Richardson o primeiro a perceber que o fator dimensional tem umaimportncia decisiva na tessitura da cidade americana, e que umagrande massa exige um determinado tipo de estrutura que nopode ser somente a ampliao das estruturas do sistemaconstrutivo europeu. O grande bloco das Lojas Marshall, Field & Co. lembra apenasvagamente a articulao romnica das massas que certamente lheserviu de inspirao. Grandes arcos que forma a faixa mediana do edifcio j permitemperceber na superfcie a profundidade dos espaos internos evalorizam a rude qualidade da alvenaria e sua fora de captaoluminosa. 18. Henry Hobson Richardson, Lojas Marshall, Field & Co., Chicago, 1885-1887 19. Henry Hobson Richardson, Lojas Marshall, Field & Co., Chicago, 1885-1887 20. L. H. Sullivan O nome mais expressivo Louis Henry Sullivan, figura complexa inteiramentededicado pesquisa de estilo que o apaixonou nos anos de estudo na Europa,convencido da necessidade de uma tcnica moderna e inovadora. Analisa, aprofunda e refina o tema das grandes arcadas de Richardson. Enfrenta o tema do arranha-cu como protagonista da cidade dos negcios. At ento o arranha-cu na prtica uma sobreposio de andares, Sullivan deslocaa funo de sustentao das paredes para as estruturas internas. As fachadas se tornam simples painis transparentes, que a decorao modula emrelao luz. O edifcio se torna um organismo unitrio, uma figura urbana, sem romper a visvelcontinuidade do espao que se insere, Sullivan ressalta: Nos centros urbanos americanos, onde tudo movimento depessoas empenhadas em fazer funcionar a gigantesca mquina de negcios, osespaos internos so tambm espaos da cidade o vaivm das pessoas nas ruascontinua nos grandes hall dos buildings, no incessante sobe e desce dos elevadores,nos corredores, nos escritrios. O edifcio no interrompe o movimento da cidade, aarquitetura no fecha nem segrega, e sim filtra e intensifica a vida. A arquitetura de Sullivan no concebida como funo urbanista, como tambm produto de planejamento urbano. 21. Louis H. Sullivan, Auditorium Building, 1886 -1890, Chicago, Illinois 22. Louis H. Sullivan, Auditorium Building, 1886 -1890, Chicago, Illinois 23. Louis H. Sullivan, Auditorium Building, 1886 -1890, Chicago, Illinois 24. Louis H. Sullivan, Auditorium Building, 1886 -1890, Chicago, Illinois 25. Louis H. Sullivan, Auditorium Building, 1886 -1890, Chicago, Illinois 26. Louis H. Sullivan, Auditorium Building, 1886 -1890, Chicago, Illinois 27. Louis H. Sullivan, Auditorium Building, 1886 -1890, Chicago, Illinois 28. F. L. Wright No vai Europa estudar; no se pode aprender abstratamente arquitetura, que um fato da vida e deve nascer espontaneamente de circunstncias concretas eespecficas de tempo e lugar. Forma-se com Sullivan, mas logo sente a necessidade de retomar a questo emsuas razes, de redefinir a relao primeira e essencial do homem com o mundo. Rejeita qualquer tipologia ou morfologia histrica. A arquitetura um fato da vida e deve nascer espontaneamente de circunstncias concretase especficas de tempo e lugar. O primeiro campo de pesquisa no o building, e sim o cottage, o qual, porm, no orefgio mais ou menos agreste aps o trabalho na cidade, uma realidadesimultaneamente urbana e natural. A casa no se mimetiza com a paisagem, tem fortes estruturas horizontais e verticais,uma plstica compacta com ntidas contradies de planos, uma decorao profusa eostensiva, mas no sobreposta, e sim entalhada nos volumes e, por vezes, at desustentao. A planta no se coaduna com esquemas distributivos habituais, livre, determinadapela necessidade que sente o homem de viver em espaos mais amplos e mais restritos. A estrutura constituda por ncleos plsticos articuladores, dos quais se projetam osplanos de alvenaria. No h relao com um espao geomtrico abstrato, e sim com o local especfico(sempre que possvel utiliza materiais locais). 29. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 30. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 31. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 32. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 33. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 34. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 35. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 36. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 37. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 38. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 39. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 40. Frank Lloyd Wright, Robie House, Chicago, Illinois, 1909 41. Art Nouveau um estilo internacional modernista de decorao que soluciona a ornamentaojunto estrutura do objeto ou edifcio. Desenvolve-se a partir de 1880 at a primeira dcada do sculo XX, sendo aplicado arquitetura, escultura, mobilirio, pintura e artes grficas. Caracteriza-se pela utilizao de arabescos lineares a partir de formas naturaisestilizadas, curvas longas e fluentes que cobrem assimetricamente as superfcies, demodo a comunicar o sentido de novidade, agilidade, juventude e otimismo vigentesna nova era. Quer revestir com sua ornamentao alastrante como uma trepadeira, convert-lanuma segunda natureza. O novo gosto arquitetnico evita o bloco, aprecia linhas e superfcies onduladas, osgrandes vos arejados, as varandas e sacadas salientes. A questo urbanistca colocada como uma questo de ornamentao eembelezamento urbano, tenta-se dar animao deprimente paisagem da cidadeindustrial. A arquitetura do Art Nouveau deriva da ideologia de Morris e assim se liga a todaproblemtica da produo: mveis, alfaias, papel de parede. Estabelece uma continuidade estilstica entre o espao externo e interno, tambmfavorecido pelas novas tcnicas que, superando a esttica tradicional, permitem queo vazio prevalea sobre o cheio. Camillo Sitte ( primeiro terico do urbanismo) coloca: Na cidade artisticamente importante apenas aquilo que pode ser abarcadocom o olhar, ser visto. um fenmeno tipicamente urbano. 42. Art Nouveau Caractersticas constantes: Temtica naturalista (flores e animais); Utilizao de motivos icnicos e estilsticos, e at tipolgicos, derivados da artejaponesa; Morfologia: arabescos lineares e cromticos, preferncia pelos ritmos baseadosna curva e suas variantes (espiral, voluta, etc.) e na cor pelos tons frios, plidos,transparentes, Recusa proporo e o equilbrio simtrico pela busca de ritmos comacentuados desenvolvimentos na altura ou largura e andamentos geralmenteondulados e sinuosos; Propsito evidente e constante de comunicar por empatia um sentido deagilidade, elasticidade, leveza, juventude e otimismo. A Art Nouveau um estilo ornamental mas seu desenvolvimento perdeprogressivamente o carter de acrscimo transformando de superestrutura emestrutura. uma contribuio que contrape o trabalho criativo ao mecnico. No expressa em absoluto a vontade de requalificar o trabalho dos operrios (comopretendia Morris), mas sim a inteno de utilizar o trabalho dos artistas no quadro daeconomia capitalista. 43. Hector Guimard A ferrovia urbana de Paris ( o metr) podia se tornar um pesadelopara cidados obrigados a descer ao subsolo, a viajar em galeriasescuras. H. Guimard recorre ao expediente psicolgico de ornamentar asestaes do metr em estilo floral. Os portes da entrada so hastes e corolas de ferro recurvo, semrepetir porm a forma de uma flor determinada. 44. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 45. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 46. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 47. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 48. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 49. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 50. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 51. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 52. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 53. Hector Guimard, Cite Metro Station, 1898-1901, Paris, Frana 54. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 55. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 56. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 57. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 58. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 59. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 60. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 61. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 62. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 63. Hector Guimard, Castel Beranger , 1895-1898, Rue La Fontaine, Paris, France 64. Secesso de Viena Constitui a associao fundada em Viena em 1897 por 19 artistasmodernistas que desenvolveram a verso austraca do ArtNouveau. O termo secesso alude a uma separao radical da tradioacadmica e coincide, na ustria, com o perodo de efervescnciacultural fin-de-sicle, do qual participam Sigmund Freud e o filsofoLudwig Wittgenstein. O primeiro presidente da secesso vienense foi o pintor GustavKlimt (1862-1918), cuja obra se caracteriza pela resoluo lineardas massas, fundidas a padres florais e geomtricos. s vezesprximos da abstrao. A desenvoltura linear e cromtica da pintura decorativa de Klimtpode ser identificada com a ornamentao sbria e retilneaempregada em objetos, mveis, jias, nas artes grficas e naarquitetura. Joseph Maria Olbrich chega a renunciar a qualquer tipologia emorfologia tradiconal, trazendo arquitetura a desenvoltura linear ecromtica da pintura secessionista, especialmente Klimt. 65. Gustav Klimt, O Beijo, 1907-1908 leo y oro sobre lienzo. 180 x 180 cm.sterreichische Galerie. Viena. Austria. 66. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 67. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 68. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 69. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 70. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 71. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 72. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 73. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 74. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 75. J. M. Olbrich, Palcio da Secesso, 1896, at Vienna, Austria 76. Antonio Gaudi Modela a forma arquitetnica com a mesma liberdade e fantasiacom que um escultor plasma a argila, e reveste-a com mosaicos eesmaltes coloridos. Percebe o contraste entre impulso modernista e a tradioespanhola e prope a interpretar a vocao urbana. A Sagrada Famlia, na qual trabalha de 1882 at sua morte,pretende expressar a devoo que se eleva de toda a cidade aDeus. A Igreja ergue-se sobre uma base neogtica e, passando porportais Art Nouveau, termina com pinculos em estilo cubista. Tal como numa catedral gtica, ela deve revelar, na variao dasformas, a sucesso das geraes e dos estilos. Nenhum destaque para as solues tcnicas, embora expostas eousadssimas: a tcnica apenas instrumento. A arte irracionalidade pura, a forma no reveste, mas realiza aestrutura; a cor no recobre, mas se identifica com a forma. Devido a sua visualidade expressiva, a arquitetura de Gaudi como apintura de Van Gogh e de Gauguin, foi uma das razes doexpressionismo. 77. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 78. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 79. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 80. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 81. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 82. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 83. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 84. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 85. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 86. Antonio Gaud, Igreja da Sagrada Famlia, iniciada em 1892, Barcelona, Espanha 87. Antonio Gaud Com a inesgotvel novidade de suas invenes construtivas edecorativas, ele consegue demonstrar que a linguagemarquitetnica moderna teria possibilidades bem maiores se no adetivesse a preconceituosa ideologia social e o empenho de mantera criao artstica no mbito do til. O Parque Guell uma livre e animada combinao entre formasplstico-cromticas e formas naturais, tendo uma carterexplicitamente ldico. O parque devia integrar o plano urbanista de uma cidade-jardim, sportas de Barcelona. Chegou a realizar uma arquitetura plenamente visual, cujaverdadeira estrutura a estrutura da imagem; como o material daimagem a cor, o material da construo h de ser a cor, orestante, cimento, tijolos ou ferro, so apenas o material de suporte. As razes da importncia histrica de Gaudi so: Totalidade de explicitao visual; Busca do contedo intrnseco das formas e no de formas que se adaptem a umcontedo dado; Construtividade da imagem. 88. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 89. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 90. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 91. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 92. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 93. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 94. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 95. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 96. Antonio Gaud, Parque Gell, 1900-1914, Barcelona, Espanha 97. Antonio Gaud Como a tcnica est a servio da fantasia, e a fantasia no tem limites, osproblemas tcnicos que se apresentam a Gaud so mais difceis do que osinerentes a uma tcnica a servio da razo. As construes so intencionalmente bamboleantes e cambaias, parecema ponto de desmoronar ou, por parecerem feitas de material mole, de sedissolver, mantm-se de p, pela tcnica do artista. Gaud une a obra do construtor, que define as estruturas, a do escultor, quemodela as massas, e a do pintor, que delimita as superfcies com a cor. Faz convergir para a obra vrias especialidades do artesanato: o mosaico,a cermica, o ferro batido, etc. Reconstri o canteiro medieval, em que o artista era o chefe dos operriose se comportava no como projetista, mas como o maestro de umaorquestra. Sua arquitetura encontra um paralelo na pintura de Klimt e chega aantecipar Mir. Protesta contra o pragmatismo da tecnologia. Sua tcnica no a tcnica da coisa, e sim da imagem. 98. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 99. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 100. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 101. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 102. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 103. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 104. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 105. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 106. Antonio Gaud, Casa Mil, 1905-1910, Barcelona, Espanha 107. Escola de Glascow O termo refere-se corrente escocesa do Art Nouveau que atua entre altima dcada do sculo XIX e a primeira do sculo XX, dedicada ao designe s artes decorativas. A simplicidade estrutural e uma mistura entre motivos florais e estilizaogeomtrica caracterizam as suas criaes. Seu principal representante Charles Rennie Mackintosh (1868-1928),arquiteto vencedor da competio para o projeto da Escola de Arte deGlasgow em 1897, marco histrico dessa tendncia estilstica que sedestaca pelo rigor formal, pela estruturao em verticais e horizontais epela integrao entre arquitetura e mobilirio, questes que estopresentes na produo de todo o grupo. A biblioteca da Escola de Glascow cujo espao arquitetnico determinadoa partir do interior, dos objetos e mveis, expandindo-se nas complexasestruturas plsticas do conjunto das prateleiras que, no material e naarticulao construtiva, lembram mais as tcnicas construtivas da mobliaque as da arquitetura. 108. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 109. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 110. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 111. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 112. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 113. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 114. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 115. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 116. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 117. Ch. R. Mackintosh, Escola de Glascow, 1896-1909 118. H. Van de Velde Henry van de Velde um dos expoentes mximos do Art Nouveau. No admite seno um nico mtodo de projeto, vlido tanto para acafeteira como para a escrivaninha, para o quarto de domir e para ogrande edifcio de interesse pblico, em escala urbanstica. 119. Bloemenwerf House, Henry van de Velde, at Uccle, near Brussels, Belgium, 1895 to 1896 120. Bloemenwerf House, Henry van de Velde, at Uccle, near Brussels, Belgium, 1895 to 1896 121. Bloemenwerf House, Henry van de Velde, at Uccle, near Brussels, Belgium, 1895 to 1896 122. Bloemenwerf House, Henry van de Velde, at Uccle, near Brussels, Belgium, 1895 to 1896 123. Bloemenwerf House, Henry van de Velde, at Uccle, near Brussels, Belgium, 1895 to 1896 124. Bloemenwerf House, Henry van de Velde, at Uccle, near Brussels, Belgium, 1895 to 1896 125. Bloemenwerf House, Henry van de Velde, at Uccle, near Brussels, Belgium, 1895 to 1896 126. Victor Horta Foi um dos primeiros aperceber as potencialidas estticos-decorativas,e no s tcnico-econmicas, do ferro. Modula a fachada da Maison du Peuple, em Bruxelas (destruda aalguns anos pela especulao), em relao com a espacialidade dapraa situada sua frente, compondo-a como um painelatravessado por aberturas, extremamente sensvel atmosfera e luz. 127. Victor Horta, Maison du People, 1897, destruda em 1966, Bruxelles, Belgique. 128. Victor Horta, Maison du People, 1897, destruda em 1966, Bruxelles, Belgique. 129. Victor Horta, Maison du People, 1897, destruda em 1966, Bruxelles, Belgique. 130. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 131. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 132. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 133. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 134. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 135. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 136. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 137. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 138. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 139. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 140. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 141. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 142. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 143. Victor Horta, Casa Tassel, 1893, 6 rue Paul-mile Janson, Bruxelles, Belgique. 144. Victor Horta, Casa Solvay, 1895-1900, 224 Avenue Louise, Bruxelas, Blgica 145. Victor Horta, Casa Solvay, 1895-1900, 224 Avenue Louise, Bruxelas, Blgica 146. Victor Horta, Casa Solvay, 1895-1900, 224 Avenue Louise, Bruxelas, Blgica 147. Victor Horta, Casa Solvay, 1895-1900, 224 Avenue Louise, Bruxelas, Blgica 148. Victor Horta, Casa Solvay, 1895-1900, 224 Avenue Louise, Bruxelas, Blgica 149. Victor Horta, Casa Solvay, 1895-1900, 224 Avenue Louise, Bruxelas, Blgica 150. Peter Behrens Um dos componentes do Modernismo a arquitetura industrial, quese desenvolveu na Alemanha, onde o processo de industrializaose iniciou tarde, aps 1870. Por toda parte, a crescente complexidade dos trabalhos industriaisexige construes mais articuladas do que os primitivos galpespara as mquinas. Peter Behrens criar a fbrica AEG de Berlim, o prottipo daarquitetura industrial claramente funcional, sendo uns dos grandespioneiros do programa racionalista. 151. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 152. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 153. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 154. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 155. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 156. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 157. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 158. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 159. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 160. Peter Behrens, Fbrica AEG, 1909, Berlim 161. Concluso Os primeiros movimento modernistas de arquitetura sedimentaram o caminho daarquitetura funcionalista. O conjunto de obras e as pesquisas desenvolvidas por estes arquitetos viriafundamentar o racionalismo e a deontologia da arquitetura moderna.