INTERTEXTUALIDADE

INTERTEXTUALIDADEProfessora: Marcia Regina Facelli Aguina7. Ano 2016 1. bimestre

A INTERTEXTUALIDADE pode ser definida como um dilogo entre dois textos, podendo esta relao acontecer de forma explcita ou implcita. a elaborao de um texto novo a partir de outro que j exista. O intertexto est sempre ligado a obras bastante conhecidas.

Definindo intertextualidade

Voc deve ter percebido que intertextualidade, como o prprio nome sugere, relao entre textos, ou seja, refere-se presena de outros textos e/ou obras na produo de um autor.

Assim, podemos dizer que nenhum texto totalmente puro.Todo texto criado a partir de outro, produzindo novas ideias e sentidos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Abbey_Road

http://faceintheblue.wordpress.com/2009/11/06/awesome-pictures-the-simpsons-do-abbey-road/

Curiosidade...

A imagem dos Simpsons, ao lado, dialoga com a imagem acima, que a capa do lbum Abbey Road, lanado pelo grupo britnico The Beatles em 1969. Voc j tinha visto essas imagens?

Que tal um exemplo? Vocs conhecem o quadro abaixo?

Este quadro se chama Monalisa, de Leonardo da Vinci, um dos quadros mais famosos do mundo. Agora cliquem no cone abaixo e observem algumas imagens que dialogam com ele.

Amor um fogo que arde sem se verAmor um fogo que arde sem se ver, ferida que di, e no se sente; um contentamento descontente, dor que desatina sem doer.

um no querer mais que bem querer; um andar solitrio entre a gente; nunca contentar-se de contente; um cuidar que ganha em se perder.

querer estar preso por vontade; servir a quem vence, o vencedor; ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos coraes humanos amizade,Se to contrrio a si o mesmo Amor?Luiz Vaz de Camoes

LEGIO URBANA

EXERCCIOS1- Explique a intertextualidade dos textos abaixo:

http://www.mppublicidade.com.br/image.php?url=trabalhos/original/529.jpg&type=img

2- Agora observe com cuidado essas duas imagens, prestando ateno tanto na linguagem verbal, quanto na no verbal:

http://www.mppublicidade.com.br/image.php?url=trabalhos/original/530.jpg&type=img

Reflita e responda:

Esse um caso de intertextualidade? Por qu?

Que semelhanas voc conseguiu perceber ao analisar as duas imagens? (Dica: preste ateno em todos os detalhes...)

3- Intertextualidade na poesia Nesta aula, voc j viu intertextualidades em pinturas, peas publicitrias, na capa de um lbum de msica... Podemos ento concluir que a intertextualidade pode ocorrer em todas as manifestaes artsticas, voc concorda?

Vamos ento ver outro tipo de intertextualidade. Para isso, leia os trechos dos poemas a seguir:Minha terra tem palmeirasonde canta o sabi,As aves que aqui gorjeiamNo gorjeiam como l.

(Gonalves Dias, Cano do exlio)Minha terra tem palmaresonde gorjeia o maros passarinhos daquino cantam como os de l.

(Oswald de Andrade, Canto de regresso ptria) Observe os dois textos acima e note como o de Oswald de Andrade (sculo XX) faz referncia ao texto de Gonalves Dias (sculo XIX).Que semelhanas voc percebeu entre eles? E diferenas?

4- O que voc j sabe?Na atividade anterior voc leu os primeiros versos da Cano do Exlio, de Gonalves Dias. Agora clique no cone abaixo para ler o poema na ntegra:

O tema desse poema as caractersticas da terra natal do poeta.as palmeiras e o sabi da terra natal do poeta.a saudade que o poeta sente de sua terra.a satisfao do poeta em estar no exlio.

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Atividade 5 O que voc aprendeu at aqui?Clique no cones para ler os textos:

Sobre esses dois textos pode-se afirmar que

apenas o primeiro texto apresenta intertextualidade com a Cano do Exlio, de Gonalves Dias, lido na questo anterior.a intertextualidade do primeiro texto tem como objetivo provocar humor.somente a histria em quadrinhos apresenta intertextualidade com o poema de Gonalves Dias, pois a referncia a esse poema explcita.a frase do segundo texto tem como objetivo tornar a publicidade mais expressiva e criativa, demonstrando o desejo de se retornar terra natal.

Atividade 6- O que voc aprendeu at aqui?3 Observe as imagens abaixo:

A primeira imagem, que faz parte de uma campanha publicitria, dialoga com a segunda, que o cartaz de um filme. Sobre elas foram feitas as afirmaes abaixo. Uma delas falsa. Assinale-a:

A referncia ao cartaz do filme pode ser percebida pela semelhana das imagens (o quiabo em formato semelhante ao sapato do cartaz).O tipo e a cor das letras do ttulo de ambas as imagens so alguns dos elementos que indicam o dilogo entre elas.Como as palavras quiabo e diabo so diferentes, no podemos dizer que h relao entre os ttulos de ambas as imagens.A intertextualidade costuma ser bastante utilizada pela publicidade por ser um recurso criativo e que atrai a ateno do pblico.

http://www.hortifruti.com.br/campanhas/hollywood.htmlhttp://www.adorocinema.com/filmes/filme-61445/fotos/detalhe/?cmediafile=19871429

Ao ler um texto, voc conseguiria diferenciar palavras e/ou expresses que esto sendo usadas no sentido denotativo de outras que esto sendo usadas no sentido conotativo? Voc conseguiria fazer uso do recurso da denotao e conotao ao produzir um texto para conseguir um determinado efeito?Observe o efeito da palavra lcool na propaganda abaixo e veja se consegue compreender o duplo sentido causado por ela.

Voc conseguiria criar uma propaganda como essa? Que tal tentar?

CONOTAO E DENOTAO

1 O que voc j sabe?

Leia a tirinha ao lado e responda s questes:

O que voc j sabe?1) Qual das palavras abaixo tem a ambiguidade de sentido usada no texto ?a) Favor.b) Abrir.c) Torcer.d) Quer.

2) O sentido conotativo da palavra droga utilizado no texto a) medicamento.b) substncia entorpecente.c) substncia usada em qumica, farmcia.d) expresso que traduz algo desagradvel, irritante.

3) A opo abaixo que deixaria claro o sentido denotativo da palavra torcer e no traria confuso ao entendimento da menina seriaa) ...voc tem que girar.b) ...voc tem que levantar.c) ...voc tem que girar a tampa.d) ...voc tem que torcer a garrafa.

Denotao e conotao na propaganda

A propaganda um gnero textual que utiliza frequentemente o sentido conotativo das palavras para trazer mais humor aos seus textos e assim atrair a ateno dos leitores. O leitor conquistado ao ter que decifrar o duplo sentido deixado pelo uso do sentido denotativo e conotativo das palavras em relao ao produto anunciado. E conquistar o leitor, ou seja, o possvel comprador, objetivo principal da publicidade.portaldoprofessor.mec.gov.br

Aps ler o anncio das sandlias Havaianas, juntamente com seu professor e colegas, reflita sobre a contribuio do uso da denotao e conotao para esse texto.

Provrbios e ditos populares

Os provrbios e ditos populares comumente fazem uso da ambiguidade, isto , do duplo sentido provocado pelo uso do sentido denotativo e conotativo de uma mesma palavra. Assim, se a leitura dos provrbios e ditos populares for feita levando-se em considerao apenas o sentido formal da palavra, a interpretao dos mesmos ficar bastante limitada. Para que se conhea a ideia que permeia esse tipo de texto fundamental que se leve em conta o sentido figurado, que o sentido conotativo das palavras.Observe essa questo no provrbio abaixo. Como ficaria a interpretao se s considerssemos o sentido denotativo? Voc relaciona a imagem ao sentido denotativo ou conotativo? Quem semeia vento colhe tempestade.redemaranatha.com.br

Leia mais provrbios e ditos populares clicando na figura acima.

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Denotao e conotao na msicaAgora vamos ouvir uma msica interpretada por Paula Fernandes e Almir Sater e observar o uso do sentido denotativo e conotativo das palavras para enriquecer a letra e a mensagem que a msica passa.Sua funo a seguinte:O que o autor quis dizer com a expresso voz risonha?Como voc entende a expresso chuva que teima?Qual interpretao voc faria do trecho fogo que acende coraes?Depois, discuta com colegas e professor sobre elas e converse tambm sobre o efeito de sentido dessa estratgia.

Veja a propaganda e responda s perguntas 1 e 2:

(portaldoprofessor.mec.gov.br) A palavra que tem seu sentido conotativo explorado, tornando a propaganda engraada

assistncia.funeral.arrumar.coroa.

O sentido conotativo da palavra coroa, que fica subentendido na propaganda

senhora de idade.um dos lados da moeda. adorno que os nobres usam na cabea. d) parte superior dos dentes que fica para fora da gengiva.

Escute e leia a letra da msica no link abaixo e responda s questes 3 e 4:

As expresses abaixo encontradas na msica que so usadas respectivamente no sentido denotativo e conotativo so

a) Passa na minha calada e Eu escrevo ela no l. b) T namorando aquela mina e mina maneira do condomnio.c) Chego junto ela sai fora e l do bairro onde eu moro.d) Que se eu for no vou voltar e Sua voz me ilumina.

As palavras que substituem gata e sina, nas frases Minha gata e Minha sina do refro da msica, por outras no sentido denotativo , sem mudar o significado so

Mulher bonita e destino.Pantera e carma.Animal felino e fado.Fmea do gato e desgnio.

A literatura e a conotao - PoesiaOs textos literrios costumam fazer uso do sentido figurado das palavras. Isso torna a linguagem literria mais subjetiva, mais pessoal e a interpretao dos significados vai depender da viso e do conhecimento de mundo de cada leitor. A ambiguidade trazida pelos vrios sentidos possveis de uma mesma palavra torna a linguagem literria mais intrigante e interessante.Veja como a conotao usada abaixo, no fragmento potico de Joo Cabral de Melo Neto.

Um galo sozinhoNo tece uma manh:Ele sempre precisarDe outros galos.(...)www.portugues.com.br galeria.colorir.comObservou como algumas palavras foram usadas em sentido figurado e como a interpretao do trecho do poema pode variar de pessoa para pessoa?

Discuta com seus colegas qual o sentido das palavras galo, tece e manh no poema e qual a importncia do uso da denotao para esse tipo de texto.

A literatura e a conotao - Conto

Da mesma forma, os contos podem abrigar palavras em seu sentido conotativo. A ambiguidade traz mais emoo e o sentido do texto extrapola o do dicionrio.Verifique isso no trecho do conto de Marina Colasanti dado abaixo e depois faa o caa-palavras na prxima atividade. Para isso, anote as palavras com sentido conotativo usadas no trecho abaixo.

A Moa Tecel"Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrs das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para comear o dia. Delicado trao cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto l fora a claridade da manh desenhava o horizonte. Depois ls mais vivas, quentes ls iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as ptalas, a moa colocava na lanadeira grossos fios cinzentos do algodo mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumpriment-la janela.Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pssaros, bastava a moa tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. (...)www.recantodasletras.com.br

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Caa-palavras

Agora, vamos nos divertir um pouco mais? Tente encontrar as palavras usadas em sentido conotativo no conto de Marina Colosanti visto na ltima atividade. Encontrou todas as palavras? Parabns! Agora converse com seus amigos e professor sobre o sentido denotativo e o sentido conotativo de cada uma delas no texto e a importncia do uso do recurso denotao/conotao para o conto.

AJCILXPADKBZIGOBEIRADASJEGTADOJELTORETADESENHAVAOITERSJAPOLEDIFRROLOIUGESCVUTRIPOHARTEDSFERNAEVIVASCUMPRIMENTALANUITERFSVJEDALOPINERHOPIYTDSENBXAETIUOLBRIGAVAMLEDIYSTGEDSBIOTGNOACALMARTERASIOPRAFEBD

Leia os textos e responda ao quiz:

O rio

Sempre sonhando rumo ao mar, como uma cano de prata, vai cantando em seus cristais desde a noite at a alvorada; vem carregado de pssaros, vem cheirando montanha, sempre sonhando rumo ao mar, caminho que nunca acaba.

(Cesreo Rosa-Nieves. In: Poemas com sol e sons Poesia latino-americana para meninas e meninos. So Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 56.)A bacia hidrogrfica do So Francisco

O rio principal o So Francisco, que tem o apelido de Velho Chico. Ele nasce em Minas Gerais e percorre 3.160 quilmetros, passando pela Bahia, por Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O So Francisco muito importante na economia do Nordeste. Ele permite a agricultura em suas margens e sua gua tambm usada para irrigar terras distantes. Alm disso, abriga as usinas hidreltricas de Xing e Paulo Afonso. Entre os afluentes esto os rios Carinhanha e Pardo.

(Almanaque Recreio. So Paulo: Abril, 2003. p.74.)

portaldoprofessor.mec.gov.br

O que mais voc aprendeu?

1) Podemos apontar que os dois textos so semelhantes porque

a) ambos so poemas.b) ambos tm o mesmo tema.c) ambos utilizam apenas o sentido denotativo das palavras.d) ambos encontram-se no mesmo tipo de portador de texto.

2) Qual das expresses abaixo, presentes no texto O rio, reflete a associao que fazemos ao pensarmos em um rio, ligando-o a outros elementos da natureza?

a) Como uma cano de prata.b) Caminho que nunca acaba.c) Vem cheirando montanha.d) Vem cantando em seus cristais.

3) No que diz respeito ao primeiro texto, observamos que ele

a) traz informaes objetivas.b) faz uma publicidade.c) narra um fato ocorrido.d) deixa transparecer certa emoo.

4) Os termos que evidenciam o uso da conotao no conto acima so

papis que esto entalados e cho to mimoso.papis que esto entalados e venha comigo.na porta do Palcio do Catete e cho to mimoso.na porta do Palcio do Catete e venha comigo

Adeus tardes fagueiras sombra das laranjeirasde Casemiro de Abreu

Alcimaco Azambuja, dono de muito boi e muito voto em Pirapora, tendo de resolver umas coisas e loisas com o governo, rebocou Zizinho Pinto para terras e mares do Rio de Janeiro. E, na porta do Palcio do Catete, que naqueles dias comandava a vida do Brasil, falou para o compadre Zizinho:

Vou ver uns papis que esto entalados nas gavetas do governo. Venha comigo.

Zizinho recusou:

Compadre, careo de competncia para pisar cho to mimoso. Vou quedar do lado de fora, assuntando compadre.Pinto:

O compadre sumiu pela larga porta de entrada enquanto Zizinho, instalado num bom cigarro de palha, ficava vendo aquele entrar e sair de gente em formato de formiga de correio. Alcimaco, depois de desencravar seus papis, voltou e quis saber a opinio de Zizinho Compadre, gostou do Catete? Coisa assim no tem em Pirapora.

E Zizinho de Pirapora:

Eta, compadre, lugarzinho bom de especial para um varejo, para um comercinho de cachaa e rapadura!

E mais no disse nem lhe foi perguntado.(Jos Cndido de Carvalho - http://www.releituras.com/jccarvalho_contos.asp)

O conto em questo utiliza a conotao como recurso porque o autor

a) pretende dar ao texto uma significao objetiva; b) tem o propsito de transmitir informao ao leitor; c) pretende usar a lngua de forma rica e expressiva; d) tem o propsito de oferecer uma leitura automatizada.

SISTEMATIZAO

A denotao e a conotao podem estar presentes tanto no discurso oral quanto no escrito; A denotao o uso do termo ou expresso em seu sentido original, normalmente encontrado no dicionrio; A conotao o uso do termo ou expresso em seu sentido figurado, simblico, diferente do original; Palavras em seu sentido denotativo e outras em seu sentido conotativo aparecem conjuntamente em textos orais e escritos do nosso cotidiano, como em um bate-papo, uma tirinha de jornal, uma msica, etc.;O uso do sentido denotativo/conotativo de palavras e expresses podem causar ambiguidade de significados e permitir interpretaes diferentes de um texto;O uso do recurso da denotao/conotao pode enriquecer a sua produo textual; Textos literrios como poemas e contos comumente usam palavras e expresses em sentido conotativo para enriquecer o seu contedo;A msica, por normalmente utilizar uma linguagem potica, muitas vezes recorre denotao/conotao; A propaganda um gnero textual que utiliza frequentemente o sentido conotativo das palavras para trazer mais humor aos seus textos e assim atrair a ateno dos leitores;Tirinhas tambm fazem uso desse recurso para acrescentar humor e/ou ironia ao seus textos.

MOMENTO DE DIVERSOH intertextualidade no vdeo abaixo? Explique.

Acompanhe os textos da p. 31 da apostila, veja os vdeos e responda:

Quantos versos e quantas estrofes os poemas possuem?H rimas?