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Lívia Soares Roberta Rangel Tatiana Duarte Vagner Vargas Ministério da Educação Universidade Federal de Pelotas Centro de Artes Núcleo de Artes Cênicas Faculdade de Teatro (Licenciatura) Disciplina: Teatro na Educação IV Professora Maria Amélia Gimmler

João simões lopes neto

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Esse slide foi feito para a disciplina de teatro na educação VI. A recepção na cultura gaucha: Vagner Vargas. Este trabalho foi desenvolvido pensando como explorar a introdução de peças de teatro/dança aos espectadores. Foi mostrado um pouco da cultura gaucha na visãop de Simões Lopes Neto para que assim depois assistisem um espetáculo chamado "Tatá dança Simões"

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Page 1: João simões lopes neto

Lívia Soares

Roberta Rangel

Tatiana Duarte

Vagner Vargas

Ministério da EducaçãoUniversidade Federal de Pelotas

Centro de ArtesNúcleo de Artes Cênicas

Faculdade de Teatro (Licenciatura)Disciplina: Teatro na Educação IVProfessora Maria Amélia Gimmler

Page 2: João simões lopes neto

Nasceu em Pelotas/RS, em 9 de março de 1865; Filho de Catão Bonifácio Simões Lopes e Teresa

de Freitas Ramos, neto do Visconde da Graça; Nasceu na Estância da Graça;

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• Logo que perdeu sua mãe, aos 11 anos, começou a estudar na cidade de Pelotas, num colégio francês, na propriedade de Aristides Guidony;

• Com 13 anos foi para o Rio de Janeiro estudar no Colégio Abílio, do barão de Macaúbas, aquele mesmo retratado na obra “O Ateneu”, de Raul Pompéia;

• Cursou 3 anos de medicina, mas desistiu do curso, devido a uma doença que lhe fez voltar a Pelotas em 1884;

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• Estância São Sebastião, em Uruguaiana, outra charqueada da família;

• 1890 – Em Pelotas - jornal “A Pátria” era adquirido por Ismael Simões Lopes;

• 1890 – escritório de despachante geral;• 1890 – Jornal Diário Popular;• No ano de 1892, em maio, casa-se com

Francisca de Paula Meirelles Leite. Conhecida por D. Velha;

Biografia

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• Simões e D. Velha não tiveram filhos, mas adotaram uma menina;

• Com a eclosão do movimento armado entre maragatos e pica-paus, Simões, embora de tradicional família republicana, já nomeado tenente da Guarda Nacional, manteve-se distante do conflito bélico;

• 1901 – capitão da corporação, mas nunca foi à guerra;

Biografia

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• 1893 - associado a Ildefonso Correia, inaugurava a Vidraria Pelotense;

• 1895 - Companhia Destilação Pelotense;• 1895 – Jornal Correio Mercantil – Serafim

Bemol;• 1895 – Diretor da Associação Comercial de

Pelotas;• 1896 – Jornal A Opinião Pública;• 1896 – herda fortuna do pai, torna-se

acionista do Diário Popular, vende a casa em Frente à atual praça dos Camelôs e adquire a casa da R. D.Pedro II. Além disso, abre o Café Cruzeiro;

Biografia

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• SC – Taió – procura ouro e prata;• 1898 – Fundou o Clube Ciclista de Pelotas e a

Sociedade Agrícola Pastoril;• 10 de setembro de 1899 – funda a União

Gaúcha, presidindo-a de 1901 à 1905;• 1900 – Fábrica de Fumos Marca Diabo;• Paralelamente, concebia uma fórmula de

fungicida e inseticida, com aproveitamento de resíduos do próprio tabaco, a que deu o nome de “Tabacina”, específico para a cura de plantas e animais;

Biografia

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• Diretoria da Biblioteca Pública Pelotense e seu confrade na Academia de Letras do Rio Grande do Sul;

• 1905-1907 - 2º Cartório de Notas de Pelotas;• 1906 – postais “Coleção Brasiliana de Vulgarização dos Fastos

da História Nacional”;• 1908 – organiza o I Congresso Agrícola do Rio Grande do Sul,

apresentou a tese “O problema dos transportes e a questão das tarifas”;

• 1910 - Academia de Letras do Rio Grande do Sul, ocupando a cadeira nº 3 que tinha como patrono o pelotense Álvaro Chaves;

• 1911 - Preside a Sociedade Rio-Grandense Protetora dos Animais e promove o lançamento da “Revista Centenária” com o fim de iniciar as comemorações do centenário de Pelotas;

• 1914 – Diretor do Jornal O Correio Mercantil;• 1916 – falece devido a uma úlcera duodenal perfurada, sendo

velado na casa da cunhada, pois estava na miséria e não possuía mais imóvel próprio;

Biografia

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• Acredito que, se fosse permitida a Simões a lavratura do próprio diagnóstico, não deixaria de registrar como causas determinantes da sua morte um profundo abatimento moral, uma invencível sensação de fracasso e um punhado de quimeras desfeitas! Nada sabia ele da glória que o aguardava na posteridade.

(FAUSTO JOSÉ LEITÃO DOMINGUES)

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• 1888 – no Jornal A Pátria – seção “BALAS DE ESTALO”, constituída de triolés, geralmente de 3 estrofes;

• 1888 – coluna de versos no jornal Ventarola;• 1888 – com o Pseudônimo de Serafim Bemol –

cronista do editorial “O Rio Grande à vol d’oiseau”, do jornal francês “L”Amérique”;

• 1893 – prosa de ficção – A Mandinga, no Jornal Correio Mercantil;

• 1893 – estreia no Theatro Sete de Abril a sua primeira peça de teatro: “O Boato”, de autoria conjunta com seu cunhado José Gomes Mendes, o “Mouta Rara”, publicada em 1894, com 106 p.;

• Espetáculo foi montado pela Sociedade Dramática Particular Beneficente Thalia e a música recebeu composição do maestro Manoel Acosta y Olivera;

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1894 – estreia a comédia-opereta “Os Bacharéis” no Theatro Sete de Abril;

1895 – Seção “Balas de Estalo” no Diário Popular; 1895 – “A Semana Passada” – cenas teatrais

publicadas no Diário Popular debochando da sociedade local;

1896 – Revista cômico-burlesca-retrospectiva 1894-95: “Coió Júnior”, co-autoria de Raul d’Anvers;

1896 – “Mixórdia”, com a mesma equipe das outras peças;

1896 – “A Viúva Pitorra” – sem parceria com Mouta Rara, representada pelo Grupo Cênico do Clube Caixeiral;

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1898 – “O Bicho” – Grupo Cênico do Clube Caixeiral; 1900 – “O Palhaço” (drama) e “Fifina” (comédia) –

Theatro Sete de Abril; 1901 – “JOJÔ E JAJÁ E NÃO IOIÔ E IAIÁ”; 1901 – “Amores e Facadas (ou Querubim Trovão); 1903 – “O Maior Credor (ou Por Causa das Bichas)”; 1904 – “Educação Cívica” – proposta pedagógica

também recebeu os nomes de “Artinha da Leitura” e “Eu no Colégio”, partes do projeto de livro “Terra Gaúcha”;

1905 – “A Cidade de Pelotas”, publicado nos Anais da Biblioteca Pública Pelotense, preparando textos para as comemorações do centenário da cidade;

1906 - “Coleção Brasiliana de Vulgarização dos Fastos da História Nacional” – coleção de postais;

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1906 – em 26 de dezembro, é publicado no Correio Mercantil a lenda “O Negrinho do Pastoreio”;

1908 – “Coleção Brasiliana” – proposição histórico documental;

1909 – “M´boi Tatá; 1909 – “Prece à Árvore”; 1909 – “Gloria Farroupilha”, túmulo de Bento

Gonçalves em Rio Grande – documentos e fotografias;

1909 – “Painel Farroupilha” – quadro impresso e vendido juntamente com a “Coleção Brasiliana 3”;

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1910 – “Pedras” – conferência publicada no Correio Mercantil;

1910 – “Cancioneiro Guasca” – 286p. Trazendo o subtítulo de “Coletanea de poezia popular

rio-grandense”; Surpreende quando inicia com a descrição das lendas: “A Boi-ta’ta’”, “O Negrinho do Pastoreio”, “O

Generoso”, “O Lobishomem”, “O Curupira”, “O Jurupari”, “O Caápora”, “O Saci-perê” e “A Oiara”(mãe d’água);

A seguir, apresenta as danças (antigas), as quadras, poemetos, trovas, poesias históricas, desafios e dizeres, tudo exibindo a alma singela e espontânea do povo rio-grandense;

1917, 1928, 1954, 1960 e 1999 não aparecem as lendas.

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1910 – Ingressa como fundador da Academia de Letras do Rio Grande do Sul, ocupando a 3° cadeira, escolhendo para patrono Álvaro José Gonçalves Chaves;

1911 – “O Gringo das Linguiças” – conto publicado na Revista da Academia de Letras;

1911 – “A Recolhida” – conto publicado no 2° num. da Revista da Academia de Letras;

1911 – “Duelo de Farrapos” – conto publicado no Diário Popular;

1912 – “O Negro Bonifácio” – 9° Revista da Academia de Letras do Rio Grande do Sul;

1912 – “No Manantial”, “Penar de Velhos” publicados nos Diário Popular;

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1912 – CONTOS GAUCHESCOS

-Trezentas Onças;-O Negro Bonifácio;-No Manantial;-O Mate do João Cardoso;-Deve um Queijo;-O Boi Velho;-Correr Eguada;-Juca Guerra;-Artigos de Fé do Gaúcho;-Batendo Orelha;

-Chasque do Imperador;-Os Cabelos da China;-Melancia Coco-Verde;-O Anjo da Vitória;-O Contrabandista;-Jogo de Osso;-Penar de Velhos;-Duelo de Farrapos;-O Menininho do Presépio;

BLAU NUNES

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1912 – no jornal A Opinião Pública, sob o pseudônimo de João do Sul, publica o texto “Pró-Garibaldi”;

1912 - “Arquivo documental ilustrado da Revolução Federalista no Rio Grande do Sul” e “A Paz”;

1913 – no jornal A Opinião Pública publica uma série de artigos intitulada “Uma Trindade Científica”, onde estuda e difunde as ideias dos naturalistas Lamarck, Haeckel e Darwin;

1913 – no jornal A Opinião Pública – “A Quinta S. Romualdo” e “A Enfiada de Macacos”;

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1913 – LENDAS DO SUL

O Negrinho do Pastoreio

M´boi-Tatá

A Salamanca do Jarau

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1914 – CASOS DO ROMUALDO

O primeiro caso Sou eu, o homem Quinta de São RomualdoO papagaio O tatu-rosqueiraA figueiraUma balda do GemadaCaçar com velas O meu rosilho "Piolho" Entre bugios O cobertorzinho de Mostardas A Tetéia A vareta O meu cinto de couro de anta Um talho

Três cobras A enfiada de macacos O gringo das lingüiças A morte do Gemada Essência de cachorro (Novo método para caçar) O dia das munhecas Ataque de marimbondos Oitenta e sete Algumas miudezas A rede Onça enfreada

Romualdo de Abreu e Silva foi o único personagem real destes contos era natural de Pelotas de família tradicional, engenheiro do município, vários prédios de Pelotas foram projetados por ele um deles foi a prefeitura municipal.

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1914 – CASOS DO ROMUALDO

“...Certa hora de pleno dezembro, por véspera do Natal, estava eu desassossegadamente abanando os mosquitos, quando, por mão de alto e grave sujeito, chegou-me um pacote, atado em cruz por cadarço listado; farta placa de lacre fechava a laçada do atilho, nem endereço nem sinete.- Mandam-lhe!Assim disse e logo saiu o imperturbado bípede.Fiz - há! - solertemente e estendi a mão, tomando o volume, trégua foi para os mosquitos, que apertaram as evoluções e o zumbir...”

“... E assim viemos, eu e a tormenta, na mesma disparada: a que te pego! a que te largo! a que te pego! a que te largo! - Já perto das casas, vi a gente do João Silvério, e ele mesmo, todos de mão em pala sobre os olhos, gozando aquela gauchada...”

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1914 - Tradução dos versos de Francis James; 1914 – “Valsa Branca” – diálogo e dueto; 1914 – crônica – “Grande Efeito de uma Causa

Mínima” (111 p.), explanando sobre Pelotas ter sido pretexto para a guerra do Paraguai;

1915 – adapta o conto de François Coppée para o teatro – “Sapato de Bebê”, para o Grupo do Theatro Politheama;

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“Nossos Filhos” peça de teatro que chegou aos dias atuais incompleta, sem o primeiro ato, porém foi encontrado no Uruguay a peça “Nuestros Hijos”(1907), de Florencio Sanchez, que contém todo o segundo ato da peça de Simões, mais o primeiro ato que ficou desaparecido;

“Terra Gaúcha” – prosa nunca foi publicado, sua viúva guardava os manuscritos incompletos, publicado somente em 1955;

1916 – série de artigos “Temas Gastos”, no Jornal A Opinião Pública;

Suas obras começaram a ser re-editadas somente no final do século XX;

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Em 14 de junho de 1916, João Simões Lopes Neto entra para a história da literatura universal.

“Esses olhos, pobres olhos, condenados à morte, guardarão na retina a impressão da visão sublimada. E o coração, quando faltar ao ritmo, arfará num último esto para que a raça que se está formando ame e glorifique os lugares e os homens dos nossos tempos heroicos.”

João Simões Lopes Neto

Page 24: João simões lopes neto

ANTUNES, Cláudia Rejane Dornelles – “A poética do conto de Simões Lopes Neto” – EDIPUCRS, Porto Alegre, 2003.

DINIZ, Carlos Francisco Sica – “João Simões Lopes Neto – uma biografia” – AGE/UCPEL, Porto Alegre, 2003.

HEEMANN, Cláudio – “O teatro de Simões Lopes Neto”- vol. 1 – IEL, Porto Alegre, 1990.

HOHLFELDT, Antônio – “Simões Lopes Neto” – Tchê! Editora, Porto Alegre, 1985.

Instituto João Simões Lopes Neto. Disponível em: http://www.joaosimoeslopesneto.com.br/index.php , acessado em 24 de novembro de 2011.