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Distribuição Gratuita / Pereiro - Maio de 2016 - ANO I - Nº 11 / www.jornalocoreto.com.br Uma breve retrospectiva da Escola Profissional de Pereiro PÁGINAS 04 E 05 UMA HISTÓRIA DE SONHOS, AMOR À VIDA E MUITO TRABALHO!!! PEREISÓPOLIS VERSUS BRASISÓPOLIS ELEIÇÕES JÁ! LITERATURA - PRÉ-MODERNISMO Augusto dos Anjos (1884 - 1914) Uma história de uma quadrilha de ladrões atrapalhados! Um contexto atual da política brasileira que estamos vivendo Crise política tem sérios reflexos na economia e no cotidiano das pessoas Crise política tem sérios reflexos na economia e no coti- diano das pessoas Um ano de jornal “O Coreto”! Espaço de difusão de crítica e de pro- dução cultural Agradecimento à comunidade de Pereiro pela contri- buição, para refor- mas no cemitério público de Pereiro PÁGINA 06 PÁGINA 08 PÁGINA 07 PÁGINA 06 PÁGINA 03 PÁGINA 03 Moralistas sem moral Vida longa para O Coreto! Para onde vamos? Solidariedade EDITORIAL 02

Jornal O Coreto maio 2016 - ed.11

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Page 1: Jornal O Coreto   maio 2016 - ed.11

Distribuição Gratuita / Pereiro - Maio de 2016 - ANO I - Nº 11 / www.jornalocoreto.com.br

Uma breve retrospectiva da Escola Profissional de PereiroPÁGINAS 04 E 05

UMA HISTÓRIA DE SONHOS, AMOR À VIDA E MUITO TRABALHO!!!

PEREISÓPOLIS VERSUS

BRASISÓPOLIS

ELEIÇÕES JÁ!

LITERATURA - PRÉ-MODERNISMOAugusto dos Anjos (1884 - 1914)

Uma história de uma quadrilha de ladrões atrapalhados!

Um contexto atual da política brasileira que estamos vivendoCrise política tem sérios reflexos na

economia e no cotidiano das pessoas

Crise política tem sérios reflexos na economia e no coti-diano das pessoas

Um ano de jornal “O Coreto”!Espaço de difusão de crítica e de pro-dução cultural

Agradecimento à comunidade de Pereiro pela contri-buição, para refor-mas no cemitério público de Pereiro

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Moralistas sem moral

Vida longa para O Coreto!

Para onde vamos?

Solidariedade

EDITORIAL 02

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Pereiro - Maio de 2016 - ANO I - Nº 11 www.jornalocoreto.com.br2

Faz precisamente um ano que “O Coreto” existe como um es-paço de difusão de crítica e de produção cultural em Pereiro-Ceará. E, assim, cumpre um re-levante papel de fazer circu-lar idéias, provocando reflexões e estimulando produções... é uma via aberta e em permanen-te construção, a exigir que con-tinuemos a cuidar desse espaço para que avance, sempre mais, como expressão de olhares, di-fusão de vozes, à inquietar, a interpelar, a fazer refletir para além do senso comum que nos é imposto, inclusive pela mídia a difundir um único pensamento!

Em tempos sombrios de cri-ses, de instabilidades e insegu-ranças é deveras importante manter viva a crítica, inspirando o exercício da política – “a Gran-de Política”, no dizer de Gramsci – direcionada para o bem viver da maioria da população, fun-dado no respeito às liberdades e aos direitos duramente con-quistados.

O Coreto é o resultado do trabalho de um coletivo, coorde-nado pelo seu fundador e diretor presidente Antônio Rilmar Ca-valcante que faz desse jornal um dos seus mais caros espaços no exercício da vida pública em Pe-reiro. Costuma ele dizer, de for-ma reiterada e contundente: “O Coreto é um filho querido e di-leto e dele não abro mão”... Sim, O Coreto é um filho de Rilmar, fecundado nas suas utopias e projetos, a ganharem concretu-de nesta sua cidade natal, como obra do seu tempo presente. Ril-mar Cavalcante, poeta e pro-

fessor , investe na vida pública em Pereiro para além da dispu-ta partidária de cargos e honra-rias... Em verdade, é movido por desejos e ideais de contribuir na vida comum da cultura e da polí-tica em Pereiro.

Junto-me a ele nesse coletivo que faz O Coreto existir, e alçar vôos!

Vida longa para O Coreto: É este o nosso brinde nesse 2 de maio, aniversário de Rilmar Ca-valcante!

Vida longa para O Coreto!

Diretor Fundador:Antônio Rilmar Cavalcante

Equipe de Produção:Alba Carvalho

Jobenemar CarvalhoMarcos Desidério Alexandre DesidérioTim CavalcanteRonisalba Cavalcante

Diagramação:Glauber Martins

EXPE

DIE

NTE Tiragem:

500 exemplares FALE CONOSCO

Alba Maria Pinhode Carvalho

Professora da Universidade Federal do Ceará; Doutora em sociologia

Editorial

Seja um colaborador do nosso jornal!

Fone: (85) 99763.7273Email: [email protected]

Pedindo perdão desde já para os meus futuros filhos e netos, porque vão ter que estudar essa vergonha daqui a alguns anos. Vão ver o quanto o povo brasi-leiro já votou em corruptos, que falam em nome de Deus e da família. Um bando de hipócritas!

Espero que quando eles estu-

darem isso, riam de todos nós por termos sido burros o bastan-te pra preferirmos que Temer e Cunha (que estão metidos até o pescoço em roubo), fiquem no lugar de uma mulher que nunca fez nada para merecer esse impeachment.

Espero que os filhos e netos

de vocês também riam e estu-dem bastante história, porque pelo visto esses políticos dormi-ram muito nas aulas dela. Enquanto o Brasil está passan-do por todo esse mico, os outros países estão rindo de nós. Programas de TV internacionais fazem piadas sobre e com razão.

Vergonha e injustiça!Rebeca Cavalcante

Estudantedo EnsinoFundamental- 9º Ano

¢ Opinião

FUNDAÇÃO:02 de maio de 2015

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3Pereiro - Maio de 2016 - ANO I - Nº 11 www.jornalocoreto.com.br

Não há dúvidas que vivemos uma crise política que tem sérios reflexos na economia e, conse-quentemente, no cotidiano das pessoas, mormente aque-las mais vulneráveis socialmen-te. Entretanto, boa parte dessa crise foi plantada por aqueles que não aceitam o resultado das últimas eleições presidenciais, defendendo a máxima segun-do a qual “o quanto pior melhor”, com o intuito de criar uma situ-ação insustentável para a Presi-dente eleita democraticamente.

Quando observo e analiso os principais personagens que defendem o golpe, travestido de impedimento, fico imaginando e me perguntando até onde pode ir o cinismo de uma pessoa.

E não adianta afirmarem que não é golpe com o argumento de que está previsto na Consti-tuição, pois não é suficiente está estampado na Carta Magna. É

necessário que a Presidente da República tenha cometido crime de responsabilidade e isso não ocorreu. E não sou apenas eu que defendo essa tese, porquan-to juristas como Celso Antô-nio Bandeira de Mello, Dalmo Dallari e vários outros seguem a mesma linha.

É claro que o governo Dilma e o PT cometeram graves erros. Tanto é verdade que estão pagando muito caro por eles. Contudo, a cobrança desses erros deve ocorrer dentro da legalidade e do jogo democrá-tico. Sem atropelos, pois, do contrário, pode-se levar o país a uma situação parecida com a que viveu após o golpe de 1964.

Noutro giro, analisando a ficha dos membros da Comis-são Especial formada para apre-ciar o pedido de impedimento da Presidente, mais de 50% de seus integrantes estão respon-dendo a processos criminais e por improbidade administrativa.

Ademais, os principais líde-res que patrocinam o impea-chment, Aécio, Serra, Temer, Roberto Freire, Agripino Maia, Aloysio Nunes e outros, já foram citados na Operação Lava-Jato como recebedores de dinheiro das empreiteiras. O caso mais

recente é o da Odebrecht que citou todos eles.

Portanto, assim como o PT, o PSDB, o PMDB, o PPS, o DEM e vários outros partidos também receberam dinheiro de emprei-teiras para financiar campa-nhas. Contudo, todas as inves-tigações têm sido conduzidas apenas contra o Partido dos Trabalhadores e o ex-Presidente Lula, com uma seletividade que causa ojeriza.

Com efeito, surge a seguin-te pergunta: com que moral e baseado em que ética estes polí-ticos e partidos pedem o impe-dimento da Presidente Dilma? A resposta é uma só: nenhuma.

Em nenhum momento a Presi-dente da República foi citada

recebendo dinheiro de emprei-teiras. Seu nome não aparece uma única vez nas tantas listas que foram citadas ao longo das investigações. Diferentemente se seus opositores.

Sendo assim, para se tirar um(a) Presidente da Repúbli-ca de seu cargo, eleita demo-craticamente, é preciso ter fortes argumentos jurídicos, não bastando apenas a vonta-de de removê-la simplesmen-te porque não gostam dela ou porque seu governo vai mal. Para estes problemas existem outros remédios menos amar-gos. Até porquê, como o mundo dá muitas voltas, quem hoje atira pedras amanhã poderá ser a vitrine.

As crises do Brasil e da Vene-zuela e a mudança na Argenti-na apontam para os inevitáveis governos inclinados à direita, liberais ou neoliberais.

A mim, não causa nenhuma estranheza tamanho crescimen-to, a tendência mundial a uma política conservadora que aten-

da às necessidades do capital.O Brasil que sofre uma reces-

são econômica desde do final de 2014, em seu agravamento notória de uma inflação previs-ta acima de 10%; além do mais, escândalos que envolve a Petro-bras e grandes construtoras brasileiras e grande corrupção comandada pela classe política, não nos resta esperança para o avanço no social. Por ventura, se Temer assumir a presidência, o país verá o pior mal, isto é, golpe-ará as conquistas sociais.

Os governos “populistas”, principalmente, o de Lula que tirou mais de 30 milhões de brasileiros da pobreza absolu-

to, ampliou universidades fede-rais, escolas técnicas, na educa-ção; na moradia, construção de casas populares e tantos outros serviços prestados aos menos favorecidos, que irão desaguar no provável governo pemedebis-ta nas águas do rio Tiete, esque-cido e poluído em seu trajeto.

O pecado do governo PT foi não governar com o povo, não fazer reformas de base, que o país tanto precisa, não fortale-ceu as instituições sociais.

Acho que os políticos petis-tas se perderam pelo sedutor poder e o povo foi colocado de lado. Esse povo, hoje, que se acha na rua a grita forte contra

o golpe é uma pequena parcela do de outrora.

Viva a Maquiavel, cada vez mais presente neste mundo contemporâneo de liquidez, sem laços concretos. O PT está pagando por esquecer suas lutas históricas.

Moralistas sem moral

Para onde vamos?MatheusCavalcante

Estudante deInformáticaUECE

AlexandreDesidério

Graduado em Direito pelo Centro Univer-sitario do Dis-trito Federal - UDF e Analis-ta Judiciário do Tribunal de Justiça do DF

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Tudo começou há aproxi-madamente seis anos, quando recebi a missão de registrar o nascimento daquele que seria o maior empreendimento do patrimônio material de nossa querida Pereiro e região, sem imaginar que um chamado maior estava sendo preparado.

A EEEP Professora Maria Célia Pinheiro Falcão nasce do proje-to do Governo do Estado do Ceará, na gestão do governador Cid Ferreira Gomes, de instalar equipamentos de formação profissio-nal em tempo integral e integrado ao Ensino Médio, em todas as principais cidades do estado. A nova construção se destaca rapi-damente pelo volume de recursos investidos e pela estrutura diferenciada.

A inauguração aconteceu na noite do dia 19 de abril de 2011. O evento foi marcado pela presença da população local e de cara-vanas de alunos, professores, funcionários, gestores e pais, oriun-das de todas as escolas da Crede 11, vindo dos municípios de Ereré, Iracema, Potiretama, Jaguaretama, Jaguaribara, Jagua-ribe. O CERIMONIAL foi realizado com a presença do Dr. Antô-nio Idilvan de Lima Alencar (Secretário Executivo da Educação e atual Secretário de Educação); o Dr. Mauro Benevides Filho, então Secretário da Fazenda do Estado; o Sr. Raimundo Estevam Neto, Prefeito de Pereiro; a Sra. Maria Elizabete Araújo, Coordenadora e equipe da CREDE 11; a jovem Karla Pinheiro Afonso, represen-tante dos alunos desta escola; o Prof. Jobenemar Carvalho dos Santos, Diretor da EEEP; e a Sra. Suely Pinheiro Falcão Dias, repre-sentante da Sra. Maria Célia Pinheiro Falcão. Contou, ainda, com a presença do deputado Dr. Leonardo Franklin Nogueira Pinheiro.

A estrutura de 4,5 mil metros quadrados, no valor de 7,8 milhões, tem 12 salas de aula, hall/ foyer, auditório para 201 lugares, biblioteca, bloco pedagógico-administrativo, secreta-ria, diretoria, reprografia, coordenações, salas de professores, laboratórios de Línguas, Informática, Química, Física, Biologia e Matemática e laboratórios especiais (02 oficinas). Dispõe ainda de bloco administrativo de vivência (cantina, cozinha, vestiários de funcionários, grêmio, refeitório, vivência, oficina de manuten-ção), quadra poliesportiva, depósito de material esportivo, coor-denação de educação física, vestiários para alunos, sala multiuso, teatro de arena e estacionamento (40 vagas). A construção aten-de à nova concepção de qualidade estabelecida pelo MEC para escolas de educação profissional.

Então veio o grande chamado para assumir a direção da insti-tuição. Poderia ter considerado como o reconhecimento de uma trajetória profissional de contribuições responsáveis para a educação. Inicialmente de forma interina e, posteriormente, confirmado através de aprovação em seleção pública para dire-tores das escolas profissionais referente ao EDITAL Nº 012/2012 - GAB/SEDUC, da qual participaram cerca de 1.300 candidatos e resultando em apenas 30 aprovações. O grau de dificuldade da seleção de diretores indicava apenas um pequeno aperitivo para a missão hercúlea que nos aguardava. Ainda bem que os reforços começaram a chegar, entre os quais os primeiros coordenadores escolares: Francisco Rosiglei e Jakson Gama.

A equipe estava formada, um grupo de educadores idealistas movidos pela vontade de transformar o mundo. Envoltos na atmos-fera de preparação para o início dos trabalhos, diligentemente, realizamos o nosso primeiro Planejamento Coletivo. Eram momen-tos de definição da nossa prática sócio pedagógica, que desde o início foi definida por padrões democráticos de participação efeti-va dos educadores, onde todas as principais decisões passaram a ser adotada mediante consulta a assembleia geral. Aqui, torna-se importante ressaltar que as decisões provenientes dessas consul-tas passariam a ser adotadas como consenso de todos.

Uma história de sonhos, amor

Jobenemar Carvalho

Mestre em gestão e avaliação pública

Uma breve retrospectiva da Escola Profissional de Pereiro

MEGALOSSAURO
Retângulo
MEGALOSSAURO
Máquina de escrever
Professor da EEEP Maria Célia; Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública.
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5Pereiro - Maio de 2016 - ANO I - Nº 11 www.jornalocoreto.com.br

à vida e muito trabalho!!!Precisamente vinte dias depois da inauguração, numa segun-

da-feira dia 09 de maio de 2011, celebramos a chegada das nossas tão esperadas primeiras turmas dos cursos de Informá-tica, Redes de Computadores, Agronegócio e Carpintaria, para o início das atividades letivas.

Foi assim que nasceu um grande sonho de transformação e de construção de um futuro melhor para os nossos educadores, nossos jovens e suas famílias. Algumas ações de suma importância foram prontamente diligenciadas, com vistas a impulsionar o potencial do trabalho iniciado. Realizamos as primeiras eleições para formação das diretorias do Grêmio Estudantil e do Conselho Escolar. Marca-mos e realizamos a primeira reunião de pais e mestres de nossa escola. Enfim, naquele momento, muito do que estávamos viven-ciando poderia ser considerado um momento histórico, uma vez que eram situações inéditas para os atores envolvidos.

Não obstante a superação dos desafios, que insistiam em surgir a cada momento que buscávamos a inovação ou, até mesmo, o simples cumprimento de orientações das instituições mantenedoras CREDE 11/SEDUC, podemos afirmar com segu-rança que as conquistas superaram todas as expectativas.

Novas turmas foram criadas: Secretaria Escolar, Administra-ção, Comércio e Móveis. Não demorou muito para começar a aparecer os resultados produzidos por esse conjunto constituí-do pelos seguintes aspectos: o planejamento e zelo na execução

das definições pedagógicas, a realização do potencial de nossos alunos através do esforço e da dedicação individual, o apoio e a confiança dos familiares e/ou responsáveis pelos alunos, as parcerias construídas quase que de forma natural e, finalmente, com a participação da comunidade local e de toda a região.

Entre os vários indicadores desses resultados, podemos citar os empregos gerados para todos os segmentos escolares, como também os que foram gerados em decorrência do estágio curri-cular obrigatório que os alunos realizam durante o 3º ano; as aprovações para o ensino superior através dos vestibulares e/ou programas do governo federal como SISU e PROUNI, com desta-que para 04 (quatro) aprovações para o curso de Medicina e aprovações nos cursos de engenharia, odontologia, direito, psico-logia e outros; bem como, a quantidade de computadores que foram/serão distribuídos aos nossos alunos, mediante os resulta-dos satisfatórios que foram alcançados nas avaliações externas dos governos federal (ENEM) e estadual (SPAECE).

Essa é apenas uma pequena parte dessa empolgante história de superação e transformação de muitas vidas. Se pudéssemos contar a história de cada um que passou ou está vivenciando o que essa escola tem para oferecer, certamente seria escrita uma coleção de livros. E são essas histórias que fazem de nossa esco-la uma escola viva e empolgante. Não é apenas um prédio lindo, a escola são as pessoas que nela convivem.

Não poderia concluir o resgate do nascimento desse gran-de e auspicioso empreendimento educacional do nosso municí-pio e de toda a região, sem agradecer o apoio, o compromisso e a confiança incondicional de nossos alunos, educadores, pais, responsáveis, parceiros e, principalmente, da comunidade local. Não seria exagero dizer que isso tudo é apenas o começo de uma longa e brilhante história de realizações e muitas conquistas.

Aprendi no texto bíblico que uns devem semear e que outros colherão. Portanto, fico profundamente honrado de ter recebido a confiança de liderar o início dessa caminhada e, assim, semear os princípios de uma nova escola que convencionamos chamar de Escola Transvergente. Escola baseada na participação democráti-ca efetiva de todos os segmentos nos processos de decisão. Acre-ditamos e vamos continuar contribuindo efetivamente para que essa semente continue a brotar e produzir muita prosperidade.

* Estimativa (Aguardando os resultados definitivos de 2015).

CONSOLIDADO DOS INDICADORESEnsino Superior

496Aprovações

ENEM / SPAECE

200*Computadores

Informática

Agronegócio

Carpintaria

Redes de Computadores

Grêmio

Reunião de Pais e Mestres

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Pereiro - Maio de 2016 - ANO I - Nº 11 www.jornalocoreto.com.br6

Agradecemos à comunida-de de Pereiro pela ação de soli-dariedade e contribuição para realização de algumas reformas no cemitério público de Perei-ro, conhecido como Cemitério Velho. Desde Novembro de 2015,

as voluntárias Senhora Cota Vaz e a Senhora Cosma Carneiro vêm fazendo ações de melhoria no local com ajuda da população, que doa quantias em dinheiro para pagar os trabalhadores em serviço. Infelizmente o cemitério estava em más condições: muito lixo, sujeira por toda parte, falta de água, falta de equipamentos para limpeza e restos de entu-lhos. Mas agora quem passa no local pode perceber a diferença. Acabou a sujeira, todo lixo foi reti-rado. As paredes tanto por dentro como por fora estão pintadas, o portão também foi pintado com a

colaboração de alguns pedreiros voluntários da cidade e o carro pipa está passando uma vez por semana para abastecer. Estão iniciando uma nova construção para abrigar os corpos quando chegam ao local para as últimas preces antes de enterrá-los. E o próximo projeto será a reforma da calçada. Quem quiser contri-buir ou participar para a reali-zação dos projetos, procure a Senhora Cota Vaz na Rua Santos Dumont 439, próximo a capela São Vicente ou mais informações pelo telefone (88) 3527 1252. Agradecemos pela contribuição.

ATENÇÃO PARA CHAMADA: NÚMERO 176-671, NÚMERO 176-761, NÚMERO 176-176. QUE NÚMEROS MÁGICOS

SÃO ESTES?

Não me responda sem pensar!... provavelmente seus avós e seus pais conheça a histó-ria muito bem! Eu te digo: não são números da mega sena, e nenhu-ma senha esotérica... só vou atua-lizar esta história, então, não é minha. Em brasisópolis ou em Pereisópois, ladrões espertos, geralmente, tentam furtar a caixa forte do Tio Patinhas, sempre com resultados frustrados. Esta práti-ca é antiga...

A família conta com outros membros, como a Vovó Metralha

ou a Titia Metralha, que se juntam à quadrilha, em geral os resulta-dos são desastrosos. Na nossa Brasisópolis, a gaita, não é instru-mento musical, mas, sim, a grana a ser dividido, nessa partilha, há

consenso, pois, seus membros se insultam e apenas se unem formando uma gangue a metra-lhar o povo. Vergonhoso! ...

Outros não tão notórios, como Primo Azarado (1313) e o Meio

Quilo (1/2), além dos sobrinhos metralinhas. “Essa família é engra-çada ...” e o neófito narciso 2424.

A conspiração dessa história, toda gente de Brasisópolis ou de Pereisópolis conhece o seu final desastroso.

Pereisópolis anoitece! ... as camas infectadas no furdunço da noite fria, os vírus abrolham dos amantes lascivos e as cons-pirações carnais dos corpos saciados de bestiais orgasmos se entorpecem.

- Cuidado! ... É bom colocar uma ratoeira no cofre... eleição está próxima... rato sente o chei-ro do queijo... Tem ratos novos famintos ... muita reza a Nossa Senhora Aparecida para iluminar nossas mentes.

Solidariedade

Pereisópolis versus brasisópolis

Norma Fernandes

Professorada escola Cleonice Freire

por Rilmar Cavalcante

MEGALOSSAURO
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Profissional de Pereiro
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MEGALOSSAURO
Máquina de escrever
Professora da EEEP Maria Célia
Page 7: Jornal O Coreto   maio 2016 - ed.11

7Pereiro - Maio de 2016 - ANO I - Nº 11 www.jornalocoreto.com.br

O *Pré-Modernismo* é um momento de transição entre o final do século XIX e o movi-mento modernista com o advento da *Semana de Arte Moderna (1922).*

No contexto histórico do Brasil no Pré-Modernismo: A partir e 1894, no governo de Prudente de Morais, primeiro governo civil, marco da Repú-blica Velha (Republica do Café com Leite). No Sudeste a agri-cultura cafeeira e a produ-ção de leite – a urbanização de São Paulo – a imigração, principalmente, de italianos em terras brasileiras no início da nascente industrialização paulista; e o ciclo da borra-cha na Amazônia. A riqueza da última década do século XIX e as duas primeiras do século XX chamada *“belle époque* *brasileira”,* isto é, a grande influência fran-cesa nos centros urbanos ricos do Brasil.

Contudo, o Brasil pobre padece. Pelo país as revoltas difundir-se, no Nordeste movi-mento do cangaço e do fana-tismo religioso – *a Revol-ta de Canudos* que tem em *Antônio Conselheiro,* o prin-cipal mentor- sendo tema da obra inaugural pré-modernis-ta, *Os Sertões, de Euclides da Cunha*. *No Ceará a grande influência do religioso na cida-

de Juazeiro do Norte, o Padre Cícero*. No Rio de Janeiro o movimento (*Revolta da Vaci-na*) popular contrário as medidas sanitárias impos-tas pelo governo, em 1904. Outra, *a Revolta da Chibata* de cunho social, relacionado aos maus-tratos, como casti-gos físicos sofridos por mili-tares, em 1910. Na região Sul, entre Santa Catarina e Para-ná, *a Guerra do Contestado*, conflito armado por dispu-ta territorial. Todos estes levantes reprimi-dos pelo governo sem diálogo e com repres-são física.

O Pré-Modernismo de Augusto dos Anjos é responsável por produ-zir uma poesia de gran-de originalidade. A sua obra literária é inclassi-ficável, não pertencen-te uma escola literária – *Realismo, Natura-lismo, Parnasianismo, Simbolismo e Moder-nismo -,* classificá-lo como Pré-Modernis-ta porque esse perí-odo não se confirma como estilo literário, mas como uma tran-sição entre diversos estilos. Augusto dos Augusto representa uma experiência única a literatura universal. Ao leitor, ele choca com a putrefa-ção da matéria, a morbidez e o pessimismo em seus poemas. Herda o *pessimismo* prova-velmente *do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.* O vocabulário científico há na poesia de Augusto dos Anjos, a dor do ser dos simbolis-tas, assinalado por anseios e

angústias existenciais; há apenas a supre-macia da ciên-cia. *“Quando ao homem, as subs-tâncias e ener-gias do univer-so que o geram, compondo a matéria de* *que ele é feito – carne, sangue, instinto, células- “,* tudo inevitavelmente acaba em podridão e se decompõe para o mal e o nada.

A sua poesia caracteriza-se pela *união de objetividade do átomo e a dor agonizante* *cósmica,* em busca da exis-tência humana.

A linguagem do poema inovadora em seu aspecto colo-quial do nosso cotidiano “toma um fósforo”, e por outro lado, o uso de palavras considera-das antipoéticas, de maneira fortemente agressiva “escarro”, portanto, em sua originalidade e o cientificismo naturalista, o homem como o lobo do próprio homem, aqui o determinismo, a seleção natural, onde o mais forte sobrevivi.

Na primeira estrofe: o enterro da última

quimera, no caso, o fim da esperança ou último sonho. A ideia de que ninguém se importa com os sonhos d e s t r u í d o s dos outros, as pessoas

são ingratas – animais selvagens

– pantera.Na segunda estro-

fe: A segunda estro-fe começa com o verbo no

imperativo “Acostuma-te”, o conselho que o homem se acostume com a crueldade e a miserável realidade do mundo, pois este voltará à lama, regres-

sara ao pó, seu destino final.

O autor afirma que o homem vive no meio de feras, pessoas sem escrúpulos, más e sem compaixão, para sobre-viver tem que se adap-tar e torna-se também fera. O que essa estrofe nos leva ao pensamen-to de Hobbes,

“O homem é a fera do homem”.

Na terceira estro-fe: O poeta utilizou a linguagem coloquial, fica claro o convite ao amigo: “enterro de sua última quimera”, que se prepare para traições. O suposto amigo que se cuide, na

demonstração de amizade e carinho como um beijo, que é prenúncio de algo mal. A boca que beija é mesma que que vai cuspir causando dor e desilusão.

Na quarta estrofe: O autor afirmar que se deve “cortar o mal pela raiz”, isto é, para que se possa evitar o sofrimen-to no futuro. Faça-o: cuspa na boca de quem te beija e a mão quem te afaga apedreja-a.

Literatura - Pré-Modernismo

Rilmar Cavalcante

Professore Poeta

Versos íntimos

Vês?! Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de tua última quimera.

Somente a *Ingratidão* esta pantera

Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!

O Homem, que, nesta terra miserável,

Mora, entre feras, sente a inevitável

Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!

O beijo, amigo, é a véspera do escarro.

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa ainda pena a tua

chaga, apedreja essa mão vil que te afaga,

Escarra nessa boca eu te beija!

Augusto dos Anjos (1884-1914)

Nasceu e criou-se no engenho Pau D’ar-co, na várzea do Paraíba de paisagem bucólica.

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Pereiro - Maio de 2016 - ANO I - Nº 11 www.jornalocoreto.com.br8

Na noite passada, uma solenidade marcou os 25 anos da criação da Assem-bleia Legislativa do Estado de Roraima. Entre as pesso-as que se destacaram por serviços relevantes pres-tados ao Estado de Rorai-ma, meu pai, o médico Dr. Mozart, foi homenageado

com a Medalha da Ordem do Mérito Legislativo, maior comen-da da Casa. A história deste grande ginecologista e obstetra fala por si e em sua referência, eu e minha irmã, Stella Pinheiro, temos trabalhado por um Estado melhor.

¢ SocialTim Cavalcante

Historiador

No contexto atual da políti-ca brasileira, que vivemos, faz-nos lembrar deste a proclamação da república, em 15 de novem-bro de 1889, até os dias atuais, que apenas durante breves perí-odos, o povo brasileiro viveu efeti-vamente sob clima de um regime democrático. Herdamos do auto-ritarismo latifundiário presen-te em nossa formação cultural e da estrutura disciplinar do Esta-do as manifestado contra grupos sociais indesejáveis e contra as vozes de contestação social dos desmandos políticos.

Hoje o enredo da política brasi-leira, que tenta interromper as conquistas sociais que se alastra pela América Latina, é uma polí-tica de direita neoliberal promo-vido pelo capital internacio-nal, marchamos para um sóbrio “golpe do parlamento”, onde forças imperialistas que cobrou judiciário, políticos e a mídia, esta que se tornou partidária de oposi-ção, criando uma imagem destor-cida dos acontecimentos e da realidade de um governo elei-to espontâneo pelo povo. Usurpá-lo por não aceitar 16 anos, sem governar e não querer que as clas-ses menos favorecidas tenham saído de miséria e de miséria absoluta, também, por ganhos a moradias e bolsa família, etc.

Segundo Massimo D’Alema, sob a crise brasileira: “estamos diante de uma evidência violação constitucional e, ainda mais, prati-cada por moralizadores publica-mente pouco Críveis”. O governo cometeu erros, mas nada se justi-fica o seu impedimento, já que não há crime, o Brasil corre o risco de se viver um período de desgas-te político e social.

Penso que a saída para conquistar o prestígio e o respei-to da comunidade mundial são as eleições gerais antecipadas. Uma chance para que ocorra as mudanças de velhos políticos conservadores, que as estru-turas sociais sejam avança-das para um socialismo a nosso modo, com a cara brasileira e suas características peculiares ao feitio moderno. Que sejamos capazes de fazer a alta censura a mídia hegemônica que vivemos hoje, como porta voz do poder empresarial.

Eleições já!

Rilmar Cavalcante

Professore Poeta

ANUNCIE AQUI!Quem não é visto, não é lembrado!Você leu? Você viu... outro também verá!

MEGALOSSAURO
Máquina de escrever
“Chico Mozart”, Deputado Estadual/PRP