1. ntiftCO Exemplos de projeto de pesquisa e de uma monografia
completa de graduao 1
2. FAZER MONOGRAFIA MOLEZA i w iliitW i / o t ! l
3. Jos Abrantes FAZER MONOGRAFIA MOLEZA O passo a passo de um
trabalho cientfico waki/ Riode Janeiro 2007 | bumbo 1 bumbo 2 , . 1
. A J chmbal c/ o 1 J , ....
4. 2007 by Jos Abrantes Gerente Editorial: Alan Kardec Pereira
Editor: Waldir Pedro Reviso Gramatical: Lucola Medeiros Brasil Capa
e Projeto Grfico: Equipe 2bom Design Dados Internacionais de
Catalogao na Publicao (CIP) A143f Abrantes, Jos Fazer monografia
moleza: o passoa passo de umtrabalho cientfico / Jos Abrantes. -
Rio de Janeiro: Wak Ed., 2007, 140p.:21cm Apndices
Incluibibliografia ISBN 978-85-88081-73-4 1. Pesquisa -
Metodologia. 2. Bibliografia - Metodologia. 3. Redao Tcnica I.Ttulo
Av. N. Sra. de Copacabana 945 - sala 103 - Copacabana Rio de
Janeiro - RJ - CEP 22060-001 Tels.: (21) 3208-6095 / 3208-6113 Fax
(21) 3208-3918 [email protected] www.wakeditora.com.br 07-2082
CDD 001.4 CDU 001.8 2007 Direitos desta edio reservados Wak Editora
Proibida a reproduo total eparcial. Os infratores sero processados
na forma da lei. WAK EDITORA bumbo 1 bumbo 2
5. Agradecimentos minha esposa Lena Abrantes pelo amor e apoio.
Ao Centro Universitrio Augusto Motta - UNISUAM por apoiar minhas
pesquisas. s minhas alunas e orientadas da UNISUAM: Rosana do Carmo
Martins Trindade, Shirley de Souza da Silva e Viviane Cordeiro da
Silva, por permitirem usar parte de suas monogra fias de graduao em
Administrao de Empresas, neste livro. Obrigado e boa sorte.
6. Prefcio Entender as questes que envolvem a metodologia, para
elaborao do trabalho cien tfico na academia, com certeza um
desafio. Dentre estes trabalhos, um se destaca: a mono grafia, que
tambm pode ser chamada de projeto final ou trabalho de concluso de
curso. E muito comum alunos, tanto da graduao quanto da ps-graduao,
com dvidas e apavorados com a obrigao de desenvolver uma pesquisa,
escrever, formatar e apresentar uma monografia. Qual a razo da
monografia causar tanto problema? Ser que to difcil e complexo
escrever uma monografia? So os alunos ou os orientadores que esto
despreparados? Entender as dificuldades dos discentes, no processo
de transcrio do seu momento de criao, de fato uma habilidade que
poucos tm. O mrito, de entender e de contribuir para que essas
dificuldades sejam superadas, ponto significante para a academia. A
transcrio tem dois momentos: o do autor e o do leitor. Se o autor
conseguir passar cla ramente as suas idias e/ou se o leitor
conseguir interpretar claramente o que est escrito, ento teremos,
com certeza, um ganho substancial do trabalho cientfico. De fato,
essa obra vem para contribuir, em muito, a fim de que fatos como
esses ocorram. O presente trabalho, to brilhantemente apresentado
pelo professor Abrantes, vem para clarear este processo, utilizando
todo o seu conhecimento e experincia na rea acad mica. Professor,
pesquisador, educador, preocupado com a investigao cientfica, seu
re gistro e sua disseminao em todos os nveis, cumpre, nesse
momento, mais uma etapa de seu projeto de vida. Finalmente, os
leitores tero a oportunidade inicialmente de se deparar com uma
obra de cunho prtico e realstica e tero um substancial trabalho,
realizado a partir de uma metodologia de fcil assimilao e de grande
resultado prtico. Benny de Almeida (M .Sc.) Vice-Reitor Acadm ico
UNISUAM - Centro Universitrio Augusto Motta (Junho de 2007)
7. SUMRIO A estrutura da educao no Brasil 1 Como se faz um
trabalho cientfico? Como se pesquisa? Tipos de pesquisas Figura
1.1: Tipos de pesquisas Quadro 1.1: Notas versus graus de satisfao
Figura 1.2: Escala de graus de satisfao Etapas principais de uma
pesquisa Fontes de pesquisa Financiamento de pesquisas Publicao de
pesquisas 2 Descrio dos tipos de trabalhos cientficos e acadmicos
Fichamento Resumo e abstract Resenha Artigo cientfico Paper Informe
cientfico Ensaio cientfico Projeto de pesquisa Monografia de
graduao e ps-graduao lato sensu Monografia de mestrado (dissertao)
Monografia de doutorado (tese) Peridicos cientficos (revistas,
boletins etc.) Reunies acadmicas e cientficas (congressos, simpsios
etc.) 3 Apresentao grfica das monografias (detalhes das folhas)
Figura 3.1 - Apresentao grfica de monografias 3.1 Detalhes das
folhas pr-textuais (exemplos) Capa 10 11 12 12 13 13 15 16 17 18 19
19 20 21 22 22 23 23 23 26 27 28 30 32 33 33 37 37
8. Folha de rosto 38 Verso da folha de rosto 39 Errata 40 Folha
de aprovao 41 Dedicatria 42 Agradecimentos 43 Epgrafe 44 Resumo em
lngua portuguesa 45 Resumo em lngua estrangeira 46 Lista de
ilustraes 47 Lista de tabelas 48 Listas de abreviaturas, siglas,
smbolos e tradues 49 Lista de tradues 50 Sumrio 51 3.2 Detalhes das
folhas textuais 52 Introduo 54 Captulo 1Teorias da Administrao
(exemplo de incio de captulo) 57 3.2.1 Recomendaes para
desenvolvimento da monografia e redao dos captulos 58 3.2.2
Recomendaes de redao (como expressar o contedo) 59 3.2.3 Formatao
de tabelas, figuras e demais elementos grficos 61 3.2.4 Citaes,
indicaes das fontes de consulta e notas de rodap 62 Citaes diretas
62 Citaes indiretas 63 Citaes de citaes (apud) 64 Formas abreviadas
de citaes 64 Opus citatum ou op. cit. (que significa obra j citada)
64 Ibidem ou ibid. (que significa na mesma obra) 65 Idem ou id.
(que significa do mesmo autor) 66
9. Passim (que significa aqui e ali, como diversas citaes) 66
Loco citado ou loc. cit. (que significa no mesmo lugar citado) 66
Sequentia ou et. seq (que significa seqencia ou que se segue) 67
Notas de rodap 67 Citao de informao verbal (entrevista, palestra,
debate etc.) 68 Citao de trabalhos em elaborao 68 Citao indireta de
diversas obras de um mesmo autor (na mesma citao) 69 Citao indireta
de diversas obras de vrios autores (na mesma citao) 69 Citaes de
diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo ano
69 Concluso (folha exemplo) 70 3.3 Detalhes das folhas ps-textuais
71 3.3.1 Referncias 71 De livros 72 De peridicos 73 De artigos
(inclusive em meio eletrnico) 74 De monografias (incluindo
dissertaes, teses e trabalhos acadmicos) 75 De mensagem eletrnica
(e-mail) 76 Referncias (folha exemplo) 77 3.3.2 Glossrio (folha
exemplo) 78 3.3.3 Apndice (folha com exemplo de resenha crtica) 79
3.3.4 Anexo (folha exemplo) 80 3.3.5 ndice (folha exemplo) 81 4
Entrega da parte escrita e defesa oral da monografia 83 A parte
escrita e a banca examinadora. 83 Como ocorre a defesa oral da
monografia? 85 Referncias 89 Apndice A - Exemplo de projeto de
pesquisa (rea de Educao) 92 Anexo A - Exemplo de monografia de
graduao (rea de Administrao) 105
10. I 0 I Jos Abrantes A estrutura da educao no Brasil (Segundo
dados oficiais de 2007) At para se entender o nvel e a complexidade
dos trabalhos cientficos, importan te se falar sobre como est
estruturada a educao brasileira, nos seus mais diversos nveis,
lembrando que est subdividida em Educao Bsica e Ensino Superior.
Educao Bsica Crcche (Zero a 3 anos de idade) Educao Infantil (4 a 5
anos de idade) Ensino Fundamental (Aps 6 anos de idade) Ensino Mdio
(1a 3asrie) Ensino Profissional de nvel mdio (mnimo 3 anos) Io ao
5oAno 6o ao 9oAno Graduao Bacharelado (exige monografia)*
Licenciatura (exige monografia)* Curta durao (no exige monografia)*
(forma tecnlogo) Ensino Superior Livre Extenso (Sem limite de
horas) Aperfeioamento (Mnimo 160 horas) Ps-Graduao' *Algumas
faculdades e cursos no exigem monografia, mas sim um trabalho de
concluso de curso - TCC ou projeto final, por exemplo, em cursos de
engenharia e informtica. Lato sensu (sentido amplo) Stricto sensu
(sentido restrito) Especializao (MBA) (Mnimo 360 horas) (exige
monografia) Mestrado acadmico (exige dissertao) Mestrado
profissional (no exige dissertao, exige trabalho final) Doutorado
(exige tese) Ps-doutorado (no exige monografia, nem dissertao e nem
tese)
11. Fazer Monografia moleza I I I Captulo 1 Como se faz um
trabalho cientfico? Como se pesquisa? Qualquer pessoa tem
capacidade intelectual para fazer uma pesquisa cientfica e
elaborar, por exemplo, uma monografia de concluso para um curso de
graduao. A pes quisa depende da vontade e da dedicao do aluno e do
seu orientador, ou seja, do profes sor que vai conduzir e ajudar o
aluno nas suas pesquisas. E claro que existem pessoas que tm mais
facilidades que outras, mas a princpio qualquer pessoa capaz.
Infelizmente, muitos professores e pesquisadores fazem um
verdadeiro terrorismo, no que se refere a desenvolver uma pesquisa
e elaborar o relatrio final: a monografia. Em algumas insti tuies,
o terror to forte que, um ano antes da data da concluso do curso,
os alunos comeam a sofrer e entram na TPM, ou Tenso Pr-Monografia.
Tambm por causa disto, que se sabe que existem grupos
especializados em preparar e vender monografias. A coisa to
descarada que existem anncios em jornais e cartazes espalhados por
insti tuies de ensino. Quem achar que estou exagerando, recomendo
que pesquise nos cor redores da sua instituio como se faz para
comprar uma monografia. claro que existem pessoas e instituies
srias. Alm de ser crime previsto no cdigo civil, no h necessidade
de fazer isso. Qualquer pessoa tem capacidade para fazer pesquisa
cientfica e escrever uma monografia (ou dissertao ou tese). O
professor Howard Gardner, em 1983, aps muita pesquisa, criou o
conceito das Inteligncias Mltiplas. Segundo este conceito, todo ser
humano dotado de vrias inteligncias e no apenas as capacidades
Lgico-Matemtica e Lings tica, que so as bases dos testes de
inteligncia ou testes de QI. Ser que s inteligen te quem gosta e
sabe Matemtica ou pensa de forma lgica? Ser que s inteligente quem
sabe falar e escrever muito bem? Como vamos classificar pessoas
famosas e que nos proporcionam alegrias, como Zeca Pagodinho,
Daiane dos Santos, Cartola, Adoniram Barbosa etc.? Ser que todas
estas pessoas se sairiam bem em um teste de QI? Desconfio que no.
Talvez algumas fossem rotuladas como burras. Burras so as que
pensam e acham isso. Gardner (1998, p. 37) define inteligncia como
a capacidade de resolver pro blemas e/ou de criar produtos que
sejam valorizados dentro de um ou mais cenrios cul turais. Quais
problemas? Quais produtos? Neste mesmo estudo de Gardner, e de
outros pesquisadores, fala-se que todos ns nascemos com vrias
capacidades intelectuais, mas que normalmente uma ou poucas se
destacam (deve ser o dom). Infelizmente por fatores como nutrio e
forma de criao, muitas pessoas acabam por atrofiar ou no
desenvolver suas inteligncias e muitas s o fazem
12. I 2 Jos Ahruntes aps uma certa idade. Eu estou convencido
de que todos ns temos, sim, vrias inteligncias e que todas ou
muitas podem ser estimuladas, mesmo aps uma certa idade. No estou
falando de aumentar a inteligncia, mas de desenterr-la' de algum
ponto escondido em nossa mente! intelectual, mas tempo depois se
destacaram em uma ou mais reas do conhecimento. Albert Einstein
talvez seja o melhor e mais forte exemplo. Fica difcil acreditar
que algum dia um pro fessor tenha dito que Einstein era incapaz e
que no seria grande coisa na vida. Do ponto de vista global, as
pesquisas so classificadas como de cincia pura (ou bsica) ou
aplicada, onde na pesquisa pura trabalha-se com conhecimentos e
estudos espe cficos, no havendo a previso de uma aplicao prtica.
Normalmente este tipo de pesqui sa, at por envolver muitos recursos
financeiros, s realizado por instituies superespecializadas e
praticamente s no mbito governamental. J, na pesquisa aplicada,
procura-se a soluo de problemas concretos da sociedade, sendo o
tipo de pesquisa mais comum, principalmente nos meios acadmicos de
graduao. A figura 1.1 mostra as dife rentes formas de se
classificar uma pesquisa. A histria da humanidade est repleta de
casos de pessoas que foram rotuladas de incapacidade Tipos de
pesquisas EXPLORATRIAS DESCRITIVAS EXPLICATIVAS ANALTICAS
PF.SQUISAS CIENTFICAS (APLICADAS OU DE CINCIA PURA) SEGUNDO AS
FONTES DE DADOS DE CAMPO DE LABORATRIO BIBLIOGRFICA LEVANTAMENTO DE
DADOS < QUANTITATIVA QUALITATIVA SEGUNDO A COLETA DE DADOS
BIBLIOGRFICA DOCUMENTAL ESTUDO DE CASO EXPERIMENTAL APOS O FATO (EX
POST FACTO) Figura I. I: Tipos de pesquisas (Fonte: SANTOS, 2004.
p. 25- 40)
13. Fazer Monografia moleza 13 De forma geral, as pesquisas
podem ser qualitativas ou quantitativas. Em ambos os casos, os
dados coletados tm de ser analisados, para que sejam feitas
consideraes e/ou obtidas concluses. Pesquisas quantitativas esto
relacionadas ao levantamento de dados numricos, que seguem regras
matemticas. Vejamos alguns exemplos: variao do custo de estocagem
de um produto, em funo do tipo e da quantidade estocada. Variao da
altura de pessoas entre o nascimento e os 21 anos de idade. Variao
do consumo de queijos, em funo da taxa de inflao, em um determinado
perodo. Variao da resistncia de um material, em funo da temperatura
de trabalho. Pesquisas qualitativas no esto, diretamente,
relacionadas ao levantamento de da dos numricos. Vejamos alguns
exemplos: variao do ndice de produtividade de uma empresa, em funo
das condies ambientais de trabalho (rudos, temperatura e odores).
Como o ambiente organizacional interfere na motivao das pessoas
para o trabalho. Como as condies climticas (meteorolgicas)
interferem com o humor das pessoas. Deve ser ressaltado que mesmo
pesquisas com dados qualitativos podem ter um tratamento matemtico,
especialmente usando-se anlises estatsticas. Imagine que se quei ra
analisar a qualidade do grau de satisfao de funcionrios, de um
determinado setor de uma empresa. Pouco adianta simplesmente
perguntar se as pessoas esto satisfeitas ou no. Pode-se, por
exemplo, criar uma escala numrica de graus de satisfao, variando de
1a 7. Com isto, so atribudas notas satisfao e, assim, pode-se dar
todo um tratamento matemtico e estatstico, isto para uma pesquisa e
anlise qualitativa. Nota Grau de satisfao 1 Bastante insatisfeito 2
Insatisfeito 3 Levemente insatisfeito 4 Neutro 5 Levemente
satisfeito 6 Satisfeito 7 Bastante satisfeito Quadro 1.1: notas
versus graus de satisfao 1 2 3 4 5 6 7 Figura 1.2: escala de graus
de satisfao
14. I 4 I Jos Abrantes Muitas pesquisas, independentemente de
serem qualitativas ou quantitativas, exi gem tratamento estatstico
para anlises de: mdia aritmtica, desvio padro, varincia, dis perso,
correlao etc. Nestes casos, fundamental um aprofundamento das
anlises e ferramentas estatsticas, que fogem ao escopo deste livro.
Recomenda-se a consulta a livros especficos desta rea e tambm do
captulo 5 do livro: LIMA, Manolita Correia. Monogra fia. A
engenharia da produo acadmica. So Paulo: Saraiva, 2004. A pesquisa
exploratria aquela que faz a primeira aproximao de um tema (SANTOS,
2004, p. 25). Imagine um explorador em uma floresta, ainda,
desconhecida para ele, ou seja, onde se est pela primeira vez. No
necessariamente precisa ser indita, talvez outros exploradores j
tenham estado nesta floresta. Ocorre quando pouco se co nhece o
problema ou o objeto de estudo a ser pesquisado. Apenas se exploram
os fatos da realidade (ou o que est acontecendo). A pesquisa
descritiva ocorre aps uma primeira abordagem ou aproximao (explo
rao). um estudo das caractersticasj conhecidas do objeto de estudo.
Apenas descreve fatos e fenmenos, sem manipul-los. O pesquisador no
interfere com o objeto de estudo, apenas descreve. J, na pesquisa
descritiva de opinio, pessoas so entrevistadas para ex pressar suas
atitudes (aes, pontos de vista, idias e ou preferncias). Um tipo
derivado da pesquisa de opinio a de motivao, onde se procura
descobrir o porqu das atitudes, idi as e preferncias. A pesquisa
explicativa quando descreve fenmenos e acontecimentos, com a
interferncia do pesquisador sobre o objeto de estudo, chegando a
ocorrer a induo de questes (pesquisa explicativa e indutiva). A
pesquisa analtica aquela de maior profundidade, com relao aos
resultados obtidos. Ela analisa, explica e at cria um conceito ou
teoria sobre o objeto de estudo. Em uma pesquisa de campo, as
fontes de dados esto fora da instituio de en sino ou residncia do
pesquisador. J uma pesquisa de laboratrio, como o prprio nome
indica, feita em um determinado local preparado e equipado com os
instrumen tos para observao, anlise e descrio do objeto de estudo.
Deve ser enfatizado que, neste caso, laboratrio no significa um
lugar exclusivo, por exemplo, com micros cpios. At um determinado
setor de uma empresa pode ser utilizado como laborat rio, para
desenvolver-se uma pesquisa. A pesquisa bibliogrfica, como o prprio
nome indica, proveniente de fontes escritas, como livros,
revistas,jornais, peridicos, anais de eventos e da Internet. Toda
pesquisa tem a sua fase bibliogrfica, pois todas tm de ter a
fundamentao terica e a reviso da literatura. A pesquisa documental,
embora possa auxiliar diversas reas, aplica-se melhor s pesquisas
histricas. As fontes estatsticas so muito utilizadas em pesquisas
quantitativas,
15. Fazer Monografia moleza principalmente da rea tecnolgica
(Engenharia, Fsica, Qumica etc.). As fontes no es critas so muito
utilizadas em pesquisas da rea de artes, como msica, cinema,
teatro, dana, pintura etc. Na pesquisa experimental, manipulam-se
diretamente as variveis relacionadas ao objeto de estudo. Ocorre a
interferncia direta do(s) pesquisador(es). Ela pode ser um tipo de
estudo de caso, pesquisa-ao ou aps o fato (ex postfacto). A
pesquisa experimental se aplica a qualquer rea. (SANTOS, 2004, p.
29) A pesquisa de estudo de caso muito comum nas reas de
Administrao e Econo mia, e se limita a um determinado caso, que
pode ser uma empresa ou regio. Este tipo de pesquisa exige muitas
entrevistas e visitas freqentes aos locais de estudo e a elaborao
de mltiplos questionrios. mais comum nos nveis de mestrado e
doutorado. A pesquisa-ao, ou participativa, essencialmente prtica,
atuando na realidade social e fazendo com que as comunidades
(pessoas) ajam e interajam, especialmente suge rindo solues. Neste
caso, o(s) pesquisador(es) atua(m) como motivador(es) ou
facilitador(es). Este tipo de pesquisa muito utilizado nas reas das
Cincias Sociais pura e aplicada (Sociologia, Antropologia e
Administrao de Empresas). Na pesquisa aps o fato ou expostfacto, o
pesquisador observa o fato, o fenmeno ou o processo, aps a sua
ocorrncia, ou seja, sem o seu controle ou interveno. O fato ser
explicado a posteriori. Etapas principais de uma pesquisa
Independentemente da rea de conhecimento, qualquer pesquisa deve
seguir as se guintes principais etapas (RAMPAZZO, 2004. p. 50-51):
lLevantar problemas e questes, propondo solues e hipteses (especial
mente nos nveis de mestrado e doutorado). O pesquisador deve se
dedicar ao que gosta e ao que o atrai. Os problemas e os temas no
devem ser impostos. Faz-se me lhor aquilo de que se gosta. 2-
Observar e medir. Em fontes escritas e/ou com os objetos de estudo
(no cam po ou laboratrio). So as fases: descritivas e/ou
explicativas e/ou exploratrias e/ou documentais e/ou bibliogrficas.
3- Levantar e registrar dados relacionados s questes e s hipteses.
a fase pr tica e objetiva da pesquisa. Aqui se revela a disciplina
e a pacincia do pesquisador. Depen dendo do nvel da pesquisa, esta
etapa pode levar anos.
16. I 6 I Jos Abrantes 4aAnalisar e processar os dados
levantados e registrados, comparando-os com as questes e as
hipteses. Nesta etapa, podem ocorrer grandes descobertas (ou
frustraes). Dependendo das anlises, pode-se at ter de mudar questes
e hipteses. Ocorre quando lite ralmente se atira no que viu e
acerta-se no que no viu. Deve ser lembrado que informaes advm de
dados processados. A ordem cronolgica de uma pesquisa definir dados
relevantes, levantar dados, processar dados, obter informaes e
tomar ou propor decises. 5aPropagar e generalizar as informaes
obtidas, de forma que as concluses se apliquem a casos e condies
similares, ou seja, o conceito da repetitibilidade, ou melhor, so
geradas informaes que permitem que outros pesquisadores sigam o
mesmo caminho e cheguem s mesmas concluses. 6aDeduzire prever que,
para certas condies, ocorram determinadas relaes (ou no). a etapa
da extrapolao e da delimitaodas concluses obtidas.Aqui podem ser
feitas sugestes e recomendaes, para futuras pesquisas, que
complementem e alarguem a rea estudada. Fontes de pesquisa Alm do
objeto de estudo em si, principalmente os livros relacionados ao
tema, exis tem outras fontes de pesquisa. Jornais, revistas e sites
na Internet tambm podem ser fontes de pesquisa. Mesmojornais dirios
e revistas semanais, ou seja, no cientficos, podem ser utiliza dos
como fonte de pesquisa, desde que sejam tomadas algumas precaues.
Ao se ler uma not cia que possa ser utilizada na pesquisa, em
umjornal ou revistapopular (no cientfica), deve-se inicialmente
descobrir o autor (reprter) e fazer um contato telefnico ou por
correio eletrni co, para se descobrir a origem dos dados e das
informaes, bem como a profundidade investi- gativa da reportagem.
No se deve simplesmente transcrever o que foi publicado. Com relao
Internet, deve-se tomar o mesmo cuidado, ou seja, verificar a fonte
e a seriedade da informao. Sabe-se que, almde qualquerpessoapoder
fazer ou ter um site, pode-se escrever o que quiser(inclusive
bobagens). Deve-se fazer um contato com o autor da informao e,
principalmente, verificar se os nomes e as instituies citadas
existem e se tm credibilidade. Por exemplo, no se deve aceitar
simplesmente uma informao de um site qual quer na Internet, tal
como (exemplo fictcio e absurdo): segundo pesquisas do professor
Giusseppe Marzullo, do Departamento de Biologia Molecular, da
Universidade do Es tado do Rio de Janeiro, as pessoas que se
alimentam de manga, concomitantemente com leite de vaca, podem
desenvolver uma reao alrgica e at morrer. Quem este profes sor? Ele
realmente existe e pertence a esta universidade? Estas perguntas
podem ser respon didas com uma simples consulta ao site deste
departamento da universidade. Caso no se consiga esta informao, via
Internet, faz-se um contato telefnico.
17. Fazer Monografia moleza 17 Peridicos cientficos podem ser
acessados, tanto em bibliotecas de instituies de ensino superior
quanto por meio do Sistema de classificao de peridicos, anais e re
vistas - Qualis (www.qualis.capes.gov.br). O termo CAPES significa
Coordenao de Aper feioamento de Pessoal de Nvel Superior, sendo o
rgo que avalia o ensino superior e os cursos de ps-graduao no
Brasil. Livros podem ser consultados em bibliotecas pblicas e de
instituies de ensino superior, que normalmente permitem o acesso a
pesquisadores. Para as pessoas que mo ram na cidade do Rio de
Janeiro ou prximo, uma excelente opo a Biblioteca Nacio nal, que
fica na Avenida Rio Branco, 219, na Cinelndia, no Centro da cidade
e funciona de segunda a sexta-feira das 9 horas s 21 horas e aos
sbados das 9 horas s 15 horas. Tambm possvel fazer consultas a
bibliotecas de empresas e instituies, como IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatstica); FGV (Fundao Getlio Vargas);
CPRM (Centro de Pesquisas e Recursos Minerais); CRA (Conselho
Regional de Adminis trao); COMLURB (Companhia Municipal de Limpeza
Urbana); SEBRAE; FIESP (Federa o das Indstrias do Estado de So
Paulo); FIRJAN (Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro);
SENAI (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial); SESI (Servio So
cial da Indstria); SESC (Servio Social do Comrcio); BNDES (Banco
Nacional de Desen volvimento Econmico e Social). No qualquer livro
que deve ser utilizado como fonte de pesquisa, pois infeliz mente
existe muita bobagem5'publicada na forma de livro. Alm do contedo,
deve ser verificado se o autor tem formao e credibilidade para ser
utilizado como referncia, em uma pesquisa cientfica. Uma forma de
verificar os dados do autor entrando em contato com a editora.
Outra opo procurar se o autor est cadastrado no sistema de
currculos Lattes do CNPq, no endereo www.cnpq.br (plataforma
Lattes). Normalmente professores e pesquisadores possuem seus
currculos detalhados neste banco de dados. Financiamento de
pesquisas Especialmente em instituies de ensino superior, existem
algumas opes para se tentar obter um financiamento para uma
pesquisa. Independentemente da fonte que se buscar o financiamento,
fundamental que seja feito um completo projeto de pesquisa, muito
bem detalhado e principalmente com asjustificativas, a relevncia e
os resultados esperados. Em bora, a princpio, qualquer pessoa possa
desenvolver uma pesquisa cientfica, nem todas con seguem provar que
suas pesquisas sero teis e com resultados relevantes para a
sociedade. Alunos de graduao podem conseguir blsas de estudo ao
participar de projetos de iniciao cientfica em suas instituies.
Estas iniciaes esto ligadas a projetos de pesquisas desen volvidos
por mestres e doutores da instituio e, normalmente, tm
financiamento oficial,
18. I 8 | Jos Abrantes embora muitas instituies privadas
financiem pesquisas, especialmente aquelas ligadas s reas sociais
relacionadas s comunidades prximas s instituies. Tambm so possveis
bolsas de estudos para pesquisas nos nveis de mestrado, doutorado e
ps-doutorado. Normalmente estas bolsas so concedidas por meio do
Conse lho Nacional de Pesquisa - CNPq ou pelos rgos de apoio
pesquisa nos estados, como, por exemplo, a Fundao de Amparo
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ ou da FAPESP em So
Paulo. Estas bolsas so concedidas por estes rgos, mas via instituio
onde a pesquisa ser desenvolvida, e sob a superviso e controle de
um orientador cadastra do nestes rgos. Para mais informaes, podem
ser acessados os sites desses rgos: www.cnpq.br,www.faperj.br,
www.fapesp.br. Publicao de pesquisas Existem diversos meios para se
publicar uma pesquisa, embora no seja muito fcil. Por exemplo,
podem ser publicadas na forma de artigo, paper, informe e ensaio
cientfico. Tambm podem ser publicadas em anais de reunies acadmicas
e cientfi cas, como congressos e simpsios. Uma outra maneira na
forma de livro, que no to difcil de publicar quanto parece. Existem
dois caminhos bsicos para a publicao de um livro: por meio de uma
editora comercial ou de forma independente. Como as edi toras tm
muito custos, s publicam aqueles livros que, aps minuciosa anlise,,
so de finidos como de bom potencial comercial. Qualquer pessoa pode
publicar um livro (especialmente aquele fruto de uma pesquisa
acadmica) de forma independente. Inici almente deve-se entrar em
contato com o escritrio do ISBN da Biblioteca Nacional, no Rio de
Janeiro. Deve ser esclarecido que existem muitas editoras pequenas
que trabalham em sistemas de parcerias, onde o autor paga uma
determinada quantia e a editora imprime poucos exemplares. Hoje em
dia, perfeitamente possvel uma pessoa publicar apenas um exemplar
de um livro. O grande problema destas editoras pequenas a
distribuio do livro que, s vezes, fica restrita a uma pequena regio
geogrfica, dificultando a di vulgao e a venda do livro.
19. Fazer Monografia moleza I I 9 Captulo 2 Descrio dos tipos
de trabalhos cientficos e acadmicos Trabalho cientfico todo aquele
fruto de pesquisa, com critrios e metodologias e com fundamentaes
tericas reconhecidas pela comunidade cientfica. Cabe aqui um alerta
sobre o termo pesquisa, muito comum na atualidade, principalmente
em escolas do ensino fundamental e mdio. Por exemplo, quando a
professora de Histria pede para os alunos da 7srie fazerem uma
pesquisa sobre quais fatos permitiram a proclamao da Repblica, na
verdade, ela est pedindo que os alunos faam um estudo ou uma anlise
bibli ogrfica, e no uma pesquisa cientfica. Os principais trabalhos
cientficos e acadmicos so fichamento, resumo, resenha, artigo
cientfico (paper), monografia, dissertao e tese. Existe um tipo de
trabalho, o Pro jeto de Pesquisa, que normalmente precede
monografias, dissertaes e teses, que consi derado tambm como um
trabalho acadmico (PATACO, 2004, p. 23). Em verdade, este trabalho
um planejamento ou guia de uma pesquisa. Alm destes trabalhos,
existem as revistas acadmicas e cientficas e os livros
(cientficos). A seguir, so feitas descries e comentrios sobre cada
um destes tipos de trabalhos. Fichamento O termo vem de ficha ( s
lembrar daquelas fichas amareladas, de nossos antigos e saudosos
professores) e tem uma funo importantssima, auxiliando muito o
trabalho de pesquisa e a elaborao do relatrio final. Toda pesquisa
envolve a coleta de dados biblio grficos, principalmente de fontes
escritas, como livros, revistas, jornais, monografias, dissertaes,
teses e artigos. Fazer um fichamento significa fazer um resumo com
comen trios da fonte consultada, com todas as referncias.
Normalmente os fichamentos so feitos mo e em folhas, no formato A6
(10,5cm x 14,8cm), mas nada impede que sejam feitos em formato A4
e/ou em meio magntico. um excelente recurso de pesquisa quando se
est, por exemplo, em uma biblioteca sem acesso a um computador para
escrever e gravar em meio magntico. Deve ficar claro que, durante
uma pesquisa, a pessoa no obrigada a fazer o ficha mento,
exatamente como aqui descrito. O importante que o tenha como se
fosse um ar quivo ou memria escrita de todas as fontes consultadas.
Este arquivo, alm dos dados
20. 20 1 Jos Ahrantes catalogrficos da obra, deve conter um
pequeno resumo do seu contedo. A seguir, apre sentado um exemplo de
fichamento. ABRANTES, Jos. Program a 8S. Da alta adm inistrao linha
de produo: o que fazer para aum entar o lucro? 2 ed. Rio de
Janeiro: Intercincia, 2007. Consulta realizada na biblioteca da
UN1SUAM, em maio de 2007. Este livro, relacionado s reas de
administrao e engenharia de produo, apresenta uma metodologia para
o combate aos desperdcios em empresas, por meio da mudana de hbitos
e comportamentos (behaviour-Keeping) das pessoas, ou dos recursos
humanos. O autor se baseou na metodologia dos 5 Sensos (5S),
proposta pelos japoneses em 1950 e fez um aprofundamento para a
cultura e educao brasileira, acrescentando mais 3 Sensos. O livro
fruto da pesquisa de mestrado do autor e apresenta todo um
embasamento da Teoria Geral de Administrao (TGA), alm de experincia
profissional de mais de 30 anos, especialmente como gerente de
fbricas. Alm da metodologia em si, apresenta uma srie de critrios e
solues para a reduo dos desperdcios em empresas, bem como exemplos
de caso de sucesso. e precedido da expresso Disponvel em:, com I a
data de acesso ao documento precedida da expresso Acesso em:.
Opcionalmen- i | te podem ser colocados os dados referentes hora,
aos minutos e aos segundos do | | acesso. Do ponto de vista
acadmico, no deve ser utilizado material eletrnico de | I curta
durao e/ou de baixo nvel. Ao se referenciar Internet, tem de se
confirmar I I fonte, veracidade e seriedade das informaes. (Veja
exemplo na pgina74.) I i-----------------------
------------------------------------------------------------------------------------
1 A seguir, so detalhadas algumas formas e tipos de referncias,
devendo-se res saltar as sutilezas e as particularidades no uso de
letras maisculas (caixa alta), letras mi nsculas, ponto, vrgula,
ponto e vrgula, dois pontos etc. Cabe enfatizar que aqui so citadas
apenas algumas formas e tipos de referncias e que, para mais
detalhes, deve ser consultada a norma ABNT NBR 6023, que mostra
centenas de formas e tipos diferentes de referncias. Referncias de
livros De forma geral, os livros so referenciados da seguinte
forma: Sobrenome do(s) autor(es) em letra maiscula, vrgula e o
nome. Ttulo do livro destacado ou em negrito ou em itlico ou em
grifo, com a primeira letra do ttulo em maiscula seguida de dois
pon tos para escrever o subttulo (se houver) em minscula e sem
destaque. Nmero da edio (a Iaedio omitida). Local da edio seguido
de dois pontos, o nome da editora segui do de vrgula e o ano da
publicao. Livros com apenas um autor: PEREIRA, Antnio Jos.
Monografias ou cpias?: como conduzir pesquisas. 3. ed. Lisboa:
Companhia dos Livros, 2005. Livros com dois e trs autores: aparecem
os nomes na ordem citada na capa do livro e separados por ponto e
vrgula e um espao. DINSMORE, Paul Campbell; SILVEIRA NETO, Fernando
Henrique da. Gerenciamento de projetos: como gerenciar seu projeto
com qualidade, dentro do prazo e custos previs tos. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2004. MOURA, Maria Lucia Seidl de; FERREIRA, Maria
Cristina; PAINE, PatrciaAnn. Manual de elaborao de projetos de
pesquisa. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. Livros com mais de trs
autores: coloca-se o nome do autor que aparece em primeiro lugar na
capa, seguido da expresso latina et al. (em verdade, o termo
completo et alii).
73. Fazer Monografia moleza I 7 3 BIALOSKORSKI NETO, Sigismundo
et al. Poltica institucional de monitoramen to da autogesto das
cooperativas do estado de So Paulo: uma proposta preliminar de
metodologia, pesquisa e implementao. Resultados da primeira fase.
2. ed. Ribeiro Preto, SP: Grfica Canavaci Ltda., 2000. Livros com
vrios autores e coordenador(es) ou organizador(es): coloca-se o
nome do(s) autor(es) que organizou(aram) ou coordenou(aram),
seguido de expresso tpica en tre parnteses, (Org.), (Coord.).
HENRIQUES, Cludio Cezar; SIMES, Darclia Marindir P. (Orgs.). A
redao de tra balhos acadmicos: teoria e prtica. 3. ed. Rio de
Janeiro: EdUERJ, 2004. Livros cuja autoria e/ou publicao seja uma
instituio ou empresa: esta institui o ou empresa assume o papel de
autor, e a referncia semelhante de um livro com um autor.
Escrevendo a instituio ou empresa em letra maiscula. MINISTRIO DA
EDUCAO E CULTURA, SECRETARIA DE EDUCAO FUNDA MENTAL. Parmetros
Curriculares Nacionais: introduo. Braslia: MEC/SEF, 1997. Livros
consultados em meio eletrnico: (veja observao geral.) ALVES,
Castro. Navio negreiro. [S.l]: Virtual Books, 2000. Disponvel em: .
Acesso em: 10 jan.2002, 16:30:30. * O termo [S.l] significa: sine
loco, ou seja, no possvel identificar o local de publica o do
livro. Referncias de peridicos (como um todo): algumas vezes, tambm
so utilizados pe ridicos na sua totalidade (a exemplos de livros),
como fontes de pesquisa. Os elementos essenciais so ttulo, local de
publicao, editora, data ou datas de incio e encerramento da
publicao (se for o caso). Quando houver, acrescentam-se elementos
complementa- res. Veja os exemplos a seguir: BOLETIM GEOGRFICO. Rio
de Janeiro: IBGE, 1943-1978. Trimestral. REVISTA BRASILEIRA DE
GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-. Trimestral. Ab sorveu
Boletim Geogrfico, do IBGE. ndice acumulado 1939-1983. ISSN
0034-723X. SO PAULO MEDICAL JOURNAL. So Paulo: Associao Paulista de
Medicina, 1941-. Bimensal. ISSN 0035-0362.
74. 7 4 Jos Abranles Referncias de artigos: artigos e papers
podem ser publicados em diferentes meios. Revistas cientficas,
revistas acadmicas,journals, boletins, anais de eventos cientfi cos
e acadmicos (seminrios, congressos), jornais e revistas de grande
circulao so exemplos. Com relao a jornais e revistas de grande
circulao (O GLOBO, VEJA, POCA etc.), no proibido cit-los como
referncia em trabalhos cientficos, mesmo porque, dependendo da rea
e do tipo de pesquisa, estas fontes podem ser importantes. Ao se
decidir por citar um destes veculos, alguns cuidados devem ser
observados, por exemplo, entrar em contato com o autor e obter
dados sobre a fonte, veracidade e seri edade das informaes
fornecidas. No se devem cit-los em um trabalho cientfico ou
acadmico, simplesmente, porque saiu em um jornal ou revista
popular. Artigos em peridicos (journals), revistas cientficas,
revistas acadmicas e bo letins: indicao do(s) autor(es), ttulo e
subttulo (se houver) do artigo, nome do pe ridico em destaque,
local de publicao, data completa da publicao, nmero do volume e/ou
ano, nmero do peridico e pginas inicial e final do artigo. COSTA,
V. R. margem da lei: o Programa Comunidade Solidria. Em Pauta:
revista da Faculdade de Servio Social da UERJ, Rio de Janeiro, n.
12, p. 131-148, 1998. SAMPAIO, Jader dos Reis. A pesquisa
qualitativa entre a fenomenologia e o empirismo formal. Revista de
Administrao da USP, So Paulo, v.36, n. 2, p. 16-24, abr./jun.2001.
Caso a consulta tenha sido feita por meio eletrnico, tem de ser
acrescida a descrio fsica do meio eletrnico, ou seja, disquetes,
CD-ROM etc. VIEIRA, Cssio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa.
Neo Interativa, Rio de Janeiro, n.2, inverno 1994. 1 CD-ROM. Caso a
consulta tenha sido feita on-line, identifica-se completamente,
como j citado: SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de
Janeiro, nov. 1998. Seo Ponto de Vista. Disponvel em: . Aces so em:
28 nov. 1998. Artigos em eventos cientficos (seminrios, congressos,
simpsios etc.): indicao do(s) autor(es), ttulo e subttulo (se
houver) do artigo, colocao da preposio latina In seguida de dois
pontos, nome do evento em letras maisculas, ano e local do evento,
ttulo do documento (anais, atas, tpico temtico etc.) em destaque e
seguido de trs pontos, local, editora, data de publicao, pginas
inicial e final do artigo. BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B.
Incorporaes do tempo em SGBD orientado a
75. Fazer Monografia moleza 75 objetos. In: SIMPSIO BRASILEIRO
DE BANCO DE DADOS, 9., 1994, So Paulo. Anais... So Paulo: USP,
1994. p. 16-29. Caso o artigo do evento tenha sido publicado em
meio eletrnico: SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedaggicos do
paradigma da qualidade total na educao. In: CONGRESSO DE INICIAO
CIENTFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrnicos... Recife:
UFPe, 1996. Disponvel em: . Acesso em: 21 jan. 1997. Artigos
publicados em jornais e revistas populares (no cientficos) Neste
caso, esto includos comunicaes, editorial, entrevistas, reportagens
e resenhas. Os elementos essenciais so autor(es) (se houver), ttulo
do artigo, ttulo do jornal ou revista em destaque, local de
publicao, data de publicao, seo, caderno ou parte do jornal ou
revista e a paginao correspondente. Quando no houver seo, caderno
ou parte, a paginao do artigo ou matria precede a data. COSTURA x
P.U.R. Aldus, So Paulo, nov. 1997, ano 1, n. 1. Encarte tcnico, p.
8. LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil,
Rio de Janeiro, p. 3, 25 abr. 1999. ANGELO, Eduardo Bom. Minha
empresa est cheia de parentes desinteressados. O que fao? Revista
Pequenas Empresas Grandes Negcios, So Paulo, ago. 2004, n. 187. Div
do empreendedor, p. 9-10. Artigo de jornal em meio eletrnico:
SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de
So Paulo, So Pau lo, 19 set. 1998. Disponvel em: . Acesso em: 19
set. 1998. Referncias de monografias (incluindo dissertaes, teses e
trabalhos acadmicos) muito comum (e recomendvel) a consulta a
monografias para fundamentar e ou complementar pesquisas
cientficas. Via de regra, as monografias tm uma cpia arquivada na
biblioteca central da instituio e, algumas vezes, tambm na
coordenao do curso. Poucas dissertaes e teses esto disponveis na
Internet e muitas esto em CD-ROM.
76. 76 I Jos Ahrantes A forma de referncia nome do autor, ttulo
destacado, subttulo (se houver) sem destaque, ano de publicao (ano
da aprovao), nmero de folhas, tipo de trabalho (dissertao, tese,
trabalho de concluso de curso etc.) com a rea de pesquisa, unida de
de ensino e nome da instituio (por extenso) onde a monografia foi
desenvolvida e a cidade. ALENTEJO, Eduardo. Catalogao de postais.
1999. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovao na
Disciplina Catalogao III, Escola de Biblioteconomia, Universi dade
do Rio de Janeiro - UNIRIO, Rio de Janeiro. CORDEIRO, Ana Cristina
da Mota. Anlise do mtodo de gerncia de projetos de ar quitetura
aplicada aos edifcios residenciais multipavimentares, na cidade do
Rio de Janeiro. 2005. 167f. Tese (Doutorado em Engenharia de
Produo) - Coordenao dos Programas de Ps Graduao em Engenharia -
COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de
Janeiro. GOMES, Lauro Carlos Bronzoni. A influncia do Exame
Nacional de Cursos - E.N.C. no ensino da Cincia da Administrao: a
construo do perfil curricular do administrador formado pela
Faculdade Bthencourt da Silva. 2003. 105f. Dissertao (Mestrado em
Cincias Pedaggicas) - Instituto Superior de Estudos Pedaggicos -
ISEP, Rio de Janeiro. Referncia de mensagem eletrnica (e-mail) Em
se tratando de referncia para uma pesquisa cientfica, s sejustifica
uma mensagem recebida de um professor ou pesquisador ou uma
instituio. No se pode estar referenci ando qualquer mensagem
recebida. ALMEIDA, M. P. S. Fichas para MARC [mensagem pessoal].
Mensagem recebida por em 12jan. 2002. Alm de todas estas
referncias, recomenda-se a consulta norma ABNT NBR 6023, para
outros casos, como, por exemplo: documento jurdico, como legis lao
e decises judiciais (pargrafo 7.9); imagem em movimento, como
filmes, vi deocassetes e DVD (pargrafo 7.10); documento
iconogrfico, como pintura, gravura, fotografia, ilustrao, desenho
tcnico, transparncia, diapositivo, material estereo- grfico, cartaz
e outros (pargrafo 7.11); documento cartogrfico, como atlas, mapa,
globo, fotografia area e outros (pargrafo 7.12); documentos
sonoros, como disco, cassete, rolo, CD e outros (pargrafos 7.13 e
7.14); partituras impressas e em meio eletrnico (pargrafo 7.15);
documento tridimensional, incluindo esculturas, maque-
77. Fazer Monografia moleza | 7 7 tes, fsseis, esqueletos,
objetos de museu, animais empalhados, monumentos e outros (pargrafo
7.16); e documentos de acesso exclusivo em meio eletrnico, como
bases de dados, listas de discusso, arquivos em discos rgidos,
programas, mensagens ele trnicas e outros (pargrafo 7.17). A
seguir, mostrada uma folha exemplo com algumas referncias aqui
citadas, exatamente como devem aparecer em uma monografia. 208 R E
F E R N C IA S A L E N TE JO , Eduardo. Catalogao de postais. 1999.
Trabalho apresentado com o requisito parcial para aprovao na
Disciplina Catalogao III, Escola de Biblioteconom ia, Universidade
do Rio de Janeiro - UNIRIO, Rio de Janeiro. A LM EIDA, M. R S.
Fichas para M A R C [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 12
jan. 2002 ANGELO, Eduardo Bom. Minha em presa est cheia de parentes
desinteressados. O que fao? Revista Pequenas Empresas Grandes
Negcios, So Paulo, ago. 2004, n. 187. Div do empreendedor, p. 9-10.
B1ALOSKORSK.1 NETO, Sigismundo et al. Poltica institucional de
monitoramento da autogesto das cooperativas do estado de So Paulo:
uma proposta preliminar de m etodologia, pesquisa e implementao.
Resultados da primeira fase. 2. ed. Ribeiro Preto, SP: Grfica
Canavaci Ltda, 2000. DINSM ORE, Paul Cam pbell; SILVEIRA NETO,
Fernando Henrique da. Gerenciamento de projetos: com o gerenciar
seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previstos. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2004. GOM ES, Lauro Carlos Bronzoni. A
influncia do Exame Nacional de Cursos - E.N.C. no ensino da Cincia
da Administrao: a construo do perfil curricular do adm inistrador
form ado pela Faculdade Bthencourt da Silva. 2003. 105f. Dissertao
(M estrado em Cincias Pedaggicas) - Instituto Superior de Estudos
Pedaggicos - ISEP, Rio de Janeiro. REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA.
Rio de Janeiro: IBGE, I939-. Trimestral. Absorveu Boletim
Geogrfico, do IBGE. ndice acum ulado, 1939- 1983. ISSN 0034-723X.
SAM PAIO, Jader dos Reis. A pesquisa qualitativa entre a
fenomenologia e o em pirism o formal. Revista de Administrao da
USP, So Paulo, v.36, n.2, p. 16-24, abr./jun.200l. SILVA, lves
Gandra da. Pena de m orte para o nascituro. O Estado de So Paulo,
So Paulo, 19 set. 1998. Disponvel em: < http://providafam
ilia.org/pena_m orte_nascituro.htm >. Acesso em: 19 set.
1998.
78. 7 8 I Jos Abrantes 3.3.2 Glossrio uma das
folhasps-textuais, sendoopcional. No glossrio, feitauma relao, em
ordem alfabtica, de palavras especficas utilizadas notexto, com as
suas definies. Normalmente s uti lizado em alguns livros, no sendo
exigido em monografias e trabalhos cientficos. Aseguir, mos trada
partede umglossrio, extrada dolivro: OLIVEIRA, DjalmadePinho
Rebouasde. Sistemasde Informaes Gerenciais. 9. ed. Rio de Janeiro:
Atlas, 2004.285p. O tamanho da fonte 12. 209 GLOSSRIO Ao a
capacidade cie tom ar as decises necessrias para a soluo das
situaes diagnosticadas, otim izando os recursos disponveis. AF,N -
rea Estratgica dc Negcio uma parte, ou segm ento, do m ercado com a
qual a corporao ou a em presa, por meio dc suas UEN, se relacionam
de maneira otim izada. A gente de desenvolvim ento organizacional
aquele capaz de desenvolver com portam entos, atitudes e processos
que possibilitem em presa transacionar proativa e interativam ente
com os diversos aspectos do am biente e do sistem a considerados. A
lternativa a ao sucednea que pode levar, de torm a diferente, ao m
esm o resultado Am biente de um sistem a o conjunto de elem entos
que no pertencem ao sistem a, mas qualquer alterao no sistem a pode
m udar ou alterar os seus elem entos e qualquer alterao nos seus
elem entos pode m udar ou alteraro sistema. reas de
responsabilidade so unidades adm inistrativas com funes e
responsabilidades determ inadas e com um responsvel com autoridade
definida. Atuao para o m ercado a capacidade de alcanar os
resultados que m elhorem e perenizem , harm onicam ente, a satisfao
dos diversos pblicos (clientes, fornecedores, com unidade,
acionistas, fnneionrios etc.) Banco de dados uma coleo organizada
de dados e inform aes que possa atender s necessidades dc muitos
sistem as, com um m nim o de duplicao, e que estabelece relaes
naturais entre dados e informaes.
79. Fazer Monografia moleza I 7 9 3.3.3 Apndice uma das folhas
ps-textuais, sendo opcional, pois s feita quando a monografia tem
apndices. Consiste em textos ou documentos elaborados pelo prprio
autor da monografia. O objetivo do apndice complementar o
desenvolvimento da monografia (parte textual), sem quebrar o
raciocnio e sem causar volume ao texto com informaes
complementares. Os apn dices so identificados por letras maisculas,
travesso e ttulo. A seguir, mostrado um exem plo de um apndice,
que, no caso, parte da resenha de um livro. O tamanho da fonte 12.
210 A P N D IC E A - Exemplo de uma resenha crtica Resenha crtica
do livro: DINSM ORE, Paul; SILVEIRA NETO, Fernando Henrique da.
Gerenciamento de projetos. Com o gerenciar seu projeto com
qualidade, dentro do prazo e custos previstos. Rio de Janeiro, R J:
Qualitym ark. 2004. !50p. Por: Jos Abrantes (D. Se.). Professor
Titular do Centro de Cincias Sociais Aplicadas e Pesquisador do
Centro Universitrio Augusto M otta UNISUAM. A anlise deste livro
teve com o objetivo principal entender se, conform e o seu contedo,
pode ser utilizado com o livro texto ou leitura com plem entar na
disciplina de gerenciam ento de projetos, dos cursos de Engenharia,
Adm inistrao, M arketinge Economia. O que um projeto Segundo os
autores, um esforo tem porrio realizado para criar um produto ou
servio nico, diferente de algum a maneira, de todos os outros
produtos e servios. Um projeto tem incio e fim definidos, utiliza
recursos humanos, m ateriais e financeiros, dirigido por pessoas e
obedece a parm etros de custo, tem po e qualidade. O s autores
apresentam poucos exem plos de projetos e deveriam explorar m ais
esta parte inicial e introdutria. Sente-se falta de um maior em
basam ento terico e constata-se que os autores falam m uito em funo
de suas experincias com o gerentes de projetos industriais de
grande porte.
80. 80 Jos Abrantes 3.3.4 Anexo umadasfolhasps-textuais,
sendoopcional,poiss feitaquandoa monografiatemanexos. Consisteem
textos ou documentos no elaboradospelo autorda monografia, etm como
funo ilus trar, fundamentare/ou
comprovarpassagensdodesenvolvimentodotexto. Osanexosso
identificados por letras maisculas, travessoe ttulo.A seguir,
apresentado um exemplo de um anexo, no caso umatabelado IBGE,
mostrandoo crescimentorealpercentual dastaxasdecrescimentoPIB,
entre 1953 e 1963. Dadosdisponveisnosite.. Acessoem 30/05/05.0
tamanhoda fonte 12(ouconformede onde seextrai a informao). ANEXO A
-E V O L U O DO PIB (1953/1963) PIB BRASILEIRO (TAXAS ANUAIS
PERCENTUAIS DE CRESCIM ENTO REAL) FONTE IBGE Relatrio Anual - BACEN
Ano Total Agropec. Indstria Servios 1953 4,7 0.2 8.7 -0,1 1954 7,8
7.9 8,7 13,0 1955 8.8 7,7 10,6 3,5 1956 2.9 -2.4 6,9 4,7 1957 7.7
9,3 5,7 9,0 1958 10,8 2,0 16,2 5,4 1959 9,8 5,3 11,9 1,2 1960 9,4
4,9 9,6 13,0 1961 8,6 7,6 10,6 11,9 1962 6,6 5,5 7,8 3,3 1963 0.6
1,0 0,2 2,9
81. Fazer Monografia moleza I 8 I 3.3.5 ndice Tambm conhecido
como ndice remissivo um elemento ps-textual opcional, normalmente
no utilizado em monografias e que ocorre em alguns livros. Este
indice lista palavras e/ou frases que aparecem no texto, citando
a(s) pgina(s) onde ocorre(m). A seguir, mostrada uma folha exemplo
de um ndice remissivo, copiado do livro: BRAGA, Glucia; BOENTE,
Alfredo. Metodologia cientfica contempornea: para universitrios e
pesquisa dores. Rio de Janeiro: Brasport, 2004. O tamanho da fonte
12. U ltim a s fo lh a s a se re m n u m e ra d a s
----------------- 214 N D IC E A D ABNT, 63. 141 Decision Pro. 167
abstract, 143 Dedicatria, 143 Agradecimento, 143 Definio
constitutiva, 13 AlexSys Team, 167 Definio Operacional, 13 anlise
dos dados, 61 delim itao de assunto, 26 Anexos, 146 Apndices, 146
dissertao. 20 rea de Pesquisa, 58,59 ARPNET. 153 E artigo
cientifico, 22 ensaio cientifico, 23 artigo-relatrio, 22 Epgrafe,
143 Associao Brasileira Errata, 142 de Normas Tcnicas, 63 escolha
de um tema, 25 estgios cognitivos, 57 B Estudo de caso, 11
Bibliografia, 63 F C Folha de aprovao. 143 Folha de rosto, 142
Capa, 142 fontes de pesquisa, 63 com pilao, 18 concluso, 62 H
conhecim ento, 144 HiperTexto, 159 conhecim ento emprico. 144
hiptese, 4, 25, 27 consideraes finais, 25,62 home pages, 159
cronograma, 61 HTML, 159 Hypcr Text Markup Language, 159
82. Fazer Monografia moleza j 83 Captulo 4 Entrega da parte
escrita e defesa oral da monografia A parte escrita e a banca
examinadora Uma vez escrita e feita a reviso ortogrfica, e de comum
acordo com o orien tador, o candidato deve providenciar uma cpia da
monografia para cada membro da banca examinadora. Isto deve
ocorrer, pelo menos, 30 dias antes da data da defesa. Com relao ao
desenvolvimento da parte escrita da monografia, cabe ressaltar a
funo do professor orientador. No ele quem desenvolve a pesquisa nem
quem escreve a mo nografia, mas sim o candidato. O orientador guia
o candidato, de forma que este no entre em devaneios acadmicos,
perdendo a coerncia e foco da pesquisa. O ideal que o candidato
tenha encontros constantes com o orientador, colocando- o a par do
desenvolvimento da pesquisa e fornecendo cpia das partes que
estiverem sendo escritas, para que ele entenda e possa sugerir
algumas mudanas ou at o redirecionamento da metodologia. No se deve
deixar tudo para o final e apenas entregar uma cpia completa ao
orientador, quase na data da defesa. Alis, o termo defesa da
monografia bem apropri ado, pois cabe ao candidato e ao orientador
defend-la com unhas e dentes, de qualquer ataque. Para que isto
ocorra, fundamental uma perfeita interao e harmonia entre candi
dato e orientador. A figura do orientador e a sua relao com o
orientado so, muitas vezes, motivos de muita polmica.e reclamaes
constantes. Com raras excees, os orientadores so quase que
execrados pelos orientados. claro que existem orientadores no muito
agrad veis, mas, pela minha experincia, principalmente em cursos de
graduao, os alunos en tendem que o orientador quem tem de fazer a
pesquisa e escrever a monografia. Aps alguns anos vivenciando estes
problemas, criei a seguinte definio para alguns orientado res: O
orientador como o seu anjo da guarda. Ele o protege, voc reza para
ele, voc sabe que ele existe, mas no consegue v-lo nemfalar com
ele. Antes da entrega das cpias aos membros da banca examinadora, o
candidato tem de se certificar de que, alm da reviso ortogrfica,
foi feita uma completa reviso de toda a estrutura e a formatao da
monografia. Alm da coerncia metodolgica das trs partes, ou seja,
introduo, desenvolvimento e concluso (ou consideraes finais), o
candidato tem de verificar minuciosamente se todos os captulos,
sees e subsees esto numera dos de forma seqencial e correta; se os
ttulos esto corretos; se todas as pginas esto nu meradas e escritas
conforme constam no sumrio. Qualquer pequeno erro, por exemplo
de
83. X4 I Jos Abrantes paginao, pode se transformar em um
problema ou discusso durante a defesa, inclusive deixando exposto o
trabalho do orientador. Com relao banca examinadora, cabem alguns
comentrios. Em trabalhos de graduao, seja em bacharelado ou
licenciatura, a banca composta pelo professor orientador e por mais
dois professores do curso que o candidato est concluindo.
Normalmente, neste nvel, o candidato no consultado quanto composio
da ban ca. Em cursos de ps-graduao lato sensu (por exemplo, MBA), o
procedimento o mesmo. Em defesas de dissertao de mestrado, a banca
composta por, pelo menos, trs membros, sendo o orientador um outro
professor do curso e da mesma instituio e um membro externo
convidado, da mesma rea qual se refere a pesquisa. Neste nvel,
todos os membros (inclusive o orientador) tm de ter, pelo menos, o
grau de mestre ou livre docn cia. No obrigatrio que os membros
sejam doutores, embora isto seja comum na prtica. O candidato deve
conversar muito com o orientador, para escolha e composio da banca.
Caso o candidato tenha preferncia por algum professor,
especialmente o membro externo, este tem de ser aprovado pela
instituio e do agrado do orientador. Algumas vezes, um professor
que tem o grau de mestre ou de doutor amigo do candidato, mas no
rene as condies acadmicas para participar de uma banca examinadora
deste nvel. Um exemplo so os professores que, apesar da titulao, no
apresentam razovel produo cientfica. Quando se diz que os membros
tambm devem ser do agrado do orientador, deve-se pen sar no que
pode acontecer durante a defesa, caso haja incompatibilidade entre
o orientador e um desafeto. Sabe-se de defesas onde, em virtude da
incompatibilidade entre os membros da banca, o candidato acabou
sendo prejudicado. No nvel de doutorado, cerca de um ano antes da
defesa da tese, ocorre o exame de qualificao (qualifying), onde o
candidato apresenta para uma banca de pelo menos trs doutores (ou
livres docentes) o tema de sua pesquisa, as questes norteadoras, o
objeto de estudo, asjustificativas, os objetivos, a metodologia e
as hipteses. O objetivo confirmar se o candidato est no caminho
certo e qualificado para continuar a pesquisa. Nesta etapa, o
candidato apresenta um resumo escrito (no a tese) e explica
oralmente banca a sua pesquisa. Sugere-se que, j nesta fase, a
banca seja montada com os cinco professores doutores que depois iro
compor a banca da defesa da tese, inclusive com os dois membros
externos. Na defesa de tese de doutorado, a banca composta por pelo
menos cinco douto res (e/ou livres docentes), que tm comprovada
produo acadmica e cientfica. A escolha deve ser criteriosa e de
comum acordo entre candidato e orientador. Aqui tambm valem as
observaes anteriores, relacionadas ao mestrado, porm com mais
cuidado. Muitas vezes, escolhe-se um figuro, pensando em valorizar
a defesa e, no final, depara-se com
84. Fazer Monografia moleza I 8 5 muito aborrecimento. Sabe-se
de defesas de doutorado onde ocorreram discusses calorosas e
agressivas entre membros da banca, de tal forma que a fogueira das
vai- dades acabou queimando o candidato. Como ocorre a defesa oral
da monografia? Toda defesa de monografia, independentemente do
nvel, um ato solene e pblico, podendo ser assistido por qualquer
pessoa. Tanto isto verdade que as instituies so obri gadas a
divulgar, em suas instalaes com antecedncia, as datas, os horrios e
os locais das defesas de monografia, seja no nvel de graduao,
ps-graduao, mestrado ou doutorado. Recomenda-se que o candidato j
tenha assistido a, pelo menos, uma defesa do seu nvel e rea, at
para perder o medo, que normal. Deve ser esclarecido que,
especialmente em nvel de mestrado e doutorado, alm das cpias para
cada membro da banca examinadora, o candi dato tem de depositar um
original em folhas soltas (sem encadernao) na secretaria do curso.
Este original ficar arquivado, na instituio,junto com a folha de
aprovao (assinada pela banca aps a defesa e a aprovao), a ata e as
possveis ressalvas. No dia da defesa, o candidato deve comparecer
com pelo menos 30 minutos de antecedncia, no s para se preparar
psicologicamente mas tambm para verificar se to dos os materiais e
acessrios esto funcionando. Transparncias, disquete, retroprojetor,
microcomputador, data show, tela, luzes e energia, tudo deve ser
verificado. Nada deve falhar. aconselhvel que haja gua, caf e copos
disponveis, especialmente para a ban ca examinadora. O candidato
tem o direito de convidar amigos e parentes para assistir sua
defesa, devendo deixar claro que no podem ocorrer interpelaes da
platia, sob nenhuma hiptese. No se recomenda a presena de pais
muito idosos ou emotivos, at por causa do nvel de tenso, muito
menos a de crianas pequenas que, em poucos minu tos, perdero a
pacincia e acabaro por chorar ou tumultuar a apresentao. Apesar de
ser um ritual de passagem, especialmente no mestrado e no
doutorado, uma defesa de monografia no pode se transformar em uma
festa. Recomenda-se a realizao de festa e comemoraes, aps a aprovao
do candidato, fora da instituio. conveniente que o candidato conte
com a presena de uma pessoa de sua con fiana para ajud-lo na
manipulao de transparncias, computador e data show. O candi dato no
deve se envolver e perder tempo com estes detalhes, pois sua ateno
deve-se concentrar na fala e na apresentao da pesquisa. Este
auxiliar' no pode falhar e atrapa lhar os trabalhos, por exemplo,
errando a posio das transparncias ou acessando o arqui vo ou a
folha errada. Isto tudo porque se dispe de pouco tempo para a
apresentao. Este tempo varia conforme a instituio e o nvel do
curso. De forma geral, no Brasil, prati cam-se os seguintes tempos:
monografias de graduao ou ps-graduao lato sensu, entre 20 e 30
minutos; dissertao de mestrado, entre 30 e 50 minutos; tese de
doutora do, entre 40 e 60 minutos. fundamental que o candidato
saiba, com antecedncia, de
85. 86 I Jos Abrantes quantos minutos ir dispor para a sua
apresentao, at para se preparar. Uma vez que todos os membros da
banca estejam presentes e o candidato pronto, o orientador, que o
presidente da banca, inicia os trabalhos. Inicialmen te o
presidente faz a leitura da ata de defesa, citando o nome do curso,
do candi dato, o tema da monografia, apresentando a banca e
informando quantos minutos o candidato dispe. Inicia-se a
apresentao com o candidato, devendo apresentar de forma clara e su
cinta a sua pesquisa, citando: ttulo, objetivos, justificativas,
metodologia, questes de es tudo e hipteses (no caso de mestrado e
doutorado). Aconselha-se o uso da primeira pessoa do plural (ns),
evitando-se a primeira do singular (eu). A fala deve ser clara, com
palavras pertinentes, sem insinuaes ou brincadeiras e sem se
dirigir especificamente a qualquer membro da banca. Fala-se para a
banca e olhando-a. A apresentao deve ser resumida e seguir a ordem
da monografia escrita. Para uma boa apresentao e defesa, o
candidato deve atentar para alguns detalhes. Preparar as
transparncias ou as telas de forma simples, objetiva e com poucas
informaes. Devem ser usadas poucas frases e com letras de tamanho
20, no mnimo. Pode-se usar cores, mas no se devem transformar as
telas (via data show) em um show pirotcnico, com mltiplos efeitos
visuais. No so estes efeitos que definem a qualidade da pesquisa.
Muito show pode acabar atrapalhando. No devem ser apresentadas
tabelas ou quadros com muitas linhas e colunas, de forma que no se
consiga ler. Tudo que se projetar tem de ser lido e entendido sem
muito esforo pela banca. O candidato no deve ficar lendo o que est
sendo projetado pois, alm de enfadonho, demonstra insegurana, o que
no bom. Para uma boa apresentao e con trole do tempo, o candidato
deve treinar antes em casa ou na instituio, simulando o que
ocorrer. Com isto, so corrigidas as falhas e tem-se controle do
tempo. O candidato deve falar olhando para a banca e indicando
detalhes na tela com um marcador, sem colocar o dedo ou ficando na
frente da projeo. De forma geral, uma transparncia ou tela, com
letras no tamanho 20, permite que se fale entre 2 a 4 minutos. Com
isto, pode-se prever os nmeros de transparncias ou te las, de forma
que o candidato no apresente um nmero excessivo, o que poder
atrapalhar a sua apresentao. O candidato pode at terminar um pouco
antes do tempo previsto, mas no deve ultrapass-lo e, sob nenhuma
hiptese, deve alegar que no pde concluir ou fazer uma boa
apresentao por falta de tempo. Elej sabia anteriormente e tinha que
se preparar. Considerando-se um tempo mdio de 3 minutos por tela ou
transparncia, podem ser pre vistas as seguintes quantidades:
86. Fazer Monografia moleza 87 Tempo de apresentao Nmero de
projees 20 minutos 7 projees 30 minutos 10 projees 40 minutos 14
projees 50 minutos 17 projees 60 minutos 21 projees O trmino da
apresentao se d com a concluso ou consideraes finais, que deve
estar destacada em uma nica tela e onde o candidato deve falar um
pouco mais (cerca de 5 minutos). Aps a apresentao, o presidente da
banca d incio s perguntas dos membros da banca. Normalmente, at por
questo de cortesia, d-se preferncia aos membros ex ternos
convidados, ficando o orientador por ltimo. Isto bom, pois permite
que o orien tador analise os questionamentos e possa at pensar em
alguma defesa prvia, antes da sua fala. Especialmente em nvel de
graduao, o orientador se abstm de perguntar ao candi dato. O
candidato deve ouvir as perguntas sentado, anotando o nome do
professor e o tipo de pergunta. Normalmente so feitas poucas
perguntas por cada membro, e o normal o candidato responder a um de
cada vez, aps a autorizao do presidente, mesmo porque podem ocorrer
questes similares. As respostas devem ser objetivas, limitando-se
ao que foi perguntado, podendo-se recorrer s transparncias ou
telas. Sob nenhuma hiptese, o candidato deve confrontar um membro
da banca, mesmo que seja provocado, ou, at mesmo, caso a pergunta
no seja to pertinente ao tema. O candidato tem de ser educado e
calmo e responder da melhor forma possvel. Se tiver de haver
discusso, at em tom mais spero, que ocorra entre o membro e o
orientador. normal, especialmente em nvel de mestrado e doutorado,
que sejam soli citadas pequenas revises, por parte de membros da
banca. O candidato no deve discutir e se prontificar a faz-las o
mais breve possvel. Deixe que o orientador se entenda com o membro
que questionou. Aps respondidas todas as questes, o presidente
solicita que o candidato e o p blico presente se retirem, para que
a banca delibere. Em algumas instituies, a banca que se retira para
uma outra sala, mais reservada. Este um momento de grande apreenso
para o candidato, pois estar sendojulgado todo um trabalho de
pesquisa, que poder ter consu mido anos de muita dedicao. Costuma
ser um momento alegre para a banca que conversa, brinca, relaxa,
troca informaes e toma alguns cafezinhos. Cada membro da banca expe
a sua opinio sobre o trabalho e o candidato e, em conjunto, tomam a
deciso. A forma de ava
87. 88 I Jos Abrantes liao varia conforme a instituio, mas, via
de regra, tm-se trs modalidades: aprovada, aprovada com ressalvas
(ou restries) e reprovada. Algumas instituies tm ainda a modalidade
de aprovada com louvor, atribuda a trabalhos que se destacam.
Embora acontea- muito raro uma monografia ser reprovada, durante a
sua defesa. O que ocor re com mais freqncia uma aprovao com
ressalvas (restries), quando o candida to tem um prazo de 30 a 90
dias (dependendo da instituio) para apresentar ao orientador o
atendimento das ressalvas. Cabe ao orientador informar aos demais
mem bros da banca o cumprimento das exigncias, at por questes de
cortesia. Aps a deliberao da banca, todos so convidados de volta
sala onde se fez a defesa, onde o presidente faz a leitura final da
ata, com o resultado. Todos os membros da banca assinam a ata e a
folha de aprovao, que parte integrante da monografia (folha pr-
textual), e o presidente encerra os trabalhos. Uma vez a monografia
aprovada, com todas as revises e aprovaes, devem ser feitas cpias
encadernadas em capa dura. Normalmente so feitas trs cpias, onde
uma fica na biblioteca central da unidade, outra na coordenao do
curso e a terceira com o candida to, para guardar de lembrana. Esta
encadernao feita em capa dura de cor preta (ou azul) e com letras
dourada na lombada, pois, ao ser arquivada na vertical, podem-se
ler o ttulo e os dados. Cada instituio tem as suas exigncias sobre
o que se escreve na lombada, mas, via de regra, constam os
seguintes dados, todos em letras maisculas: nome do candidato,
ttulo da monografia, nvel da monografia (graduao, ps-graduao,
mestrado ou doutora do), sigla da instituio, ms e ano da defesa.
Logo aps a aprovao da defesa, o candidato recebe uma folha que
comprova a concluso daquele nvel de ensino. Este documento, com as
firmas reconhecidas, tem valor legal nas empresas, nos rgos e nas
instituies, pois, at a emisso e o registro do diploma definitivo,
podem passar alguns meses.
88. Fazer Monografia moleza 8 9 Referncias ABRANTES, Jos.
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aumentar o lucro? 2. ed. Rio de Janeiro: Intercincia, 2007.
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NBR 10520: informao e documentao: apresentao de citaes em
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90. Fazer Monografia moleza I 9 1 externos e a automotivao.
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(Bacharelado em Administrao de Empresas) - Centro Universitrio
Augusto Motta- UNISUAM, Rio de Janeiro.
91. APNDICE A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de Educao)
(A paginao do projeto est no canto superior direito, enquanto a do
livro continua sua paginao normal.)
92. CENTRO UNIVERSITRIO AUGUSTO MOTTA - UNISUAM DIRETORIA DE
PESQUISA E PS-GRADUAO A prtica da interdisciplinaridade no ensino
mdio: A contextualizao da agricultura hidropnica JOSABRANTES
Setembro de 2006
93. JOS ABRANTES A prtica da interdisciplinaridade no ensino mc
o: A contextualizao da agricultura hidropnica Projeto de pesquisa
apresentado ao Centro Universitrio Augusto Motta como requisito
parcial para a obteno do grau de Especialistaem docnciado
ensinofundamentale mdio.Orientador Prof. Emilio Marzullo (D.Sc.).
Rio de Janeiro Setembro de 2006
94. SUMRIO
1INTRODUO...................................................................................................................3
1.1 Consideraes
iniciais.......................................................................................................3
1.2
Objetivos...........................................................................................................................3
1.3 Visitas
tcnicas..................................................................................................................3
1.4
Justificativas......................................................................................................................4
1.4.1
Didtico-pedaggica......................................................................................................4
1.4.2
Social.............................................................................................................................4
1.4.3
Ambiental.......................................................................................................................4
2 FUNDAMENTAO
TERICA......................................................................................5
2.1A interdisciplinaridade e a
contextualizao.......................................................................5
2.2 A agricultura
hidropnica..................................................................................................7
2.3 A legislao sobre o ensino
mdio.....................................................................................7
3 FORMULAO DO PROBLEMA............
,.....................................................................8
4 METODOLOGIA DA
PESQUISA.....................................................................................9
4.1 Tipo de
pesquisa...............................................................................................................
9 4.2 Fontes de
pesquisa............................................................................................................9
4.3 Coleta e anlise dos
dados................................................................................................9
5
CRONOGRAMA..............................................................................................................
10 REFERNCIAS 11
95. A P N D IC E A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de
Educao) 3 1 INTRODUO 1.1 Consideraes iniciais Sabe-se que a
agricultura muito pode ajudar o aprendizado, sendo comum escolas,
especialmente do interior, manter pequenas hortas tanto para a
produo de algumas horta lias, quanto para a prtica de aulas de
cincias, em especial de Biologia. O presente estudo representa uma
anlise de como a agricultura hidropnica pode servir de apoio
pedaggico para o desenvolvimento dos contedos programticos do
ensino mdio. A hidroponia foi escolhida, principalmente por poder
ser praticada em pequenos espaos, inclusive os urba nos e at sobre
lajes ou coberturas (o que ocorre em algumas escolas). 1.2
Objetivos O objetivo principal deste estudo analisar a viabilidade
para se lecionar, no ensino mdio, tambm de forma interdisciplinar e
por meio da agricultura hidropnica. Pretende- se mostrar a
viabilidade desta prtica, principalmente em escolas urbanas,
inclusive propon do a instalao de estufas experimentais sobre lajes
e coberturas. Tambm se pretende fazer uma anlise sobre a literatura
que aborda a interdisciplinaridade no ensino mdio. 1.3 Visitas
tcnicas Apesar de a pesquisa ser basicamente bibliogrfica, sero
feitas visitas tcnicas a dois pequenos produtores comerciais
hidropnicos, localizados no bairro de Campo Gran de, na Zona Oeste
do Municpio do Rio de Janeiro. Estes produtores produzem: alface,
agrio, rcula, salsa, coentro, cebolinha e hortel. O objetivo destas
visitas entender me lhor o processo de produo hidropnico e as suas
dificuldades, principalmente no que se refere s pragas e s
doenas.
96. Fazer Monografia moleza 1.4 Justificativas Esta pesquisa
apresenta trs justificativas, a seguir resumidas. 1.4.1
Didtico-pedaggica Cada vez mais a sociedade exige mtodos e
procedimentos educativos, mais prxi mos da realidade, ou seja,
conforme o ambiente onde se ir viver. No se pode, em tempos de
globalizao, informatizao e muita informao, ter-se uma educao com a
mesma prtica didtico-pedaggica de vinte anos atrs ou mais. A
sociedade pede aulas mais din micas, ldicas e que inter-relacionem
os diversos saberes (interdisciplinaridade). Ajustifi cativa
didtico-pedaggica desta pesquisa exatamente esta: estudar formas de
tornar as aulas mais atraentes, agradveis e motivantes. 1.4.2
Social O aluno ao concluir o ensino mdio, at por indicao da Lei de
Diretrizes e Bases - LDB, deve estarpreparado
paraatuarprofissionalmente, emqualquerrea, emboraistono impea que
ele continue imediatamente seus estudos em nvel superior.A prtica
da agricultura hidropni- ca pode ser uma alternativa de trabalho e
renda, gerando empregos e atuando no social. 1.4.3 Ambiental A
agricultura hidropnica apresenta vrios benefcios ambientais, quando
compara da agricultura tradicional, onde o vegetal tem contato
direto com o solo. Na hidroponia, o vegetal no fica diretamente no
solo; o adubo (soluo nutritiva) enviado em pequenas quantidades,
diretamente raiz da planta e retoma para o tanque de soluo; a
produo ocorre em estufas fechadas, podendo ser feitos plantios em
vrios nveis na vertical. Com isto, obtm-se os seguintes benefcios:
menor espao de produo, podendo ser utilizadas
97. A P N D IC E A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de
Educao) 5 reas no prprias para a agricultura, inclusive sobre lajes
e coberturas; menor quantidade de gua; menor necessidade de
defensivos qumicos (agrotxicos), preservando quem produz e quem
consome; e no contaminao do solo e do lenol fretico em virtude da
penetra o dos elementos qumicos da soluo nutritiva. 2 FUNDAMENTAO
TERICA Em verdade, existem trs assuntos a serem pesquisados:
interdisciplinaridade e contextualizao, agricultura hidropnica e a
legislao sobre o ensino mdio. Assim sendo, sero pesquisados livros
e publicaes sobre estes trs assuntos. 2.1 A interdisciplinaridade e
a contextualizao A interdisciplinaridade pode ser definida como a
interao existente entre duas ou mais disciplinas, relacionadas ou
no. Essa interao pode vir da simples comunicao de idias integrao
mtua dos conceitos diretores da epistemologia, da terminologia, da
me todologia, dos procedimentos, dos dados e da organizao
referentes ao ensino e pesquisa. Um grupo interdisciplinar compe-se
de pessoas que receberam sua formao em diferentes domnios do
conhecimento (disciplinas e reas) com seus mtodos, conceitos, dados
e ter mos prprios. A partir destes conceitos, podem ser citadas
interdisciplinas, como Psicologia Social, Biofsica,
Eletromagnetismo, Medicina Social e Psicolingstica. Luck (2000, p.
39), baseada em Descartes, cita que ...o ensino por disciplinas dis
sociadas se constri mediante a aplicao dos princpios da delimitao
interna, da fixidez no objeto prprio de anlise, pela decomposio de
problemas em partes separadas e sua ordenao posterior, pelo
raciocnio lgico formal. Japiassu (1976, p. 52) cita que a
interdisciplinaridade caracteriza-se pela intensidade
98. Fazer Monografia moleza das trocas entre especialistas e
pelo grau de integrao real das disciplinas no interior de um mesmo
projeto de pesquisa. Nesta pesquisa, a interdisciplinaridade ser
apoiada no conceito das inteligncias mltiplas de Howard Gardner
que, aps longas pesquisas, concluiu, em 1983, a existncia de outras
inteligncias alm das Lgico-Matemtica e Verbo-Lingstica, que so a
base do conceito de QI. Segundo Gardner (1998, p. 19), a
inteligncia pode ser definida como a capacidade de resolver
problemas ou de criar produtos que sejam valorizados dentro de um
ou mais cenrios culturais. Os Parmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) para o ensino mdio citam que todo conhecim ento socialmente
comprometido e no h conhecim ento que possa ser aprendido e
recriado se no se parte das preocupaes que as pes soas detm. O
distanciamento entre os contedos programticos e a experin cia dos
alunos certam ente responde pelo desinteresse e at m esm o pela
desero que contatamos em nossas escolas. A realidade, ou melhor, o
contexto da vida real tem de ser levado para a sala de aula e, a
partir desta, procura-se desenvolver os contedos. Isto a
contextualizao. A agricultura hi dropnica est totalmente inserida
no contexto da moderna produo agrcola, principalmente por utilizar
recursos tecnolgicos atuais. A inter-relao entre disciplinas,
especialmente no ensino mdio, proporciona aulas mais agradveis e
motivantes. As pessoas, de forma geral, no gostam das aulas frag
mentadas onde os conhecimentos so passados de forma estanque, pois
sabem que, na prtica, a vida interdisciplinar, onde tudo est
inter-relacionado. Existem vrias refe rncias bibliogrficas sobre a
interdisciplinaridade, mas ser dada prioridade quelas vol tadas ao
ensino mdio.
99. A P E N D IC E A - Exemplo de projeto de pesquisa (rea de
Educao) 2.2 A agricultura hidropnica O tenno hidroponia deriva de
duas palavras gregas: hid.ro = gua eponos = traba lho. A combinao
dessas duas palavras pode ser resumida como trabalhar com a gua, o
que, na prtica, significa usar soluo em gua de sais minerais para
se produzir plantas sem o uso direto do solo. Em verdade, o solo
tem duas funes: a primeira dar sustentao mecnica s plantas e a
segunda fornecer sais minerais para o seu crescimento. A hidroponia
se baseia no princpio de que, uma vez supridos estes sais minerais,
a sustentao no pre cisa ser no solo. (DOUGLAS, 1987, p. 12) Outra
caracterstica da agricultura hidropnica ser feita no interior de
estufas fecha das. O fato da planta no ter contato direto com o
solo e ficar dentro de uma estufa, reduz bastan te a contaminao e
modifica as condies meteorolgicas. Isto resulta em plantas mais
sadias, podendo ser produzidas, praticamente durante todo o ano.
(SANTOS, 2000, p. 19) Em geral, as pessoas gostam de aulas que
estejam relacionadas a temas da natureza, como a agricultura. No
caso especfico da hidroponia, o interesse maior, pois um tipo de
agricultura diferente que pode ser praticada at em pequenas reas
urbanas, inclusive sobre lajes e coberturas. A produo hidropnica de
hortalias, especialmente da alface, alm de ser realidade, vem
crescendo muito nos ltimos anos, inclusive em reas urbanas do
Municpio do Rio de Janeiro. 2.3 A legislao sobre o ensino mdio A
Lei de Diretrizes e Bases -LD B, nmero 9.394, de 20/12/96, e as
Diretrizes Curriculares Nacionais - DCNs, para o ensino mdio,
Resoluo CEB 3, de 26/06/98, apresentam em diversas partes a
referncia interdisciplinaridade e ao ensino contextuali- zado. So
estas normas educativas oficiais que do base legal a esta pesquisa,
ou seja, ao se praticar o descrito nesta pesquisa, estar-se- tambm
cumprindo a lei.
100. Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o ensino
mdio enfatizam que a interdisciplinaridade deve ir alm da mera
justaposio de disciplinas e, ao mesmo tempo, evitar a diluio delas
em generalidades. De fato, ser principal mente na possibilidade de
relacionar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo,
pesquisa e ao, que a interdisciplinaridade poder ser uma prtica
pedaggica e didtica adequada aos objetivos do ensino mdio. As
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) CEB 3 vinculam a educao
com o mundo do trabalho e a prtica social. No seu artigo 52cita que
as escolas organizaro seus currculos, entre outros, de modo que
possam adotar metodologias de ensino diver sificadas, que estimulem
a reconstruo do conhecimento e mobilizem o raciocnio, a
experimentao, a soluo de problemas e outras competncias cognitivas
superiores". No artigo 6Q, cita: Os princpios pedaggicos da
identidade, diversidade e autonomia, da interdisciplinaridade e da
contextualizao sero adotados como estruturadores dos curr culos do
ensino mdio. O artigo 8e, Inciso I, cita que, na observncia da
interdisciplinari dade, as escolas tero presente que a
interdisciplinaridade, nas suas mais variadas formas, partir do
principio de que todo conhecimento mantm um dilogo permanente com
outros conheci mentos, que pode ser de questionamento, de negao, de
complementao, de ampliao, de iluminao de aspectos no distinguidos.
3 FORMULAO DO PROBLEMA O problema principal desta pesquisa
encontrar respostas sobre a viabilidade do uso da agricultura
hidropnica, como prtica didtico-pedaggica para o ensino mdio, es
pecialmente em escolas localizadas dentro do permetro urbano e com
pouco espao dispo nvel. De forma geral, sero procuradas respostas
para as seguintes perguntas: Quais as dificuldades tcnicas e
agronmicas, para a prtica da hidroponia em nvel experimental? Qual
o tamanho mnimo da estufa hidropnica experimental? vivel, do ponto
de vista econmico e financeiro, a instala